quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Candidato derrotado à prefeitura de Manaus quer censura e multa de R$ 100 mil a site

Nicolau: derrota, multa e censura
Newsletter enviada a leitores pela equipe do Intercept Brasil revela nova investida do candidato derrotado à prefeitura de Manaus, Ricardo Nicolau (PSD), contra a liberdade de imprensa. O candidato ficou incomodado com a revelação de que ele e sua família mantêm relações pouco institucionais com magistrados da Justiça amazonense. 

Confira:

"Censura ao TIB: eles querem R$ 100 mil

Ricardo Nicolau, candidato derrotado a prefeito em Manaus, conseguiu censurar uma matéria do Intercept no último fim de semana graças a uma decisão de um juiz que possui relações próximas com sua família. Agora ele quer tirar do ar a segunda reportagem que publicamos sobre o caso e ainda nos cobrar uma multa de R$ 100 mil por dia. 
 
No sábado, Nicolau entrou com uma representação na justiça eleitoral para tirar do ar não somente este texto, mas o site inteiro! Abismados com a decisão do juiz Alexandre Henrique Novaes de Araújo, que falava em “fatos sabidamente inverídicos” sem apontar que fatos eram esses, derrubamos a reportagem no domingo pela manhã porque a multa diária era de R$ 20 mil. Na terça, orientados por nossos advogados, republicamos a matéria com base no entendimento de que com o fim da eleição acabava a censura. Publicamos também um texto em que a repórter Nayara Felizardo explica o que aconteceu e detalha as relações da família Nicolau com o judiciário amazonense, em especial com o magistrado que tão prontamente atendeu ao pedido do então candidato. 
 
Ontem fomos novamente surpreendidos com outro pedido feito por Nicolau à Justiça Eleitoral. Mesmo derrotado na eleição, ele ainda quer ver nosso texto fora do ar e nos prejudicar financeiramente. No novo pedido, o ex-candidato solicita a retirada do ar da segunda reportagem e pede uma multa diária de R$ 100 mil. Pede também o pagamento de outros R$ 20 mil como punição pela suposta desobediência à ordem judicial, que não aconteceu.
 
É assim que agem os poderosos deste país diante do jornalismo independente. A reportagem de Nayara é correta do início ao fim. Baseada em ampla documentação e cuidadoso trabalho de apuração. Pelo menos 7 profissionais se envolveram na produção da matéria: além da repórter, editores, advogados. Os pedidos de Ricardo Nicolau não apontam um único equívoco no texto e ainda assim, fomos obrigados a tirá-la do ar no domingo. 
 
Se as exigências feitas por ele forem acatadas será um triste marco no desrespeito à liberdade de imprensa. Alguns colegas já se manifestaram diante desse horror. O jornalista Reinaldo Azevedo escreveu sobre o caso, que chamou de “surrealista”. A Abraji atentou para um fato: Letícia Kleim, assessora jurídica da entidade dos jornalistas investigativos, avalia que as semelhanças entre as quatro petições feitas pela coligação “podem indicar uma tentativa de controlar a livre distribuição dos processos”. O Conjur foi na mesma linha: “Merecem ser investigadas as suspeitas de fraude à livre distribuição, diante do ajuizamento de quatro ações sucessivas e com o mesmo objeto, até que ocorresse a distribuição ao juiz que proferiu essa inusitada decisão".

Por Paula Bianchi, The Intercept Brasil"

Animação de Goiânia está entre os filmes selecionados pelo Petrobras Cultural para Crianças

O curta de animação goianiense Geração Alpha, "uma história que incentiva nossas crianças à leitura", segundo os produtores, foi um dos projetos selecionados pelo projeto Petrobras Cultural Para Crianças. A peça, produzida pela Caolha Filmes, foi uma das 16 escolhidas entre 49o inscritos. As produções são voltadas especialmente para crianças de até 6 anos.

As produções serão exibidas em plataformas digitais. O resultado foi anunciado nesta quarta-feira (18/11), com contemplados de oito estados e o Distrito Federal, que apresentaram propostas de temas variados, curtas e médias metragens e diferentes técnicas de animação. A verba total investida pela Petrobras será de R$ 4 milhões.

“Temos visto que o Brasil é um celeiro cultural enorme para esse segmento destinado à primeira infância. Acreditamos que incentivar a animação pode impulsionar a produção de filmes de qualidade para essa faixa etária”, comenta o gerente de Patrocínio e Eventos da Petrobras, Aislan Greca.

