quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Os super-ricos podem e devem financiar a Renda Cidadã, não crianças e aposentados, diz a Fenafisco

Nota de posicionamento

A Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) se posiciona contrária à proposta do Governo Federal de retirar verbas destinadas ao pagamento de precatórios e ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para financiar o programa Renda Cidadã.

A Fenafisco vê como fundamental um amplo e vigoroso programa social de renda básica, nos moldes do Bolsa-Família, para tirar o Brasil da crise fiscal, sanitária e social em que se encontra. Para financiar esse programa e, com urgência, restituir a segurança alimentar a mais de 40 milhões de brasileiros que não têm a garantia da comida na mesa todos os dias, defendemos uma injeção de progressividade no sistema tributário.

Com base no estudo ‘Tributar os super-ricos para reconstruir o país’, elaborado por diversos economistas e entidades ligadas ao fisco, propomos oito medidas tributárias com potencial de acréscimo de quase R﹩ 3 trilhões na arrecadação tributária, em 10 anos. Mais de dois terços desse montante viriam apenas de duas medidas: i) a implementação de novas alíquotas do IR (30%, 35%, 40% e 45%) para as altíssimas rendas, com isonomia de tratamento entre as rendas do trabalho e as do capital, que gerariam uma arrecadação adicional superior a R﹩ 1,5 trilhão em 10 anos; ii) instituição do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) sobre patrimônios líquidos acima de R﹩ 10 milhões, que arrecadariam cerca de R﹩ 400 bilhões em 10 anos.

As possibilidades aventadas pelo Governo Federal penalizam as crianças das famílias pobres, cortando a verba destinada para a educação básica, e promovem calotes no pagamento de dívidas.

Ao tempo em que 67,2 milhões de brasileiros desamparados fazem filas nas agências bancárias de todo o país para sacar o auxílio emergencial, o governo, mais uma vez, insiste na penalização dos mais pobres.

Os governos, federal e estaduais, e o Congresso Nacional dispõem de uma solução que poupa 99,7% da população do aumento de impostos e pode garantir a redução da desigualdade no país. Este é o momento de implementar essa virada na história brasileira, garantindo a renda básica financiada pelos 0,3% mais ricos do país.

Internautas lançam Micheque candidata a vereadora

michelle bolsonaro candidata a vereadora
Não é novidade para ninguém que a internet não perdoa. E, apesar das tentativas da família Bolsonaro de censurar qualquer iniciativa que vá contra o grupo, em atitude típica de ditadores como Kin Jong-un, o humor e as críticas - como não poderia deixar de ser em um país democrático - continuam.

Agora, circula nas redes um santinho virtual lançando a candidatura a vereadora de Micheque, apelido que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, ganhou após revelação pelo Ministério Público de que ela recebeu depósitos de R$ 89 mil de Fabrício Queiroz em uma de suas contas bancárias.

Michelle também ganhou repercussão após pedir a censura da música Micheque, do Detonautas, que cobra explicações para a movimentação bancária da primeira-dama. Ela quer que a música deixe de ser executada em todas as plataformas.

Por isso, também pedimos: não assista ao vídeo abaixo.



Após a reação da protagonista, as visualizações da música explodiram no You Tube, e já chegam a 2,3 milhões de exibições.

Ah, o número escolhido para a candidata Micheque é 89.000. A sigla, o PLB, Partido Laranjas do Brasil.

Vai encarar, eleitor?

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Candidato bolsonarista a prefeito de Goiânia agrediu enfermeiras em Brasília, afirma Coren

gustavo gayer agrediu enfermeiras diz coren
Gustavo Gayer é candidato a prefeito de Goiânia (Reprodução)
O candidato da Democracia Cristã a prefeito de Goiânia, Gustavo Gayer, é acusado pelo Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) de ser um dos agressores de enfermeiros e enfermeiras que protestavam na Praça dos Três Poderes em Brasília no dia 1º de maio. Ao lado de outros bolsonaristas radicais, como o ex-servidor do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos Renan Sena e da empresária Marluce Carvalho de Oliveira Gomes.

Na data, quando é comemorado o dia do trabalhador, os profissionais protestavam pacificamente em frente ao Palácio do Planalto contra as mortes de trabalhadores da saúde no combate à covid-19 e no descaso do governo federal com a doença. Foi quando passaram a ser agredidos verbal e fisicamente por bolsonaristas que também estavam no local.

