domingo, 16 de setembro de 2018

Padre Marcelo divulga vídeo desmentindo apoio a #elenão

As simulações de segundo turno que apontam derrota do Bolsomico, em todos os institutos de pesquisa, para todos os candidatos, exceto Fernando Haddad, com quem tem empate técnico, parece ter desesperado a jumentaiada.

Em um áudio de 16 minutos e 57 segundos de uma suposta pregação, um suposto padre Marcelo Rossi declara apoio e pede votos para o inominavel. Apesar de conter aberrações de raciocínio como "se vencerem, qualquer partido de esquerda vai implantar o comunismo no Brasil (?!)", a gravação é muito bem feita, com voz, trejeitos, interjeições que imitam com quase perfeição Marcelo Rossi. E, claro, com a limitação intelectual generalizada que é característica inerente aos apoiadores do Mico, enganou muita gente.

Não vou reproduzir aqui para não contribuir com a fake news. Mas, neste domingo, o verdadeiro padre Marcelo Rossi divulgou um vídeo desmentindo os bandidos e pedindo ajuda para compartilhar a informação.

Assista:


Chegou a marchinha do Bolsomico. É bom Jair embora

Contém cenas inadequadas para crianças.

#elenão


Após ser hackeado, grupo Mulheres Unidas Contra Bolsonaro ganha mil participantes por minuto

Após ter sido hackeado e excluído, ontem, por Bolsominions, o grupo de Facebook Mulheres Unidas Contra Bolsonaro voltou à ativa neste domingo, com crescimento similar ao anterior, quando já atingia 2,2 milhões de integrantes.

Mesmo sendo classificado, na nova versão, como secreto, modalidade que não permite que ele seja visualizado por não membros, o grupo ganha, em média, mil integrantes por minuto. Eram 60 mil no momento em que esse post começou a ser escrito e está agora, 10h27, com 85.447 participantes.
Houve divergências, porém, entre as criadoras. A URL original foi usada para retomar o grupo como público, que se somou a mais de uma dezena de outros com o mesmo nome ( obviamente com URLs diferentes), mas com interação menor. Alguns aceitam homens.

Para participar do que está com crescimento acelerado é necessário ser convidada. As criadoras do grupo também emitiram uma nota de repúdio contra a invasão.

Ficou claro, portanto, que a mobilização gerada pelas mulheres, especialmente com a hashtag #elenão, provocou um profundo impacto entre os bolsominions.

Confira a nota de repúdio:


Em tempo: segundo as administradoras, o grupo original não foi excluído pelos hackers. Está suspenso pelo próprio Facebook, em ação conjunta com a Delegacia de Crimes Cibernéticos. Os invasores já foram identificados.

Em tempo 2: o grupo original foi recuperado, porém, também transformado em secreto. Esta com 2,4 milhões de integrantes.

(*) Atualizado às 10h32

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Em Goiânia, Cabo Daciolo diz que vai derrubar todas as estátuas da Havan no país

Elas podem ser de extremo mau gosto. Mas as réplicas da estátua da liberdade em frente às lojas da Havan em todo o país ganharam um inimigo indignado. Conforme revelou o portal da rádio Banda B, de Curitiba, o candidato à Presidência do Patriota, Cabo Daciolo, promete derrubar cada uma delas caso seja eleito.

"Se quiser colocar, no máximo de dois metros", avisa.

O vídeo, segundo a nota, foi gravado em junho, em Goiânia. "Tá repreendido!", grita Daciolo. Assista:



Ninguém pode dizer que o Cabo não tenha programa de governo.

Magda Mofatto é a goiana mais faltosa na Câmara

Magda Mofatto faltou a 108 sessões (Reprodução)
Levantamento exclusivo realizado pela ONG Ranking dos Políticos, que atua na fiscalização da gestão dos parlamentares brasileiros, aponta que os deputados federais e senadores de Goiás, no total, não estiveram presentes em 725 sessões do Congresso entre 2015 e 2018. Das faltas, 276 delas não foram justificadas. A mais faltosa delas foi a deputada Magda Mofatto (PR). De 395 sessões que deveria comparecer, ela faltou em 108, sendo 80 delas não justificadas.

O Ranking dos Políticos também mostra os parlamentares que oneraram mais os cofres públicos com cotas e verbas indenizatórias nos quatro anos de mandato. Os deputados Flávia Morais (PDT) e Célio Silveira (PSDB) lideram esse quesito no estado com, respectivamente, R$ 1,547 milhão e R$ 1,514 milhão. Somente com combustível e lubrificantes, todos os congressistas goianos gastaram R$ 2.800,546,59.

Já no âmbito geral – de acordo com as avaliações do Ranking dos Políticos – o estado de Goiás conta com os parlamentares Fábio Sousa (GO), Célio Silveira (PSDB), Ronaldo Caiado (DEM), João Campos (PRB), Lucas Vergilio (SD), Marcos Abrão (PPS) e Lúcia Vânia (PSB) entre os 100 melhores do País, oito posicionados entre 101º e 300º, além de cinco ocupando as colocações 301º a 594º. O último do ranking no estado é o deputado Rubens Ottoni (PT), que consta na 522º colocação.