Os projetos foram selecionados após etapas de checagem pela equipe da Petrobras e análise técnica com o auxílio de especialistas em primeira infância e em cinema de animação. Para Tiago MAL, animador e produtor audiovisual que integrou a comissão de seleção, a animação para o público infantil no Brasil está em um patamar muito elevado, o que ficou expresso nos projetos contemplados. “Os resultados obtidos são recortes de uma produção robusta, incrivelmente criativa e que se desenvolve em todas as regiões”, afirma Tiago, que atua na área de animação infantil como produtor e animador em curtas‐metragens, vídeos institucionais e comerciais.

A diversidade regional dos projetos inscritos também é destacada por Bruno Honda, outro especialista que participou da seleção. “Pude avaliar projetos de todas as regiões do Brasil, com uma diversidade de olhar de tamanho tão continental quanto o nosso país”, comenta o animador, com ampla experiência em criação de séries animadas, além de ser diretor, produtor, designer e ilustrador.

Petrobras Cultural para Crianças

A Petrobras vem apoiando projetos que incentivam a primeira infância, que vai de zero até os 6 anos. Diversas pesquisas reforçam que nesta fase se desenvolvem as habilidades cognitivas fundamentais que vão durar para toda a vida. Além disso, o cérebro da criança tem um enorme poder de absorção, sendo território fértil e aberto para as práticas artísticas, educativas e culturais. Assim, investir na Primeira Infância é possibilitar a evolução de competências essenciais para uma criança, tendo em vista que nessa fase são vividas experiências e descobertas que são levadas para o resto da vida e podem transformar realidades.

A iniciativa Petrobras Cultural para Crianças já lançou em 2020 outras duas chamadas para recebimento de projetos. A primeira, com investimento de R$ 4 milhões para artes cênicas, terá espetáculos de teatro e dança que começam a ser exibidos no início de 2021. A outra, para feiras e eventos literários, com valor total de R$ 2 milhões, está com inscrições abertas pelo site www.petrobras.com.br/cultura até 8 de janeiro de 2021.

Confira os contemplados:

Geração Alpha
Caolha Filmes, de Goiânia (GO)

A Baleia Mágica
Douglas Ferreira Produções, de São Paulo (SP)

Anacleto, o Balão
Dogzilla Studio, de Curitiba (PR)

As Aventuras da Toninha Babi – Novos Mares
Rizoma Estúdio, de Joinville (SC)

Auts & Stella
Ideograma Filmes, de Salvador (BA)

Celeste
Spirit Animation, de Curitiba (PR)

Maréu

Caseiras Produções Culturais, do Rio de Janeiro (RJ)

Martina e Guará
Estudio Paulares, de Belo Horizonte (MG)

Menino Monstro
Pink Flamingo Filmes, de São Paulo (SP)

Música das Esferas
Bummub, de São Paulo (SP)

O Micronauta
Macaco Hábil - Gabinete de Curiosidades, de Goiânia (GO)

O Tubarão Martelo e os Habitantes do Fundo do Mar
Luz Comunicação, de Belo Horizonte (MG)

Os Novos Brinquedos de Lupita
Petit Fabrik , de Manaus (AM)

Pulsa Passarinho
Makoto Studio, de Brasília (DF)

Tom Tamborim
Hasta La Luna Iniciativas Culturais, de Salvador (BA)

Turma do Folclore - Os Protetores da Natureza
Canoa Produtora, de São Paulo (SP)

4 em cada 5 brasileiros tomariam vacina contra Covid-19, mostra Ipsos

Entre os que optam pela não-vacinação, 48% justificam que os testes clínicos estão avançando rápido demais

No Brasil, 81% das pessoas se vacinariam contra a Covid-19 caso uma imunização estivesse disponível. É o que mostra a edição de outubro da pesquisa “Global Attitudes on a Covid-19 Vaccine”, realizada pela Ipsos com entrevistados de 15 países, sendo mil brasileiros. Em agosto, eram 88%.

Considerando todas as nações participantes do estudo, a média global de pessoas que pretendem se vacinar é de 73%. Índia (87%), China (85%) e Coreia do Sul (83%) lideram com os índices mais altos de adesão à vacinação – o Brasil vem em 4º lugar. Já os países com menor intenção de se imunizar contra a Covid-19 são França (54%), Estados Unidos s Espanha (empatados com 64%) e Itália (65%). Desde o último levantamento, há pouco mais de dois meses, houve declínio na intenção de tomar vacina em 10 das 15 nações avaliadas.

Ainda de acordo com a pesquisa, 4 em cada 10 entrevistados brasileiros (40%) acreditam que a vacina só estará disponível para o uso geral daqui 4 a 6 meses. Mais otimistas, 23% acham que a imunização vai à mercado entre 2 a 3 meses e 4% creem que será em 1 mês. Entre aqueles com uma expectativa mais baixa, 11% acreditam que o país terá vacinação daqui 9 meses, 12% acham que só após um ano e 10%, ou seja, 1 em cada 10, creem que a vacina contra Covid-19 só estará disponível daqui 18 meses ou mais.