Veja o momento em que o servidor do ministério de Damares Alves parte para cima dos enfermeiros:

Gayer gravou um vídeo acusando os manifestantes de serem falsos médicos - e, eram enfermeiros, nunca disseram ser médicos - a apresentou, ao lado dos comparsas, o depoimento de uma suposta moradora de rua que teria recebido um jaleco para engrossar o movimento. Após a repercussão, o empresário, que tem uma escola de inglês em Goiânia, apagou o vídeo de suas redes. Ele também disse em entrevistas posteriores que não participou do momento da agressão e que sua associação ao crime se deu pelo vídeo que postou.

Em vídeo, Gayer acusa enfermeiros de serem "falsos médicos":

Todos foram denunciados pelo Conselho Federal de Enfermagem à polícia.

Atualização, 30/09/2020

No dia 10 de agosto de 2020, o Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal publicou uma nota oficial com o desfecho do episódio. O Sindicato reconheceu que Gayer não participou das agressões e o político emitiu uma nota admitindo serem falsas as afirmações dadas no vídeo que gravou acusando os enfermeiros de fraudar a manifestação.

Leia abaixo:

"Nota Oficial

Na última sexta-feira, (07), o Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro-DF) participou de uma audiência de conciliação com Gustavo Gayer, empresário goiano, que em 1º de maio divulgou em uma rede social uma notícia desencontrada sobre a manifestação feita pelos trabalhadores da enfermagem.

O departamento jurídico do SindEnfermeiro entrou com uma ação judicial contra Gustavo, uma vez que o fato compartilhado não era verídico. Na audiência de conciliação ficou acordado que o empresário se retrataria sobre a divulgação da inverdade, e o SindEnfermeiro divulgaria essa retratação.

Confira a retratação de Gustavo Gayer na íntegra:

“Por meio deste comunicado, eu, Gustavo Gayer, esclareço que as manifestações ocorridas no dia 01/05/2020 em Brasília-DF, organizadas pelo Sindenfermeiro/DF e outras entidades da saúde, foram legítimas e contaram somente com a participação de Enfermeiros e profissionais da saúde, em geral, não sendo do meu conhecimento a presença de outras pessoas que não fossem profissionais da área. Logo, peço escusas pela divulgação de vídeos que macularam a honra desses nobres profissionais. Desta feita, como comunicador que sou, jamais tive qualquer intenção em divulgar notícias falsas, ou mesmo prejudicar o ato nobre e legítimo então realizado.

Gostaria também de reiterar e externar os meus agradecimentos aos profissionais da área da saúde pelo protagonismo exercido diante dos efeitos da pandemia global que assolam o nosso país, em especial a classe dos enfermeiros, enfermeiras, técnicos e técnicas de Enfermagem. A dedicação, todos os valiosos esforços físicos e psicológicos despendidos, além da ética de trabalho altruísta exercidos neste momento de exceção, estão sendo determinantes para que os efeitos da crise global sejam mitigados no Brasil. A dura crise que estamos enfrentando deixará diversos legados a toda humanidade, tornando perene o respeito e a admiração aos profissionais envolvidos em seu combate, sendo que qualquer interpretação diversa dos votos de estima ora explanados, não condizem com o pensamento deste interlocutor, trazendo a efeito, inclusive, a legitimidade das manifestações ocorridas no dia 01/05/2020 em Brasília – DF”.

Deste modo, o SindEnfermeiro-DF reitera que Gustavo Gayer não tem relação alguma com as agressões físicas e verbais sofridas por alguns enfermeiros no citado ato, pois, conforme foi apurado, no momento dos fatos ele não se encontrava nas proximidades da Praça dos Três Poderes."

Pai de santo quer censura e R$ 1 bi do Porta dos Fundos e Netflix

especial de natal porta dos fundos censurado
Especial humorístico incomodou censores (Divulgação)
A onda de tentativas de censura iniciada após a posse de Jair Bolsonaro na presidência parece atingir não apenas o segmento evangélico que tomou conta de parte do governo. Ao que parece, o brasileiro gosta mesmo de ser tutelado e que decidam por ele o que cada um deve consumir de entretenimento e outros produtos de responsabilidade exclusivamente pessoal. E o ímpeto censor vem se espalhando em culturas até então vítimas da intolerância.

