terça-feira, 22 de setembro de 2020

Pandemia leva a Globo a cancelar entrevistas em estúdio e a propor alteração na composição do debate de primeiro turno

Debates só serão realizados onde houver acordo para a participação dos quatro candidatos mais bem colocados em pesquisa eleitoral

debate na globo
De acordo com comunicado interno divulgado hoje pela direção de Jornalismo da Globo, com as restrições impostas pela pandemia, a Globo decidiu que só fará debates no primeiro turno das eleições municipais onde houver acordo entre os partidos para que apenas os quatro mais bem colocados candidatos na pesquisa eleitoral mais recente (Ibope ou DataFolha) participem dos debates. Pelos mesmos motivos, as entrevistas em estúdio com os candidatos também não serão feitas. 

Abaixo o comunicado com todos os detalhes, no qual a Globo garante uma cobertura das eleições ainda mais extensa que em anos anteriores, com assuntos temáticos, abordando com mais intensidade aqueles de maior interesse do público revelados por pesquisas:   

Comunicado

“Desde o início da Pandemia, a Globo tem se esforçado ao máximo para esclarecer o público sobre como evitar o contágio pelo coronavírus. Como prestam um serviço essencial, seus jornalistas não pararam de trabalhar, mas seguem um rígido protocolo para evitar ao máximo que adoeçam. 

No planejamento para cobrir as eleições municipais, acreditou-se que o país chegaria a outubro com taxas de contágio sob controle, o que, infelizmente, não ocorrerá. Há outro aspecto: o elevado número de candidatos a prefeito em quase todas as cidades, como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, para citar apenas três, com dez ou mais candidatos. Isso impõe grandes desafios.

Para se ter uma ideia, com dez candidatos, considerando que cada um possa ser acompanhado de apenas dois assessores (no passado esse número era superior a dez), haveria 30 pessoas ligadas às campanhas no estúdio num debate de primeiro turno. Acrescentando a equipe da Globo minimamente necessária para realizar o evento com qualidade, esse número supera 200 pessoas, incluindo jornalistas, câmeras, produtores, profissionais da sala de controle técnico, tecnologia, comunicação, operações e segurança (num debate normal, com plateia e convidados, é o dobro disso). Não há protocolo sanitário que garanta a saúde aos profissionais da Globo e aos candidatos. 

Além disso, a severidade da legislação eleitoral não permite que a Globo possa exigir que sejam cumpridas as medidas de precaução (realização de certo número de testes necessários anteriores ao debate, afastamento entre as campanhas no estúdio, respeito aos espaços delimitados pelos painéis de acrílico, posicionamento no estúdio, uso de máscara o tempo todo por assessores). Também não permite que o candidato seja impedido de participar do debate ou dele afastado caso não cumpra as medidas. Isso é grave. Recente ato oficial em Brasília mostrou que, mesmo medidas de precaução, como painéis de acrílico separando autoridades, uso de máscaras e presença limitada a um mínimo, não evitaram que um surto fosse atribuído ao evento. 

A alternativa de fazer um debate de forma remota não é possível. Os candidatos precisam ser tratados de forma equânime e ter as mesmas condições, e o público precisa perceber isso. Um candidato pode injustamente ser acusado de estar com ponto eletrônico, de estar recebendo ajuda de assessores, por exemplo. A transmissão pode cair num momento importante do debate, e a Globo ser injustamente acusada de ser a culpada ou, da mesma forma, e também de forma injusta, o candidato ou sua campanha serem acusados de terem provocado a interrupção para fugir de um momento difícil. 

Por tudo isso, a Globo decidiu que só fará debates no primeiro turno onde haja acordo entre os partidos para que apenas os quatro mais bem colocados candidatos na pesquisa eleitoral mais recente (Ibope ou DataFolha) participem dos debates. A Globo vai lutar por esse acordo. O debate de segundo turno permanece com a data prevista.  

Da mesma forma, as entrevistas em estúdio com os candidatos também não serão feitas. A característica dessas entrevistas é terem tempos iguais para todos e mesmo grau de dificuldade. São feitas em muitos dias consecutivos, com os candidatos sentados próximos dos entrevistadores e dos câmeras. E os candidatos comparecem a elas com assessores. É impossível conhecer o nível de exposição de candidatos ao vírus durante uma campanha. Não se pode garantir como interagem com os eleitores nas ruas. 

