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segunda-feira, 22 de junho de 2020

Pela primeira vez pesquisa detecta coronavírus em 100% das amostras de esgoto em Belo Horizonte

Boletim de Acompanhamento nº 06/2020 do projeto-piloto Monitoramento COVID Esgotos, que traz resultado das amostras de esgoto coletadas nos sistemas de esgotamento sanitário das bacias do Arrudas e do Onça, em Belo Horizonte e Contagem (MG), aponta novo crescimento na detecção do COVID-19 no esgoto. Com resultados das amostras coletadas de 8 a 12 de junho, o boletim aponta que, pela primeira vez, 100% das amostras de esgoto da bacia do Arrudas testaram positivo para a presença do novo coronavírus.

Modelo em 3D do Coronavírus - Imagem: 123RF/Jornal da USP

Nessa bacia os percentuais de amostras positivas já haviam aumentado de 71% para 86% nas semanas anteriores do projeto, conduzido pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis/UFMG), em parceria com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Na bacia do Onça, por três semanas consecutivas, 100% das amostras resultaram positivas para a presença do novo coronavírus, segundo o boletim.

A estimativa de população infectada também aumentou na mais recente semana de coletas, chegando a 11,7% da população atendida por uma das sub-bacias de esgotamento analisadas, em um dos pontos de coleta. Na semana anterior (de 1º a 5 de junho), dados do mesmo ponto de coleta permitiam estimar que 6,9% da população atendida estaria infectada pelo novo coronavírus, causador do COVID-19.

Esse aumento indica que mais de 50 mil pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus, conforme carga viral identificada nas amostras coletadas entre 8 e 12 de junho. Esta população equivale a aproximadamente 2,5% de toda a população interligada aos sistemas de esgotamento e tratamento das bacias do Arrudas e do Onça. Na semana de coleta anterior, estimava-se em mais de 20 mil pessoas infectadas nas regiões pesquisadas.

“Os resultados e as estimativas com base no monitoramento do esgoto indicam tendência de aumento expressivo da população infectada pelo novo coronavírus em Belo Horizonte. Portanto, medidas de prevenção e controle para evitar a disseminação do vírus deveriam ser intensificadas” afirmam os pesquisadores, no boletim.

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Ministério da Saúde disponibiliza nova plataforma interativa para acompanhar dados de COVID-19 e aponta 41 mil mortos

Depois de flertar com uma censura só vista, provavelmente na Coreia do Norte, e pressionado pela sociedade civil - e, por que não, militar? -, o Ministério da Saúde voltou a divulgar números da Covid-19.

Diz que com mais transparência e detalhamento. Veremos. 

Segundo os dados, temos nesse momento 40.919 mortos e 802.828 casos.



De qualquer forma, continua a divulgação paralela do grupo de veículos de comunicação - alguns concorrentes, frise-se - com dados recebidos das secretarias estaduais de saúde para comparação.

Bolsonaro, censura não existe nesse país. Convença-se e acostume-se, capitãozinho.

Acesse a plataforma de dados aqui. Mas nunca se convença. Compare com os dados divulgados pela imprensa séria.

terça-feira, 2 de junho de 2020

Instituições da saúde realizam ato público em defesa da vida em Goiânia

Profissionais de saúde querem ser ouvidos (F: Divulgação)
O Conselho Municipal de Saúde e o Comitê Goiano em Defesa dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Saúde e Enfrentamento à Pandemia da Covid-19 realizaram um ato público nesta segunda-feira, 1º de junho, em defesa da vida.

Manifestantes se reuniram no Paço Municipal, às 10h, carregando faixas de alerta ao trabalho da linha de frente do Sistema Único de Saúde (SUS) e em defesa do isolamento social. Respeitando a distância de 2 metros, representantes de diversas entidades de saúde estiveram presentes e entregaram uma carta aberta ao prefeito de Goiânia, Iris Rezende, e à secretária Municipal de Saúde, Fátima Mrué.

O objetivo é alertar a Prefeitura de Goiânia sobre a reabertura do comércio, que deve ser debatida entre profissionais de saúde e técnicos da Secretaria de Saúde, além do setor empresarial. “Nós queríamos ter voz, pois estamos na linha de frente da luta desta pandemia. Conseguimos que o prefeito e a secretária nos ouvissem e se comprometessem a conversar com os setores relevantes antes de uma decisão tão séria em relação à flexibilização”, diz a presidenta do Conselho Municipal de Saúde, Celidalva Sousa Bittencourt.

Os trabalhadores também exigiram do prefeito uma maior midiatização sobre os cuidados com o coronavírus e a importância do isolamento social. Outro ponto discutido é que a flexibilização do comércio deve estar sujeita a critérios como testagem de pessoas e não uso do transporte coletivo.

A carta aberta chama a atenção para a progressão dos números de casos e mortes da covid-19, caso o isolamento social não aumente. A projeção da pesquisa da Universidade Federal de Goiás (UFG) aponta até 162 mortes por dia no estado de Goiás.