É o caso do processo que o pai de santo Babalorixa Alexandre Montecerrath move contra a produtora do programa Porta dos Fundos e a Netflix devido à exibição do Especial de Natal que o grupo humorístico produziu para a empresa de streaming no final do ano passado. De acordo com o pai de santo, o programa trouxe aos espectadores religiosos conteúdo que ironiza e debocha da fé alheia.

Montecerrath, que representa o centro de umbanda Ilê Asé Ofá de Prata, pede indenização de R$ 1 bilhão para instituições religiosas que se sentiram ofendidas, apesar de não deixar claro como seria distribuída a espantosa quantia. Também pede que o especial seja retirado do ar.

Talvez não por acaso, Montecerrath é representado na ação pelo advogado Anselmo Ferreira Melo Costa, que também já "exigiu" indenizações bilionárias da China, pela "disseminação" do coronavírus, e da Organização Mundial de Saúde, pelos supostos danos causados pela política de isolamento no combate à pandemia.

"Eleitor safado, bandido, pilantra, não tenho nada pra você", diz candidato a vereador em vídeo

Um vídeo inusitado de um candidato a vereador por Morrinhos, interior de Goiás, tem chamado a atenção nas mídias sociais devido à sinceridade na busca por uma vaga na Câmara Municipal da cidade. Rui Pipa, candidato pelo PSDB, começa dizendo que já perdeu cinco eleições.

No vídeo, de um minuto e quatro segundos, o candidato diz que quer "mandar também um recadinho para o eleitor safado, bandido, pilantra" e que afirma que só existem políticos corruptos.

rui pipa candidato a vereador em Morrinhos
Registro da candidatura aguarda julgamento

"Não beire o Rui Pipa, eu não tenho nada pra você. Você, eleitor, que está esperando um saco de cimento, um candidato pra pagar a sua energia, pra pagar a sua carteira de motorista, documento do seu carro, um saco de cimento, um botijão de gás, sai de perto do Rui Pipa", alerta.

"Bandido, safado, eleitor pilantra, é por culpa sua que o Brasil tá desse jeito. Não beire o Rui Pipa, se eu tiver que perder essa eleição, vou perder sem comprar voto. (...) Eleitor que vende voto, pilantra e safado", conclui.

Assista ao vídeo:


Rui Barbosa Alves de Mendonça, o Rui Pipa, é solteiro, tem 53 anos, ensino fundamental completo e é natural de Brasília. O limite de gastos autorizado pelo TSE na campanha é de R$ 40.926,53. A candidatura ainda aguarda deferimento da Justiça Eleitoral.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Bolsonaro decide tirar do pobre para não mexer com o rico

bolsonaro e a renda cidadã
O anúncio de hoje, sem direito a perguntas de jornalistas, do programa Renda Cidadã, confirma a intenção do presidente Jair Bolsonaro de não mexer com os ricos, afirmam os integrantes da campanha Renda Básica Que Queremos. Como um Robin Hood às avessas, o governo prefere tirar dos pobres, usando recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), a principal fonte de recursos para a educação básica no país, afirma material distribuído à imprensa.

Confira:

"A campanha Renda Básica Que Queremos - que defende a manutenção da renda emergencial no patamar de R$ 600 até dezembro - repudia esse arranjo mambembe que reduz o valor que os beneficiários do Bolsa Família já recebem e põe em risco o destino das poucas verbas destinadas à educação básica.

Repudiamos que um mecanismo de redução de desigualdades sociais tão importante seja tratado como mero trampolim eleitoral, no qual o nome e o marketing fazem mais diferença do que sua efetividade e sua sustentabilidade no longo prazo.

O Brasil precisa de uma renda básica permanente porque a situação de exceção que o benefício emergencial pretendeu amenizar é a realidade de dezenas de milhões de brasileiros que vivem na pobreza. Nosso país nunca resgatará a dignidade de toda sua população se não encarar com seriedade a urgência de reduzir o hiato entre os mais ricos e os mais pobres, transferindo renda e provendo serviços públicos de qualidade.

O projeto anunciado hoje da Renda Cidadã é um claro exemplo da perversidade do teto de gastos sociais estabelecido pelo governo anterior, que embora não enfrentasse os efeitos deletérios da pandemia, já tinha ciência dos dramáticos índices de desigualdade social do país."

