terça-feira, 14 de dezembro de 2021

El País encerra as atividades em português

Mais uma baixa nesses tempos difíceis para os veículos de comunicação. O jornal espanhol El País anunciou hoje o encerramento de sua edição em português. De acordo com a nota divulgada no site do jornal, a publicação, "apesar de ter atingido grandes audiências e um número considerável de assinantes digitais, ela não alcançou sua sustentabilidade econômica, o que levou à decisão por sua descontinuidade". 

Uma pena. O El País foi uma trincheira de defesa da democracia e de combate aos desmandos promovidos pelo bando de lunáticos irresponsáveis que tomou o poder no Brasil em 2018, catapultados pela mais intensa campanha de fake news e ataques já vista na história nacional.

O jornal promete manter a cobertura dos assuntos brasileiros a partir de sues correspondentes em São Paulo, na Edição América, que conta ainda com escritórios na Cidade do México, Buenos Aires e Bogotá.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Ele é metaleiro e será embaixador de campanha pelo veganismo em 2022

Já foi o tempo em que metaleiros comiam morcego no palco. Muita gente da turma do barulho, agora se rendeu ao veganismo. É o que conta Derrick Green, vocalista do Sepultura. O músico, de voz gutural, aceitou o convite da organização sem fins lucrativos que incentiva o veganismo, Veganuary, e é o novo embaixador da campanha em 2022.

Derrick é vegetariano desde os 15 anos de idade e tem notado uma tendência acentuada de metaleiros que se estão abrindo ao veganismo. Em entrevista para a Interview Under Fire ele disse que a mudança é perceptível na oferta de alimentação nos shows e festivais em que toca. “No camarim, a comida vegana é a primeira a acabar.” Além de Derrick Green, Luísa Mell também será embaixadora da campanha.

O cantor assume com orgulho a sua escolha por uma alimentação vegana, e posta com frequência conteúdos sobre o tema. “A empatia por todas as formas de vida cria um efeito dominó que beneficia a existência do nosso planeta”, afirma.

Entre as celebridades participantes do desafio, que serão veganas durante um mês inteiro, estão as atrizes Lucélia Santos e Valentina Bulc, o escritor André Carvalhal e o ex-deputador federal Jean Wyllys.

Para participar do desafio Veganuary em janeiro, basta se inscrever para receber um conteúdo valioso durante um mês.

ABI repudia agressão a repórteres na Bahia

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) emitiu uma nota contra os animais que acompanham Jair Bolsonaro (PL) e agrediram covardemente jornalistas na Bahia.

Confira

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) apresenta sua solidariedade aos repórteres Camila Marinho e Cleriston Santana, da TV Bahia, e Xico Lopes e Dário Cerqueira, da TV Aratu, que foram covardemente agredidos, nesse domingo, em Itamaraju (Bahia), por seguranças e milicianos bolsonaristas.

Mais uma vez, incentivados pelos discursos criminosos contra o exercício constitucional do jornalismo pelo ainda presidente Jair Bolsonaro - considerados pela Advocacia-Geral da União como “liberdade de expressão” -, seguranças e milicianos bolsonaristas agrediram profissionais da imprensa.

A ABI exige o afastamento imediato do segurança do presidente Bolsonaro, além da sua denúncia à Justiça, juntamente com o outro agressor, ambos perfeitamente identificáveis pelas imagens.

Cabe aos democratas repudiarem mais esta agressão, que tem o objetivo de cercear e intimidar o livre exercício do jornalismo, na tentativa de impedir a plena circulação das informações.

Paulo Jeronimo
Presidente da ABI

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Alckmin vice de Lula não muda intenção de voto, diz pesquisa

A possibilidade de o ex-governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin, ser vice de Lula (PT) nas eleições do ano que vem é indiferente para 64% dos eleitores do ex-presidente. É o que diz a pesquisa Genial/Quaest realizada entre os dias 2 e 5 de dezembro, quando as especulações sobre Alckmin deixar o PSDB e ingressar no PSB, que já caminha com Lula, tornaram-se mais fortes.

