sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Crianças de Goiânia propõem soluções para o futuro que gostariam de ter

Estudantes participam do 3º Fórum com Crianças, evento que reúne aproximadamente 10 mil crianças dos Colégios Maristas

Qual é o futuro que queremos? Ao refletir sobre essa questão, milhares de estudantes, com idades entre 6 a 11 anos, de 12 cidades diferentes, chegaram às mais diferentes soluções para contribuir para um mundo melhor. Os resultados serão compartilhados durante o 3º Fórum com Crianças, evento on-line que acontece de 26 a 30 de outubro e terá mais de 120 encontros entre participantes de quatro estados diferentes.

Os principais temas dos Projetos de Intervenção Social (PIS) abordam solidariedade, sustentabilidade e atitudes positivas. Ao longo do ano, os estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental dos Colégios Maristas, investigaram, debateram e escolheram uma temática de importância social para contribuir na construção de um futuro melhor. O assunto foi explorado de maneira interdisciplinar e gerou um projeto de intervenção que forneceu soluções e recursos em prol da comunidade que essas crianças estão inseridas.

Soluções para um mundo melhor

Os estudantes de Goiânia, do Colégio Marista de Goiânia, farão 12 encontros on-line para compartilhar o resultado de seus projetos com colegas de Goiás, Brasília, São Paulo, Santa Catarina e Paraná. Entre os projetos estão ideias como mensagens de apoio a profissionais da saúde, campanhas de conscientização e arrecadação de mantimentos, entre outras.

Para o coordenador do Ensino Fundamental Anos Iniciais dos Colégios Maristas, Tiago Franceschini da Rosa, o PIS é uma práxis para estimular o protagonismo e o desenvolvimento integral das crianças. “Com atitudes simples e um olhar apurado para o cotidiano, elas conseguem propor soluções inovadoras para questões importantes. Atitudes como o plantio de flores ou campanhas de conscientização são sementes que podem gerar belos frutos no futuro”, analisa. Em função da pandemia, neste ano a participação da família também ganhou destaque. “As famílias se aproximaram muito da escola neste ano. E isso refletiu também nos projetos. Os familiares se engajaram nas ações propostas pelas crianças, o que reforça a autonomia dos pequenos”, explica Rosa.

O resultado do encontro será registrado em uma plataforma on-line e também em um e-book. O material será uma cápsula do tempo, com o registro de sugestões para que a humanidade enfrente melhor situações como uma pandemia mundial. 

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Votorantim Cimentos lança Banco de Talentos de Diversidade

banco de talentos da diversidade
Empresa quer fortalecer ações afirmativas (F: Divugação)
A Votorantim Cimentos, empresa líder do setor de materiais de construção, lança seu primeiro Banco de Talentos de Diversidade, com o intuito de fortalecer o pilar de diversidade e inclusão da companhia nos processos de recrutamento e seleção. A iniciativa também visa construir um canal de diálogo com talentos diversos e fortalecer a atratividade da empresa para todos os públicos nas mais variadas áreas, posições e localidades.

As vagas estarão disponíveis na plataforma da Gupy e caso o candidato não encontre uma oportunidade no momento, pode se cadastrar no Banco de Talentos para que a empresa possa fazer a ponte entre as novas oportunidades com os talentos já cadastrados na base. Na Votorantim Cimentos a representatividade é um dos fatores primordiais e por isso os candidatos deverão preencher um formulário com questões variadas para que a empresa possa conhecer um pouco da história de cada um. 

“Começamos uma jornada mais diversa e inclusiva. Diversidade para nós é ter mente e coração abertos para respeitar ideias, opiniões e identidade diferentes. É ter um lugar onde cada um possa ser quem é, sem julgamento e com muito respeito. Consideramos que todos devem ser tratados com equidade. Sabemos que temos um longo caminho pela frente, por isso, estamos constantemente fortalecendo a cultura da diversidade e inclusão em nossa empresa. E essa jornada só é possível com pessoas que estejam dispostas a viverem essa inclusão caminhando juntos no mesmo propósito”, afirma Aldo Frachia, gerente de diversidade e atração da Votorantim Cimentos.