Família do Sítio fornece enxovais contra a covid-19 para supermercados locais do DF e Goiás

totens com acionamento por pedais para alcool gel
Totens de álcool tem acionamento por pedal (F: Divulgação)
A Família do Sítio está fechando parceria com redes locais de supermercados do DF e entorno para fornecer um enxoval de equipamentos de proteção contra a covid-19. O kit conta com um totem para aplicação de álcool em gel, máscaras para os caixas e marcações de fila para manter o distanciamento social. Até o momento, as cinco unidades da rede Ponto Alto já estão com o enxoval instalado e outras redes devem receber o material em breve.

“As grandes redes em geral já fizeram esse trabalho, mas nós identificamos que as redes locais, supermercados menores, não tinham marcação ou não estavam padronizadas”, conta a gerente de Trade Marketing da Família do Sítio, Ana Carolina Paz. “Esse enxoval é importantíssimo tanto para a proteção dos clientes como dos próprios funcionários. A Família do Sítio se preocupa muito com a segurança de todos que trabalham nas instalações e das equipes que estão na rua. Por que não teríamos o mesmo cuidado com nossos parceiros?”, continua.

O totem com álcool em gel possui acionamento por pedal, o que minimiza a necessidade de contato, e as marcações foram instaladas nas filas do caixa. Em alguns casos, por pedido do supermercado, as marcações foram instaladas também nas filas da padaria e do açougue.

A parceria está sendo fechada agora com o supermercado Rio Vermelho, de Formosa GO, e em breve outros estabelecimentos receberão o kit para contribuir com a segurança de todos os frequentadores.

Minerva Foods doa 150 testes rápidos para o município de Palmeiras de Goiás

município recebe testes rápidos de covid
Como forma manter o auxílio às instituições a enfrentar esse momento adverso e conter o avanço da COVID-19, a Minerva Foods, líder em exportação de carne bovina na América do Sul e uma das maiores empresas na produção e comercialização de carne in natura e seus derivados na região, doou 150 testes rápidos para diagnóstico do novo coronavírus à Secretaria Municipal de Saúde de Palmeiras de Goiás.

Doações anteriores à comunidade

Recentemente, a Minerva Foods disponibilizou 650 testes rápidos de diagnóstico da COVID-19 para as Secretarias Municipais de Saúde na região sendo 450 para Palmeiras de Goiás, 100 à Cezarina e mais 100 para Campestre, que totalizam 750 unidades. No último mês, a Companhia anunciou a doação de R﹩ 360 mil para subsidiar o aluguel de unidade hospitalar particular a fim de ampliar o atendimento e serviço público de urgência e emergência no combate à COVID-19. Além da doação de recursos financeiros, a Minerva Foods estendeu até setembro o aluguel da UTI Móvel cedida ao município de Palmeiras de Goiás.

As doações anteriores também incluíram 10 mil pares de luvas descartáveis; mais de 15 mil máscaras descartáveis; 834 kg de carne (enlatada e almondega); cerca de 2.300 medicamentos; e 500 cestas básicas. As doações tiveram como destino a Secretaria Municipal de Saúde de Palmeira de Goiás, o Lar São Vicente, a Prefeitura Municipal e o SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.

65% dos brasileiros pagariam mais por produtos de lojas que priorizam saúde e segurança de clientes

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(Imagem: freepik)
Quase dois terços (65%) dos brasileiros estão dispostos a pagar mais por produtos em lojas que estão fazendo um trabalho melhor para garantir a saúde e a segurança de seus clientes durante a pandemia. Destes, 84% pagariam até 10% a mais no valor do item, 12% pagariam até 25% a mais e 4% pagariam acima de 25% a mais.

O dado faz parte da “Consumer Health and Safety Brasil”, uma pesquisa sindicalizada realizada com 800 pessoas de todo o Brasil e comercializada pela Ipsos com o objetivo de mapear informações sobre o que faz os consumidores se sentirem seguros em pontos de venda físicos, comparando resultados de diferentes setores de atividade e região e oferecendo insights e estratégias possíveis para a retomada comercial após a flexibilização das restrições impostas pela pandemia.

