quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Assassinato do jogador Daniel teve a participação de filho de políticos influentes

Cristiana e Juninho: estupro descartado (Reprodução Facebook)
A polícia do Paraná começa a desvendar a motivação e a forma do assassinato do jogador Daniel. Ao contrário da versão sustentada pelo (agora suposto) assassino confesso Edison Brittes, o Juninho, de que teria cometido o crime sozinho, os indícios apontam para a participação de um dos filhos de um casal de políticos de São José dos Pinhais, cidade na região metropolitana de Curitiba onde o jogador foi agredido e morto.

Segundo depoimento de Juninho, revelado pelo UOL Esportes, outras pessoas participaram das agressões, todas já identificadas pela polícia. O empresário deu detalhes das agressões, mas se recusou a falar como o jogador foi morto. Ele disse ter assumido o crime sozinho para proteger o filho dos políticos, que tem um irmão gêmeo que também estava na festa, mas não teria participado das agressões.

A polícia também descartou a possibilidade de tentativa de estupro da mulher de Juninho por parte de Daniel. Juninho, a mulher Cristiana Brittes e a filha do casal, Allana, amiga de Daniel, continuam presos.

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Ex-petista e atual secretário do governo tucano quer abrir igreja em Goiânia

Tayrone com Marconi Perillo (PSDB) e Paulo Garcia (PT): abandono da política em nome da evangelização
O secretário Extraordinário do governo de Goiás e ex-vereador pelo PT Tayrone di Martino (PSDB) pretende abrir uma igreja "nem católica nem evangélica" em Goiânia no ano que vem. A  Igreja Missionaria do Eterno Amor de Cristo terá sede no setor Cândida de Morais, região Noroeste e mais pobre da Capital. A informação é do site Mais Goiás.

Jornalista de formação e eleito vereador pelo PT, Tayrone, que tem fortes ligações com a igreja católica, especialmente com o padre Robson Oliveira, titular do Santuário do Divino Pai Eterno de Trindade, Região Metropolitana de Goiânia, se aboletou no ninho tucano após divergências com o então prefeito Paulo Garcia (PT) (morto em 2017) durante votação do aumento do IPTU ainda na gestão passada, quando passou a integrar altos cargos no governo do peessedebista Marconi Perillo.

"Não quero um projeto de denominação católica ou evangélica. Será um novo plano de evangelização, obviamente, respeitando minhas origens e também outras correntes cristãs. Acredito que a mudança do mundo passa pela evangelização, por isso fiz essa opção", declarou Tayrone.

Os tucanos perderam o governo do estado para Ronaldo Caiado (DEM) ainda no primeiro turno após 20 anos no comando do estado, com breves espaços para partidos aliados.

Contatado pelo Mais Goiás para analisar a decisão do afilhado religioso, o ocupado padre Robson disse que "só teria agenda para falar cinco minutos ao telefone com esta reportagem no final deste ano".

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Alunos e professores do Basileu França protestam contra atraso de salários

Professores e alunos protestam no Basileu
Professores do Instituto Basileu França, unidade de ensino do governo de Goiás, estão reunidos, neste momento, em assembleia para decidir os próximos passos do protesto contra os constantes atrasos no pagamento dos salários. A manifestação ganhou apoio dos alunos e parte da instituição está com as atividades paralisdas.

O Basileu é gerido pela OS (Organização Social) Cegecon e os professores são contratados em regime de CLT, que determina o pagamento dos salários até o quinto dia útil do mês subsequente.

Os constantes atrasos têm sido justificados pela OS como resultado de repasses não realizados pelo governo do estado.

Professor da FGV analisa o cenário político-eleitoral

Para Carlos Pereira, cientista político da Fundação Getulio Vargas (FGV), a atual polarização que tomou conta do ambiente eleitoral é fruto do descrédito nos políticos, alinhado a uma conjuntura econômica sem precedentes. Segundo ele, a reação do eleitorado é uma resposta aos escândalos, quase diários, envolvendo políticos radicados em partidos tradicionais.

"Este cenário gerou um descrédito e uma incapacidade desses partidos políticos de continuarem a representar a sociedade brasileira. De certo ponto, o candidato que soube, de uma forma hábil e eficaz, 'se vender' para esses eleitores desiludidos como uma alternativa contra tudo que está aí, levou vantagem na corrida eleitoral", analisa Carlos Pereira.

O cientista político da FGV ressalta, no entanto, que essa polarização vem desde o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e que, talvez, tenha sido constatada no país apenas no período pré-1964, quando um presidente renunciou e outro quase não assumiu.

"No momento, o discurso conservador se torna viável contra o Partido dos Trabalhadores (PT), que sofreu as maiores punições nos casos de corrupção. Já a estratégia de autovitimização, principalmente após a prisão do ex-presidente Lula, surtiu efeito como alternativa do PT à onda conservadora. Assim os dois polos se tornaram viáveis e ao mesmo tempo se retroalimentam", diz o especialista, que ressalta a possibilidade, não concretizada, de o centro servir como alternativa. Porém, "o centro ficou órfão", atesta Pereira.