Os estúdios da Globo são ambientes altamente controlados para evitar contágio de seus profissionais. O risco de submeter suas equipes ao coronavírus por dias seguidos de contatos com candidatos em permanente exposição às ruas é muito alto. Pelas mesmas razões elencadas sobre debates, não é possível realizá-las de maneira remota. 

Essas medidas são válidas para todas as quatro emissoras Globo (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Recife onde há eleições) e recomendadas a todas as suas afiliadas, que seguem o mesmo protocolo. 

Fora esses pontos, a Globo fará uma cobertura das eleições ainda mais extensa que em anos anteriores, com assuntos temáticos, abordando com mais intensidade aqueles de maior interesse do público revelados por pesquisas, esmiuçará os planos dos candidatos, a viabilidade deles e como pretendem alcançá-los, os pontos polêmicos de cada candidatura, ouvindo diariamente os candidatos sobre os temas abordados, mas de forma segura. E divulgará pesquisas eleitorais do Ibope e/ou DataFolha.

O jornalismo fará o que tem feito ao longo de toda essa pandemia: oferecer informação de qualidade, mas seguindo todos os protocolos sanitários. E precisa dar o exemplo. Não pode cobrar dos outros o que não faz para si”.

Quase 300 organizações da sociedade civil lançam campanha por R$ 600 da renda emergencial até dezembro

auxilio emergencial de 600 reais
Enquanto o brasileiro se assusta com o aumento generalizado dos itens da cesta básica, o governo federal reduz a renda básica emergencial para metade de seu valor original. Em um contexto de pandemia ainda fora de controle, desemprego em alta e indicativos da escalada da fome e da pobreza, quase 300 organizações da sociedade civil, entre elas a CONTAG, estão lançando a campanha #600AtéDezembro. O objetivo é pressionar o Congresso a votar e alterar a MP 1000/20, permitindo a manutenção do valor de R$ 600 mensais do benefício, e de R$ 1200 para mães chefes de família, sem qualquer alteração nos demais programas sociais do governo.

“É uma enorme falácia posicionar essa questão como tirar do pobre para o paupérrimo, escondendo que os ricos também fazem parte dessa equação”, lembra Paola Carvalho, diretora de relações institucionais da Rede Brasileira de Renda Básica, que integra a campanha Renda Básica Que Queremos. “Em todo o mundo a pandemia foi mais um momento de concentração de renda e no Brasil, onde a desigualdade é astronômica, as consequências foram ainda mais perversas, empurrando milhares de brasileiros para a fome e a pobreza. É hora do Congresso Nacional fazer sua parte para reduzir essa injustiça”, completa.

Pelas regras de tramitação, a MP passa a valer no momento de sua publicação, e tem até 120 dias para ser votada. Ou seja, se a medida não for apreciada no Congresso, os 300 reais vão continuar valendo até dezembro. Como no dia 30 de setembro terminam os pagamentos das parcelas desse mês, é precisamos que até lá já tenha sido restabelecido o valor de R$ 600 reais do benefício. Por isso, a campanha está lançando um abaixo-assinado a ser encaminhado aos Congressistas:

https://www.600atedezembro.org.br

Incapacidade do governo

Diante da incapacidade do governo Jair Bolsonaro de controlar a pandemia da Covid-19, a economia brasileira permanece estagnada, com efeitos dramáticos sobre pequenas empresas e a economia informal, dois grandes geradores de atividade produtiva. Nesse contexto, a renda básica emergencial também foi uma alavanca da economia: apenas em julho favoreceu o consumo de 50,7% das famílias do país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Naquele mês, 107,11 milhões de pessoas moravam em domicílios com pelo menos uma pessoa recebendo a transferência de renda. Entre os 10% mais pobres, o auxílio chegou a 86,6% dos brasileiros, e no Norte e no Nordeste cerca de 60% dos domicílios o recebem. Sem essa injeção de recursos na economia, a recessão poderia ser ainda pior.

A renda básica emergencial aprovada pelo Congresso em março deste ano é resultado de projeto desenvolvido pela campanha Renda Básica Que Queremos em reação à proposta inicial de apenas R$ 200 reais do governo federal. Encaminhada aos congressistas, ela foi incorporada a projetos em tramitação e permitiram triplicar o valor inicialmente proposto pelo ministro Paulo Guedes.  De março para cá, a campanha Renda Básica Que Queremos tem tido papel de destaque na interlocução com o Congresso Nacional para a manutenção do benefício. 