Assinam a carta aberta o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde-GO); Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de Goiás (Sinfar-GO); Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Estado de Goiás (Sintsep-GO); Sindicato das(os) Técnicas(os) e Auxiliares em Saúde Bucal do Estado de Goiás (Sintasb-GO); a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS); Federação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias (Fenasce); o Conselho Estadual de Saúde de Goiás (CES); Conselho Regional de Serviço Social 19ª Região (CRESS); Conselho Municipal de Saúde (CMS); Conselho Regional de Farmácia de Goiás (CRF); Sindicato dos Nutricionistas de Goiás (Sineg); Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego); Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde (Sindacs); Sindicato dos Odontologista no Estado de Goiás (Soego) e Fórum dos Conselhos Regionais da Área da Saúde (FCRAS-GO).

Covid-19: fake news podem colocar em risco a vida de asmáticos

Ronaldo Macedo: tratamento não deve ser interrompido
Com a pandemia do novo coronavírus (covid-19) uma avalanche de fake news sobre o tema tem inundado a internet, muitos delas confundem as pessoas e podem até colocar em risco suas vidas. Nas últimas semanas, boatos que circulam pela internet têm alarmado pacientes com asma.

“Cerca de 40% dos pacientes com asma que tenho atendido nos últimos dias chegam querendo saber se, por causa da pandemia do covid-19, elas devem parar com suas medicações”, destaca pneumologista Ronaldo Macedo, que trabalha no Hospital de Clínicas da Unicamp há quase 10 anos, onde é coordenador do Ambulatório de Doenças Pulmonares Difusas /Intersticiais.

Isso se deve ao fato de circularem pela internet e pelas redes sociais várias informações que afirmam, por exemplo, que o uso de corticoide inalatório (popularmente conhecido como bombinha para asma) deve ser interrompido, como uma forma de reduzir os riscos de contaminação pelo covid-19.  E há até fake news que dão conta de que as pessoas com asma são imunes ao novo coronavírus!

“Essas informações não fazem sentido. Os pacientes asmáticos devem continuar seus tratamentos, para que seu quadro não se agrave e eles não tenham inclusive que ser internados, o que, no cenário atual, representa maior risco de contaminação pelo covid-19”, alerta Macedo, que é pneumologista formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.

“As medicações para tratamento da asma nunca devem ser suspensas. Os pacientes asmáticos devem manter o plano de tratamento traçado junto com seu médico e, se houver dúvida, procurar orientação médica. Manter regras de distanciamento social e higiene de mãos é imprescindível, bem como as medidas habituais para esta época do ano, como hidratação e vacinação contra gripe (influenza)”, completa Macedo.

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Dados de morte materna pela COVID somem das estatísticas oficiais

Todo ano, aos 28 de maio, o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, gineco-obstetras, entidades médicas, organizações de mulheres e instituições plurais interrelacionadas à saúde destacam esse antigo drama das brasileiras de todas as classes, em especial das mais vulneráveis socialmente.

Neste 2020, a data ganha contorno de relevância ainda maior e de preocupação ímpar. O Brasil, que há anos distancia-se de cumprir o estabelecido pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), vê suas taxas piorarem ainda mais, em decorrência de um quadro que mescla falhas de gestão e falta de transparência na divulgação de óbitos provocados pela Covid-19.

A realidade – estarrecedora - é a de que não há dados oficiais sobre a morte de mulheres grávidas vítimas do Sars-CoV-2. São poucos os estados que oferecem estes dados, mas não são poucas as notícias veiculadas pela imprensa.

“Nosso país precisa se estruturar para o atendimento das gestantes com COVID”, afirma a presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do estado de São Paulo, SOGESP, Rossana Pulcineli Vieira Francisco.

Antes da pandemia, os índices de mortalidade materna do País já se encontravam elevados, colocando-o muito acima da meta da Organização das Nações Unidas para 2015 (isso mesmo, para cinco anos atrás), que previa a redução de 35 para cada 100 mil nascidos vivos. Estamos mais longe ainda do patamar tido como aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de 20 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos.

“É uma situação grave e extremamente triste, pois um óbito materno acaba mexendo com toda a estrutura familiar”, destaca Rossana. Além da perda teoricamente evitável de uma vida, há uma criança que ficará sem uma mãe para cuidar dela e um núcleo de parentes desestruturado por negligência com a questão. É urgente discutir essas mortes estão ocorrendo e como isso irá impactar na razão de morte materna do Brasil”.

Na atual conjuntura, é imperativo a conscientização da sociedade. O pré-natal, assim como todo o protocolo de assistência à gestante tem que continuar normalmente. É indispensável que as futuras mães estejam informadas de que prosseguir com o acompanhamento à gravidez pode salvar sua vida e a do bebê.

Aliás, não é hora nem de se cogitar em abandonar o pré-natal. As gestantes têm de se cuidar com mais e mais atenção, vislumbrando a meta de um parto tranquilo, seguro e humanizado, em uma estrutura organizada e estruturada.