(*) Com informações da assessoria de imprensa

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Abraji lança ferramenta com 30 mil processos judiciais envolvendo mais de 9 mil políticos

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) lançou esta semana o projeto Publique-se, uma plataforma de busca que reúne documentos de mais de 30 mil processos judiciais cujos textos citam mais de 9 mil políticos brasileiros. Nenhuma outra ferramenta no Brasil até hoje identificou e reuniu tantos processos citando candidatos a cargos públicos.

A ideia é facilitar o acesso a provas, relatórios, comprovantes e documentos anexados a esses processos para ajudar repórteres em investigações jornalísticas sobre candidatos a cargos públicos. A ferramenta é gratuita e pode ser acessada no endereço publique-se.org.br.

Nesta primeira etapa, o projeto conta com dados de centenas de milhares de ações no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Casos notórios de outros tribunais envolvendo grandes investigações sobre o poder público serão acrescentados numa segunda etapa.

“Houve um imenso esforço de captura e tratamento de dados para possibilitar a busca dentro desses documentos. O que você vai achar não são apenas processos que têm determinado político como réu ou investigado, mas todas as referências àquele político dentro de documentos em diferentes processos – mesmo que ele não seja parte naquele processo. Certamente há muita pauta escondida ali”, diz Tiago Mali, coordenador do projeto.

Ser citado em uma ação judicial não significa que o político tenha necessariamente participado de esquema de corrupção ou que tenha tido conduta reprovável. A transparência com relação a essas informações, no entanto, é passo importante para uma fiscalização mais ativa das instituições e dos agentes públicos por parte dos jornalistas.

Idealizado pela Abraji, o projeto contou com parceria da Associação Brasileira de Jurimetria (ABJ) na captura dos dados e conta com o patrocínio do Instituto Betty e Jacob Lafer.

Como funciona
A base de documentos da primeira etapa do projeto foi criada a partir de downloads automatizados dos bancos de dados de processos eletrônicos do STF e do STJ. Os arquivos baixados passaram por uma ferramenta de reconhecimento de caracteres (OCR) para que fosse possível pesquisar o texto dentro deles – muitos dos PDFs são imagens cujo texto não é pesquisável.

Após a extração de texto, o projeto identificou dentro das milhões de páginas de documentos aquelas que mencionam o CPF de cidadãos que se candidataram em qualquer eleição brasileira a partir de 2006 – são mais de 1 milhão de CPFs diferentes. Foram mantidos na ferramenta apenas os processos que citam dentro do seu texto o CPF de algum político.

A partir dessa base, que no momento do lançamento reúne documentos de mais de 30 mil processos, é possível buscar diretamente por nomes de políticos ou fazer uma “busca livre” por termos de interesse que estejam presentes nos documentos de processos que citam políticos.

A primeira rodada de download em massa dos documentos foi feita entre os meses de fevereiro e março deste ano, reunindo todos os processos eletrônicos de diferentes anos presentes nas páginas do Judiciário. Uma segunda rodada, que acrescentará os processos iniciados após esse download, está em andamento e deve ser incorporada à ferramenta antes do primeiro turno das eleições.

(*) Com informações da assessoria de imprensa

terça-feira, 11 de setembro de 2018

HaddadÉLula está entre os assuntos mais comentados do mundo no Twitter; petista já vence Bolsonaro em simulação de 2º turno

A hashtag HaddadÉLula figurou durante boa parte do dia entre os assuntos mais comentados nos Trending Topics do Twitter mundial. Nesta terça-feira, o PT definiu o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, como substituto de Lula como candidato a presidente. A comunista Manuela D'Ávila, conforme acordo, foi definida como vice na chapa.

Lula está impedido de disputar a eleição devido à Lei da Ficha Limpa, por ter sido condenado em segunda instância. Haddad vive um bom momento. Pela primeira vez ele aparece na frente de Jair Bolsonaro (PSL) em uma simulação de segundo turno, em pesquisa Datafolha divulgada ontem. O petista era o único dos possíveis adversários que era derrotado pelo ex-militar no embate direto.

A pesquisa também revelou que, ao contrário do que esperavam analistas políticos, a rejeição a Bolsonaro aumentou, de 39% para 43%, após o ataque sofrido em Juiz de Fora, quando o candidato foi atingido por uma facada.

Governo do Paraná emite nota sobre a prisão do tucano Beto Richa

A governadora do Paraná, Cida Borgueth (PP), emitiu nota sobre a prisão do ex-governador Beto Richa (PSDB), de quem era vice, e auxiliares em operação conjunta do Gaeco e da Operação Lava Jato nesta terça-feira. Confira:

O Governo do Estado está colaborando com todas as investigações em curso.