Região Centro-Oeste tem a gasolina mais cara do País

Na primeira quinzena de outubro, gasolina foi encontrada a R$ 4,672; etanol registrou valor mais baixo de todo o País - R$ 3,148 e compensa mais em todos os estados, aponta Ticket Log

De acordo com o Índice de Preços Ticket Log (IPTL), a Região Centro-Oeste apresentou os valores mais caros do País para a gasolina na primeira quinzena de outubro. Com o litro na média de R$ 4,672, o combustível sofreu aumento de 1,34% frente ao fechamento do mês de setembro.

Já o etanol, mesmo na contramão apresentando a menor média de todo o País, fechando em R$ 3,148, também sofreu aumento se comparado ao mês passado - um crescimento de 1,25% frente ao mês de setembro. Quando o preço do litro nas bombas da região é comparado com a média da Região Norte, por exemplo, os motoristas chegam a pagar 15% a menos para abastecer.


“Mesmo com o avanço expressivo no valor do etanol frente ao mês anterior, a maior alta entre todas as regiões, o combustível segue compensando mais do que a gasolina na relação 70/30 para os motoristas da Região Centro-Oeste”, aponta Douglas PinaHead de Mercado Urbano da Edenred Brasil.  

O diesel e o diesel S-10 apresentaram recuo no período de 0,45% e 1,33% respectivamente, fechando nas médias de R$ 3,735 e R$ 3,770. O estado do Mato Grosso liderou com os valores mais altos para os combustíveis, R$ 3,987 para o diesel e R$ 3,950 para o diesel S-10; Goiás apresentou os mais baixos - R$ 3,599 e R$ 3,656.

O Distrito Federal liderou com o valor mais caro para o etanol, ficando R$ 3,373, ante o menor valor do Mato Grosso, comercializado a R$ 2,895, estado que também apresentou o menor preço para a gasolina, R$ 4,606. O Mato Grosso do Sul figurou o ranking da gasolina mais cara da região - R$ 4,749.

O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantados com base nos abastecimentos realizados nos 18 mil postos credenciados da Ticket Log, que tem grande confiabilidade, por causa da quantidade de veículos administrados pela marca: 1 milhão ao todo, com uma média de oito transações por segundo. A Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil, conta com mais 25 anos de experiência e se adapta às necessidades dos clientes, oferecendo soluções modernas e inovadoras, a fim de simplificar os processos diários.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Candidato bolsonarista a prefeito de Goiânia foge de debate ao vivo e leva ensaboada de apresentador

major araújo fugiu do debate
Major Araújo (esq): quis mitar, foi cancelado (Reprodução TBC)
O candidato do PSL a prefeito de Goiânia, deputado federal Major Araújo, protagonizou uma cena grotesca ao fugir de um debate promovido ontem à noite pela TV Brasil Central/Cultura, a emissora pública de Goiás. E levou um pito, ao vivo, do apresentador Paulo Beringhs.

Apesar de seus representantes terem participado das reuniões que definiram as regras do debate - e assinado um documento -, o candidato disse discordar do formato, que, segundo ele, teria sido escolhido pelo governador Ronaldo Caiado (DEM).

Em virtude do grande número de candidatos, 16 ao todo, a TBC decidiu realizar a discussão em etapas, de acordo com a colocação de cada um nas pesquisas. Em levantamento do Ibope divulgado pela TV Anhanguera/Globo, ontem, Major Araújo aparece em sexto lugar, com apenas 3% das intenções de voto. Ele debateria com Drª Cristina (PL), que tem 1%, Talles Barreto (PSDB), que tem 0%, e Samuel Almeida (PROS), com 1%, que não compareceu.

Araújo queria participar com os líderes, Maguito Vilela (MDB), com 28%; Vanderlan Cardoso (PSD), com 27%; e Adriana Accorsi (PT), que tem 11% das intenções, na mesma pesquisa.