Entre 16 países, Brasil é o que tem mais medo de retornar às aulas e ao trabalho, mostra Ipsos

Sete em cada dez brasileiros (68%) não desejam retornar aos seus locais de trabalho nas próximas semanas - sendo que 48% dizem que não se sentiriam confortáveis e 20% afirmam categoricamente que não voltariam a trabalhar no período proposto. É o que aponta a 12ª onda da pesquisa Tracking the Coronavirus, realizada semanalmente pela Ipsos com entrevistados de 16 países.

O Brasil é a nação que apresenta maior resistência ao retorno. Na segunda posição, está a Espanha, onde 56% dos ouvidos localmente demonstram desconforto com a ideia de sair de casa para trabalhar em um futuro próximo. A África do Sul completa o pódio, com 53%.

Na outra ponta do ranking, figura a Coreia do Sul, onde apenas 18% dos participantes locais do estudo dizem que não se sentiriam confortáveis em voltar aos seus locais de trabalho. Logo depois vem a Austrália, com 29%; e a China, com 35%.

Volta às aulas

A expectativa de entrevistados de todo o mundo para que crianças e adolescentes voltem às aulas também foi colocada em questão. Mais uma vez, os brasileiros encabeçam a lista dos mais resistentes a este retorno. No Brasil, 85% dizem que não se sentiriam confortáveis deixando que seus filhos frequentem a escola nas próximas semanas. Destes, 44% não permitiriam de modo algum que isso acontecesse.

A objeção também é alta na África do Sul e na Espanha. Em ambos os países, 80% dos ouvidos não se sentem confortáveis com a volta às aulas de suas crianças. No terceiro posto, há outro empate, desta vez entre Canadá e Itália, ambos com 78%.

A pesquisa on-line foi realizada com 16 mil adultos de 16 países entre os dias 07 e 10 de maio de 2020, sendo 1.000 entrevistas no Brasil. A margem de erro é de 3,5 p.p..

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Coronavírus: Afrebras repudia piada de mau gosto de Bolsonaro com tubaína


A Afrebras (Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil) repudia a infeliz declaração do presidente Jair Bolsonaro dizendo que "quem é de direta toma cloroquina; quem é de esquerda, tubaína", no mesmo dia em que o país registrou, pela primeira vez, mais de mil mortes por coronavírus em 24 horas. A entidade defende que o governo, em vez de politizar o uso do medicamento, deve acabar com as regalias fiscais milionárias concedidas a multinacionais de bebidas na Zona Franca de Manaus, para amenizar o momento de crise econômica agravada pela pandemia no país.

A declaração de Bolsonaro foi proferida nesta terça-feira (19), durante uma live. A Afrebras representa mais de 100 indústrias de bebidas regionais no Brasil, entre as quais os produtores de tubaína. Boa parte das fábricas regionais está se mobilizando para fazer doações de alimentos e álcool em gel a comunidades pobres para tentar diminuir os impactos da crise. A entidade destaca que vários hospitais ou leitos de hospitais de campanha poderiam ser construídos com o dinheiro da farra de benefícios fiscais.


Para que o governo federal use o dinheiro de incentivos fiscais no combate ao coronavírus, o presidente da Afrebras, Fernando Rodrigues de Bairros, pede que Bolsonaro revogue o Decreto 10.254/2020. Com essa medida, o governo federal permite dobrar, de junho a novembro, o valor do crédito tributário de 4% para 8% sobre o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) pago por multinacionais de bebidas. Há denúncias de que até a publicidade dessas corporações de bebidas é paga com dinheiro público.

"Se o presidente Bolsonaro, de fato, se preocupa com o Brasil, agora é a hora de acabar de vez com a concessão de benefícios fiscais para multinacionais na Zona Franca de Manaus e reverter o dinheiro para o combate ao coronavírus", afirma Bairros. "A revogação do decreto poderá representar uma economia de quase R$ 2 bilhões aos cofres públicos", destaca ele.


Mais informações aqui.

terça-feira, 19 de maio de 2020

Hospital Regional de Luziânia tem vagas de trabalho


Para começar a atender ainda nessa semana o Hospital de Luziânia, em Goiás, está com vagas de trabalho abertas. Nessa primeira fase o Instituto de Medicina, Estudos e desenvolvimento – IMED – abriu processo seletivo para contratação imediata de 138 profissionais entre enfermeiros, técnicos e pessoal administrativo. O edital está no site www.imed.org.br e os currículos são recebidos exclusivamente por e-mail. O endereço é selecaorh.luziania@imed.org.br.

O hospital, que se estrutura para começar a atender a população, recebeu 10 respiradores, recuperados pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e Senai. Há outros 12 já comprados pelo Município, com o que serão 23 para uso na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) que abre para atender, principalmente, casos de Covid-19. Dos 72 leitos, 20 são de UTI e 31 para casos semicríticos. A previsão é de que o atendimento à população comece na próxima quinta-feira.

Cerca de 1,2 milhão de pessoas moram na região e serão beneficiadas pela nova unidade de saúde. Luziânia tem 51 casos confirmados e três mortes causadas pelo Coronavírus.