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Abaixo-assinado quer mudar o significado de "patroa" no dicionário

anitta patroa no dicionario
Adicionar legenda
Uma petição online criada na plataforma Change.org cobra a alteração do significado do termo "patroa" nos dicionários. De acordo com o documento, "a definição de 'patroa' nos dicionários de língua portuguesa, e o resultado da busca no Google quando a palavra é pesquisada, traz um significado pejorativo e machista, que coloca a mulher em submissão (mulher do patrão; dona de casa). Diferente do que aparece como significado para o termo 'patrão'".

O abaixo-assinado está sendo distribuído por e-mail e compartilhado nas mídias sociais e cobra da "editora Melhoramentos, da Oxford University Press e do Google que sejam feitas as devidas correções em fundamentações cabíveis!".

"Patroa é tudo o que está na definição de patrão, só que no feminino", ressalta a petição, que lembra ainda que o alerta foi feito pela cantora Anitta.

Definições

"Abaixo seguem as definições dos dois termos retiradas do dicionário online Michaelis:

pa·tro·a 

sf

1 Mulher do patrão.

2 Mulher que é responsável pela administração da casa; dona de casa.

3 Mulher que dirige certos estabelecimentos ou serviços.

4 COLOQ Vesposa, acepção 2.

5 COLOQ Tratamento respeitoso dirigido a uma senhora por algumas pessoas.

pa·trão

sm

1 Proprietário de empresa, fábrica, oficina, fazenda etc., em relação a seus empregados; empregador: “Ano após ano, mal entrava o mês de novembro, Tibério punha-se a caminho do Rio Grande do Sul, de Antares e das suas terras, onde tornava a ser o estancieiro, o patrão, o homem que manda, desmanda e grita” (EV).

2 Chefe de um escritório, uma repartição, de uma empresa, um estabelecimento comercial, uma fábrica etc., que tem sob sua responsabilidade funcionários, empregados, operários etc.: “Bem me lembro de que, naquela ocasião, dizia o Sodré Viana: ‘– Se me despedirem, e se minha família passar fome, mato o patrão. Mato’” (NR).

3 O dono da casa em relação aos criados; senhor: “Mais um telefonema, e o ruivo vai passar a palavra a um dos gêmeos, que irá direto ao ponto; dirá que se não pintar a grana, o irmão da dondoca leva chumbo no meio dos cornos. O copeiro ficará assustado e sem ação, pois o patrão estará na ponte aérea […]” (CB).

4 Pessoa notável que tem sob sua proteção pessoas, entidades, instituições etc.; patrono, protetor.

5 Tratamento respeitoso que pessoas humildes usam ao se dirigir a determinadas pessoas.

6 REG (AM) Chefe do seringal ou seu dono.

7 NÁUT Aquele que comanda uma embarcação pequena, principalmente barcos de regata."

Você pode assinar a petição aqui.

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Municípios goianos não têm protocolo para volta às aulas presenciais

A maioria das secretarias municipais de ensino ainda não elaborou protocolo para retorno das aulas presenciais. A constatação é do Gabinete de Enfrentamento aos Efeitos da Pandemia na Educação Pública (Gaepe-GO), que apurou as principais dificuldades enfrentadas pelo setor educacional nos municípios goianos, por meio de um amplo questionário respondido por 167 gestores da educação municipal e 119 conselhos municipais de Educação, dentre os 246 municípios do Estado.

A pesquisa permitiu conhecer as ações que estão sendo tomadas e deve servir de base para que o Gaepe possa contribuir para a minimização dos impactos negativos decorrentes da pandemia.

A maioria das respostas indica que as videoaulas, as redes sociais e as plataformas on-line são amplamente utilizadas pelas redes municipais de ensino como atividades pedagógicas não presenciais, embora o material impresso não tenha sido abandonado no período. Dentre as dificuldades apresentadas destacaram-se a desatualização dos contatos, internet e equipamentos insuficientes ou indisponíveis, falta de capacitação dos professores nas atividades à distância, não avaliação do aprendizado e falta de plano para diagnosticar a situação após o retorno.

Para garantir a prestação do serviço educacional aos alunos que não possuem acesso às ferramentas de internet ou computador, as escolas municipais, em sua maioria, estão utilizando atividades impressas, apostilas e livros complementares retirados nas unidades escolares, ou entregues nas residências dos estudantes.