"(O debate) foi decidido pelos representantes que aqui estiveram, dos senhores, e também pelos nossos jornalistas, que merecem respeito, eu gostaria que o senhor respeitasse os nossos jornalistas. O senhor fez uma acusação caluniosa e eu quero defender todo mundo que participou dessa reunião", disse Beringhs. "Se o senhor quer combater a velha política, o senhor tem que começar a mudar a sua mentalidade, de achar que o senhor está sendo perseguido a todo momento por todo mundo. Ninguém aqui persegue ninguém", continuou.

Ao ser confrontado com a informação de que seus representantes assinaram o documento que definiu as regras do debate, Araújo disse que se arrependeu. "Então o senhor precisa começar a escolher melhor seus representantes também. Comece por aí, quem sabe um dia chega na política essa mudança que o senhor tanto almeja", concluiu o apresentador.

Assista ao vídeo abaixo.

Major Araújo e Gustavo Gayer (DC) se autointitulam candidatos bolsonaristas em Goiânia. O democrata cristão também tem índices pífios nas pesquisas, 1% no último levantamento, o que revela que colar no presidente não tem sido um bom negócio.

A confusão nos estúdios da TBC também foi gravada por celulares. Abaixo, mais um trecho do vexame do major.

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Grupo Mulheres do Brasil cria carta de adesão para candidatas

O Grupo Mulheres do Brasil, presidido pela empresária Luiza Helena Trajano, lança esta semana uma carta compromisso para candidatas ao legislativo e às prefeituras de todo o País. Apesar de ser suprapartidário, o movimento quer que mais mulheres sejam eleitas para atuar no poder público e se comprometam com causas relacionadas a defesa dos direitos humanos, igualdade racial, liberdade de imprensa, saneamento básico, saúde e ensino público de qualidade.

Por meio do documento, de domínio público, as candidatas a prefeitas, vice-prefeitas e vereadoras informarão que compartilham dos mesmos ideais do Grupo, hoje com cerca de 68 mil participantes.

Segundo Lígia Pinto, uma das líderes do Comitê de Políticas Públicas do coletivo, o projeto expande o diálogo com as candidaturas e com os partidos, cria um canal de comunicação sobre as pautas prioritárias do Grupo Mulheres do Brasil e, na medida em que é divulgada, dá a essas candidatas uma visibilidade maior num espaço majoritariamente masculino.

"Não queremos falar apenas de representatividade formal, que sabemos que é baixa, mas de compromisso com os projetos. Temos uma atuação que é referência nos direitos especiais da mulher, mas também em outros temas que nos são caros", pontua Ligia.

O Grupo Mulheres do Brasil tem 110 núcleos no Brasil e no exterior. "Nós, como cidadãs, teremos um instrumento de fiscalização das candidatas que aderirem à carta e forem eleitas. Elas, em contrapartida, terão uma ampla rede de apoio em sua jornada pública", explica Marisa Cesar, CEO do Grupo Mulheres do Brasil.

Para aderir à Carta Compromisso, a candidata deve enviar um e-mail para politicaspublicas@grupomulheresdobrasil.org.br, solicitando o documento e informando nome completo, nome de campanha, número da candidatura, cidade e estado. Em seguida, ela receberá a carta com as instruções.

Salário é motivo de insatisfação para 79,1% dos jornalistas no Brasil

Pesquisa da Apex/Comunique-se revela que quase a metade dos profissionais de imprensa ganha até R$ 3 mil

Imagem: freepik
A maioria absoluta dos jornalistas brasileiros (79,1%) está insatisfeita com os seus vencimentos. Apenas 18% dos profissionais de imprensa afirmam que estão contentes com os salários. Ao todo, 45,1% dos repórteres e editores ganham até R$ 3 mil por mês. Os dados são de pesquisa conjunta entre a agência Apex e o Grupo Comunique-se, com 266 jornalistas em todo o País.

