segunda-feira, 21 de junho de 2021

Internautas fazem vídeo para trollar negacionistas que renegaram, mas tomaram vacina

Paulo Guedes recebe Coronavac (Reprodução)
O bom, o excelente da internet é que tudo fica registrado. As barbaridades, contradições e insanidades de bolsonaristas são desmascaradas diariamente com o auxílio da tecnologia. E eles não se cansam de passar vergonha. Um vídeo que circula pelas redes sociais mostra três exemplos de negacionistas que, apesar de renegarem a vacina e minimizarem a gravidade da Covid-19, como faz diariamente o insano Jair Bolsonaro, correram para uma unidade de saúde assim que a vacinação para seu grupo foi liberada.

"Eu não quero tomar essa vacina. Sabe, eu não sei de onde vem", diz um fanfarrão Sikêra Jr para, logo após, dizer que "vem da China". "Quem quiser tomar pode tomar na jaca, porque eu não vou tomar, não", garantiu em seu programa da Rede TV. Em 17 de abril, Sikêra recebeu, em Manaus, a primeira dose da, vejam só, Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac.

Assista ao vídeo:

O bispo Edir Macedo, que havia desencorajado seus fiéis a se preocupar com a doença, também aparece no vídeo. Ele e a mulher se vacinaram em Miami, nos Estados Unidos, com o imunizante Jansen, único com a aplicação de apenas uma dose.

O Posto Ipiranga de Bolsonaro, o ministro da Economia Paulo Guedes, é outro ironizado na produção. Ele, que apareceu em vídeo atribuindo à China a criação do coronavírus e afirmando que a vacina chinesa não é eficiente, também aparece se vacinando. A profissional de saúde deixa claro: "Seringa preenchida, 0,5 de Coronavac, tá bom". "Ok", responde um constrangido Paulo Guedes.

"Só a vacina protege todo mundo. Todo mundo mesmo", alerta a publicação. Parece que, para bolsonaristas negacionistas, cloroquina e ivermectina é só para os outros, não?


sexta-feira, 18 de junho de 2021

Fenafisco emite nota contra "doação de sobras de comida" proposta por Paulo Guedes

Nota de posicionamento - Fenafisco

Para Fenafisco, fala de Paulo Guedes demonstra total despreparo para redução das desigualdades no Brasil

F: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Em mais uma declaração absurda, desta vez em evento da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), o ministro da Economia, Paulo Guedes, demonstra seu total despreparo, preconceito e desconhecimento do funcionamento de seu próprio país. O povo brasileiro necessita de políticas sérias e efetivas para combater a desigualdade - e não de medidas paliativas que infringem normas sanitárias e preceitos humanitários básicos.

Além de afundar a economia, beneficiar os mais ricos e tentar privatizar o Estado brasileiro, principalmente por meio da fragilização dos serviços públicos com a reforma administrativa, Guedes novamente se posiciona de forma elitista ao falar que os brasileiros de classe média comem demais e as sobras de alimentos deveriam ser utilizadas para mitigar o problema da fome. Mais de 125 milhões de brasileiros vivem atualmente sem a certeza do prato de comida na mesa e com uma política econômica que ignora os mais pobres e reduz o atendimento público.

Há mais de 4 anos, a Fenafisco (Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital), em conjunto com outras entidades, atua de forma ímpar na construção de projetos para tornar o país mais justo. Entre as propostas, está o documento ‘Tributar os Super-ricos para Reconstruir o País’, que demonstra a capacidade do governo de arrecadar R﹩ 292 bilhões ao ano com oito medidas tributárias. O montante pode ser utilizado para financiar programas sociais, além de ajudar na redução da desigualdade, aumentando a justiça fiscal no Brasil com um sistema tributário progressivo.

Falas como a de Paulo Guedes só reforçam o despreparo das cabeças que comandam atualmente a nação. Para sair da crise, aprofundada nos últimos anos por ações ineficientes, é necessário o fortalecimento dos serviços públicos e amparo à população mais vulnerável.

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Abraji inaugura curso aberto de checagem de fatos com apoio da Google News Initiative

A checagem de fatos será tema de curso on-line da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) destinado a profissionais da imprensa e estudantes de comunicação. O programa de treinamento Monitoramento e Investigação de Conteúdos Digitais conta com apoio da Google News Initiative (GNI) , projeto do Google focado em fortalecer a imprensa nacional e desenvolver os veículos no ambiente digital. Inscrições podem ser feitas neste formulário .