Com relação à frequência, avaliação e monitoramento das atividades pedagógicas não presenciais, a maioria faz o registro e promove as avaliações de acordo com a resposta das atividades propostas. Foram criados canais de comunicação entre os órgãos dos sistemas de ensino, escolas e os pais utilizando-se de telefone e/ou WhatsApp tanto das escolas quanto dos professores.

Quanto à alimentação escolar, a maioria das escolas municipais está distribuindo alimentos aos alunos com o responsável retirando diretamente na escola, ou entregando na residência do estudante.

A maioria das secretarias não fez estimativa de gastos extras com pessoal para o retorno às aulas e, em geral, ainda não elaborou protocolo para retorno das aulas presenciais. As secretarias municipais de educação relatam, porém, que pretendem utilizar o modelo híbrido, entre presencial e à distância. Mas é substancial o número de municípios que darão aos pais a opção por uma das modalidades.

O Gaepe é uma articulação interinstitucional que reúne os tribunais de contas do Estado e dos Municípios de Goiás, o Ministério Público, o Judiciário, a Defensoria Pública, gestores da educação, sob coordenação do Instituto Articule e do Comitê Técnico da Educação do Instituto Rui Barbosa (CTE-IRB).

Os questionários sobre as providências tomadas pelas redes de ensino durante a pandemia foram coordenados por Alessandra Gotti e Ismar Cruz, do Instituto Articule, pelo conselheiro Fabrício Motta e pelo auditor Roberto Coutinho, ambos do TCM-GO.  A pesquisa e a análise de dados foram da procuradora-geral do Ministério Público de Contas juto ao TCE-GO, Maísa de Castro Sousa e do auditor Roberto Coutinho (TCM-GO).

Um resumo da pesquisa, contendo gráficos e números obtidos, pode ser acessado no site do TCE-GO, em Ficha Temática produzida pela Diretoria de Comunicação do TCE-GO, com design gráfico de Candice Sebba.

Bolsonaro pagou 6 vezes mais pela cloroquina, aponta TCU

bolsonaro defende a cloroquina
Bolsonaro propagandista da cloroquina (Reprodução)
O discurso de probidade e cuidado com as contas públicas do governo federal parece não encontrar respaldo nas práticas de Jair Bolsonaro. Análise dos gastos recentes do governo durante a pandemia de Covid-19 pelo Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que o governo pagou seis vezes mais do que o normal pelo medicamento cloroquina, adotado por Bolsonaro, sem qualquer comprovação científica, como a cura para a doença.

“Embora o possível aumento do custo dos insumos, do transporte e do dólar possa ter influenciado o aumento do preço, ainda assim adquirir o produto por um valor seis vezes maior numa compra sem licitação, a meu ver, representa um forte indício de eventual superfaturamento, situação que merece ser devidamente apurada pelo controle externo da administração pública”, escreveu o subprocurador-geral do Ministério Público de Contas, Lucas Rocha Furtado, ao pedir análise do TCU da produção da cloroquina pelo Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército (LQFEX). As informações são do Congresso em Foco. A apuração no TCU começou em junho.

Suspeitas

Diante das suspeitas, o procurador pediu que o Tribunal “decida pela adoção das medidas necessárias a apurar a ocorrência de possível superfaturamento na compra pelo Comando do Exército de insumo para a fabricação do medicamento cloroquina, bem como avaliar a gestão de risco envolvida na decisão em aumentar a produção do fármaco em 84 vezes nos últimos meses, em comparação ao mesmo período nos anos de 2017 a 2019, averiguando a responsabilidade direta do Presidente da República na orientação e determinação para o incremento dessa produção, sem que haja comprovação médica ou científica de que o medicamento seja útil para o tratamento da Covid-19”.

Atualmente, são quatro os principais processos que questionam as ações do governo: três no Supremo Tribunal Federal e um no Tribunal de Contas da União.

Já no STF, os três processos que tramitam sobre o tema têm relação com a escolha do governo em insistir no uso do remédio mesmo sem comprovações científicas que sustentem esta escolha. 

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Goiás é o 12º no ranking de competitividade dos estados

A Região Centro-Oeste ficou na metade superior do Ranking Geral de Competitividade dos Estados 2020. Enquanto Goiás ficou de fora dos dez estados mais competitivos apesar de ter subido uma posição, o Distrito Federal mantém a mesma posição dos últimos dois anos. O Mato Grosso permaneceu na nona colocação. Já o Mato Grosso do Sul recuou.