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Use máscara como um verdadeiro patriota

Assim como Bolsonaro, você acha que a covid-19 é "só uma gripezinha"? Acha que a mídia exagera? Quer o fim do isolamento? Posta fake news de hospitais e caixões vazios? Diz que quem é de Deus não é contaminado pelo coronavírus? E acredita que tudo o que acontece no mundo é um plano comunista pra dominar o planeta? Seus problemas se acabaram. Chegou a máscara de proteção facial Bolsovid-19.

Com ela, você pode participar de protestos pedindo a volta da Ditadura sem medo de pegar qualquer gripezinha. E atender ao mesmo tempo seu político de estimação e o Ministério da Saúde desse mesmo desgoverno.

Faça como a dona Margarete. Compre logo sua Bolsovid-19 e respire aliviado.

Já se você quer mesmo é mandar o corona pra longe, pode apelar para o modelo Jason.


terça-feira, 5 de maio de 2020

Artistas e jornalistas criam Inumeráveis, um memorial para vítimas da Covid-19



A mineira Eunice Farah era alegre. Muito alegre. Venceu uma batalha contra um câncer de laringe, com sessões de quimioterapia e bombas de medicamento, sem lamentar. Apaixonada pelo carnaval, buscava conforto e alívio na música. Ecumênica, frequentava o centro espírita às terças e, aos domingos, a igreja evangélica. A fé de dona Eunice era na vida e nas pessoas. Aos 77 anos, deu entrada no hospital com sintomas leves e não saiu mais.

Dona Eunice é uma das histórias dos mais de 7 mil brasileiros que perderam a vida por causa do novo coronavírus até agora. O Brasil tem a maior taxa de contágio por coronavírus do mundo, segundo estudo do Imperial College de Londres.

O projeto Inumeráveis, lançado em 30 de abril, nasce justamente com o intuito de reverter a lógica fria pela qual a pandemia está sendo tratada no Brasil. Por trás dos números em crescimento, por trás de falas e atitudes irresponsáveis de governantes, estão histórias de milhares de brasileiros. O Inumeráveis é dedicado à memória às vítimas do novo coronavírus no Brasil. O memorial nasce com a missão de valorizar, em forma de registros históricos, cada uma das vidas perdidas em função da pandemia do coronavírus no Brasil.

A ideia do Inumeráveis é montar uma rede voluntária de jornalistas, estudantes, escritores e contadores de história, de Norte a Sul do país, para narrar as histórias de forma sensível, pessoal e respeitosa às peculiaridades da vida de cada vítima, estimulando um processo reconfortante. As contribuições serão concentradas numa plataforma digital.

"O Inumeráveis nasce do incômodo em perceber que nas tragédias humanitárias pela qual a humanidade passa, transformamos as vidas perdidas apenas em números e estatísticas. Pandemias, guerras, genocídios, desastres recentes como Brumadinho. Não valorizamos, não registramos a vida, a história de cada única pessoa que todos nós perdemos. Hoje temos tecnologia e um sistema distribuído que pode colaborar para termos a ambição de registrar 100% das histórias, de cada pessoa" - explica Rogério Oliveira, empreendedor social e um dos idealizadores do Inumeráveis.

A plataforma digital permite duas possibilidade de colaboração:

a) direcionada para jornalistas, estudantes de jornalismo e outros profissionais que queiram reportar uma história;

b) e outra direcionada para familiares e amigos que gostariam de prestar uma homenagem à vítima.

Os voluntários serão auxiliados pela plataforma moderadora desenvolvida para captar de forma aberta e integradora os registros de histórias já realizados.

Além do memorial digital, a ideia é materializar o Inumeráveis por meio de uma instalação artística em local público e aberto ao ar livre, assim cada nome das vidas perdidas terá também seu lugar físico.

"Todos os dias ouvimos um novo número de pessoas que morreram vítimas do coronavírus no Brasil. Só que números não penetram o coração como histórias. Não há quem goste de ser número. Gente merece existir em prosa" - explica Edson Pavoni, artista plástico e um dos idealizadores do projeto.

Inumeráveis é uma obra do artista Edson Pavoni em colaboração com Rogério Oliveira, Rogério Zé, Alana Rizzo, Guilherme Bullejos, Giovana Madalosso, Jonathan Querubina e os jornalistas e voluntários que continuamente adicionam histórias à este memorial.

Confira as histórias em http://inumeraveis.com.br/

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Avaliação de Bolsonaro chega ao pior nível, mostra pesquisa XP; governadores são bem avaliados


A nova rodada da pesquisa XP Ipespe, concluída na última quinta-feira, revela que, desde o pedido de demissão de Sergio Moro, em 24 de abril, a avaliação positiva do governo Jair Bolsonaro caiu 4 pontos percentuais, de 31% para 27%, enquanto a avaliação negativa saltou 7 pontos percentuais, de 42% para 49%. Os valores são, respectivamente, o menor e o maior da série iniciada em janeiro de 2019.

O movimento na expectativa para o restante do mandato sofreu variação semelhante. A expectativa negativa passou de 38% para 46%, enquanto a positiva foi de 35% para 30%.