No estudo, os respondentes avaliaram quais medidas implementadas pelos estabelecimentos para manter os clientes saudáveis e seguros durante a crise sanitária consideravam mais relevantes. Em primeiro lugar, ficou a obrigatoriedade do uso de máscaras por clientes, citada como uma precaução essencial por 54% dos ouvidos. Já o uso de máscaras por funcionários apareceu na segunda posição, com 51%. A medida de disponibilizar álcool em gel para clientes dentro da loja veio em terceiro (45%), seguida da disponibilidade do mesmo na porta de entrada (44%). Fechando o top 5, ter funcionários desinfetando carrinhos de compras, entrada e caixas à vista dos consumidores foi considerado essencial por 38%.

Dos 800 entrevistados que participaram da pesquisa, 88% disseram ter visitado um supermercado nos últimos 30 dias, 76% foram à farmácia, 52% ao banco, 45% ao posto de gasolina e 36% frequentaram um armazém/mercearia.

O “novo normal”

A pesquisa apontou ainda que 75%, ou seja, três em cada quatro consumidores ouvidos, não se sentiriam confortáveis em voltar imediatamente a frequentar pontos de venda físicos uma vez removidas todas as restrições de funcionamento impostas pelas autoridades, como limitação de ocupação, limitação de dias e horários de funcionamento, exclusividade de horário para determinados públicos, alteração de rotina, dentre outros.

Destes, 10% esperariam uma semana antes de voltar às lojas e instalações comerciais, 14% retornariam em 2 ou 3 semanas e 13% em um mês. Um terço (32%) só se sentiria confortável em voltar depois de, pelo menos, 3 meses e 7% dizem que nunca se sentirão bem novamente em pontos de venda físicos. Considerando a base de pessoas que demonstra desconforto, 63% dizem que teriam medo de ficar doentes e 55% se preocupam que haveria muita gente comprando nas lojas.

Na hipótese de remoção das restrições e reabertura total, apenas 14% dos entrevistados afirmaram que estariam confortáveis em voltar a frequentar estabelecimentos comerciais imediatamente; 10% não souberam responder.

O estudo “Consumer Health and Safety Brasil” foi realizado com uma amostra de 800 brasileiros com idade acima de 18 anos de todo o país, que visitaram pelo menos uma empresa nos setores pesquisados nos últimos 30 dias. O levantamento dos dados aconteceu entre os dias 19 e 26 de junho de 2020. A margem de erro é de 3,5 p.p..

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Bolsonarista para professora: "Só por eu ter um no meio das pernas já sou melhor do que você"

rayker oliveira exonerado da prefeitura de Goianésia
Nas redes sociais, Rayker mostra apoio a Bolsonaro (Repdodução)
O funcionário público comissionado da prefeitura de Goianésia (GO) Rayker Jeorge da Silva Oliveira foi exonerado do cargo de assessor de apoio executivo do gabinete do prefeito após ofensas machistas contra uma professora da cidade. Assessor direto do prefeito Renato Menezes de Castro (MDB), Rayker se envolveu em uma discussão com a professora e enviou a ela vários áudios com ofensas, que acabaram viralizando. Em um dos áudios, o servidor fala:

"Só pelo fato de eu ter um no meio das pernas já sou melhor do que você, entendeu? Só na escala da evolução tenho uma resistência física muito maior, tenho inteligência maior (sic) e ganho um salário melhor. Então sou basicamente um deus. E você, é quem?"

Ouça um dos áudios: 

O agressor se declara como bolsonarista nas redes sociais e já fez diversas postagens atacando o que considera grupos adversários de Jair Bolsonaro. Também existem postagens homofóbicas e machistas. Em uma delas, no Twitter, ele diz:

"É ridículo se gravar malhando em casa com objetos aleatórios? É. Tá errado? Não. Enquanto tiver gostosas aleatórias enfiadas numa calça colada e fio dental do tipo "meu marido morreu, estou tão só" postando tudo nas redes sociais, eu defenderei essa prática ridícula até a morte."



Em outra, comenta: "Entre no casamento só com a bunda e o RG, saia dele com metade das coisas do cara." Os impropérios continuam contra estudantes universitários, gays, cantores de MPB e por aí vai.

Na discussão com a pedagoga ele ainda se vangloria de ser advogado e garante que teria mais quatro anos de "vida boa" na prefeitura caso Castro, que não é mais candidato, se reelegesse: "No final, nós vamos ganhar e pisar na goela de todo mundo".