Para 12% a presença de Alckmin aumenta o potencial da chapa e 13% dizem que não votariam no petista em caso de composição. Vale lembrar que Alckmin apoiou o impeachment de Dilma Rousseff (PT) e não é bem visto pela militância petista. Mas o pragmatismo de Lula faz líder das pesquisas, geralmente, olhar para o futuro sem se importar com o passado.



É o brasileiro: o fuscacóptero do Rio Grande do Norte


Há alguns dias circulando em grupos de Whatsapp e, agora, nas mídias sociais, vídeos de um improvável helicóptero caseiro tem divertido a rede. As informações iniciais dão conta de que se trata da obra de um morador da cidade de João Dias, no interior do Rio Grande do Norte, mas isso ainda não foi confirmado.

O fato é que a bizarra aeronave pega embalo e decola, como pode ser visto nos vídeos. Quem acompanha fica eufórico. Ainda não apareceu nenhum vídeo do fuscacóptero pousando, mas parece que o piloto já realizou mais de um voo.

Assista um deles abaixo.



quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Genial/Quaest: Lula pode levar no 1º turno; Moro ameaça 2º lugar de Bolsonaro

A sétima rodada da pesquisa Genial/Quaest mostra que o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro consolidou o seu lugar como o terceiro candidato na disputa presidencial de 2022. Embora seus índices estejam bem atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 46%, e do presidente Jair Bolsonaro, com 24%, Moro se isolou dos adversários mais diretos pelo terceiro lugar. O ex-juiz tem 11% das preferências no cenário com Lula, Bolsonaro e com o ex-governador do Ceará Ciro Gomes; e 10% no cenário mais completo: Ciro tem 5%, o governador João Doria (SP) tem 2% e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, 1%. A pesquisa foi feita entre os dias 2 e 5 de dezembro com 2.037 entrevistas presenciais em todos o Brasil.

Os recortes da pesquisa mostram que Moro está tomando espaço de Bolsonaro e Ciro. Quando ele é retirado da disputa, quem mais ganha é Bolsonaro.  Também na simulação de segundo turno há um sinal positivo para Moro: ele perde para Lula de 53% a 29%, mas em outubro a diferença era de 35 pontos percentuais.

Moro está vagarosamente ocupando um espaço de quem é nem Lula, nem Bolsonaro, diz Felipe Nunes, diretor da Quaest. Mas ele precisa modular o discurso. A rejeiçãé muita alta, só abaixo da de Bolsonaro: 61% das pessoas que conhecem o ex-juiz dizem que não votariam nele”.



Se a eleição fosse hoje, Bolsonaro perderia para Lula, Moro ou Ciro. Contra o ex-juiz, o placar seria de 34% a 31% para Moro. Contra o ex-governador do Ceará, 39% a 34% para Ciro. E, contra Lula, o atual presidente perderia de 55% a 31%. Como na pesquisa passada, Lula venceria em todos os cenários de segundo turno e manteve a possibilidade levar a eleição já no primeiro turno, com 52% dos votos válidos.

De modo geral, Bolsonaro parece ter estancado a má avaliação de seu governo. Em novembro, 56% dos entrevistados avaliavam negativamente o governo. Em dezembro, esse número é de 50%. A avaliação negativa caiu em todas as regiões do país, exceto o Nordeste; em todas as faixas de renda ou de escolaridade; e entre homens e mulheres.

Em contrapartida, quando perguntados sobre a atuação do governo em diversas frentes – como o combate à corrupção e à Covid-19 – os brasileiros se mostram descontentes. Para 47%, a avaliaçãé negativa na luta contra o coronavírus; 48% consideram negativa a atuação contra a corrupção; e 70% acham negativa a ação do governo contra a inflação. Geração de empregos (51%), combate às queimadas na Amazônia (51%) e combate à violência (50%) também foram mencionados de forma negativa.

