segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Bolsonaro decide tirar do pobre para não mexer com o rico

bolsonaro e a renda cidadã
O anúncio de hoje, sem direito a perguntas de jornalistas, do programa Renda Cidadã, confirma a intenção do presidente Jair Bolsonaro de não mexer com os ricos, afirmam os integrantes da campanha Renda Básica Que Queremos. Como um Robin Hood às avessas, o governo prefere tirar dos pobres, usando recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), a principal fonte de recursos para a educação básica no país, afirma material distribuído à imprensa.

Confira:

"A campanha Renda Básica Que Queremos - que defende a manutenção da renda emergencial no patamar de R$ 600 até dezembro - repudia esse arranjo mambembe que reduz o valor que os beneficiários do Bolsa Família já recebem e põe em risco o destino das poucas verbas destinadas à educação básica.

Repudiamos que um mecanismo de redução de desigualdades sociais tão importante seja tratado como mero trampolim eleitoral, no qual o nome e o marketing fazem mais diferença do que sua efetividade e sua sustentabilidade no longo prazo.

O Brasil precisa de uma renda básica permanente porque a situação de exceção que o benefício emergencial pretendeu amenizar é a realidade de dezenas de milhões de brasileiros que vivem na pobreza. Nosso país nunca resgatará a dignidade de toda sua população se não encarar com seriedade a urgência de reduzir o hiato entre os mais ricos e os mais pobres, transferindo renda e provendo serviços públicos de qualidade.

O projeto anunciado hoje da Renda Cidadã é um claro exemplo da perversidade do teto de gastos sociais estabelecido pelo governo anterior, que embora não enfrentasse os efeitos deletérios da pandemia, já tinha ciência dos dramáticos índices de desigualdade social do país."

Família do Sítio fornece enxovais contra a covid-19 para supermercados locais do DF e Goiás

totens com acionamento por pedais para alcool gel
Totens de álcool tem acionamento por pedal (F: Divulgação)
A Família do Sítio está fechando parceria com redes locais de supermercados do DF e entorno para fornecer um enxoval de equipamentos de proteção contra a covid-19. O kit conta com um totem para aplicação de álcool em gel, máscaras para os caixas e marcações de fila para manter o distanciamento social. Até o momento, as cinco unidades da rede Ponto Alto já estão com o enxoval instalado e outras redes devem receber o material em breve.

“As grandes redes em geral já fizeram esse trabalho, mas nós identificamos que as redes locais, supermercados menores, não tinham marcação ou não estavam padronizadas”, conta a gerente de Trade Marketing da Família do Sítio, Ana Carolina Paz. “Esse enxoval é importantíssimo tanto para a proteção dos clientes como dos próprios funcionários. A Família do Sítio se preocupa muito com a segurança de todos que trabalham nas instalações e das equipes que estão na rua. Por que não teríamos o mesmo cuidado com nossos parceiros?”, continua.

O totem com álcool em gel possui acionamento por pedal, o que minimiza a necessidade de contato, e as marcações foram instaladas nas filas do caixa. Em alguns casos, por pedido do supermercado, as marcações foram instaladas também nas filas da padaria e do açougue.

A parceria está sendo fechada agora com o supermercado Rio Vermelho, de Formosa GO, e em breve outros estabelecimentos receberão o kit para contribuir com a segurança de todos os frequentadores.

Minerva Foods doa 150 testes rápidos para o município de Palmeiras de Goiás

município recebe testes rápidos de covid
Como forma manter o auxílio às instituições a enfrentar esse momento adverso e conter o avanço da COVID-19, a Minerva Foods, líder em exportação de carne bovina na América do Sul e uma das maiores empresas na produção e comercialização de carne in natura e seus derivados na região, doou 150 testes rápidos para diagnóstico do novo coronavírus à Secretaria Municipal de Saúde de Palmeiras de Goiás.

Doações anteriores à comunidade

Recentemente, a Minerva Foods disponibilizou 650 testes rápidos de diagnóstico da COVID-19 para as Secretarias Municipais de Saúde na região sendo 450 para Palmeiras de Goiás, 100 à Cezarina e mais 100 para Campestre, que totalizam 750 unidades. No último mês, a Companhia anunciou a doação de R﹩ 360 mil para subsidiar o aluguel de unidade hospitalar particular a fim de ampliar o atendimento e serviço público de urgência e emergência no combate à COVID-19. Além da doação de recursos financeiros, a Minerva Foods estendeu até setembro o aluguel da UTI Móvel cedida ao município de Palmeiras de Goiás.

As doações anteriores também incluíram 10 mil pares de luvas descartáveis; mais de 15 mil máscaras descartáveis; 834 kg de carne (enlatada e almondega); cerca de 2.300 medicamentos; e 500 cestas básicas. As doações tiveram como destino a Secretaria Municipal de Saúde de Palmeira de Goiás, o Lar São Vicente, a Prefeitura Municipal e o SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.

65% dos brasileiros pagariam mais por produtos de lojas que priorizam saúde e segurança de clientes

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(Imagem: freepik)
Quase dois terços (65%) dos brasileiros estão dispostos a pagar mais por produtos em lojas que estão fazendo um trabalho melhor para garantir a saúde e a segurança de seus clientes durante a pandemia. Destes, 84% pagariam até 10% a mais no valor do item, 12% pagariam até 25% a mais e 4% pagariam acima de 25% a mais.