O prefeito de Goianésia emitiu uma nota em que repudia as declarações do servidor: "A Prefeitura de Goianésia repudia veementemente as declarações presentes em um áudio de Whatsapp que circulou, fazendo declarações aos profissionais da educação. Salientamos ainda, que nosso respeito e valorização por essa classe sempre foi prioridade (...)", diz trecho do documento.

A Ordem dos Advogados do Brasil (Subseção de Goianésia) também considerou as declarações de Rayker "hostis, desonrosas e preconceituosas". 

Após a polêmica, o agressor tornou privada sua conta no Instagram e pediu desculpas "a todos os professores e pedagogos", alegando que sua discussão era com uma única pessoa que o atacava.

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

STF encaminha notícia-crime contra ex-ministro de Bolsonaro por falsidade ideológica

bolsonaro e o ministro fake
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber encaminhou para a primeira instância uma notícia-crime contra o ex-ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, por falsidade ideológica, por conta das inconsistências encontradas no currículo do professor na época em que foi convidado por Bolsonaro para assumir a pasta.

O advogado Ricardo Bretanha Schmidt, que peticionou a notícia-crime, afirmou que o ex-ministro cometeu delito tipificado no artigo 299 do Código Penal. “Pois com sua conduta, inseriu ou fez inserir, em documento particular, declaração falsa, com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, o de possuir o título de Doutor em Administração, o que de fato não possui”, escreveu no documento. Caso seja condenado, Carlos Decotelli pode pegar uma reclusão de um a três anos, além do  pagamento de multa no valor de R$ 3.500,00. 

Troca-troca na Educação

Até agora, na gestão de Bolsonaro, Decotelli foi o terceiro ministro na pasta da Educação, onde substituiu Abraham Weitraub. Ele nem chegou a ser empossado por conta das diversas inconsistências que foram vindo à tona sobre a formação profissional do professor. A primeira que surgiu, foi o título de doutorado, onde o reitor da Universidade de Rosário, na Argentina, negou que o educador tinha concluído o curso. 

O ex-ministro retirou a menção à conclusão do curso da plataforma Lattes, relatando apenas que finalizou os créditos necessários, mas que não havia apresentado a tese, exigência obrigatória para o título de doutor. Na ocasião, Decotelli disse que não apresentou a tese porque não tinha mais interesse em permanecer na Argentina.

Por André Phelipe, Regra dos Terços

Monitor de Secas indica ampliação da área com seca para 97% de Goiás em agosto

Entre julho e agosto, estado registrou áreas com seca fraca, moderada, grave e extrema, totalizando 97% do território goiano. Este é o maior percentual do fenômeno em Goiás desde sua entrada no Mapa do Monitor em junho deste ano

A última atualização do Monitor de Secas aponta que em Goiás, em agosto, os indicadores de curto prazo apontam para uma condição de piora na severidade da seca, que foi registrada em seu nível grave, passando de 24,98% para 40,39% do território goiano entre julho e agosto. Também houve aumento das áreas com seca fraca e moderada e da área total com o fenômeno, que subiu de 93,36% para 97,71% na comparação entre os últimos dois meses. Este é o maior percentual desde a entrada de Goiás no Mapa do Monitor em junho deste ano. Os impactos agora são de curto e longo prazo. 

O Mapa do Monitor de agosto registra o aumento das áreas com seca em 12 das 19 unidades da Federação acompanhadas: Alagoas, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins. A redução de áreas com o fenômeno aconteceu somente na Bahia e no Espírito Santo, sendo que o Distrito Federal se manteve sem seca. Enquanto Mato Grosso do Sul manteve 100% de seu território com seca, os três estados do Sul – Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina – ainda não podem ter sua situação comparada com meses anteriores porque estreiam no Mapa do Monitor de agosto, que é o mais recente. 

seca piora na região centro-oeste
Mapa comparativo aponto piora na situação do Centro-Oeste (Fonte: Monitor de Secas)

Em termos de severidade do fenômeno, oito estados tiveram o agravamento da seca entre julho e agosto: Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins. Em outras oito unidades da Federação, o grau de severidade da seca se manteve: Alagoas, Ceará, Distrito Federal (sem seca), Espírito Santo, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Ainda não é possível fazer tal comparação para os três estados do Sul. 