O Ranking de Competitividades dos Estados é realizado há nove anos pelo CLP (Centro de Liderança Pública), em parceria com a B3, Tendências Consultoria e a Economist Intelligence Unit.

Goiás

O Estado subiu uma posição e ficou na 12ª colocação no Ranking Geral. Goiás teve bom desempenho em alguns indicadores: Infraestrutura (+5 posições), em que se sobressai a melhora no índice Qualidade das Rodovias. Houve alta também no pilar Potencial de Mercado (+5 posições) e em Inovação (+3 posições), com destaque para melhoras significativas em Bolsa de Mestrado e Doutorado e Investimentos Públicos em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). Entretanto, houve recuo em alguns pilares: Eficiência da Máquina Pública (-3 posições) e Sustentabilidade Social (-1 posição). Manteve-se na 8ª colocação em Educação.

Confira a evolução dos estados da região Centro-Oeste no Ranking de Competitividade nos últimos três anos:

ranking de competitividade dos estados

Distrito Federal

Em 3º lugar pelo quinto ano consecutivo no Ranking Geral, o Distrito Federal fica atrás apenas de São Paulo e Santa Catarina entre os estados mais competitivos do Brasil. Subiu da 6ª para 3ª posição no pilar Sustentabilidade Social, com melhoras relativas nos indicadores de Inadequação de Moradia, Famílias Abaixo da Linha da Pobreza, Formalidade do Mercado de Trabalho e Inserção Econômica dos Jovens.

Líder no pilar de Sustentabilidade Ambiental, o Distrito Federal se destaca nos indicadores Serviços Urbanos, Emissões de CO², Destinação do Lixo, Tratamento de Esgoto e Perda de Água. Manteve-se no topo na categoria Capital Humano e na 6ª colocação em Educação. Também registra ótimo desempenho nos pilares Segurança Pública (+3 posições), Inovação (+5 posições). Contudo, o Estado perdeu 13 posições no pilar de Eficiência da Máquina Pública e 7 no de Potencial de Mercado.

Mato Grosso

O Estado manteve-se na 9ª colocação. É o pilar de Solidez Fiscal que merece mais atenção do Mato Grosso, já que ele ocupa a 18ª posição, com alta de 6 posições na comparação com 2019 e melhoras nos índices Taxa de Investimentos, Solvência Fiscal e Resultado Primário. Porém, peca em Sucesso do Planejamento Orçamentário. Destaque também para o pilar Potencial de Mercado com avanço de 4 posições e registro do melhor resultado no indicador de Taxa de Crescimento, impulsionado pelos bons desempenhos da agropecuária e indústria de biocombustíveis.

Mato Grosso apresenta uma das maiores quedas de posição no pilar Segurança Pública, ao cair 5 colocações. Também registrou queda de 11 colocações em Eficiência da Máquina Pública, 6 em Inovação, 3 em Capital Humano, 2 em Infraestrutura e uma posição em Educação. O Estado tem bom desempenho em Sustentabilidade Social (+1 posição).

Mato Grosso do Sul

O Estado teve o segundo melhor desempenho da região Centro-Oeste apesar de ter caído uma posição na comparação com a edição anterior e ter ficado na 6ª colocação.

Está em os estados com os maiores avanços no pilar Capital Humano em que ganhou 7 posições e chegou à 10ª colocação, com destaque para os indicadores PEA com Ensino Superior e Qualificação dos Trabalhadores.

MS caiu 4 colocações em Segurança Pública, Potencial de Mercado e Sustentabilidade Ambiental. Ainda, registrou queda de 3 posições em Educação, Eficiência da Máquina Pública e Solidez Fiscal.

O levantamento será apresentado na íntegra nesta quinta-feira, 17, às 10h, em webinar transmitido pela TV Estadão. O evento vai contar com a participação de oito governadores em quatro painéis temáticos. A mediação dos debates será comandada pela jornalista e apresentadora Vera Magalhães. Assista neste link: http://conteudo.clp.org.br/inscricao-ranking-de-competitividade-dos-estados-2020

Projeto musical em hospitais de GO resgata memórias da infância de pacientes com Covid-19

paciente com covid-19 assiste a live
Paciente do Hutrin assiste a live (F: Divulgação)
A pandemia do coronavírus começa a desacelerar na maior parte do país. Em Goiás, a situação é de estabilidade em relação aos últimos 15 dias. No Estado, segundo a Secretaria Estadual de Saúde foram confirmados 174.409 casos.