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Empresário goiano que fazia propaganda extemporânea para Bolsonaro é enquadrado pelo Ministério Público

Um empresário goiano que abusava do poder econômico para fazer propaganda eleitoral extemporânea para Jair Bolsonaro (PL) recebeu um chega-pra-lá do Ministério Público Eleitoral. A informação é da repórter Leicilane Tomazini, de O Popular. Dono de outdoors, o empresário instalou, às margens da BR-153, no trecho urbano de Goiânia, uma bandeira do Brasil com as frases: "The Best Capital" e "Brasil Acima de Tudo", slogan de campanha do pior presidente de todos os tempos. 

A propaganda disfarçada não passou despercebida. O promotor Haroldo Caetano considerou que a peça tem cunho eleitoral e determinou a retirada. O empresário ainda argumentou que se trata de "patriotismo" e que o painel está disponível para locação, por isso é utilizado com uma publicação de sua autoria. Não colou. Agora, onde havia o slogan bolsonarista, lê-se "Juntos Somos Mais Fortes".

A reportagem cita apenas este outdoor, mas existe outro, que já vi pela cidade, sem me recordar, no momento, onde. Provavelmente também foi substituído.

Brasil, o país do "vai que cola".

Idosos podem pagar mais pelo plano de saúde com alteração no Estatuto do Idoso

São inúmeros os ataques que as minorias e a população marginalizada vêm sofrendo desde o início do governo Bolsonaro. Nunca, talvez nem na época da ditadura militar, tantos direitos foram suprimidos ou atacados. Agora, o Congresso Nacional prepara mais uma maldade: a alteração do Estatuto do Idoso para permitir aumentos abusivos nos planos de saúde das pessoas com mais de 60 anos.

A atual lei dos planos de saúde vem sendo debatida há alguns meses na Câmara Federal em uma comissão especial. Até aí, nada de novo. A legislação permanentemente discutida e alterada, de acordo com as demandas do país. O problema é que alterações propostas buscam permitir que os aumentos exorbitantes hoje proibidos sejam liberados para as seguradoras decidirem como quiserem.

 A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), emitiu nota de repúdio contra a proposta, em conjunto com diversas entidades.

“A SBGG reitera que o tema deve ser avaliado com cautela: o impacto dessa medida poderá inviabilizar o acesso de milhões de idosos aos planos privados de saúde e sobrecarregar ainda mais o Sistema Único de Saúde (SUS).”, diz o documento. “Vale lembrar que o art. 15, § 3º, da Lei nº 10.741/03 (Estatuto do Idoso), veda qualquer discriminação em razão da idade para o idoso, evitando aumentos abusivos por faixa etária nos planos de saúde a este segmento populacional”.

É necessário ficar atento a essa discussão. Sob Bolsonaro, os ataques são permanentes.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

DCM deve explicações sobre falsa morte do Coronel Siqueira

No jargão jornalístico "barriga" é o termo usado para designar uma notícia equivocada, um fato informado que depois descobre-se ser falso. É o que parece ter ocorrido com a notícia da morte do autor do famoso personagem Coronel Siqueira, um suposto bolsonarista raiz que apoia tudo o que o Mito faz de errado - ou seja, tudo.

Ao embarcar, aparentemente sem questionar, na história contada pela viúva de Sergio Liotte, Patrícia Liotte, de que o jovem falecido marido era o criador do perfil e a conta havia sido "roubada" por supostos coautores, o Diário do Centro do Mundo inflou a internet, primeiro, pela notícia em si, depois, pela insistência na informação mesmo com o desmentido de outra pessoa que garante ser o criador da conta.

A história ganhou ares de surrealismo, com matérias em órgãos de imprensa, ora duvidando do DCM, ora duvidando do "vivo" Coronel Siqueira, com acusações de falsidade de ambos os lados. Também fiquei em dúvida no início, confesso.