“Os rendimentos dos jornalistas não estão de acordo com seu elevado grau médio de formação”, explica Luiz Chinan, professor do MBA de Gestão da Comunicação da Aberje/Eseg e criador da iniciativa Berkeley Institute no Brasil. A mesma pesquisa Apex/Comunique-se revela que 51,6% dos profissionais da imprensa são pós-graduados e 42,5% afirmam realizar anualmente cursos de aperfeiçoamento. “Há, claramente, uma defasagem entre capacitação e salário”, complementa Chinan.

Para enfrentar essa situação, o Clube de Imprensa e o Berkeley Institute criaram o projeto “Jornalista Plano B”. O objetivo é oferecer um conjunto de recursos para que repórteres e editores possam encontrar oportunidades de carreira e renda com seus próprios conteúdos no ambiente digital.

O projeto

Os profissionais de imprensa que quiserem participar do projeto “Jornalista Plano B” podem se inscrever gratuitamente por meio do link https://bit.ly/3lwoX4h e já começar a receber as ferramentas do programa.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Petição tenta barrar decreto de Bolsonaro que exclui crianças com deficiência do convívio com outras pessoas

O decreto nº 10.502 editado por Jair Bolsonaro de forma, mais uma vez, autoritária, sem consultar qualquer setor da sociedade civil sobre seu teor, especialmente os principais interessados no assunto, como não poderia deixar de ser, nasceu envolvido em polêmicas.

Sob a fajuta justificativa de que os pais de crianças com deficiência devem ter o direito de escolher em que tipo de escola o filho deve estudar, a cruel decisão do governo, na prática, segrega as crianças em escolas especiais, privando-as do convívio com outros colegas, tidos como normais, que poderiam contribuir - e muito - com seu desenvolvimento, como já apontaram inúmeros estudos científicos sobre o tema. 

Uma petição aberta na plataforma Change-org tenta reverter a decisão retrógrada, autoritária e desconectada da realidade imposta por Bolsonaro aos pais que querem unicamente, o bem-estar de seus filhos. Para assinar, basta acessar o link ao final deste post.

Abaixo, o texto que apresenta a petição:

No passado, Pessoas com Deficiência - PCD eram excluídas da Sociedade, de forma até cruel. No Nazismo, crianças eram mortas, só para citar uma das crueldade para com esses seres humanos indefesos, num passado recente, que devemos abominar. Famílias abandonavam e algumas ainda abandonam seus filhos, com algum tipo de Deficiência enquanto outras lutam, com muito amor, pela sua inclusão na sociedade.

O Plano Nacional de Educação Especial - PNEE e, mais recentemente, em 2015, a Lei Brasileira de Inclusão - LBI,  visam incluir, cada vez mais, alunos com deficiência nas salas de aula, junto com os alunos não deficientes, respeitando as diferenças e a diversidade, nas escolas públicas e privadas, em cumprimento à Constituição Cidadã Brasileira  de 1988.

O Decreto 10502 de 2020, aprovado pela Presidência da República, sem ouvir os envolvidos na luta PCD, modifica o PNEE estabelecendo que os pais terão “direito de escolha” se querem matricular seus filhos em escolas ou salas especiais, tirando-os do convívio com os demais alunos ou em escolas regulares, que devem ser legalmente inclusivas.

Ao invés de prover as escolas de adaptações e professores treinados, oferece a possibilidade de separar estes alunos PCD em guetos, nada inclusivos e que não beneficiam nem a estes, nem aos outros, que devem aprender a respeitar a diversidade. 

Diante deste retrocesso, pedimos ao Presidente da Câmara Rodrigo Maia que coloque em votação, em regime de Urgência, o PDL427/2020, que anula este Decreto nada inclusivo e aos parlamentares, que votem SIM a esse Projeto de Lei.

MAIS AMOR, POR FAVOR 

NADA SOBRE NÓS SEM NÓS!

SIM À INCLUSÃO!