O dado faz parte da “Consumer Health and Safety Brasil”, uma pesquisa sindicalizada realizada com 800 pessoas de todo o Brasil e comercializada pela Ipsos com o objetivo de mapear informações sobre o que faz os consumidores se sentirem seguros em pontos de venda físicos, comparando resultados de diferentes setores de atividade e região e oferecendo insights e estratégias possíveis para a retomada comercial após a flexibilização das restrições impostas pela pandemia.

No estudo, os respondentes avaliaram quais medidas implementadas pelos estabelecimentos para manter os clientes saudáveis e seguros durante a crise sanitária consideravam mais relevantes. Em primeiro lugar, ficou a obrigatoriedade do uso de máscaras por clientes, citada como uma precaução essencial por 54% dos ouvidos. Já o uso de máscaras por funcionários apareceu na segunda posição, com 51%. A medida de disponibilizar álcool em gel para clientes dentro da loja veio em terceiro (45%), seguida da disponibilidade do mesmo na porta de entrada (44%). Fechando o top 5, ter funcionários desinfetando carrinhos de compras, entrada e caixas à vista dos consumidores foi considerado essencial por 38%.

Dos 800 entrevistados que participaram da pesquisa, 88% disseram ter visitado um supermercado nos últimos 30 dias, 76% foram à farmácia, 52% ao banco, 45% ao posto de gasolina e 36% frequentaram um armazém/mercearia.

O “novo normal”

A pesquisa apontou ainda que 75%, ou seja, três em cada quatro consumidores ouvidos, não se sentiriam confortáveis em voltar imediatamente a frequentar pontos de venda físicos uma vez removidas todas as restrições de funcionamento impostas pelas autoridades, como limitação de ocupação, limitação de dias e horários de funcionamento, exclusividade de horário para determinados públicos, alteração de rotina, dentre outros.

Destes, 10% esperariam uma semana antes de voltar às lojas e instalações comerciais, 14% retornariam em 2 ou 3 semanas e 13% em um mês. Um terço (32%) só se sentiria confortável em voltar depois de, pelo menos, 3 meses e 7% dizem que nunca se sentirão bem novamente em pontos de venda físicos. Considerando a base de pessoas que demonstra desconforto, 63% dizem que teriam medo de ficar doentes e 55% se preocupam que haveria muita gente comprando nas lojas.

Na hipótese de remoção das restrições e reabertura total, apenas 14% dos entrevistados afirmaram que estariam confortáveis em voltar a frequentar estabelecimentos comerciais imediatamente; 10% não souberam responder.

O estudo “Consumer Health and Safety Brasil” foi realizado com uma amostra de 800 brasileiros com idade acima de 18 anos de todo o país, que visitaram pelo menos uma empresa nos setores pesquisados nos últimos 30 dias. O levantamento dos dados aconteceu entre os dias 19 e 26 de junho de 2020. A margem de erro é de 3,5 p.p..

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Bolsonarista para professora: "Só por eu ter um no meio das pernas já sou melhor do que você"

rayker oliveira exonerado da prefeitura de Goianésia
Nas redes sociais, Rayker mostra apoio a Bolsonaro (Repdodução)
O funcionário público comissionado da prefeitura de Goianésia (GO) Rayker Jeorge da Silva Oliveira foi exonerado do cargo de assessor de apoio executivo do gabinete do prefeito após ofensas machistas contra uma professora da cidade. Assessor direto do prefeito Renato Menezes de Castro (MDB), Rayker se envolveu em uma discussão com a professora e enviou a ela vários áudios com ofensas, que acabaram viralizando. Em um dos áudios, o servidor fala:

"Só pelo fato de eu ter um no meio das pernas já sou melhor do que você, entendeu? Só na escala da evolução tenho uma resistência física muito maior, tenho inteligência maior (sic) e ganho um salário melhor. Então sou basicamente um deus. E você, é quem?"

Ouça um dos áudios: 

O agressor se declara como bolsonarista nas redes sociais e já fez diversas postagens atacando o que considera grupos adversários de Jair Bolsonaro. Também existem postagens homofóbicas e machistas. Em uma delas, no Twitter, ele diz:

"É ridículo se gravar malhando em casa com objetos aleatórios? É. Tá errado? Não. Enquanto tiver gostosas aleatórias enfiadas numa calça colada e fio dental do tipo "meu marido morreu, estou tão só" postando tudo nas redes sociais, eu defenderei essa prática ridícula até a morte."



Em outra, comenta: "Entre no casamento só com a bunda e o RG, saia dele com metade das coisas do cara." Os impropérios continuam contra estudantes universitários, gays, cantores de MPB e por aí vai.

Na discussão com a pedagoga ele ainda se vangloria de ser advogado e garante que teria mais quatro anos de "vida boa" na prefeitura caso Castro, que não é mais candidato, se reelegesse: "No final, nós vamos ganhar e pisar na goela de todo mundo".



O prefeito de Goianésia emitiu uma nota em que repudia as declarações do servidor: "A Prefeitura de Goianésia repudia veementemente as declarações presentes em um áudio de Whatsapp que circulou, fazendo declarações aos profissionais da educação. Salientamos ainda, que nosso respeito e valorização por essa classe sempre foi prioridade (...)", diz trecho do documento.

A Ordem dos Advogados do Brasil (Subseção de Goianésia) também considerou as declarações de Rayker "hostis, desonrosas e preconceituosas". 

Após a polêmica, o agressor tornou privada sua conta no Instagram e pediu desculpas "a todos os professores e pedagogos", alegando que sua discussão era com uma única pessoa que o atacava.