Mas a doença continua levando muita gente para os hospitais no interior do Estado e causado preocupação a médicos, doentes e familiares.

Um momento de alívio dessa tensão é o projeto Amor Cantado - Acolhimento Musical, uma iniciativa do Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (MD), que já beneficiou centenas de pacientes desde o início da implantação, em agosto, e movimentou uma audiência de mais de 1000 visualizações no canal TV IMED. São mais de 180 minutos de programação.

Assista a uma das lives:

“Adorei a ideia da live. É muito divertido e emocionante, algumas músicas lembraram a minha infância e a minha família, que estou sentindo muita falta. Foi especial ver algo assim”, conta a paciente do HRL Fabiana de Jesus, de 41 anos.

O projeto de musicoterapia tem por objetivo humanizar ainda mais o atendimento oferecido no Hospital de Urgências de Trindade e no Hospital Regional de Luziânia.

“Já enfrentei muita coisa na vida, mas nada chegou perto do que estou passando agora. Ainda bem que temos um hospital como esse. A live é dedicada aos pacientes, mas todos que trabalham aqui merecem muito”, diz Fábio Amorin, de 45 anos, paciente do Hospital Regional de Luziânia.

As lives do projeto Amor Cantado acontecem todas as quartas, às 15h. Os pacientes internados nas enfermarias assistem à transmissão ao vivo por meio dos televisores instalados nas unidades. Os colaboradores e os familiares podem acompanhar a apresentação através de tablets, smartphones, computadores ou smart TV.

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Com apoio do PDT e da Rede, PSB lança Elias Vaz para a prefeitura de Goiânia

elias vaz candidato a prefeito
Elias Vaz (de azul) em convenção virtual (Foto: Divulgação)
O deputado federal Elias Vaz (PSB) foi confirmado candidato a prefeito de Goiânia pelo PSB em convenção realizada nesta quarta-feira de forma virtual. O partido fechou aliança com o PDT, que vai indicar o candidato a vice, e a Rede Sustentabilidade, de Maria Ester. “Tenho a convicção de que somos preparados e temos o melhor projeto para Goiânia. Esse grupo vai construir propostas que realmente signifiquem transformação para a nossa capital, com avanços na mobilidade urbana, na Saúde e na Educação e que promovam justiça social”, afirmou Elias Vaz.

O candidato relembrou a atuação como vereador por 18 anos e projetos importantes apresentados durante os mandatos nas áreas da Saúde e da ocupação territorial, entre outros. Também destacou o papel de fiscalização do poder público, de combate à corrupção e o trabalho em comissões especiais de inquérito, como a CEI da Saúde. “Tem candidato aí que conhece muito bem Aparecida de Goiânia, outro é especialista em Senador Canedo. Mas quem conhece Goiânia de verdade sou eu! Conheço a realidade do nosso povo, as necessidades da nossa cidade porque nasci e fui criado aqui e fui vereador por 18 anos”.

Máquina pública

Elias Vaz comentou a interferência da máquina do governo do Estado e da prefeitura na disputa. “Os candidatos se colocam como super favoritos por ter o apoio do governador e do prefeito, mas se esqueceram de combinar com a população. É importante ressaltar que o povo de Goiânia não aceita voto de cabresto. Nenhum governador conseguiu eleger prefeito na capital e nenhum prefeito elegeu sucessor na nossa cidade”.

Ele também falou sobre o trabalho na Câmara Federal, como a emenda apresentada para garantir o pagamento de R$600 de auxílio emergencial até o fim do ano. Medida Provisória do governo reduziu o valor pela metade e já está vigorando, mas precisa passar pelo Congresso. “Quase 500 mil moradores de Goiânia estão recebendo o auxílio. Esse dinheiro é fundamental não só para as famílias, mas para fazer girar a nossa economia”, assinalou.

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Privatizações sem autorização do Congresso são crime, define novo projeto

privatizações no congresso
Privatizar estatais sem autorização do Congresso Nacional passa ser ato tipificado como crime, com pena de 10 a 16 anos de reclusão e multa. É o que prevê o Projeto de Lei 4.269/2020, que começou a tramitar na Câmara dos Deputados e também proíbe a aquisição, cessão e alienação de carteiras de bancos federais, sem licitação. Esta é mais uma medida contra a venda do patrimônio público sem passar pelo Legislativo e burlando a própria Constituição, como vem tentando fazer o governo Bolsonaro com a Caixa Econômica Federal e outras estatais.