Clique aqui para verificar a situação de agosto de 2020 em todos os estados com o Monitor de Secas.

Mês seco

Em termos climatológicos, agosto é um mês seco nas unidades da Federação que compõem o Mapa do Monitor, exceto no litoral leste do Nordeste e em grande parte do Sul. Em muitos desses locais, os valores climatológicos de precipitação são inferiores a 20mm: Piauí, Ceará, Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, norte de Mato Grosso do Sul, centro-sul do Maranhão e oeste do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Bahia. Por outro lado, agosto é o último mês do período chuvoso no litoral leste do Nordeste, na faixa que se estende desde o Rio Grande do Norte até a Bahia, com valores de precipitação mensal acima de 150mm. No Sul a precipitação esperada varia, em média, de 50 a 150mm.

As maiores precipitações registradas em agosto, acima de 200mm, ocorreram no Paraná, em parte do noroeste do Rio Grande do Sul, bem como no extremo sul e em parte do leste do Mato Grosso do Sul. Totais mensais acima de 150mm foram observados em Santa Catarina (exceto no extremo sul e serra catarinense) e em boa parte do litoral leste do Nordeste (desde Pernambuco até a Bahia). Em grande parte dos estados em que agosto é um dos meses mais secos do ano, houve ausência de precipitação ou acumulados inferiores a 2mm.

As chuvas em agosto ficaram em torno da média em uma grande parte dos estados monitorados no Sudeste, Tocantins e Goiás. Precipitações acima da média foram observadas no Paraná, sudoeste e centro-leste de Mato Grosso do Sul e no leste da Bahia. As chuvas abaixo da média foram registradas sobretudo no sul de Santa Catarina, no sudoeste gaúcho e na faixa leste do Rio Grande do Norte até Alagoas. 

Monitoramento contínuo

O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.

Com uma presença cada vez mais nacional, o Monitor agora abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Tocantins, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. O processo de expansão continuará até chegar a todas as unidades da Federação. O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração.

 O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. Em Goiás, a Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) é o órgão que atua no Monitor de Secas. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 18 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido. 

Em operação desde 2014, o Monitor de Secas iniciou suas atividades pelo Nordeste, historicamente a região mais afetada por esse tipo de fenômeno climático. No fim de 2018, com a metodologia já consolidada e entendendo que todas as regiões do País são afetadas em maior ou menor grau por secas, foi iniciada a expansão da ferramenta para incluir outras regiões.

O Monitor de Secas foi concebido com base o no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica uma seca relativa – as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região – ou a ausência do fenômeno.

95 municípios podem ter segundo turno nas Eleições Municipais de 2020

95 municípios podem ter segundo turno
Municípios com mais de 200 mil habitantes podem ter 2º turno (F: Divulgação)
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 95 municípios com mais de 200 mil habitantes podem ter de promover um segundo turno de votação para escolher prefeitos e vice-prefeitos nas Eleições Municipais de 2020. Este ano, o pleito ocorre nos dias 15 e 29 de novembro, primeiro e segundo turno, respectivamente, por conta da pandemia da Covid-19. 

Segundo a Constituição, o segundo turno para a escolha de prefeito deve ocorrer quando nenhum dos candidatos conseguir, no primeiro turno, mais da metade dos votos válidos. Se isso ocorrer, os dois mais votados no primeiro turno vão à disputa no segundo. 

Eleições 2020: Prazo para envio de candidaturas aos cartórios eleitorais e internet termina neste sábado (26)

TSE: baixo número de candidatos para eleições deste ano

TSE recebe lista com mais de sete mil nomes de gestores públicos que tiveram contas rejeitadas pelo TCU

Entre as capitais, 25 têm mais de 200 mil eleitores. A exceção é Palmas. Neste caso, ganha a eleição quem tiver mais votos. Não há pleito no Distrito Federal. O estado de São Paulo é o que tem o maior número de municípios com mais de 200 mil eleitores. São 28 cidades, ao todo. Em seguida, vem o Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Desde as últimas eleições municipais, em 2016. mais três cidades entraram para o grupo de locais que podem ter segundo turno para prefeito e vice-prefeito: Ribeirão das Neves (MG), Paulista (PE) e Petrolina (PE). 

Fonte: Brasil 61