A governadora Cida Borghetti ressalta que não aceita nenhum tipo de desvio de conduta dos seus funcionários e que criou a Divisão de Combate à Corrupção para reforçar o combate à esse tipo de crime. Hoje a divisão esta fazendo buscas e apreensão em uma operação que combate fraudes a licitação.

O Governo do Estado vai aguardar a divulgação de mais informações a respeito dessa fase da Operação Lava Jato para tomar outras  providências.


53.ª fase da Lava Jato investiga corrupção no governo do Paraná

Alvos da operação são investigados por terem recebido propinas da Odebrecht para limitar concorrência na licitação para a duplicação da PR-323
A pedido da força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná (MPF) e da Polícia Federal (PF), a Justiça Federal no Paraná expediu e a PF cumpre na manhã desta terça-feira, 11 de setembro, dois mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária, além de diversos mandados de busca e apreensão no Paraná, em São Paulo e na Bahia. O objetivo é aprofundar as investigações sobre a prática de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude à licitação referentes à duplicação da PR-323, favorecendo a empresa Odebrecht.
São alvos de prisão nesta fase: Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete do então governador do Paraná, Carlos Alberto Richa (Beto Richa); Jorge Theodócio Atherino, empresário apontado como ``operador financeiro´´ do ex-governador; e Tiago Correia Adriano Rocha, indicado como braço-direito de Jorge, e responsável por diversas transações financeiras dos empreendimentos do executivo.
Fatos apurados – Conforme apontaram as investigações e a denúncia recentemente oferecida pelo MPF, empresários do grupo Odebrecht realizaram, no primeiro semestre de 2014, um acerto de subornos com Deonilson Roldo, para que este limitasse a concorrência da licitação para duplicação da PR-323, entre os municípios de Francisco Alves e Maringá. Em contrapartida, a Odebrecht pagaria R$ 4 milhões a Roldo e ao seu grupo.
A corrupção foi ajustada em três reuniões entre Roldo e representantes da empreiteira. As evidências mostraram que, no final de janeiro de 2014, executivos da Odebrecht procuraram o então chefe de gabinete do governador e solicitaram apoio para afastar eventuais concorrentes interessados na licitação da parceria público-privada (PPP) para exploração e duplicação da PR-323.
As provas indicaram ainda que, após uma primeira reunião, Roldo voltou a se encontrar com executivos da empresa, informando que a ajudaria ilegalmente na licitação, mas para isso contava com o auxílio da empresa na campanha do governador daquele ano de 2014. Desta maneira, segundo as evidências, ele solicitou propinas para vender atos praticados no exercício de sua função pública, com o pretexto de que supostamente elas seriam usadas em campanha. 
Em seguida, em 14 de fevereiro de 2014, Deonilson Roldo teve uma terceira reunião com os executivos da Odebrecht. Nesse encontro, as provas apontam que o então chefe de gabinete do ex-governador afirmou que tinha procurado as empresas CCR e Viapar, as quais indicaram que não participariam da licitação. Informou, ainda, que o Grupo Bertin tinha interesse na concorrência por intermédio da empresa Contern.
Em razão do interesse da Contern, em 24 de fevereiro de 2014, Deonilson Roldo chamou o executivo dessa empresa, Pedro Rache, para uma conversa no Palácio Iguaçu. No encontro, gravado pelo último, o ex-chefe de gabinete do ex-governador informou ao empresário que tinha “compromissos” com a Odebrecht e solicitou ostensivamente que a empresa Contern se afastasse do certame licitatório para obtenção do contrato da PR-323. No mesmo diálogo, Deonilson Roldo, de forma direta, vinculou a desistência da licitação a interesses do Grupo Bertin, que controlava a Contern, na Copel, empresa de energia elétrica do estado do Paraná. 
Após diversos adiamentos dos prazos de entrega das propostas, finalmente, em 25 de março de 2014, o Consórcio Rota das Fronteiras, composto pela Odebrecht, Tucumann, Gel e America foi o único a fazer proposta na licitação. Sagrou-se, assim, vencedor da concorrência pública. O contrato foi assinado em 5 de setembro de 2014.
As evidências mostraram ainda que, depois de a Odebrecht vencer a licitação, em meados de julho de 2014, o empresário Jorge Atherino compareceu ao escritório da Odebrecht em Curitiba para cobrar as propinas ajustadas nos encontros com Deonilson Roldo. Diante do contato de Atherino, o diretor-superintendente da Odebrecht para a região Sul e São Paulo demandou o Setor de Operações Estruturadas da companhia – responsável por pagamentos ilícitos – para que repassasse os subornos em favor de agentes públicos do Paraná. As provas indicam ainda que foi aprovado o pagamento ilícito de R$ 4 milhões e Jorge Atherino informou os endereços em que deveriam ser entregues os valores.
Após perícia da Polícia Federal nos sistemas Drousys e MyWebDay do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, foram identificados registros de cinco pagamentos das propinas que foram estabelecidas na forma descrita acima, que totalizaram R$ 3,5 milhões, entre os meses de setembro e outubro de 2014. Os endereços de entrega eram no município de São Paulo, em condomínio relacionado à sogra de Jorge Atherino. 
Pelo menos R$ 3,5 milhões foram pagos por meio de entregas em espécie de: R$ 500.000,00 em 04/09/2014; R$ 500.000,00 em 11/09/2014; R$ 1.000.000,00 em 18/09/2014; R$ 1.000.000,00 em 25/09/2014; e R$ 500.000,00 em 09/10/2014. Tudo isso conforme lançamentos registrados no sistema de contabilidade ilícito da Odebrecht.