Para assinar, clique aqui.


sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Tribunal de Contas suspende locação de veículos da segurança pública em Goiás

tce suspende licitação da ssp goiás
Edson Ferrari: "indícios robustos" (F: TCE-GO)

Em medida cautelar adotada pelo conselheiro Edson Ferrari, referendada em sessão plenária remota concluída nesta quinta-feira (15/out), o Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO) determinou a suspensão temporária do pregão eletrônico da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-GO) para contratar serviços de locação de veículos automotores, pelo período de 60 meses. A decisão refere-se aos lotes 8 e 10, que tiveram como vencedora a empresa Nossa Frota e tem validade até que seja julgado o mérito de representação formulada por empresa preterida na licitação. 

Para o relator, há no processo “indícios robustos de constituição de grupo econômico ou jurídico para utilizar-se ilicitamente dos benefícios da Lei Complementar nº 123/2006”, concedidos a microempresas e empresas de pequeno porte para que possam usufruir de um tratamento diferenciado (norma de proteção e incentivo ao empreendedorismo). O conselheiro entende que “esse arranjo não pode ser tolerado”.

Conforme a representação, membros de uma mesma família administram várias empresas; algumas empresas possuem o mesmo endereço registrado em seus respectivos estatutos; há a identificação do grupo Locarauto nas fachadas dessas empresas, como também na página do Linkedin que mencionava todas as empresas integrantes do grupo.

Nesse ponto, o representante observa que “tal perfil foi excluído no Linkedin após a apresentação do primeiro recurso administrativo contra a Nossa Frota, o que evidencia a tentativa de ocultar a existência do grupo econômico ou coligação de empresas”.

PERIGO DA DEMORA

Ferrari também ponderou a existência do chamado “perigo da demora”, pela iminência da celebração de contrato com a licitante, tendo em vista a homologação do certame no dia 29/09/2020.

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Sindjor repudia agressão de candidato a prefeito bolsonarista a jornalista em Anápolis

valeriano abreu agrediu jornalista
Bolsonarista convicto, Valeriano Abreu partiu para agressão contra jornalista (F: Redes Sociais)

O Sindicato dos Jornalistas de Goiás emitiu uma nota de repúdio contra o candidato a prefeito do PSL em Anápolis, Valeriano Abreu, pela agressão ao jornalista Weber Witt, após entrevista à Rádio 96 FM. A agressão foi registrada em vídeo. Valeriano, que é bolsonarista convicto, se irritou ao ser questionado sobre um processo judicial que responde por supostas irregularidades praticadas quando foi síndico em um imóvel. A direção da rádio já adiantou que moverá um processo contra Valeriano.

câmeras flagaram agressão de valeriano a jornalista
Agressão foi registrada em vídeo (Reprodução)

Confira a nota

NOTA DE REPUDIO

O Sindicato dos Jornalistas de Goiás vem, publicamente, repudiar a covarde agressão cometida pelo senhor Valeriano Abreu, candidato a prefeito da cidade de Anápolis pelo PSL ao jornalista Weber Witt, profissional que atua na Rádio 96 FM.

O candidato irritou-se, na tarde do último dia 14 de outubro, ao ser questionado em entrevista acerca de processo judicial que responde por possíveis irregularidades em sua atuação quando síndico naquela cidade. Preferiu não responder e,  ao final da entrevista, muito alterado agrediu o profissional que estava ali para cumprir o seu papel: fazer as perguntas para as quais o povo de Anápolis cobra respostas.

A cidade de Anápolis, que já deu a Goiás vários governadores e outros políticos de grande estirpe, certamente não merece ter seu destino atrelado a alguém sem preparo e que prefere partir para a agressão em vez de dar as necessárias explicações de seus atos.

O Sindicato dos Jornalistas se coloca à disposição do colega jornalista e cobra das autoridades a devida apuração da agressão.
 
Goiânia, 15 de outubro de 2020.
A diretoria

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Caiado recebe pedido de ajuda para desvendar assassinato

caiado se reúne com familliares de agno rainere
Caiado recebe pedido de ajuda (F: Divulgação)

Em passagem na manhã de hoje por São Miguel do Araguaia, o governador Ronaldo Caiado se encontrou com amigos e familiares do pecuarista Agno Rainere, assassinado na porta da loja em que trabalhava no dia 30 de setembro.