No período, caiu também a nota média atribuída ao presidente. Ela era de 5,1 na pesquisa divulgada em 24 de abril e atingiu 4,7 no levantamento atual. Já a nota média atribuída a Sergio Moro teve movimento inverso: passou de 6,2 para 6,5 desde sua saída do governo.

Sobre os efeitos da demissão de Moro do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, continua em 67% a fatia dos entrevistados que acreditam que ela trará impactos negativos para o restante do governo. Em relação ao novo ministro, André Mendonça, 69% dizem acreditar que ele terá uma atuação com interferências do presidente, enquanto 19% esperam uma atuação independente.

Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 28, 29 e 20 de abril. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

Economia e coronavírus

A percepção negativa também se ampliou em relação à economia. Hoje, são 52% os que acham que a economia está no caminho errado, contra 47% na semana passada. Os que veem a economia no caminho certo caíram de 35% para 32%.

Sobre a melhor maneira de recuperar a economia depois da crise provocada pelo coronavírus , 62% acreditam que Bolsonaro deve mudar a política econômica, com mais investimentos do governo, enquanto 29% acreditam que o presidente deve manter as reformas e o enxugamento dos gastos públicos, com mais participação de empresa privadas.

O levantamento registrou ainda um aumento no percentual dos que dizem estar com "muito medo" do surto de coronavírus: são 48% nesta rodada contra 41% na semana anterior.

Ainda sobre o combate à Covid-19, a atuação de Bolsonaro foi considerada ruim ou péssima por 54% dos entrevistados. Já os governadores, constantemente criticado por Bolsonaro, tiveram a avaliação ótima ou boa por 53% dos entrevistados. Os números revelam que, apesar dos ataques diários do governo federal aos estados, a população reconhece a gravidade da doença e apoia as medidas restritivas.

Confira a pesquisa completa aqui.

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Apresentador que ironizava o isolamento está em... isolamento. E a internet não perdoa

O apresentador do Alerta Nacional, da Rede TV!, Sikêra Junior, ferrenho defensor de Jair Bolsonaro, é a mais nova piada da internet. Crítico aguerrido do isolamento social, proposto pela Organização Mundial de Saúde como medida mais eficaz para conter o avanço do Covid-19, Sikêra encontra-se há dias em isolamento por suspeita de contaminação com o coronavírus.

Foi o que a internet precisou para transformar o apresentador na mais nova piada nacional. Em mídias sociais circulam montagens em que Sikêra, antes, aparece fazendo graça e criticando o isolamento. "Isso é maria-vai-com-as-outras, isso é moda", diz em um dos vídeos, à frente do Alerta Nacional. "Medo de morrer eu sempre tive", diz, agora, o corajoso bolsonarista. "Se puder, fique em casa", aparece, depois, em vídeo gravado no isolamento.

Veja:


O Brasil tem hoje 5.104 mortes e mais de 73 mil casos de covid-19.

terça-feira, 28 de abril de 2020

TCE-GO disponibiliza painéis para acompanhamento da situação fiscal e dos gastos estaduais com a Covid-19


O Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) disponibilizou em seu site, pela aba Observatório do Cidadão, novos painéis que permitem ao cidadão visualizar de forma simplificada a situação fiscal do Estado e acompanhar os gastos públicos estaduais com o combate à Covid 19.

São disponibilizados gráficos e tabelas interativas que permitem a aplicação de filtros para facilitar a utilização das informações, além da possibilidade de exportação para planilhas e outros aplicativos.

O painel de acompanhamento dos gastos com o combate à Covid 19 traz informações como número e data dos processos de compra, órgão, fonte dos recursos, nome do fornecedor, item adquirido, valores, modalidade de contratação, fase da despesa, entre outros.

Já o módulo de monitoramento da situação fiscal oferece dados detalhados da receita estadual em suas diversas fontes de arrecadação, informações estruturadas acerca da despesa pública dos poderes e órgãos autônomos, além de comparativo entre disponibilidade de caixa versus obrigações assumidas.

Presidente do TCE-GO, o conselheiro Celmar Rech explica que a iniciativa visa permitir que o cidadão acompanhe a situação fiscal de Goiás e os gastos para contenção da pandemia de uma forma mais simples e intuitiva, contribuindo para a fiscalização da aplicação dos recursos públicos.

Já o secretário de Controle Externo do TCE-GO, Vitor Gobato, destaca que o Observatório do Cidadão é um convite para que a sociedade goiana exerça também o papel de acompanhar e controlar os gastos públicos. O TCE-GO tem como objetivo estratégico estimular o controle social. “Essa é uma iniciativa que busca esse objetivo, fomentar o interesse da população em fiscalizar a boa aplicação dos recursos públicos estaduais”, explicou.

Clique aqui e acesse o Observatório do Cidadão.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Baixo investimento em pesquisa faz Brasil importar testes para Covid-19


Em abril, o estado de São Paulo chegou a ter uma fila de mais de 30 mil testes para Covid-19. Essa situação expõe a vulnerabilidade de um país que escolheu nos últimos anos reduzir investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). O Brasil encara a pandemia do novo coronavírus em meio a um cenário de cortes de bolsas de pesquisa, desmoralização das universidades e defasagem tecnológica dos laboratórios.