Por meio de uma série de documentos, quebras de sigilo bancário e fiscal, quebra de sigilo telefônico e de outras provas coletadas durante a investigação, identificou-se que os pagamentos foram feitos mediante técnicas de lavagem de dinheiro. Parte dos valores foi depositada, em espécie e de modo fracionado, em contas de Deonilson Roldo e de sua empresa, Start Agência de Notícias. Outra parte dos valores teria sido destinada à realização de depósitos, também em espécie e fracionados, em contas de Jorge Theodocio Atherino, suas empresas e associados.
Outros fatos investigados – Relatório elaborado pela PF apontou que a empresa Start Agência de Notícias, de Deonilson Roldo, recebeu cerca de R$ 135.000,00 em depósitos feitos em espécie, no período entre setembro e dezembro de 2014. Ou seja, depósitos em dinheiro foram feitos no período correspondente e próximo às entregas de valores pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht. O MPF, na acusação já apresentada na ação penal 5039163-69.2018.4.04.7000, também relacionou o depósito de parte desses valores, R$ 75.000,00, feito de modo fracionado em trinta e cinco aportes em espécie, no período de setembro a dezembro de 2014, às entregas de valores pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht.
Mesmo não se tratando de valor tão expressivo, é significativamente superior ao padrão de recebimento de depósitos em espécie pela mesma conta em outros períodos, de acordo com informação elaborada por perícia policial. Importante também destacar que a empresa Start Agência de Notícias nunca registrou empregados, muito embora pague dividendos a Deonilson Roldo.
Na análise fiscal elaborada pela PF, constam ainda empréstimos de Deonilson Roldo para um empresário e conselheiro do Detran/PR, de R$ 802.148,00 em 2016, e de R$ 515.000,00 em 2017. As operações são atípicas pois o patrimônio declarado de Deonilson Roldo seria de cerca de R$ 3 milhões, causando estranheza a realização de um empréstimo para terceiro de quase metade do valor do patrimônio.
Em relação a Jorge Theodócio Atherino, além de seu envolvimento no recebimento de valores pagos pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht (depósitos de R$ 3.426.818,27 entre 05/09/2014 e 30/09/2015), as investigações apontaram movimentações financeiras em contas de empresas relacionadas a ele que somaram aproximadamente R$ 560.000.000,00 entre janeiro de 2014 e maio de 2018. Entre estas movimentações, está o recebimento de R$ 15.348.088,08 somente mediante depósitos em espécie.
Além de serem detectadas movimentações financeiras atípicas e inconsistências fiscais como as citadas, há forte suspeita de que as empresas em nome dos familiares do empresário e as contas em nome dos familiares dele tenham sido utilizadas para lavar dinheiro de origem criminosa, misturado a recursos de origem lícita.
Dentre os pagamentos suspeitos efetuados por Jorge Theodocio Atherino, por empresas a ele ligadas e por familiares próximos, foram encontradas transferências para: Ezequias Moreira Rodrigues, que foi nomeado pelo então governador Beto Richa como secretário de Estado, condenado por contratar funcionários fantasmas para o gabinete do então deputado estadual Beto Richa, e apontado pela imprensa como alvo de outra investigação em que lhe teria sido atribuída a condição de operador de Beto Richa; Lucia Jovita Inácio, servidora pública do Município de Curitiba, atualmente cedida para a Sanepar e que trabalhou dezesseis anos com Beto Richa; e empresas relacionadas a familiares do ex-governador.
O rastreamento completo dos valores e a elucidação completa das supostas operações de lavagem de Deonilson Roldo, de Jorge Theodocio Atherino e de todos os demais associados prosseguem. A deflagração desta operação objetiva justamente aprofundar a investigação sobre os fatos e outros envolvidos, a fim de que todos os responsáveis pelos crimes possam vir a ser devidamente responsabilizados.
A investigação apura ainda o envolvimento do ex-governador Beto Richa nos fatos, mormente em relação a utilização de empresas em nome de familiares para movimentação de valores cuja origem se intenta apurar.
Prisões – As prisões executadas se basearam na estrita necessidade de estancar a prática de crimes de suborno milionários e seriais que seguiram sendo realizados mesmo depois do início da Lava Jato, e com base nas evidências que apontam para a existência de um contexto mais amplo de corrupção dentro do governo do Paraná, em diferentes setores.
Interceptações telefônicas demonstraram que Deonilson Roldo está atualmente coordenando de forma oculta a campanha de Beto Richa, enquanto Jorge Atherino continua usando suas empresas para movimentação expressiva de valores sem origem identificada. Além disso, constatou-se o emprego de sofisticados métodos de lavagem de dinheiro, envolvendo contas no Brasil e no exterior. Portanto, a liberdade dos réus coloca em risco a ordem pública.
Para o juízo da 13ª Vara Federal Criminal, “não se trata de um crime trivial”, envolvendo pelo menos R$ 3,5 milhões em subornos. “O contexto não é de envolvimento ocasional em crimes de corrupção”, mas da prática reiterada de grande corrupção e de “complexas operações de lavagem de dinheiro”, no Brasil e exterior. Ainda, nas palavras do magistrado:
“O crime de corrupção e lavagem relativo à duplicação na PR 323 insere-se em um contexto mais amplo, de um esquema de corrupção sistêmica, com cobrança sistemática de vantagem indevida de empresas fornecedoras de diversos setores do Governo do Estado do Paraná. Jorge Theodocio Atherino teria um papel central no recebimento e ocultação e dissimulação desses recursos. Deonilson Roldo seria um dos líderes do esquema criminoso e teria substituído Luis Abi Antoun, após a prisão deste, como o principal operador do esquema de arrecadação de recursos ilícitos de empresas fornecedoras do Governo do Estado.