O crime, que chocou a cidade do norte do estado, foi flagrado por câmeras de segurança, que mostram o momento em que um motociclista chega ao local, efetua os disparos contra a vítima e foge em seguida.

O grupo pediu ajuda de Caiado para tentar desvendar o assassinato. Agno era muito querido na cidade, segundo parentes e amigos, que organizaram homenagens e manifestações cobrando justiça. Eles também oferecem recompensa para informações que levem à prisão do assassino e do mandante.


Transparência Internacional denuncia retrocessos no combate à corrupção no Brasil para a OCDE e outros organismos internacionais

Denúncia confronta recentes declarações do presidente Jair Bolsonaro que disse ‘ter acabado com a Lava Lato por não ter mais corrupção no governo’.

Montagem sob foto de Carolina Antunes/PR
A Transparência Internacional lança dois relatórios que apontam para a situação grave do Brasil em relação ao combate à corrupção. O primeiro estudo, lançado ontem (13), é o Exporting Corruption - Progress report 2020: assessing enforcement of the OECD Anti-Bribery Convention, relatório global publicado há quinze anos pela Transparência Internacional, que avalia, de forma independente a implementação, por parte dos países signatários, da Convenção sobre o Combate à Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais, firmada no âmbito da OCDE, em 1997. O Brasil ratificou esse tratado em 2000. O segundo lançamento, Brazil: Setbacks in the Legal and Institutional Frameworks (2020 Update), lançado hoje (14), traz uma compilação e análise dos retrocessos na luta anticorrupção do país nos últimos doze meses, jogando luz, entre outros aspectos, ao preocupante recrudescimento da ingerência política sobre órgãos fundamentais para o enfrentamento da corrupção, como a Polícia Federal, a Procuradoria-Geral da República e o Supremo Tribunal Federal.

Os relatórios confrontam diretamente recentes declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre ter ‘acabado’ com a Operação Lava Jato porque em seu governo ‘não há mais corrupção’ . As informações de ambos os relatórios demonstram, pelo contrário, uma progressiva deterioração do arcabouço institucional anticorrupção no país, sobre a qual o presidente da República e outras autoridades têm responsabilidade direta.

Resultados muito ruins

O relatório internacional 'Exporting Corruption' constata que não houve avanço do Brasil no combate à corrupção transnacional, que é o principal objeto do estudo. O país ainda foi classificado na categoria de implementação moderada, tendo como motivo principal a ausência de casos e sanções específicas e substanciais envolvendo atos de corrupção cometidos por indivíduos e empresas brasileiras no exterior. Já o 'Setbacks' compila e descreve os graves acontecimentos dos últimos 12 meses que impactaram negativamente a capacidade do Brasil em confrontar a corrupção de maneira geral. O relatório destaca as investigações criminais contra o principal mandatário do país, o presidente Jair Bolsonaro, e a sua família, além de sua ingerência sobre órgãos de controle e ataques à imprensa e à sociedade civil. No âmbito do Poder Judiciário, foram destacadas uma série de decisões tomadas durante a presidência de Dias Toffoli no Supremo Tribunal Federal, que resultaram em maior insegurança jurídica, retrocessos na jurisprudência e descrédito do tribunal constitucional no momento em que mais se vê atacado pelo autoritarismo emergente no país. O relatório ainda destaca a perda de independência da Procuradoria-Geral da República e as ameaças de desmantelamento de forças-tarefas responsáveis por casos de grande relevância envolvendo réus poderosos, como já ocorreu com a força-tarefa Greenfield e as renúncias coletivas dos procuradores da força-tarefa Lava Jato em São Paulo e do grupo de trabalho da Lava Jato em Brasília.