Mas, ontem, em um Space, serviço de conferência por áudio do Twitter, o Coronel Siqueira que permanece vivo, me parece, erradicou qualquer dúvida em relação a ser ele mesmo o criador do perfil. A cronologia apresentada, os prints das conversas com jornalistas de outros veículos, o desenrolar dos fatos deram total verossimilhança a sua versão.

Pra mim não resta mais dúvidas de que o jovem que vive na Europa seja realmente o criador e o alimentador da conta - o único, como ele mesmo diz. Há questões claras que indicam isso. A principal prova, na minha avaliação, é sua coluna na Carta Capital. Ora, se o criador do personagem no Twitter era mesmo Liotte, por que ele nunca se manifestou pelo fato de ter outra pessoa assinando uma coluna em seu nome? Parece óbvio, não? Outro fato interessante é que a foto que estampa o perfil do Coronel foi criada em uma aplicativo, é artificial, ao contrário da afirmação da viúva de que se tratava de um tio comunista.

Mas, no final das contas, o que deixou especialmente a esquerda perplexa foi a virulência do DCM contra o verdadeiro Coronel e contra a própria Carta Capital, ambos os veículos do mesmo espectro ideológico. Siqueira disse que foi acusado aos berros de ter roubado a conta pelos integrantes do DCM, de quem, pasmem, ele já foi parceiro.

A Revista Fórum também comprou a versão do DCM, numa espécie de primos pobres contra a prima rica da esquerda. A Fórum, inclusive, que acompanhava o Space ontem, deixou a conferência assim que o Coronel Siqueira mostrou que uma repórter da revista exigia cópia de sua identidade para provar que ele era ele mesmo. Estranho, tudo muito estranho.



De qualquer forma, após a repercussão negativa contra o DCM e a fragilidade da história contada, o repórter responsável pela barriga, Fabrício Rinaldi, parece ter se dado conta de que caiu em um golpe. Ontem, falava em aguardar o luto da viúva para receber as provas que ela garantia ter sobre a autoria da conta. Mas já não mantinha a mesma veemência das afirmações anteriores.

O DCM, assim como a Fórum e o Brasil 247 são importantes trincheiras da esquerda, ao lado, claro, da Carta Capital. Ninguém sabe exatamente o que aconteceu entre os veículos e seus editores, a não ser eles mesmos, que resultou na história mais bizarra da internet nos últimos tempos. O DCM, se quiser manter sua credibilidade, deve explicações a seus leitores e financiadores. Deve explicar, como já se perguntou por aí, a quem interessa matar o Coronel Siqueira e criar rusgas entre veículos que deveriam ser parceiros, até onde eu entendo.

Barriga acontece. Humildade e coragem para corrigir o erro são exigências.

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Tatuador se recusa a tatuar o símbolo da suástica: "Não vou participar do hate"

O tatuador Bruno Moreira recebeu um pedido inusitado e um tanto quanto estranho. Um cliente chegou ao seu estúdio em São Paulo querendo fazer uma tatuagem toda trabalhada, uma caveira com cobra e algumas flores. Até aí tudo bem, mas um detalhe a mais na tatuagem chamou a atenção: uma bandeira da suástica, símbolo que representa o nazismo e apoiadores de Adolf Hitler.

Bruno se recusou a fazer a tatuagem e devolveu o dinheiro, já recebido, para o cliente. 

Ao comentar sobre o assunto, o tatuador explica: "Pedidos com detalhes diferentes nas tatuagens por aqui no estúdio são comuns, mas com esse, realmente, foi o pior. Normalmente, eu recuso pedidos com símbolos assim."

Ele explicou nas redes sociais: "Como um artista, o tatuador tem todo o direito de escolher que tipo de arte aceita fazer em seus clientes e é por isso que recusei a fazer o símbolo da suástica."