Além disso, o volume das operações financeiras suspeitas de lavagem de dinheiro atribuídas Deonilson Roldo e Jorge Theodocio Atherino parece transcender o crime de lavagem em relação vantagens indevidas recebidas no contrato da duplicação da PR 323, o que é indício de envolvimento em outros crimes de corrupção ou em lavagem de outros crimes de corrupção. A ilustrar, a movimentação financeira de mais de quinhentos milhões de reais das empresas de Jorge Theodocio Atherino e com mais quinze milhões recebidos em espécie. Chama ainda a atenção o fato de que os crimes foram cometidos no segundo semestre de 2014, quando a Operação Lava Jato já havia adquirido certa notoriedade, tendo, entre as investigadas, a Construtora Norberto Odebrecht. Isso significa, em cognição sumária, que nem mesmo o início dessas investigações e a sua notoridade foram suficientes para prevenir que ambos, Deonilson Roldo e Jorge Theodocio Atherino, solicitassem vantagem indevida de executivos do Grupo Odebrecht, recebessem o dinheiro e ocultassem e dissimulassem o produto do crime.Tal comportamento indica o caráter serial das condutas de corrupção e lavagem e indicam a prisão preventiva como necessária para interrupção da prática de novos crimes.”
Denúncia – A força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná apresentou, no último dia 5, denúncia sobre parte dos fatos e agentes investigados pela operação deflagrada hoje. Onze pessoas foram acusadas dos crimes de corrupção (ativa e passiva) e lavagem de dinheiro. 
A denúncia foi aceita pela 13ª Vara Federal Criminal e viraram réus o empresário Jorge Theodócio Atherino, apontado como “operador” (intermediário que gerenciava as propinas) do ex-governador Carlos Alberto Richa (Beto Richa); o ex-chefe de gabinete deste último, Deonilson Roldo; Adolpho Julio da Silva Mello Neto; Benedicto Barbosa da Silva Junior; Fernando Migliacchio da Silva; Luciano Riberiro Pizzatto; Luiz Antônio Bueno Junior; Luiz Eduardo Soares; Maria Lucia Tavares; Olívio Rodrigues Junior e Álvaro José Galliez Novis.
As investigações e a denúncia são também fruto da colaboração da empresa Odebrecht e de seus executivos e colaboradores. Informações e provas sobre crimes praticados por todo o país foram distribuídas pelo Supremo para diferentes jurisdições, mantendo-se naquela Corte e no Superior Tribunal de Justiça os fatos relacionados a pessoas que gozam de foro privilegiado.
Lava Jato – Acompanhe todas as informações oficiais do MPF sobre a operação Lava Jato no site www.lavajato.mpf.mp.br

(*) Com informações do Ministério Público Federal

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Ratinho Júnior diz que secretário de Estado não precisa de carro oficial. Será?

Ratinho propõe criar a GOVTÁXI (F: Rodrigo Félix Leal)
A notícia divulgada pela assessoria de campanha de Ratinho Junior (PSD) informa que o candidato, caso eleito governador do Paraná, vai retirar do secretariado - e, consequentemente, cargos de terceiro escalão - os carros oficiais hoje à disposição dos agentes públicos em vários escalões de governo. A proposta foi feita durante reunião com representantes dos dez mil taxistas de Curitiba. Para atender o secretariado, Ratinho propõe convênios com cooperativas de táxis.