O Brasil é dependente de outros países para obtenção de equipamentos e reagentes laboratoriais utilizados tanto na pesquisa quanto na rotina clínica. Em março, por exemplo, o Governo Federal encomendou de uma empresa da China 10 mil testes.

A pandemia causou uma corrida internacional por insumos e equipamentos médicos e países mais ricos têm vantagem competitiva. Benisio Ferreira da Silva Filho, coordenador do Curso de Biomedicina do Centro Universitário Internacional Uninter, explica que devido a essa dependência “nós sofremos com os custos e, em caso de emergência como essa que vivemos, precisamos entrar na fila para concorrer com outros países. O fato de o Brasil ser muito grande ajuda a piorar a situação, pois o volume de equipamentos e reagentes é proporcional, ou seja, precisamos de muito”.

Para Filho, o Brasil tem conhecimento e mão de obra qualificada, mas não tem investimento e incentivo, isso faz com que muitos cientistas deixem o país. “Nós somos reconhecidos por nossa excelência científica, tanto é que muitos dos nosso mestres e doutores saem do país e não voltam. Se soubéssemos aproveitar nosso conhecimento e mão de obra, seríamos sim independentes em boa parte da área da saúde, tanto em produção de equipamentos e reagentes, quanto na área de negócios. Poderíamos produzir e vender. Atualmente não produzimos, não vendemos, perdemos pesquisadores e pagamos muito caro por isso”, afirma.

Investimento em pesquisa

Segundo dados da última pesquisa de Indicadores Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação, de 2018, o Brasil investiu 1,26% do PIB em pesquisa e desenvolvimento (P&D) em 2017. O valor fica bem abaixo de países que lideram a corrida tecnológica – como Coreia do Sul (4,55%), Japão (3,21%), Alemanha (3%), Estados Unidos (2,79%) e China (2,15%).

O biomédico acredita que incentivos como isenção fiscal para empresas seria uma alternativa. “Nosso parque tecnológico poderia dobrar ou triplicar permitindo então crescimento na nossa proteção. Sem investimento em ciência, sempre seremos dependentes”, comenta.

O coordenador destaca que investir em ciência é também investir para que profissionais se dediquem a esse trabalho sem ter que dividir sua vida entre a atividade de pesquisador e outra atividade para complementar sua renda. “A grande maioria dos pesquisadores no Brasil vivem ‘no limite’ da dignidade e esse é um ponto importante para decidir ficar aqui ou ir para fora do país. O Brasil não investe de forma correta na formação do pesquisador, não investe em pesquisa e agora sabe que não tem o que colher, afinal ele não plantou nada. Se continuarmos assim, não sei o que será no futuro”, completa.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

TCE-GO barra sobrepreço de mais de R$ 1,2 milhão pra compra de álcool em gel

Um sobrepreço de mais de três vezes o valor do produto levou o Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO) a suspender cautelarmente o pagamento de R$ 1.865 milhão referente à aquisição de 100 mil unidades de álcool em gel frasco de 500 ml (430g) pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc). A medida foi adotada na segunda-feira (13)  pelo conselheiro Saulo Mesquita, por meio do Despacho nº 201/2020.

A unidade técnica do Tribunal verificou, a título de comparação, que a Secretaria de Segurança Pública contratou recentemente o mesmo objeto pelo valor unitário de R$ 5,83, contra os R$ 18,65 pretendidos pela Seduc, resultando em valor a maior de R$ 12,82 a unidade, ou R$ 1.282.200,00 de prejuízo ao poder público.

Mesquita explica que o Tribunal pode adotar o procedimento, “em caso de urgência, de fundado receio de grave lesão ao erário ou a direito alheio ou de risco de ineficácia da decisão de mérito”. Ao decretar a medida cautelar, o conselheiro levou em consideração não somente os indícios de sobrepreço na aquisição, como também potenciais prejuízos decorrentes do pagamento ao fornecedor, acrescentando que TCE-GO ainda vai julgar o mérito do feito oportunamente.

A secretária da Educação, Fátima Gavioli, terá prazo de 15 dias para apresentação de defesa ou justificativas perante o Tribunal de Contas.

Empresa oferece 30 reais de desconto nas corridas para doação em bancos de sangue em Goiânia

Uma iniciativa bacana em tempos de pandemia. A 99, empresa de mobilidade urbana, está unindo forças com as autoridades locais, os motoristas parceiros e os passageiros para vencer a corrida contra o coronavírus. Para isso, a empresa mobiliza toda a sociedade para aumentar os estoques dos hemocentros brasileiros e incentivar a doação de sangue.

O aplicativo oferecerá descontos de R$ 30 para ir e voltar dos principais pontos de doações de sangue no país até o final de abril. Além de Goiânia, também estarão nesta campanha Brasília, São Paulo, Manaus e Curitiba. Outras cidades devem ser anunciadas nos próximos dias e a empresa espera contemplar todas as regiões com a iniciativa, que faz parte do 99Mobiliza - conjunto de ações promovidas pela plataforma para engajar mais pessoas no combate ao Coronavírus e no apoio a causas que fazem a diferença na sociedade.