Proposto pelos deputados Erika Kokay (PT-DF) e Frei Anastacio Ribeiro (PT-PB), o PL acrescenta o artigo 94-A na Lei 13.303/2016 (Lei das Estatais): “Constitui crime contra o patrimônio público realizar atos com o objetivo de desestatizar sem autorização legislativa, parcial ou totalmente, empresa pública ou sociedade de economia mista, inclusive por meio de alienação de ativos transferidos para subsidiárias com este objetivo”. O projeto também inclui alteração, com o mesmo teor, na Lei 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa).

Na avaliação do presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sérgio Takemoto, o PL 4.269 “é de extrema importância” e se soma à mobilização da entidade e de outras representações da sociedade civil contra as tentativas do Executivo de vender o patrimônio dos brasileiros.

Reestatização

“Até mesmo antes do coronavírus e com maior intensidade durante a crise econômica provocada pela pandemia, várias nações voltaram a estatizar empresas, em um claro movimento de proteger o patrimônio, manter a soberania do país e melhorar a qualidade dos serviços públicos. O mundo já enxergou que empresas privadas visam somente o lucro e pouco se importam com a execução de serviços para a sociedade”, destaca. “Mas, no Brasil, este governo não prioriza a população nem os interesses do país. Portanto, projetos de lei como este são fundamentais para conter o desejo desenfreado de Bolsonaro e Guedes [ministro da Economia] de entregar o nosso patrimônio ao mercado”, acrescenta Takemoto.

Levantamento divulgado em março do ano passado pela Transnational Institute mostrou que, desde 2000, mais de 800 serviços foram reestatizados no mundo. Segundo a TNI — centro de estudos em democracia e sustentabilidade sediado na Holanda — as reestatizações aconteceram com destaque em países centrais do capitalismo, como os Estados Unidos e a Alemanha.

O mapeamento — realizado entre 2000 e 2017 — identificou processos do gênero em 55 nações, como Alemanha, França, EUA, Canadá, Colômbia, Argentina, Turquia, Mauritânia, Uzbequistão e Índia. Segundo o TNI, as reestatizações ocorreram porque as empresas privadas priorizavam o lucro e a assistência à população estava cara e ruim. Foram reestatizados serviços públicos essenciais, desde fornecimento de água e energia e coleta de lixo até funerárias e programas habitacionais.

No Brasil, cerca de 70% do crédito habitacional é feito pela Caixa Econômica e 90% dos financiamentos para pessoas de baixa renda estão na Caixa. Além de moradias populares — como as do programa Minha Casa Minha Vida — o banco público também investe nas áreas de saneamento, saúde, infraestrutura, agricultura familiar e nas micro e pequenas empresas.

Gasolina sobe 2,53% na primeira quinzena de setembro e retoma patamar de março

O preço médio da gasolina comum no Brasil subiu 2,53% na primeira quinzena de setembro em comparação com o mês de agosto, segundo levantamento realizado pela ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas. Nas duas primeiras semanas do mês, o preço médio do combustível no país foi de R$ 4,581 por litro. Em agosto, o valor médio cobrado nos postos do País foi de R$ 4,468. 

Patamar de março

Com a elevação, o preço da gasolina retoma o mesmo patamar de março, no primeiro mês da pandemia, quando o valor médio no País era de R$ 4,598. O aumento reflete a retomada das atividades econômicas no território nacional.

A maior alta de preços na quinzena ocorreu no Distrito Federal (5,27%). Os únicos estados a registrarem redução no valor do combustível no período foram Amapá (-1,56%), Bahia (-0,57%) e Piauí (-1,39%).

Obtidos por meio do registro das transações realizadas de 1º a 14 de setembro com o cartão de abastecimento da ValeCard em cerca de 20 mil estabelecimentos credenciados, os dados mostram que, entre as capitais, Curitiba (R$ 4,107) e Salvador (R$ 4,186) registraram os valores mais baixos na quinzena.

preço da gasolina

Rio Branco e Rio de Janeiro têm os maiores preços nas capitais 

Conforme o levantamento da ValeCard, Rio Branco (R$ 5,085), Rio de Janeiro (R$ 4,926) e Belém (R$ 4,914) tiveram os preços mais altos entre as capitais do país na primeira quinzena de setembro. Já Curitiba (R$ 4,107) e Salvador (R$ 4,186) registraram os valores mais baixos.