As aulas serão disponibilizadas na plataforma de cursos da Abraji e ministradas por nomes importantes do jornalismo nacional, com experiência na verificação de dados e informações, a exemplo dos jornalistas Patrícia Campos Mello (Folha de S. Paulo), Daniel Bramatti (Estadão), Ana Carolina Moreno (TV Globo) e Sérgio Ludtke, editor do Comprova e coordenador do curso.

Ao todo, serão 22,5 horas de conteúdo, com interações assíncronas diárias de 1h30 por três semanas, no período de 5 a 23 de julho. Estão marcadas, ainda, cinco sessões virtuais ao vivo para o esclarecimento de dúvidas diretamente com os instrutores. A Abraji espera formar 5.000 alunos certificados.

Programação

O conteúdo programático está dividido em quatro blocos, Desinformação, Monitoramento,, Verificação e Narrativas. Entre os componentes curriculares estão O Cenário da desinformação no Brasil, a Desinformação e teorias conspiratórias, as Ferramentas de Monitoramento, a Verificação de Imagens e a Verificação de Vídeos.

Serão explorados também relatos de investigações sobre redes de disseminação de desinformação e violência digital contra jornalistas, o planejamento e o monitoramento de conteúdos nas plataformas digitais, a configuração da área de trabalho para investigações online, as técnicas para verificação com mapas, as mecânicas de georreferenciamento e outros assuntos.

A coordenação do curso fará três apresentações abertas de divulgação do programa para redações, profissionais e escolas de jornalismo, apresentando a estrutura do curso e a importância de se incorporar as técnicas de verificação e monitoramento na rotina diária das redações. As agendas ocorrerão nos dias 16, às 11h 23, às 14h .

O curso Monitoramento e Investigação de conteúdos digitais conta com o apoio da Google News Initiative, programa que desde o início da pandemia lançou programas e fundos de apoio a organizações de fact-checking pequenos e médios veículos jornalísticos no Brasil , e realizou a primeira edição do GNI Startup Lab , um programa inédito de aceleração de startups jornalísticas no Brasil.

Mais informações

Abraji - cursos@abraji.org.br

segunda-feira, 14 de junho de 2021

Goiânia é uma das 60 cidades que confirmaram atos neste sábado contra Bolsonaro

A UBES, UNE e ANPG convocaram estudantes de todo país para neste dia 19 de junho participarem de mais um ato contra o governo Bolsonaro, a negligência na pandemia e os cortes na educação. As entidades aproveitarão a oportunidade para recolher alimentos e distribuir máscaras. Em Goiânia, o ato está marcado para a Praça Cívica, a partir das 9 horas.

Não vamos sucumbir ao genocídio e ao retrocesso, vamos nos organizar para defender nosso futuro. Dia 19 de junho iremos às ruas denunciar e resistir a tantos ataques. Nós exigimos vida, pão, vacina e educação”. É com essa frase que a presidente da UBES, Rozana Barroso, convoca estudantes do Brasil inteiro para os atos contra o governo Bolsonaro que acontecem neste sábado.

Para o dia 19 as recomendações continuam:  uso de máscara, estratégias de distanciamento e álcool em gel. A UBES, UNE e ANPG também estarão recolhendo alimentos não perecíveis para distribuição em comunidades carentes e distribuirão máscaras no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Confira os locais de atos já confirmados: 

▪️ CENTRO-OESTE

1- GO: Goiânia (09h, Praça Cívica)

2- MT: Cuiabá (10h, Praça Alencastro)

3- MS: Três Lagoas ( 09h, Praça do Relógio) 

4- MS: Bonito (16 h, Praça da Liberdade)

5- MS: Corumbá (08:30, Na Frei Mariano com a Dom Aquino)

6- MS: Campo Grande (09h, Praça do Rádio)

▪️ SUDESTE

1- SP: Capital (16h, MASP)

2- SP: Piracicaba (10h, Praça José Bonifácio)

3- SP: Campinas (10h, Largo do Rosário)

4- MG: Belo Horizonte (13h30, Praça da Liberdade)

5- SP: Santo André (13h, Paço Municipal)

6- SP: Araçatuba (10h, Praça Rui Barbosa)

7- SP: Marília (10h, Praça da Prefeitura)

8- RJ: Resende (10h, Mercado Popular)

9- RJ: Rio de Janeiro (10h, Zumbi dos Palmares, Centro)

10- RJ: Rio das Ostras (9h, Posto de Saúde da Familia do Âncora.)