Denúncia aos organismos internacionais

Os relatórios lançados foram enviados para a Divisão Anticorrupção e ao Grupo de Trabalho Antissuborno da OCDE (Working Group on Bribery), este último responsável por monitorar o cumprimento da Convenção contra o Suborno Transnacional e que se reúne nesta semana (13 a 16) e para o Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (GAFI), cuja reunião plenária ocorrerá também neste mês de outubro (21 a 23), além de outros organismos internacionais.

Tanto o GAFI quanto a OCDE já haviam emitido comunicados no ano passado alertando para o descumprimento por parte do Brasil de seus compromissos assumidos perante as convenções internacionais contra a corrupção, crime organizado e financiamento ao terrorismo. O episódio que mais alarmou os organismos internacionais foi a decisão liminar do Min. Dias Toffoli, ao recurso do Sen. Flávio Bolsonaro, em julho de 2019, que praticamente paralisou as atividades do COAF e suspendeu cerca de mil investigações e processos de lavagem de dinheiro, durante quase metade do ano. O efeito sistêmico da medida foi tão grave que motivou o envio ao Brasil de uma Missão de Alto Nível do Grupo de Trabalho Antissuborno da OCDE.

O Brasil será avaliado durante a reunião desta semana do WGB/OCDE e, no próximo ano, passará pelas revisões periódicas do GAFI e da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção. Os graves retrocessos denunciados pelos relatórios da Transparência Internacional não apenas comprometem a inserção internacional do Brasil, mas também frustram os esforços das instituições nacionais e as expectativas da sociedade brasileira de vencer a corrupção e a impunidade.

Acesse ambos os relatórios em: transparenciainternacional.org.br/retrocessos/

Produtores são contra importação de trigo transgênico da Argentina pelo Brasil

A decisão do governo argentino de aprovar a produção e comercialização de trigo transgênico no país, bem como sua exportação, gerou forte reação negativa da cadeia produtiva internacional, inclusive do Brasil. A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) emitiu nota cobrando das autoridades brasileiras a proibição da importação do produto.

"NOTA OFICIAL - Cultivo e utilização de trigo e farinha geneticamente modificado (trigo GM) pelo Brasil

Diante das recentes informações provenientes da Argentina sobre a liberação para comercialização do trigo geneticamente modificado (trigo GM) e da audiência pública sobre a autorização da venda de farinha geneticamente modificada, a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), representante da indústria de produção de farinhas e derivados do trigo, levando em conta o interesse dos consumidores brasileiros, esclarece que:

1- Há cerca de 30 anos, este assunto tem sido objeto de análise da comunidade científica internacional, de governos e consumidores nos países que têm no trigo fonte essencial de alimentação, como Canadá, Estados Unidos, Austrália e Comunidade Europeia, onde o consumo per capita supera em duas vezes o consumo brasileiro.

Estas análises determinaram, até o momento, a não aprovação de utilização de trigo GM por não serem identificados benefícios evidentes às pessoas, sendo objeto exclusivo de busca de aumento de produtividade do campo. O tema está presente no ambiente da pesquisa submetida a severos parâmetros de controle.

2- O relatório da FAO sobre trigo GM registra apenas duas variedades aprovadas no mundo, sendo uma nos Estados Unidos em 2004, que gerou grande repercussão negativa mundial e a interrupção de sua produção e comercialização e a outra variedade aprovada na Argentina, ainda sem comercialização.

3- Em contato com entidades representativas da cadeia do trigo na Argentina, como a Federação Argentina da Indústria Moageira, as Câmaras Arbitrais Argentinas e Associação dos Exportadores Argentino, fomos informados da posição contrária à produção e comercialização dos produtos transgênicos, manifestada publicamente junto às autoridades daquele país.

4- Em pesquisa interna promovida pela Abitrigo com os moageiros brasileiros, 85% não foram favoráveis à utilização de trigo GM e 90% informaram estar dispostos a interromper suas compras de trigo argentino, caso se inicie a produção comercial naquele país e sua exportação para o Brasil.