“A situação dos taxistas no Paraná está crítica e não temos encontrado apoio para resolver nossos problemas”, comentou o presidente da Rádio Táxi Capital Julio Barbosa. Renato Pieritz, presidente da Mega Táxi, reforçou a necessidade de incentivo por parte do governo e gostou de ouvir do candidato a proposta de criar o GOVTÁXI, um serviço que movimentará, só na capital, 20% dos táxis, e trará economia para os cofres públicos, segundo o candidato. “O Ratinho Junior se comprometeu a estudar a nossa situação. Se pudermos prestar serviço para o governo, será um grande ganho para a categoria”, declarou o taxista.

A implantação do GOVTAXI é uma das alternativas previstas no Plano de Governo de Ratinho Junior para reduzir os custos da máquina pública. O candidato pretende diminuir a frota de veículos do Estado usada por agentes públicos e fazer parceria com os taxistas de todo o Paraná para o transporte dos servidores estaduais. “A frota de veículos no Estado atualmente é de 22 mil carros e, por ano, são gastos na manutenção destes automóveis, 60 milhões de reais. Vamos reduzir consideravelmente este número, utilizando o serviço de táxi. Secretário e diretor não precisam de carro oficial, podem andar de táxi. Vamos seguir o exemplo do Ministério do Planejamento em Brasília que implantou este sistema e, em um ano, conseguiu economizar cinco milhões de reais”, afirmou Ratinho Junior.

Falta apenas combinar com a torcida.



3º Curta Canedo debaterá violência contra a mulher



O festival de cinema Curta Canedo 2018, que será realizado entre 20 e 22 de setembro, em Senador Canedo, região metropolitana de Goiânia, abrirá espaço para a discussão da violência contra a mulher. “Miguel”, filme com roteiro e direção de Natália Grecco, retrata a vida de uma mulher agredida pelo marido cujo filho sofre as consequências psicológicas da situação. Vivida pela atriz Cris Lopes, a personagem Clara luta para amenizar as consequências da opressão e da agressividade do marido.

"Resolvi apoiar a divulgar o tema para que possamos debater soluções e mudanças de atitude tanto das mulheres, que devem se valorizar, assim como os homens, que devem respeitar e amar suas mulheres", diz Cris Lopes. "Os pais e mães precisam entender sua responsabilidade no exemplo para seus filhos para não afetá-los psicologicamente com traumas e dificuldades de relacionamento no futuro", avalia.

Assista ao teaser:



Com carreira internacional, Cris Lopes realizará no domingo, 22, logo após a exibição do curta, um debate com o tema O Cinema Pelo Fim da Violência Contra a Mulher. A discussão terá a participação ainda de movimentos femininos, jovens e a comunidade em geral.

"Nasci nos anos 1970 em uma época em que o machismo ainda era muito predominante. Meus pais nunca brigaram ou discutiram na frente dos filhos na minha infância, mas foram socorrer casais amigos que brigavam e até se agrediam", conta Cris Lopes. "Por essa razão, e com o filme, acho que conversar com calma e harmonia é algo que precisamos praticar, porque normalmente as pessoas estão na defensiva em primeiro lugar e, na vida a dois, o entendimento deve vir primeiro para preservar toda a família", conclui.

Miguel, protagonizado também pelo ator Caue Camargo, já foi exibido no Festival de Cinema de Caruaru (PE) e em São Paulo, no Cinefest Votorantim. Em outubro será exibido na Argentina, no Festival de Cine INUSUAL de Buenos Aires.

A exibição em Senador Canedo será no sábado, 22, às 9h, na Praça Criativa Jardim das Oliveiras.

Cris Lopes desenvolve carreira internacional e, em breve, estreia no longa canadense Freer, que terá lançamento nos USA e Canadá e, em breve, estará na Netflix.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Lula livre. E Amoêdo presidente

Amoêdo em campanha: Estado eficiente (F: Facebook)
Votei em Lula em todas as eleições que ele disputou, à exceção de 1989, quando ainda não tinha idade. Sempre acreditei no operário nordestino que, contra todas as expectativas, se transformou no maior líder popular da história brasileira. Já em Dilma, votei apenas no segundo turno, nas duas eleições. Foi mais um voto contra seus adversários, sobre quem pairavam suspeitas antigas de envolvimento com corrupção, escancaradas depois com as denúncias de irregularidades na gestão de obras do metrô e roubo de merenda escolar em São Paulo, obras da Cidade Administrativa em Minas e, especialmente, as gravações de Joesley Batista.

Petista. Ainda assim, esse é o rótulo meio humorístico meio raivoso que ganhei de alguns amigos e colegas de trabalho e profissão. Ficou fácil, para os sem argumentos, utilizar pejorativamente o "adjetivo" para contradizer os "adversários" pela sua absoluta incapacidade de debater. De qualquer forma, não me faz nenhuma diferença a opinião alheia sobre mim. Comento aqui apenas para contextualizar. Beijinho no ombro.

Sim, fui de esquerda - nunca comunista ou socialista, como alguns pensam, nem na universidade, apesar da convivência diária com o PCdoB. Sempre moderado, porém, nunca deixei de compartilhar das melhores ideias que a esquerda tem. Vou resumir tudo, todos os conceitos, posições, políticas em um único aspecto: atenção ao ser humano.

Lula tinha, sim, uma preocupação genuína com os brasileiros desvalidos, quem mais precisa do Estado. Nunca duvidei de sua sinceridade ao proporcionar condições de vida melhores aos pobres e miseráveis, solenemente ignorados por governos anteriores. Foi um excelente presidente. Os números da economia, o reconhecimento internacional, a representatividade que o Brasil tinha no mundo durante seus governos falam por si só. Contra números, fatos, não há argumentos raivosos que possam refutá-los.

Lula e o pequeno Jeferson, em Salvador, durante a campanha eleitoral de 2002 (Foto: Ricardo Stuckert/Campanha)
Eu entendo perfeitamente a decepção sincera de parte dos brasileiros, especialmente os de centro-esquerda, com a submissão de Lula ao modus operandi do sistema de governo de coalizão que mina sistematicamente o fôlego do país. Com uma votação confortável, uma aprovação astronômica, Lula não precisava se submeter aos caprichos de muitos partidos brasileiros, que só apoiam um governo em troca de cargos e poder. Poderia ter enfrentado o Congresso sem entrar no jogo já conhecido. Não o fez. E decepcionou quem depositava nele toda a esperança de uma política mais decente.

Agora, dizer que isso ou as denúncias surgidas até agora são motivo para Lula estar preso é uma falácia. Há denúncias muito mais graves e provas contundentes contra inúmeros outros políticos, muito anteriores a Lula, inclusive, ao menos uma delas, nas mãos de Sérgio Moro, que não caminharam.

Prender um ex-presidente porque um executivo o delatou, sem nenhuma prova concreta, deixa claro que, o que há, é uma reação de vários setores da sociedade brasileira, por motivos ideológicos, políticos, partidários e, por que não, subterrâneos, às mudanças em nossa estratificação social. Ninguém, atenção!, ninguém seria preso apenas com os elementos usados para a condenação de Lula. Basta verificar, sem paixões, as análises de juristas das mais variadas extirpes, inclusive e especialmente os internacionais, que conseguem emitir um parecer distante, sem contaminação.


A madame não aceita registrar em carteira sua empregada doméstica. O apresentador de TV não aceita que um pobre compre seu carro - ele tem que continuar de ônibus, ora! O empresário não aceita que o filho do pedreiro esteja na universidade. Parte da elite brasileira - ou que pensa que é elite - quer manter cada um em seu devido lugar. É por isso, e só por isso, que Lula está preso. Lula é um preso político-ideológico.

Isto posto, creio que chegou a hora de o Brasil ter um choque administrativo de direita. Mas não a direita raivosa, preconceituosa, discriminatória, soberba, cruel. E sim uma direita moderna, que reduza a extrema e inacreditável burocracia nacional. Que tire da responsabilidade do Estado setores cujas paquidérmicas estruturas servem apenas como moeda de troca, para a nomeação de apaniguados, para abrigar larápios, para surrupiar ininterruptamente as riquezas do país.

Jamais deixarei de defender um Estado preocupado com o cidadão e responsável por educação e saúde gratuitas, universais e de qualidade. Responsável pela defesa do meio ambiente, pela segurança, pela regulação dos serviços comuns a todos. Mas, do ponto de vista econômico, temos que mudar.

Amoêdo: Estado não deve interferir na vida privada (Reprodução)
Reduzir o Estado é, infelizmente, a única maneira de reduzir a corrupção, os compadrios, as negociatas. Um Estado mais enxuto, mais célere, ágil, pode ser também um Estado mais justo e correto com seus cidadãos.

João Amoêdo (NOVO) me parece reunir todas as condições para seguir nesse sentido. A despeito de caminhar ao lado de parte da escória da direita brasileira - a maior parte, felizmente, está com Bolsonaro, que não tem chance de vencer devido a seus índices de rejeição -, tem as melhores propostas. Uma visão, realmente, totalmente nova de administração pública - profissional, moderna e competente. E, muito mais importante: um Estado que não se intrometa na vida privada do cidadão, como querem alguns. Liberdade religiosa, artística, cultural, política.

São os pais, por exemplo, que devem decidir o que é ou não adequado para seus filhos. Não a igreja. Não os conservadores. Não os intrometidos. E essa liberdade Amoêdo defende e, ao menos para mim, a não interferência nos usos e costumes é tão ou mais importante do que os planos de governo na hora de avaliar um candidato.

Por que um Estado menor não pode ser um Estado Cidadão? Por que um Estado menor não pode ter saúde e educação de qualidade e universais? É preciso acreditar também nas nuances e não ficar preso ao preto ou ao branco.

Após vinte anos de social-democracia (sim, PT e PSDB são da mesma família), hora de virar a página, ao menos como tentativa.

Lula livre. E Amoêdo presidente.