Justiça rejeita tentativa de censura de Bolsonaro contra revista por associação ao nazismo

O juiz Frederico Botelho de Barros Viana, da 10ª Vara de Justiça Federal do Distrito Federal, rejeitou a ação de censura proposta por Jair Bolsonaro contra a revista IstoÉ por chamar o governante de "Mercado da Morte" ao relatar as atrocidades cometidas pelo governo na condução das ações contra a pandemia de covid-19. Para o juiz, mesmo a comparação com Hitler - já que a publicação retratou Bolsonaro com um bigodinho no estilo do genocida alemão - faz parte do debate público.

Apesar de não ter relação com a ação em si, vale ressaltar que, na semana passada, ao ser orientado por um seguidor no curralzinho da Presidência em Brasília a adotar o mesmo sistema de Hitler na doutrinação de crianças, durante o governo nazista, no Brasil, Bolsonaro, além de não contestar a comparação, afirmou ter intenção de interferir no Ministério da Educação, mas ser impedido pela burocracia.

Portanto, se o próprio mandatário assume para si comparações com o líder genocida alemão, não há por que questionar a mesma comparação feita por outras pessoas ou publicações.

Após receber mais de R$ 400 mil e defender cloroquina, presidente do CRM será investigado pelo TCU

Presidente do CFM defendeu cloroquina a pedido de Bolsonaro
O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luiz de Britto Ribeiro, terá suas contas frente à autarquia investigadas pelo Tribunal de Contas da União TCU).  A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou requerimento do deputado federal Elias Vaz (PSB-GO)  para que o TCU apure indícios de irregularidades no pagamento de diárias e jetons à equipe do CFM. O requerimento teve a relatoria do deputado federal Jorge Solla (PT-BA). Só o presidente da entidade ganhou no ano passado mais de R$ 400 mil com essas indenizações. A Proposta de Fiscalização e Controle, na prática, é uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União.

“O Conselho Federal de Medicina é uma autarquia e, portanto, deve ser fiscalizado por nós, deputados. Os conselheiros titulares e suplentes não têm salários fixos, mas receberam valores muito altos nos últimos dois anos, pagos com dinheiro que sai do bolso dos médicos. As contribuições obrigatórias deveriam ser aplicadas em questões de interesse da categoria e não em viagens de luxo e jeton”, destaca Vaz.

A Proposta de Fiscalização e Controle se baseia em  levantamento feito pelo deputado que aponta: a média mensal das indenizações em 2019 e 2020 ficou acima de R$30 mil. É o caso do presidente do Conselho, Mauro Luiz de Britto Ribeiro, que também é investigado pela CPI da Covid por pedir a liberação de cloroquina no tratamento de pacientes, mesmo sem aval científico.

Também é intrigante o gasto com passagens aéreas do presidente e de conselheiros, que chegou a quase R$ 250 mil em 2020. O CFM banca viagens internacionais para o presidente, sempre na classe especial. De 2018 pra cá, Mauro Luiz esteve anualmente nos Emirados Árabes e as passagens custaram mais de R$ 30 mil.

Um exemplo chama a atenção. No ano passado, foi realizada a Ottawa 2020 Conference entre os dias 29 de fevereiro e 4 de março em Kuala Lumpur, na Malásia. O presidente Mauro Ribeiro, porém, embarcou no dia 27 de fevereiro de Guarulhos (GRU) com destino a Dubai (DXB), onde não havia evento oficial. Ele permaneceu em Dubai até dia 28 de fevereiro às 3:30 (madrugada), quando embarcou rumo à Malásia.

De acordo com as passagens aéreas adquiridas pelo CFM, o presidente compareceu apenas à abertura da Ottawa 2020 Conference no dia 29 de fevereiro, embarcou de volta para Dubai no dia 1 de março de 2020 e permaneceu no país até dia 4 de março de 2020. O CFM não pagou apenas as passagens, mas também as diárias do presidente em euros, somando o valor em real de R$14.814,36. A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou requerimento do deputado federal Elias Vaz (PSB-GO)  para que o Tribunal de Contas da União apure indícios de irregularidades no pagamento de diárias e jetons à equipe do Conselho Federal de Medicina (CFM). O requerimento teve a relatoria do deputado federal Jorge Solla (PT-BA). Só o presidente da entidade ganhou no ano passado mais de R$400 mil com essas indenizações. A Proposta de Fiscalização e Controle, na prática, é uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União.