Justificando a não-vacinação

Entre o percentual de brasileiros que não tomaria a vacina caso estivesse disponível, 48% justificaram que estão preocupados com o avanço muito rápido dos testes clínicos. Além disso, 27% citaram preocupação com os efeitos colaterais, 7% não se vacinariam pois não acreditam que a imunização seria eficaz, 7% alegam que o risco de contágio pela Covid-19 é baixo, 6% se declaram contra vacinações em geral e 3% mencionaram outras razões. Globalmente, o motivo mais citado foi a preocupação com efeitos colaterais (34%).

Quando perguntados se concordam que “a chance de ter Covid-19 é tão pequena que a vacina não é necessária”, o percentual de respostas afirmativas dos brasileiros ficou entre os mais baixos. Apenas 18% concordam com a frase, atrás do Canadá (16% de concordância) e Coreia do Sul, México e Reino Unido (cada um deles com 17%). Por outro lado, os países que mais concordam são Índia (52%), Estados Unidos (31%) e China (29%).

A pesquisa on-line foi realizada entre os dias 08 e 13 de outubro de 2020 com 18.526 entrevistados de 15 países com idade de 16 a 74 anos. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.

Goiânia é apenas a 10ª capital mais competitiva

 Região Centro-Oeste teve desempenho mediano na primeira edição do Ranking de Competitividade dos Municípios, com poucos municípios no topo, mas apenas dois entre os 50 piores

Goiânia ficou em 90º lugar entre cidades com mais
de 80 mil habitantes (F: Paulo José/Prefeitura)
Com duas capitais entre as 100 cidades mais competitivas do país, a região Centro-Oeste teve um desempenho mediano no Ranking de Competitividade dos Municípios, realizado pelo CLP (Centro de Liderança Pública), em parceria com a Gove e o SEBRAE, que analisa a capacidade competitiva de 405 cidades com mais de 80 mil habitantes do País. A cidade mais bem colocada na região foi a capital de Goiás, Goiânia, que figurou na 90ª posição do ranking geral e na 10ª posição considerando apenas as capitais, com destaque para seu bom desempenho na dimensão Econômica, que engloba pilares, como Capital Humano, Inserção Econômica e Telecomunicações.

Pouco atrás de Goiânia, na 93ª colocação no ranking geral, ficou a capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, que se destacou pelo bom desempenho na dimensão Institucional, na qual ficou em 39º lugar. Esta dimensão leva em conta pilares como Funcionamento da Máquina pública e Sustentabilidade Fiscal.

Ao todo, foram analisados 28 municípios do Centro-Oeste, o que equivale a 6,9% da amostra, sendo a região com menor número de municípios no estudo. Na média, um município do Centro-Oeste ocupa a metade de baixo do ranking geral, na posição 237 no ranking geral. Os números também revelam as disparidades entre municípios dentro do próprio Estado de Goiás. Se por um lado é o que tem a cidade mais bem colocada no ranking geral, por outro é o que concentra o maior número de municípios mal colocados da região. Todos os cinco últimos colocados do Centro-Oeste pertencem ao Estado de Goiás: Senador Canedo, Águas Lindas de Goiás, Novo Gama, Luziânia e Planaltina, sendo que estas duas últimas figuram entre as 50 piores colocadas no ranking.

"Depois de nove edições do Ranking de Competitividade dos Estados decidimos ampliar a análise competitiva da gestão pública também para a esfera municipal. Os recém-eleitos podem obter um amplo mapeamento dos desafios, direcionando, de forma mais precisa, a atuação das lideranças municipais para planejamento e atuação para aquilo que é prioritário. Na outra ponta, além de atrair novas empresas, também é uma ferramenta para cidadãos avaliarem e cobrarem de forma eficiente o desempenho dos formuladores de políticas públicas", afirma Tadeu Barros, diretor de Operações do CLP.

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Deputada Delegada Adriana Accorsi e família sofrem ameaça de morte

A deputada estadual Delegada Adriana Accorsi, ex-candidata do PT à Prefeitura de Goiânia, recebeu na segunda-feira ameaça de morte contra ela e a família através de uma mensagem privada no Instagram. Nela, o perfil hugorossi47, provavelmente criado apenas para o ato criminoso diz: 

-"Não existe policial esquerdista, pq (sic) defende bandido tem que morrer". 

-"Eu sei que você não tem treinamento tático e sua família é fácil ser encontrada"

-"Goiás não é merda do Nordeste"

"Comunista, já comprou caixão da Verônica e da Helena?", referindo-se às filhas da deputada e delegada.

Imediatamente, a Polícia Civil foi acionada e investiga o caso. Uma escolta armada segue na proteção da família de Adriana Accorsi.

(*) Com informações da assessoria