Intolerância – O professor afirma que, após a redemocratização, a sociedade brasileira avançou em políticas de inclusão e de tolerância. No entanto, ele sustenta que parte da população, contrária a essas mudanças, se viu, após 30 anos, representada, pela primeira vez, por um candidato que verbaliza essa discordância. "Não acredito que apenas o eleitorado conservador responda pelo sucesso do candidato Bolsonaro. Existe muito antipetismo, mas não resta dúvida que esse conservadorismo estava latente em nossa sociedade", esclarece o cientista político.

O Pereira adverte para os perigos de aumento da onda de intolerância. O especialista diz que o candidato Bolsonaro não pode estimular esse comportamento. "É inaceitável que a população se utilize da polarização política como forma de expressão violenta. As instituições devem ficar atentas a isso e dar um basta", observa.

Fake News - O cientista político constata que a disseminação de notícias falsas nas eleições de 2018 é imensa. De acordo com ele, contudo, é compreensível que a Justiça esteja com dificuldades para coibir esse tipo de comportamento nas redes. "Tudo é muito novo. Precisa-se de um arsenal tecnológico para fazer frente a essa iniciativa fraudulenta.

(*) Da assessoria

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Abrabar comemora vitória sobre o Ecad e a devolução do dinheiro após 7 anos

A partir deste mês os estabelecimentos de lazer, gastronomia e entretenimento do Paraná, estarão aptos a ter seu dinheiro de volta, conforme deliberou o Tribunal de Justiça (TJ-PR) na ação movida contra o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição).

Os bares, restaurantes e similares agora estão isentos dos pagamentos, comemoram a Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) e o Sindiabrabar, após uma batalha jurídica que durou sete anos. A entidade irá repassar, aos estabelecimentos associados e em dia com a entidade, os valores conforme os comprovantes de depósitos para conferência, com a lista apresentada pela Justiça.

A decisão do TJ, é uma resposta a ação promovida pelo Escritório Séllos Knoerr, patrocinada pela Abrabar. No entendimento definitivo, ficou concluído que os bares, restaurantes, cafés, pizzarias, tabacarias, churrascarias, lanchonetes e casas noturnas associadas à entidade e ao Sindiabrabar, têm direito à devolução dos valores cobrados pelo Ecad.

"Os respectivos valores da ação foram depositados em juízo na conta corrente vinculada ao Poder Judiciário, pois os critérios de cobrança que o Ecad utiliza não são claros e muito menos previamente estabelecidos", esclarece o presidente da Abrabar, Fábio Aguayo.

Ao considerar ilegítima a forma de cobrança, segundo Aguayo, a decisão poderá ter efeito multiplicativo em relação a outras ações movidas pelo Ecad no Paraná em todo Brasil. "O próprio Ecad não entrou com recurso em Brasília e nossa ação terminou de fato, com nossa vitória no Tribunal de Justiça", ressaltou.

Má fé do Ecad
O entendimento do TJ segue todas as decisões da vitória da Abrabar na Justiça em segunda instância. "Infelizmente, por má fé, o Ecad continua intimidando nossos associados com cobranças, notificações protestos e litigância aos estabelecimentos e aos membros de nossa categoria com cobranças de valores pendentes", alerta Aguayo.

A diretoria da Abrabar, ainda de acordo com ele, aproveita o momento para agradecer ao Jurídico e todos os estabelecimentos que depositaram em juízo e que agora vão receber seus valores de volta com juros e correção monetária.

"Nosso alerta agora será de esclarecimento e orientação, principalmente em relação aos procedimentos que os empresários devem tomar em relação do ECAD", frisou o presidente da Abrabar. "Da parte de nossa diretoria estamos dando declaração aos nossos membros para que apresentem aos 'fiscais' do Ecad e que deixem presentes em seus respectivos estabelecimentos", orientou.

Esclarecimento
Aguayo adiantou também que a Abrabar irá promover campanhas nas mídias de comunicação, em especial em rádios, sites, redes sociais e outdoors, com apoio do Sindicato das Empresas de Publicidade Externa do Paraná (Sepex-PR). "Aos nossos membros associados basta preencher e reenviar a nossa entidade que assinaremos e devolveremos o certificado para os que estão quites com a tesouraria", disse.

O presidente da Abrabar esclarece ainda que, os empresários que são leigos no Direito ou nos termos jurídicos, que a expressão “Trânsito em julgado” é usada para uma decisão ou acórdão judicial da qual não se pode mais recorrer. "Seja porque já passou por todos os recursos possíveis, seja porque o prazo para recorrer terminou ou por acordo homologado por sentença entre as partes", concluiu Aguayo.


(*) Da assessoria