Por outro lado, não identificamos nenhum movimento de demanda dos consumidores brasileiros por soluções transgênicas; ao contrário, há manifestações publicadas de associações de consumidores com restrições ao uso desses produtos transgênicos. Opiniões emitidas em eventos regulatórios, processos judiciais, manifestações de órgãos de defesa de consumidores e clientes permitem inferir que o mercado brasileiro se posicione de forma reativa e preocupado quanto à adoção de alimentação transgênica.

Sendo autorizada a comercialização pelo Brasil, importantes custos de controle serão agregados ao processo de importação, que terão consequências sobre os preços aos consumidores.

5- À luz de todos esses fatos, a Abitrigo vem a público manifestar sua posição contrária à utilização desta fonte alternativa de geração de alimentos.

O trigo argentino representa a maior fonte de abastecimento do Brasil, em cerca de 60%, sendo complementado pelo trigo nacional (30%) e de outras origens (10%).

A Abitrigo sempre apoiou o progresso da pesquisa científica do trigo no Brasil, que prioriza segurança alimentar nos seus desenvolvimentos, sempre alinhada às demandas dos consumidores, sem relegar os necessários fatores de produtividade do campo. Este processo, capitaneado pela Embrapa e pela pesquisa privada, tem promovido grandes avanços na qualidade e produtividade do trigo, sem a necessidade da utilização da tecnologia de modificação genética.

Por esses motivos, a Abitrigo se manifestará contrariamente à comercialização tanto da farinha como do trigo transgênicos no curso da audiência pública convocada pela CTMBIO, por solicitação de empresa argentina produtora do trigo transgênico.

No mesmo sentido, a Associação deverá solicitar às entidades governamentais brasileiras que não autorizem a comercialização desses produtos no Brasil."

Rubens Barbosa
Presidente-executivo da Abitrigo

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Bolsonarista, médico candidato a vice recebeu 4 parcelas do auxílio emergencial; e tentou fraudar doação

médico candidato recebeu auxílio emergencial
Dr. Ademir: Muda Brasil (Reprodução Facebook) 
O médico Ademir de Almeida Cardoso Junior é muito conhecido em Campo Mourão, cidade do interior do Paraná. Filiado ao MDB, o dr. Ademir é candidato a vice-prefeito na chapa de Rodrigo Salvadori (PP), da coligação Renova Campo Mourão, o candidato a prefeito que tenta vencer o postulante à reeleição Tauillo Tezelli (Cidadania).

Sem patrimônio declarado ao TSE até o momento, o Dr. Ademir, como gosta de ser chamado, recebeu quatro parcelas do auxílio emergencial destinado pelo governo federal, com impostos gerados pelos estados e municípios, a pessoas em situação de vulnerabilidade devido à impossibilidade de trabalhar durante a pandemia de covid-19. As informações são da Tribuna do Interior.

Ao todo, o médico recebeu R$ 2,4 mil. de auxílio, em quatro parcelas de R$ 600. Ao ser descoberto, o dr. Ademir forjou uma doação retroativa à Casa de Apoio aos Doentes de Câncer e Outros de Campo Mourão. Mas, foi desmentido pela própria entidade, que afirmou, em nota, que nunca soube da origem da doação. A Casa devolveu o dinheiro surrupiado pelo médico dos cofres públicos.

médico recebe auxílio emergencial

Associação contesta e devolve doação de médico
Dr. Ademir, por sua vez, alegou que seu CPF foi usado irregularmente para receber o benefício - situação que acorreu, estranhamente, com inúmeros desafetos do governo Bolsonaro, em tentativas de desqualificação por parte de seguidores radicais. Só não explicou por que levou quatro meses para pedir a interrupção dos repasses federais.

Ah, você deve estar se perguntando: mas qual a relação do nobre dr. Ademir com o incorruptível governo Bolsonaro. Bem, uma breve passagem pelas redes sociais do médico, revela sua luta "contra tudo isso aí, acabou a corrupção, agora é Bolsonaro, cadeia pra corruptos".

Ou seja, mais um cidadão de bem, defensor da família e dos bons costumes... SQN