"Convidamos toda população a se juntar a nós nesse movimento para aumentar o número de doações de sangue. Temos certeza de que o que importa, mobiliza as pessoas. Seja para doar sangue, ajudar com mantimentos para quem não tem, apoiar iniciativas locais de geração de renda ou mesmo ficando em casa para proteger a si e ao próximo. O momento exige da sociedade compromisso e mobilização para vencermos esta corrida contra o Corona. Ao apoiarmos os hemocentros, reforçamos nossa escolha em agir para transformar", afirma Matheus Wood, gerente regional de operações.

A empresa, em comunicado à imprensa, também afirma adotar medidas de segurança para os motoristas. Por isso, além de reforçar todas as recomendações do Ministério da Saúde e de disponibilizar um fundo de US﹩ 10 milhões aos infectados pelo coronavírus, também oferece desinfecção dos carros de parceiros em cinco cidades do Brasil com uma técnica inovadora, certificada pela Anvisa e que cria uma camada de proteção por até 72 horas.

"Desde o início da pandemia, a equipe da 99 tem trabalhado arduamente para colaborar com a sociedade nesse momento tão delicado. Por isso, nas últimas semanas disponibilizamos R$ 4 milhões em corridas para estados e municípios utilizarem em deslocamentos de profissionais de saúde e outras atividades essenciais", reforça Matheus Wood, gerente regional de operações.

Para ativar os descontos para endereços selecionados, basta incluir o código DOESANGUEGYN no app. Confira as regras e lista de endereços participantes no link: 99app.com/coronavirus/doesangue/gyn/.

terça-feira, 7 de abril de 2020

Cartórios já registram mais óbitos por COVID-19 do que o Ministério da Saúde



Dados divulgados pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) informam que o Brasil teve, até as 13h desta 4ª feira, 698 óbitos com "causa mortis" identificada como suspeita ou confirmação de Covid-19 por médicos que assinaram atestados de óbitos em todo o país. Dados do Ministério da Saúde, no entanto, dão conta de 581 mortes no mesmo período.

Os números fazem parte do Portal da Transparência (transparencia.registrocivil.org.br/especial-covid), plataforma eletrônica que reúne os dados registrados pelos cartórios de todo o País e que é administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).

O portal tem o objetivo de proporcionar uma melhor compreensão do impacto da pandemia do novo coronavírus sobre a sociedade brasileira, contribuindo para a apuração de subnotificações de casos fatais.

A plataforma disponibiliza, ainda, as estatísticas de registros de óbitos cuja causa mortis foi apontada pelos profissionais de saúde como Insuficiência Respiratória e Pneumonia, doenças relacionadas ao surto de COVID-19, que podem constar como causas de falecimentos. Somente no mês de março de 2020 foram registrados 9.036 óbitos destas doenças em todo o País.

"Trata-se de um serviço de transparência para a população, para o governo, sociedade e para a imprensa acompanharem, em tempo real, as informações desta grave crise de pandemia mundial e seus reflexos no Brasil", explica o vice-presidente da Arpen-Brasil, Luis Carlos Vendramin Júnior. "Assim como outras profissões essenciais, os cartórios seguem abertos, registrando nascimentos, óbitos e fazendo os atendimentos à população em meio a esta crise de saúde pública", completa.

Mesmo a plataforma sendo um retrato fidedigno de todos os óbitos registrados pelos Cartórios de Registro Civil do País, os prazos legais para a realização do registro e para seu posterior envio à Central de Informações do Registro Civil (CRC Nacional), regulamentada pelo Provimento nº 46 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), podem fazer com que os números sejam ainda maiores.

Isto por que a Lei Federal 6.015 prevê um prazo para registro de até 24 horas do falecimento, podendo ser expandido para até 15 dias em alguns casos, enquanto a norma do CNJ prevê que os cartórios devem enviar seus registros à Central Nacional em até oito dias após a efetuação do óbito. Portanto, o portal que é atualizado dinamicamente.

Bolsonaro tem a pior avaliação entre entes públicos e privados, revela pesquisa; Ministério da Saúde é o mais bem avaliado

Brasileiros se previnem, apesar de Bolsonaro (F: Mídias Sociais)
O Ministério da Saúde possui a aprovação de 43% dos brasileiros. É o que aponta a pesquisa “Covid-19 – A Visão da População”, realizada pela Ipsos com mil entrevistados no país. O levantamento mensurou a aprovação de alguns setores públicos e privados no que concerne ao trabalho que está sendo feito em relação ao coronavírus.

Os entrevistados brasileiros deram notas em uma escala de avaliação de 1 a 10, sendo 1 o equivalente a “péssimo” e 10 o equivalente a “ótimo”. O Ministério da Saúde foi o órgão que recebeu o índice de aprovação mais alto, com 43% (referente à soma das notas 8, 9 e 10).

Os hospitais públicos alcançaram o segundo lugar, com 40% de aprovação. Já os hospitais privados, tiveram 37%; e os postos de saúde, 36%. Os governos estaduais obtiveram aprovação de 35%. No último lugar do ranking dos ouvidos no Brasil ficaram, empatados, as prefeituras e o governo federal, ambos com aprovação de 29%.