 “O Conselho Federal de Medicina é uma autarquia e, portanto, deve ser fiscalizado por nós, deputados. Os conselheiros titulares e suplentes não têm salários fixos, mas receberam valores muito altos nos últimos dois anos, pagos com dinheiro que sai do bolso dos médicos. As contribuições obrigatórias deveriam ser aplicadas em questões de interesse da categoria e não em viagens de luxo e jeton”, destaca o parlamentar.

A Proposta de Fiscalização e Controle se baseia em  levantamento feito pelo deputado que aponta: a média mensal das indenizações em 2019 e 2020 ficou acima de R$30 mil. É o caso do presidente do Conselho, Mauro Luiz de Britto Ribeiro, que também é investigado pela CPI da Covid por pedir a liberação de cloroquina no tratamento de pacientes, mesmo sem aval científico.

Também é intrigante o gasto com passagens aéreas do presidente e de conselheiros, que chegou a quase R$250 mil em 2020. O CFM banca viagens internacionais para o presidente, sempre na classe especial. De 2018 pra cá, Mauro Luiz esteve anualmente nos Emirados Árabes e as passagens custaram mais de R$30 mil.

Um exemplo chama a atenção. No ano passado, foi realizada a Ottawa 2020 Conference entre os dias 29 de fevereiro e 4 de março em Kuala Lumpur, na Malásia. O presidente Mauro Ribeiro, porém, embarcou no dia 27 de fevereiro de Guarulhos (GRU) com destino a Dubai (DXB), onde não havia evento oficial. Ele permaneceu em Dubai até dia 28 de fevereiro às 3:30 (madrugada), quando embarcou rumo à Malásia.

De acordo com as passagens aéreas adquiridas pelo CFM, o presidente compareceu apenas à abertura da Ottawa 2020 Conference no dia 29 de fevereiro, embarcou de volta para Dubai no dia 1 de março de 2020 e permaneceu no país até dia 4 de março de 2020. O CFM não pagou apenas as passagens, mas também as diárias do presidente em euros, somando o valor em real de R$14.814,36.  

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Pesquisa Modalmais Futura Inteligência mostra Lula consolidado e Moro vencendo Bolsonaro


O principal temor dos bolsonaristas convictos, aqueles que fecharam os olhos para todos os desmandos e falcatruas da familícia que assaltou o poder em 2018, parece se consolidar dia a  dia. A mais recente pesquisa Modalmais Futura Inteligência divulgada hoje confirma Lula (PT) na liderança e um potencial crescimento do ex-juiz da Vaza Jato Sergio Moro (Podemos), capaz de tirar o caótico e inacreditável Jair Bolsonaro do segundo turno das eleições de 2022.

Em todos os cenários apontados pelo levantamento, realizado entre os dias 16 e 20 de novembro, Lula vence os adversários no primeiro e segundo turno, sejam quais forem. Mas isso é notícia velha. O que tirou o sono do gado bolsonarista é a ascensão do ex-ministro de Bolsonaro Sergio Moro, que aparece em terceiro lugar, deixando para trás Ciro Gomes (PDT) e, pior, vencendo o Mito em um eventual e improvável segundo turno entre os dois.

Nos cenários apresentados, a liderança de Lula oscila entre 37% e 43,4% das intenções de voto. Bolsonaro não passa de 32,7%. Já o juiz-político vence o ex-chefe em um improvável segundo turno entre os dois por 38,8% a 35,7%. Lula, por sua vez, derrota o Marreco de Maringá por 46,6% a 33,6%. 

O cenário deixa claro que Moro será o principal alvo dos ex-aliados bolsonaristas em 2022. E Lula será o alvo de todos.

A pesquisa ouviu dois mil eleitores e tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais.