quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Comissão da Câmara Federal aprova relatório para venda direta de etanol


A Comissão de Minas e Energia aprovou nesta quarta-feira (20) o relatório do deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) que pedia a venda direta do etanol aos postos de combustíveis. “Não se justifica a obrigação de manter atravessadores nessa transação,  as distribuidoras que não produzem o etanol, apenas comercializam e incluem nesse processo o seu custo, o seu lucro. Acabar com os atravessadores é garantir a concorrência entre fornecedores e reduzir o preço do etanol ao consumidor final”, afirma Elias.

Atualmente, vigora o artigo 6º da Resolução 43/2009 da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), estabelecendo que o produtor só tem o direito de comercializar o produto com outro fornecedor cadastrado na ANP, com um distribuidor autorizado pela agência ou com o mercado externo. Segundo Elias Vaz, não se justificam os argumentos apresentados pela ANP para impedir a venda direta. Um dos pretextos é o controle de qualidade do produto vendido ao consumidor. “Muito me estranha essa posição já que não temos no nosso país centralização da venda de alimentos, por exemplo. O que o ser humano consome é muito mais importante do que o que um veículo consome. Por que o combustível precisa desse controle? O consumidor será o melhor fiscal da qualidade do produto”, ressalta o deputado.

O deputado questiona ainda o argumento de redução na arrecadação. “A tributação é decorrente do processo natural do serviço, o serviço não existe em função da tributação, ou seja, o sistema tributário é quem deve se adequar à atividade econômica”.

(*) Da assessoria

Ser liberal é respeitar a individualidade, segundo Students For Liberty Brasil


O liberalismo vem sendo tema de muitas discussões no Brasil, sobretudo devido a agenda economicamente liberal adotada pelo atual governo nacional. Entretanto, a defesa da liberdade vai além da economia. Segundo o Students For Liberty Brasil (SFLB) (http://www.studentsforliberty.org/brasil/), iniciativa que desenvolve e empodera estudantes para serem a próxima geração de líderes liberais, o liberalismo visa maior tolerância e respeito às escolhas individuais.

Imagem de Myriam Zilles por Pixabay
"Muitas pessoas ainda associam o liberalismo exclusivamente à economia, mas o movimento vai além disso. Nós defendemos todas as liberdades individuais, pois só com combinação de liberdade individual e econômica contribuiremos para um mundo mais justo para todos", argumenta André Migliore Freo, diretor executivo do Students For Liberty Brasil (SFLB).

A organização defende um conceito cunhado por Joaquim Nabuco que diz: "eduquem os seus filhos, eduquem-se a si mesmos, no amor da liberdade alheia". A esperança de um futuro melhor baseia-se em ações que garantam o exercício da liberdade, mesmo quando ele não é conveniente a quem o está defendendo. Esse é um dos grandes desafios liberais da atualidade, segundo o SFLB.

"É fácil defender quem pensa igual a nós, mas precisamos pensar coletivamente. Se uma religião não pode ser exercida livremente, não há verdadeira liberdade religiosa. O mesmo acontece com sexualidade e economia. A falta de liberdade de um, é a falta da liberdade de todos, por isso respeitar a individualidade é um exercício necessário de compreensão. Só podemos ser, de fato, livres, quando a liberdade de outrem também está assegurada. É por essa transformação que o SFLB luta", complementa Freo.

O filósofo José Ortega y Gasset entende o liberalismo como uma suprema forma de generosidade: é o direito que a maioria concede às minorias. Isso porque o movimento defende a liberdade que não se resume à teoria, mas se realiza, pelas pessoas, nas práticas. Essa é uma das premissas do posicionamento do SFLB.

Ao longo da história há exemplos de ações motivadas pelo amor à liberdade alheia. Em 2011, por exemplo, cristãos egípcios deram as mãos em uma corrente humana em volta da praça Tahrir para que os muçulmanos pudessem se dobrar em direção à Meca sem serem vítimas da violência dos soldados de Mubarak. Entretanto, é difícil implementar o programa liberal, segundo o SFLB, pois nenhuma sociedade conseguiu realizar o projeto de garantir os direitos individuais a todos os cidadãos ou de separar o estado da economia.

(*) Da assessoria

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Comitiva de lideranças indígenas irá à Europa denunciar violações no Brasil

Sônia Guajajara é uma das integrantes da comitiva (F: Instagram)

De 17 de outubro a 20 de novembro, uma comitiva de lideranças indígenas visitará 12 países europeus para denunciar as graves violações que estão ocorrendo aos povos indígenas e ao meio ambiente do Brasil desde a posse do presidente Jair Bolsonaro, em janeiro deste ano.

Realizada pela APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), em parceria com organizações da sociedade civil, a campanha "Sangue Indígena: Nenhuma Gota a Mais" terá o objetivo de pressionar o governo brasileiro e empresas do agronegócio a cumprirem os acordos internacionais sobre mudança do clima e direitos humanos dos quais o Brasil é signatário - como o Acordo de Paris, a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que garante consulta livre, prévia e informada, a Declaração da Organização das Nações Unidas sobre direitos dos povos indígenas, a Declaração de Nova York, entre outros.

A comitiva, composta por Sônia Guajajara, Alberto Terena, Angela Kaxuyana, Célia XakriabáDinaman Tuxá, Elizeu Guarani Kaiowá e Kretã Kaingang, buscará espaços importantes de diálogo e ações de impacto político junto à opinião pública europeia para chamar a atenção do mundo para o momento grave que o Brasil vive e também para informar autoridades e a opinião pública sobre a origem dos produtos brasileiros que são produzidos em áreas de conflitos ou em terras indígenas. Segundo as lideranças, a viagem será uma campanha de diálogo, pressão, denúncia, divulgação e conscientização da sociedade europeia do contexto que os povos indígenas hoje vivem no Brasil, uma realidade que ameaça a sobrevivência dos povos da floresta e a vida do planeta.

A jornada terá início no Vaticano, com presença das lideranças no Sínodo dos Bispos para a Amazônia, inaugurado no último dia 6 pelo Papa Francisco, que cobrou respeito à cultura indígena e rejeitou as "colonizações ideológicas" destrutivas ou redutoras. Na sequência, as lideranças seguem para Itália, Alemanha, Suécia, Noruega, Holanda, Bélgica, França, Portugal, Reino Unido e Espanha. Estão previstos encontros com autoridades e lideranças políticas, deputados do Parlamento Europeu e da bancada verde, alto comissionado de órgãos de cooperação internacional, empresários, tribunais internacionais, ativistas, ambientalistas e artistas.

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Nota negativa para moro salta de 17% para 31%; insatisfeitos com Bolsonaro vão de 20% para 33%, aponta pesquisa da XP Investimentos



Mais uma pesquisa realizada pela XP Investimentos revela a crescente insatisfação dos brasileiros com o governo Bolsonaro. A surpresa, desta vez, porém, foi a crescente rejeição ao ministro da Justiça, Sergio Moro.

“Pela quarta vez no ano, os entrevistados foram instados a atribuir notas a personalidades políticas. Embora Sergio Moro ostente a maior nota entre os personagens testados (6,0), sua avaliação diminui desde janeiro, quando obteve nota 7,3. Jair Bolsonaro também perdeu pontos, saindo de 6,7 para 5,5. Nos dois casos, é crescente o percentual dos entrevistados que atribuem notas negativas aos dois (0 a 3). De janeiro para agora, essa fatia saltou de 17% para 31% no caso do ministro da Justiça e de 20% para 33% no do presidente da República”, diz texto que apresenta a pesquisa.

Realizado pelo Ipespe entre 27 e 29 de agosto, o levantamento ouviu mil pessoas em todo o país e tem margem de erro de 3,2 pontos percentuais.

A quantidade de pessoas que considera a administração de Bolsonaro ruim ou péssima subiu de 38% para 41% e entre os que avaliam como ótima ou boa, os números foram de 33% para 30%. Os dados confirmam a tendência de queda na popularidade do governo indicada ao longo dos levantamentos.



sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Especialista destrói excludente de ilicitude proposto por Moro

Em artigo, o coordenador do curso de tecnologia em segurança pública da Uninter destrói o argumento utilizado pelo ministro Sergio Moro para defender a licença para matar por parte de policiais: "(...) com base em sua formação, treinamento constante e preparo diário, não há que se falar em 'medo', 'surpresa ou violenta emoção' que são as ampliações propostas pelo Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro (...)".

Excludentes de ilicitude e a atividade policial

Gerson Buczenko: sem licença para matar (F: Uninter)
Nos últimos meses uma importante discussão movimentou o cenário político, o chamado excludente de ilicitude. Mas o que é isso? Suponhamos que em uma ação policial o bandido confronte o profissional da lei com tiros e ao se defender, no chamado “estrito cumprimento do dever legal” o profissional atinja o meliante levando-o a óbito. Assassinar alguém é um crime, no entanto, em legítima defesa não, fazendo parte assim do chamado excludente de ilicitude.

O que está em pauta no momento é ampliação das excludentes de ilicitude que hoje correspondem as ações que sejam praticadas em estado de necessidade, legítima defesa, em estrito cumprimento do dever legal, ou no exercício regular de direito.  Essas premissas compõem uma temática já conhecida pela polícia brasileira de uma forma geral, pois está assentada em todo o processo de formação policial. Assim, as excludentes de ilicitude são amplamente debatidas e fazem parte da atuação cotidiana do policial no Brasil.

Dessa forma, para um policial brasileiro, falar em legítima defesa de si ou de outrem é reforçar algo que faz parte de sua atuação, principalmente quando do conflito armado. E, com base em sua formação, treinamento constante e preparo diário, não há que se falar em “medo”, “surpresa ou violenta emoção” que são as ampliações propostas pelo Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, pois se tem consumado, em nossa cultura, que o policial está devidamente preparado para atuar em defesa da sociedade.

Se isso não acontecer, como confiar na atuação policial? Não pode ser imaginável que um policial possa disparar sua arma de fogo por “medo” durante uma ocorrência policial. Se assim for, temos que repensar toda a formação policial no Brasil - o que creio que seja desnecessário, em função do conhecimento do trabalho realizado nas Academias Militares e nos Centros de Formação Policial espalhados no Brasil que prezam pela excelência na formação desses profissionais.

Há que se acreditar na Polícia e em sua competência profissional para a resolução de crimes, que atuando dentro da legalidade e competência, possam investigar, periciar e levar o que for necessário às instâncias do Ministério Público e Poder Judiciário primando pelo cumprimento da lei, pois em nosso regimento maior está assentado que “todos são iguais perante a lei”.

Assim, ao policial e à autoridade policial não é dada a possibilidade de erro, do medo, ou da violenta emoção, e sim da ação correta, profissional, planejada e finalizada com a competência legal que lhe cabe, dentro de sua esfera de atribuição.

Gerson Luiz Buczenko - Doutor em Educação, docente no Ensino Superior e coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Segurança Pública – Centro Universitário Internacional Uninter.

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Em Londres, Salles é alvo de protestos mais uma vez

Em Londres, protestos contra a destruição da Amazônia (F: Greenpeace)

Seguindo a onda de manifestações com que foi recebido em todas as cidades por onde passou, Ricardo Salles foi alvo de protestos também em Londres. Manifestantes se reuniram na porta da embaixada brasileira na cidade, última parada do Ministro antes de retornar ao Brasil. Horas depois, houve outro protesto, dessa vez na frente do local onde Salles se reunia com a Secretária de Meio Ambiente do Reino Unido, Theresa Villiers. Os ativistas levaram imagens dos incêndios deste ano na Amazônia, que continua queimando, além de faixas e cartazes com as mensagens "Para de Destruir a Amazônia" e "Defenda os Direitos Indígenas".

Veja as fotos dos protestos na embaixada e na reunião.

A passagem de Salles por Londres faz parte de sua turnê pela Europa, que tem como objetivo limpar a imagem do Brasil após a repercussão mundial sobre a falta de ações do seu governo para combater os incêndios e o desmatamento na Amazônia. Salles vem tentando reverter a imagem negativa causada pelas políticas anti-ambientais assumidas em seu governo, porém sua agenda por Londres inclui reuniões com empresas com interesses em mineração e combustíveis fósseis, além de executivos dos setores financeiro e farmacêutico, levantando sérios pontos de interrogação sobre os motivos de sua visita.

Desde que assumiu o cargo em janeiro de 2019, o presidente Bolsonaro vem atacando e minando sistematicamente as agências responsáveis pelo monitoramento e implementação de proteções ambientais, como o Ibama e ICMBio. Ao mesmo tempo, o discurso inflamado do governo concedeu uma nova licença para aqueles que procuram derrubar florestas para indústrias como o agronegócio, oferecendo grande ameaça aos povos indígenas.

"O presidente Bolsonaro e seu governo, incluindo especificamente o ministro Salles, mostram que não protegerão, por vontade própria, a Amazônia, nem respeitarão os direitos indígenas. Prova disso é que, enquanto Bolsonaro discursava para garimpeiros em Brasília, o Ministro aproveitava sua viagem na Europa para estreitar laços com mineradoras e petroleiras, numa clara demonstração do seu descaso com a proteção ambiental e a crise climática", afirma Luiza Lima, da campanha de Políticas Públicas do Greenpeace.

Preso no caso Marielle tem fotos com Bolsonaro nas redes sociais

Josinaldo Lucas Freitas, o Djaca, um dos presos hoje pela polícia por suspeitas de ligação com o assassinato de vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes postou ao menos duas fotos em suas redes sociais ao lado de Jair Bolsonaro. A revelação é da Revista Veja. Djaca é acusado de ter jogado em alto mar a arma utilizada nos assassinatos.

Djaca e o sorridente Bolsonaro (Foto: Revista Veja)

No Dia das Abelhas, governo aprova mais 57 agrotóxicos e número total de liberados já passa de 400


Hoje se comemora o Dia Nacional das Abelhas, um dos grupos de polinizadores mais afetados pelo uso massivo de agrotóxicos. E, nessa mesma data, o governo brasileiro dá mais uma demonstração da importância que dá para os agrotóxicos em sua gestão.

Mantendo ritmo sem precedentes, o governo liberou, nesta quinta-feira, mais 57 agrotóxicos. Até o momento, já são 410 novos registros concedidos desde o início deste ano - número que por si só já supera o total de quase todos os anos anteriores (com exceção apenas de 2017). “O governo continua seus desmandos com a saúde da população e integridade do nosso meio ambiente. Mais uma vez a gente recebe a sinalização que o sistema agrícola como está, fortemente dependente de veneno, tem mais valor que a saúde da população e integridade do nosso meio ambiente. Esse novo ato justamente no Dia das Abelhas é um forte lembrete do que está acontecendo”, afirma Iran Magno, da campanha de Agricultura e Alimentação do Greenpeace Brasil.

O ritmo das aprovações de agrotóxicos é, de longe, o mais acelerado da última década. “Se já batemos recordes de anos anteriores inteiros e estamos apenas em outubro, chegaremos ao fim de dezembro com um triste recorde. Muitos desses produtos são proibidos na União Europeia, por exemplo. Por que a população brasileira pode consumi-los?  Como que o fato de sermos um país tropical justifica que produtos banidos na UE para proteção de sua população e recursos naturais possam ser usados aqui? Reduzir gradualmente o uso de agrotóxicos é um pedido completamente razoável. O que não é razoável é continuar envenenando nossa população”, completa Magno.

No novo ato, o nível toxicidade dos produtos já está no novo formato proposto pela ANVISA, adotado sob a justificativa de que o Brasil precisa se adequar a padrões globais. “Esse é o primeiro ato que deixa mais claro o impacto da adoção da metodologia GHS. Diferente de todos os outros, esse ato traz só um produto classificado como extremamente tóxico. O que não podemos esquecer é que a nova forma de análise atribuiu os mais altos níveis de toxicidade apenas para produtos com risco de morte por ingestão ou contato. Mudar a classificação não elimina o fato que os agrotóxicos continuam sendo veneno e com efeitos na saúde das pessoas e trabalhadores do campo, como potencial de causar cegueira e corroer a pele, antes fatores de peso na  análise toxicológica”, diz Iran.
  • Número de agrotóxicos aprovados nos anos da última década
    • Em 2019, 410 produtos (até 03 de outubro);
    • Em 2018, 422 no ano;
    • Em 2017, 405 no ano;
    • Em 2016, 277 no ano;
    • Em 2015, 139 no ano;
    • Em 2014, 148 no ano;
    • Em 2013, 110 no ano;
    • Em 2012, 168 no ano;
    • Em 2011, 146 no ano;
    • Em 2010, 104 no ano.

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Após Paris, Salles é recebido com protestos também em Berlim

Manifestantes impedem reunião de Ricardo Salles com alemães
Nesta segunda, ativistas do Greenpeace protestaram em frente à Confederação Alemã das Câmaras de Indústria e Comércio em Berlim, onde o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, se reuniria com representantes de empresas alemãs. Após o protesto, o encontro foi cancelado. 
Fotos do protesto aqui.
Cerca de 50 ativistas montaram um cordão de isolamento e instalaram um tronco de madeira da Amazônia carbonizado em frente ao edifício para impedir a entrada de Salles. No local abriram  faixas criticando a destruição da Amazônia e exigindo o fim de “negócios com criminosos climáticos".
Em sua visita à Alemanha, Salles tenta limpar a imagem do Brasil para retomar e promover acordos comerciais com um dos países que mais investem por aqui. “Ambas indústrias estão destruindo o meio ambiente e o clima. No Brasil, a floresta está queimando para dar lugar ao gado e, na Alemanha, uma indústria automobilística ultrapassada está procurando novos mercados para seus produtos emissores de CO2", diz Jürgen Knirsch, especialista em comércio do Greenpeace Alemanha.
O Greenpeace exige que corporações e governos europeus adotem medidas para garantir que suas cadeias de suprimentos não estejam ligadas ao desmatamento, à destruição de ecossistemas ou a violações de direitos humanos. Para ajudar a barrar a crise climática que já vivenciamos, é fundamental que se ponha um fim à cumplicidade europeia com o desmatamento da Amazônia. 
“Em sua viagem pela Europa, Salles tem investido seu tempo em tentar convencer investidores, governo e imprensa que a crise na Amazônia está sob controle, enquanto deveria estar implementando medidas concretas para retomar o combate ao crime ambiental e ao desmatamento”, afirma Luiza Lima, da campanha de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil. O ministro já esteve na França, onde também foi recebido com protestos. Após a Alemanha, segue viagem para a Inglaterra.

Compre um juiz por R$ 750

Por Nayara Felizardo
The Intercept Brasil

Publicamos hoje mais uma história exclusiva sobre a corrupção no judiciário brasileiro. Depois de uma longa investigação encontramos 21 casos em que juízes e desembargadores foram investigados pelo CNJ, o Conselho Nacional de Justiça, por venda de sentenças. Os valores de uma decisão judicial no Brasil podem variar de R$ 750 a R$ 400 mil. E qual a punição para esse crime? Aposentadoria com salário.

Uma das histórias que contamos aconteceu em São Francisco do Conde, na região metropolitana de Salvador. Um desembargador cobrou  R$ 400 mil para livrar um político de uma acusação de corrupção. Já em Xinguara, no Pará, um habeas corpus para um acusado de assassinato sai por R$ 70 mil. O mercado de sentenças tem produtos que cabem em todos os bolsos. No interior do Rio Grande do Norte descobrimos que uma liminar custa a partir de R$ 750.

Um magistrado que cobra menos que um salário mínimo por uma liminar recebe como punição do CNJ sua aposentadoria compulsória e ela é bem gorda. Em média, magistrados condenados pelo Conselho por venda de sentenças recebem R$ 32 mil por mês de aposentadoria.

Dos 21 magistrados investigados por venda de sentença que descobrimos, 11 foram obrigados a se aposentar. Isso mesmo, juízes e desembargadores continuam sustentados com nosso dinheiro pelo resto da vida.

Por que é assim? Ora, são os magistrados que fazem as regras e que definem suas próprias punições. Como isso acontece, você lê aqui com exclusividade.

Agora imagine um cenário em que o Intercept Brasil não existe. Quem vai denunciar o judiciário e dar nome aos bois? Quantas práticas ilegais e injustas permaneceriam ocultas sem o trabalho dos nossos repórteres? Pois é, só podemos fazer investigações como essa porque não temos rabo preso com ninguém.

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Deputada federal Cristiane Yared é processada por dívidas com agência de comunicação em Brasília

Yared: dívida de campanha (F: Câmara Federal)
Conhecida por sustentar discursos duros no plenário da Câmara federal, o nome da deputada Christiane Yared (PL-PR) consta em denúncia sobre dívidas contraídas com o Grupo Objetiva, agência de comunicação de Brasília, responsável por serviços de divulgação durante a campanha eleitoral de 2018. A ação é movida pelo escritório Alcoforado Advogados Associados, o valor ultrapassa os R$ 300 mil e a audiência de conciliação está marcada para a primeira semana de outubro, na capital.

Yared é reconhecida como a principal defensora no legislativo de políticas de combate à violência no trânsito, está na segunda legislatura e integra as Comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania e Viação e Transportes, além de pastora evangélica e empresária.

Para quem não se lembra, Christiane se tornou conhecida após perder um filho em um acidente de trânsito provocado pelo então deputado estadual do Paraná Fernando Ribas Carli, que, segundo apuração da polícia, dirigia bêbado e em alta velocidade em uma rua de Goiânia.

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Vaza xaveco de Carlos Bolsonaro para Playmate brasileira que chamou pai de machista: "Se desviar meu beijo avisa"


A playmate brasileira Mariah Fernandes, 27, é capa da Playboy Portugal de setembro. A cosmetologista revelou que jamais aceitaria o convite para o mesmo trabalho no Brasil. Em entrevista à publicação, ela explicou a decisão e fez um dedicatória ao presidente "O Brasil é um país machista e somos liderados por um cara machista e homofóbico", em referência ao presidente Jair Bolsonaro.

Em uma conversa revelada pela própria playmate no Instagram, Carlos Bolsonaro manda um "xaveco" para a moça dizendo. "Se desviar, me avisa". Mariah, disse que não entendeu a frase e o questionou: "O que?" e Carlos responde: "Meu Beijo".

Depois de ter chamado o pai de machista, o outro filho, Eduardo Bolsonaro, a bloqueou no Instagram.



quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Ingressos para a pré-estreia do filme do Alex no Couto Pereira já estão disponíveis


Já estão disponíveis os ingressos para a pré-estreia do filme Alex Câmera 10 que acontecerá no dia 11 de outubro (sexta-feira) às 19h30 no estádio Couto Pereira. Eles podem ser adquiridos on line pelo site ingressos.coritiba.com.br ou fisicamente na Central de Sócios do Coritiba e nas bilheterias nos três próximos jogos do Coxa no Couto Pereira, diante do CRB (21/09); Cuiabá (28/09) e Guarani (08/10). Serão apenas quatro mil lugares comercializados.

Os sócios terão preço diferenciado, R$ 20,00, enquanto os demais pagarão R$ 25,00 + um quilo de alimento. Haverá ainda a opção de ingresso de camarote individual ou em grupos com preços a partir de R$ 70,00, para sócios R$ 100,00 para não sócios.

A partir do dia 24 de outubro, o documentário será exibido em Curitiba (Itaú Cinemas e Cineplus); Londrina (Cine Lumiere), Porto Alegre; São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília (Itaú Cinemas) e Belo Horizonte (Cine Belas Artes).

O documentário Alex Câmera 10 é um filme de Adriano Rattmann e Cauê Serur e conta com um elenco recheado de personagens importantes do futebol brasileiro e turco, onde Alex reinou por oito anos.

Ex-técnico de Alex no Fenerbaçe, Zico definiu Alex como um jogador que Deus privilegiou. “Ele tem uma noção de tempo e espaço maior que a maioria dos jogadores”.

Principal parceiro de Pelé no Santos, Pepe treinou Alex no início da carreira. “Uma das melhores pernas esquerdas do futebol mundial em todos os tempos”.

O jornalista Juca Kfouri declarou: “Alex é, talvez, o último dos moicanos. Um jogador que sempre foi capaz de homenagear o futebol com sua sutileza e categoria”.

Ídolo do Athetico Paranaense, o ex-jogador Sicupira apontou Alex como o maior jogador paranaense da história. “Eu joguei mais ou menos na mesma posição do Alex e por isso posso dizer que foi o maior do Paraná”.

A distribuição do filme Alex Câmera 10 teve investimento do FSA/BRDE/Ancine e Estado do Paraná.