Medidas de prevenção
Os brasileiros têm tomado cuidados especiais para evitar a contaminação e propagação da doença. Com esse intuito, 84% dos ouvidos disseram que lavar as mãos diversas vezes é uma medida adequada a ser tomada diariamente. Evitar sair de casa foi uma medida citada por 80%; já a higienização de objetos e mãos com álcool em gel, por 75%. Além disso, 69% concordaram que é necessário evitar receber visitas.

Mídia e informação
O estudo constatou que os canais de TV aberta, em geral, são as principais fontes de informação sobre a Covid-19, independentemente da classe social. 77% das pessoas disseram se informar pelas emissoras televisivas abertas, 59% usam as redes sociais para obter informações sobre o tema, 42% recebem e enviam notícias pelo whatsapp e uma porcentagem menor, de 30%, usam os canais de TV fechada como fonte de informações sobre a pandemia de coronavírus.

Sobre a pesquisa
A pesquisa “Covid-19 – A Visão da População” foi conduzida on-line entre os dias 28 e 29 de março com mil pessoas. A margem de erro da pesquisa é de 3,1 p.p..

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Madero oferece brownie para clientes e recebe de volta #MaderoNuncaMais

Não deu certo a estratégia da hamburgueria Madero de oferecer minos para tentar reconquistar clientes. Em uma postagem de ontem no Facebook sugerindo que as pessoas baixem o aplicativo do restaurante para fazer pedidos, o Madero oferece como cortesia um brownie e um ketchup da marca. A ação vem depois que o proprietário da rede, que inclui ainda a hamburgueria Jerônimo, Junior Durski, causou revolta nacional ao defender o fim da quarentena imposta pelo coronavírus. "Não podemos parar porque 6 ou 7 mil pessoas vão morrer", disse.

Não satisfeito, Durski disse não ter se arrependido da declaração, em consonância com Jair Bolsonaro e contrariando todos os órgãos de saúde nacionais e mundiais. O empresário, que saltou de um para dezenas de restaurantes durante os governos Lula e Dilma, ainda reafirmou sua posição em defesa do governo federal.

Na postagem, as pessoas mostraram sua indignação com a insensibilidade do sócio de Luciano Huck. Das 327 reações registradas até agora, apenas dez demonstraram interesse na proposta. Todos os outros emojis são críticos.

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Nos comentários da postagem, porém, é onde fica mais claro que o Madero vai ter que trabalhar muito para recuperar a imagem - ou viver apenas de apoiadores de Jair Bolsonaro. Entre os 231 comentários ao anúncio, apenas dois - isso mesmo, dois - demonstram apoio à marca.

As críticas são duras e variadas:

"Enquanto a proprietária da Magazine Luiza doou 10 milhões para ajudar e disse que não vai demitir ninguém, o Sr Durski vai demitir 600 funcionários e não fez nenhuma doação. Mas tinha quase 2 bilhões para comprar o Beto Carrero.", disse Reginaldo Borowski.

"Faz de conta que estamos naquela contagem de 6 mil, 7 mil que se morrerem não vão fazer falta. Mas se deixarem de comprar seu hambúrguer talvez você feche as portas.", foi o comentário de Janaina Gasparin.

Já Frederico Burlamaqui sugeriu: "Em Curitiba, vou trocar pelo Riders Pub e pelo Mustang Sally. Tá na hora de apoiar o pequeno negócio que faz um produto tão bom quanto."

"Eu e minha família ADORÁVAMOS, mas em solidariedade às famílias que vão perder entes queridos, após a infeliz declaração do dono do Madero, nunca mais iremos frequentar este estabelecimento!", escreveu Luiz Néri Pfützenreuter, que ainda adicionou a hashtag  #maderonuncamais, que ganhou as mídias sociais desde a declaração de Durski.

Resta saber se, quando sentir o impacto, o Madero fará sua mea culpa e tentará consertar o estrago.

terça-feira, 31 de março de 2020

Deputado propõe restituição do imposto de renda em 48 horas após envio da declaração

O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) apresentou projeto para permitir o pagamento da restituição do imposto de renda em até 48 horas após o contribuinte enviar a declaração. A matéria acrescenta o artigo 16-A à Lei 9.250, de 26 de dezembro de 1995. A medida valeria durante a vigência do Decreto Legislativo nº 06, de 2020, que reconheceu o estado de calamidade pública em todo o país em decorrência das medidas de enfrentamento ao coronavírus.  As declarações anuais entregues antes da publicação da lei serão imediatamente processadas e as restituições liberadas.

“O projeto é uma ferramenta de socorro às famílias. A restituição é uma obrigação do poder público, ou seja, a União deverá pagar esses valores nas datas estabelecidas no cronograma fixado pela Receita Federal. A entrada desse recurso de forma mais rápida representará um fôlego extra para a economia nesse momento de tanta dificuldade para os brasileiros”, afirma o deputado Elias Vaz.