11- RJ: Macaé (9h30, Praça Veríssimo de Melo)

12- SP: Sorocaba (10h, Praça Coronel Fernando Prestes)

13- SP: Peruíbe (10h, Praça Flórida)

14- MG: Montes Claros (9h, Praça do Automóvel Clube)

15- ES: Vitória (15h, Teatro UFES Goiabeiras)

16- RJ: Campos dos Goytacazes (9h, Praça São Salvador)

17- MG: Viçosa: (09h30, 4 pilastras)

18- MG: Pouso Alegre (09h30, Catedral)

19- SP: Poá (10h, Praça Santo Antônio)

20- SP: Praia Grande (10h, Samambaia, altura do Krill)

21- RJ Nova Iguaçu | 9h Praça Direitos Humanos Via Light 

22- RJ Petrópolis | 11h Praça da Inconfidência

23- RJ Nova Friburgo | 14h Praça Demerval Barbosa

24- RJ Teresópolis | 9h Praça do Sakura

25- RJ Volta Redonda | 9h Vila UFF

26- RJ Angra dos Reis | 9h praça do papão

27- RJ Cabo Frio* | 18/06 17:30h Praça Porto Rocha

28- RJ Santo Antônio de Pádua | 11h Bar Cariocando

29- RJ  Bom Jesus de Itabapoana | Praça Governador Portela

30- RJ Itaperuna | 16h Concha Acústica

31- RJ Valença | 10h Jardim de Cima

32- RJ Barra do Piraí | 8:30h Carreata Rua Joana Angélica (Light)

33- RJ Barra Mansa | 11h Praça da Matriz

34- RJ Vassouras | a confirmar

▪️ SUL

1- RS: Porto Alegre (15h, Largo Glenio) 

2- RS: Santa Maria (10h, Praça Saldanha Marinho)

3- SC: Florianopolis (9h, Praça Tancredo neves, frente da ALESC)

4- SC: Chapecó (9h30, Praça Coronel Bertaso)

5- PR: Curitiba (15h, Praça Santos Andrade)

6- PR. Maringá (14h, Praça Raposo Tavares)

7- PR. Foz do Iguaçu (9h, Praça da Paz)

8- PR. Ponta Grossa (15h, Praça Barão de Guaraúna)

9- PR. Londrina (16h, em frente ao Teatro Ouro)

10- RS: Caxias do Sul (15h, Praça Dante Aligheri)

11- RS: Canoas (13h30, Praça do Avião)

▪️ NORDESTE

1- BA: Salvador (14h, Praça do Campo Grande)

2- RN: Natal (15h, Midway)

3- RN: Mossoró (16h, Teatro Municipal)

4- PE: Recife (9h, Praça do Derby

5- SE: Aracaju (9h, Praça da Bandeira)

6- MA: São Luís (9h, Praça Deodoro) 

7- Ma: Caxias (8h30, Concentração Matriz)

8 - PI: Teresina (08h, Praça Rio Branco)

9 - PI: Picos (07:30, Praça Felix Pacheco)

▪️ NORTE

1- PA: Belém (8h,  Mercado de São Brás) 

2- AM: Manaus (15h, Praça da Saudade). 

3-AP: Macapá (16h, Praça da Bandeira)

CPI da Covid e TCU recebem relatório sobre desvio de verba de publicidade exclusiva para o combate à pandemia

O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) entregou neste domingo (13) ao presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, documentação sobre o desvio de R$ 52 milhões para publicidade de combate à Covid-19, mas que foram usados em propagandas de ações institucionais do Executivo. O parlamentar comprovou a irregularidade a partir de relatórios que solicitou à Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) e também de materiais públicos da própria CPI.

“É vergonhoso. Bolsonaro usou dinheiro público de forma irregular para promover o governo em vez de aplicar no combate à pandemia. Esse dinheiro tinha destino já definido, não poderia ser alterado”, explica o deputado. Elias Vaz também vai encaminhar nesta segunda-feira (14) representação ao Tribunal de Contas da União pedindo fiscalização de desvio de finalidade.

A verba alocada pela medida provisória 942, de abril de 2020, que liberou créditos extraordinários para o combate à doença, faz parte do Orçamento de Guerra (usado para enfrentar a calamidade pública decorrente da pandemia) e tinha o objetivo de informar a população e minimizar os impactos decorrentes da proliferação da doença.

A Secom solicitou ainda verba dos Ministério da Saúde e da Cidadania. “Foram realizados quatro TED’s (termos de execução descentralizada) das pastas para a Secretaria transferindo dinheiro para alardear ações do governo”, conta Elias Vaz. “Os recursos deveriam ser aplicados, por exemplo, em campanhas de uso de máscara, álcool em gel e isolamento social. Do ponto de vista orçamentário, o governo cometeu um crime”, explica o deputado.