Capital

Setembro – 1ªQ (R$)

Rio Branco

5,085

Rio

4,926

Belém

4,914

Palmas

4,900

Aracaju

4,695

Fortaleza

4,643

Maceió

4,625

Natal

4,619

Brasília

4,601

Porto Velho

4,591

Florianópolis

4,535

Belo horizonte

4,534

São Luís

4,525

Goiânia

4,511

Recife

4,509

Campo Grande

4,475

Porto Alegre

4,469

Teresina

4,434

Cuiabá

4,409

Boa vista

4,403

Manaus

4,328

Vitória

4,326

Macapá

4,319

João Pessoa

4,264

São Paulo

4,237

Salvador

4,186

Curitiba

4,107

Total Geral

4,531

Fonte: ValeCard 

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Anúncio oferece vaga para doméstica que "tenha tido Covid"

vaga de emprego para doméstica com covid
Um anúncio curioso foi postado hoje no perfil do Instagram de uma agência de empregos de Goiânia. A vaga é para doméstica que "Tenha tido Covid". A oportunidade é para trabalhar no condomínio Portal do Sol, em Goiânia. O contratante exige experiência comprovada em carteira e contato das referências. O salário é de R$ 1.300 reais para trabalhar de segunda a sexta, das  8 às 17 horas e, aos sábados, das 9 às 15 horas. A exigência de que a profissional tenha tido Covid-19 está destacada em vermelho no anúncio. Contatada, a agência ainda não respondeu sobre o motivo da exigência.

88% dos brasileiros tomariam vacina contra Covid-19 caso estivesse disponível, aponta Ipsos

Cerca de nove em cada dez brasileiros (88%) se vacinariam contra a Covid-19 caso a vacina fosse disponível para a população. É o que mostra a pesquisa “Global Attitudes on a COVID-19 Vaccine”, realizada pela Ipsos com 27 países para o Fórum Econômico Mundial. No ranking do estudo, o Brasil aparece empatado com a Austrália (também com 88%) na segunda posição, atrás apenas da China, onde quase a totalidade (97%) dos entrevistados afirma que tomaria a vacina contra o coronavírus. No terceiro posto, está a Índia, com 87%. A média global é de 74%.

Entre os entrevistados brasileiros que responderam que não se vacinariam, 63% justificam que se preocupam com os efeitos colaterais, 21% não acreditam que a imunização seria eficaz, 10% acham que não estão correndo risco de se contaminar com a doença, 7% são contra vacinas em geral, 2% declaram não ter tempo e 18% alegam outras razões. A questão possibilitava responder múltiplas alternativas.

Além disso, também são os chineses aqueles que mais acreditam que haverá vacina contra Covid-19 disponível até o final de 2020: 87% do total de respondentes do país. Juntam-se à China no pódio dos mais otimistas a Arábia Saudita (75%) e a Índia (74%). Já no Brasil, pouco mais da metade dos ouvidos (51%) acredita que a sociedade terá uma vacina ainda neste ano. Considerando todas as nações, a média é de 41%.

A pesquisa “Global Attitudes on a COVID-19 Vaccine” foi realizada com aproximadamente 20 mil entrevistados, com idade entre 16 a 74 anos, de 27 países. O estudo foi conduzido pela Ipsos para o Fórum Econômico Mundial entre 24 de julho e 07 de agosto de 2020, e a margem de erro para o Brasil é de 3,5 p.p..

TSE recebe mais de 100 pedidos de envio da Força Nacional para as eleições deste ano

Municípios do Maranhão lideram pedidos (Foto: Agência Brasil 61)

A dois meses do início das eleições municipais, a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já recebeu três solicitações de envio da Força Federal para 106 localidades no primeiro turno do pleito, que ocorrerá em 15 de novembro. O pedido de envio da Força Federal é feito pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).

Municípios do Maranhão lideram as solicitações de reforço na segurança durante as eleições, com 98 pedidos de emprego da Força Federal. Segundo o TSE, os estados de Mato Grosso do Sul e Amazonas aparecem logo em seguida com a maior quantidade de cidades solicitando a Força Federal, com 5 e 3 pedidos, respectivamente. 

O TSE afirma que o  uso da Força Federal em uma eleição busca assegurar o livre exercício do voto, bem como estabelecer a normalidade da votação e da apuração dos resultados nos municípios em que a segurança pública necessita de reforço.

Paulo Oliveira, Agência Brasil 61