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Bolsonaro votou em Lula em 2002

A informação é do Gazeteiro: a equipe de campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) avalia publicar um vídeo em que Bolsonaro, durante uma entrevista em 2002, anunciou que, em um segundo turno entre Lula e FHC, votaria no petista. O vídeo já circula nas redes.



quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Após início oficial da campanha, Amoêdo lidera engajamentos no Facebook, à frente de Lula e Bolsonaro, aponta FGV DAPP

Apesar de não figurar entre os principais nomes nas pesquisas de intenção de votos para a Presidência, o candidato do Partido Novo, João Amoêdo, conquistou, nas últimas semanas, a liderança em outro ranking: o de engajamento no Facebook. Desde o início da campanha eleitoral, em 16 de agosto, até a última segunda-feira (27), a página oficial de Amoêdo na rede mobilizou quase 4,9 milhões de curtidas, comentários, reações e compartilhamentos — volume mais de 50% superior ao de Lula, que foi o segundo colocado no período. Os dois e Jair Bolsonaro despontam em relação aos outros candidatos até o momento.


Amoêdo é, até o momento, um dos três candidatos que impulsionaram conteúdos diretamente em suas páginas no Facebook, ao lado de Guilherme Boulos (quarto lugar no total de engajamentos) e Henrique Meirelles (apenas o décimo em engajamento). De acordo com dados disponibilizados pela plataforma, o candidato do Novo impulsionou 18 anúncios até o momento, com investimentos situados em faixa de R$ 1 a R$ 10 mil cada (o Facebook não disponibiliza o valor exato). Meirelles, por sua vez, impulsionou até o momento pelo menos 270 anúncios, com investimentos de R$ 1 a R$ 50 mil, de acordo com dados do Facebook. Boulos, por fim, patrocinou 34 anúncios, com investimentos entre R$ 1 e R$ 5 mil. A coleta da análise foi realizada até as 17h30 desta terça (28).

Contribuíram para o significativo aumento de engajamentos de Amoêdo as publicações sobre a sua ausência em debates, em especial aqueles promovidos por emissoras de TV. Os dois maiores picos do período reafirmam essa tendência, classificando a participação de Amoêdo no programa Canal Livre, da Band, como uma conquista para sua campanha, diante da "dificuldade" de espaços para exposição da candidatura. No primeiro pico, registrado na sexta (24), apenas a publicação de uma foto da gravação da entrevista teve mais de 30 mil compartilhamentos; no segundo, na última segunda (27), o aumento de interações se refere sobretudo à discussão sobre a entrevista e à publicação de trechos da sabatina.



As publicações da página de Amoêdo sobre o resultado da pesquisa da BTG Pactual divulgada na segunda (27) também motivaram bom engajamento, bem como aquelas em que se destaca o próprio crescimento da participação de Amoêdo nas redes.

Ao contrário de Amoêdo, Lula apresenta tendência de queda em engajamentos no Facebook, após um grande pico no dia 15, motivado pela oficialização de sua candidatura junto ao TSE. Após esse momento, em que foram registradas mais 1 milhão de curtidas, comentários, reações e compartilhamentos em sua página oficial, o ápice de engajamento foi verificado no dia 17, devido a posts sobre a recomendação da ONU para que Lula fosse autorizado a concorrer à Presidência e sobre resultados de pesquisas de intenções de voto.

O engajamento verificado em publicações oficiais de Bolsonaro segue relativamente estável ao longo de agosto. Desde o dia 16, o maior volume de interações foi verificado no dia 22, principalmente graças a postagens sobre as agendas do candidato no interior de São Paulo e a falas sobre corrupção e terrorismo.

Menções no Twitter
Apesar de figurar em primeiro lugar entre as páginas de maior engajamento no Facebook, Amoêdo parece não conseguir apresentar o mesmo bom desempenho no Twitter, sendo o sexto candidato em volume de menções na rede.


O candidato do Novo teve um pico de menções no dia 27 de agosto (49.479) – data em que foi divulgada pesquisa encomendada pelo BTG Pactual. Ainda assim, o melhor momento no debate sobre o candidato continua bastante distante até mesmo dos menores volumes de menções de Lula (69.373) e de Bolsonaro (118.566) no mês de agosto. Entretanto, observa-se que há uma tendência de crescimento de Amoêdo no Twitter.


Lula e Bolsonaro continuam figurando como os dois presidenciáveis com mais menções no Twitter. O candidato do PSL possui o maior volume de referências desde o início da campanha (2.965.188) e teve o ápice de engajamento desde então no dia 18 (1.852.366), em razão do debate na RedeTV!. Usuários comentaram, principalmente, seu "confronto" com Marina Silva. A candidata da Rede teve, desde o dia 16, 630.860 menções, com destaque também para o dia 18 por conta da repercussão do debate. Já o candidato do PT teve volume máximo de menções no dia 17 (281.498), devido à recomendação emitida pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU sobre sua candidatura.

(*) Da assessoria da FGV DAPP