Após mais um pronunciamento desastroso e irresponsável de Jair Bolsonaro sobre o coronavírus, que, entre outras aberrações, criticou o fechamento de escolas, demonstrando mais uma vez não ter nenhum apreço pela vida humana, a hastag #ForaBolsonaro passou a liderar os assuntos comentados no Twitter no Brasil. O tema também já figura entre os assuntos mais comentados no mundo. A tag #BolsonaroGenocida, que liderou manifestações recentemente, também aparece, em nono lugar.
Até entre eleitores o pronunciamento irresponsável pegou mal. Gente lamentando o voto em Bolsonaro também se manifestou.
A postagem do vídeo no perfil oficial do Planalto receberam uma avalanche de críticas, a maioria chamando a atenção para a irresponsabilidade do mandatário no momento em que os especialistas em epidemiologia e demais profissionais de saúde indicam o isolamento como única medida possível para conter a contaminação do coronavírus.
Os Titãs viajam
38 anos no primeiro single do novo trabalho, que será lançado em
abril. “Sonífera
Ilha” é mais do que a regravação da primeira
música do disco de estreia do grupo, de 1984. É o retrato de um
conjunto que em quatro décadas de popularidade tão alta quanto
inabalada nunca se repetiu.
O single é lançado em áudio e clipe nesta sexta (20) e marca a
contagem regressiva para a primeira parte dos três trabalhos que
saem a partir de abril, “Titãs Trio Acústico - EP01”. Depois
virão “EP02” e “EP03”.
O clipe traz participações mais que especiais, como a do
Paralamas, Rita Lee, Andreas Kisser, Cyz Mendes, que deu voz para
uma, das três “Marias” retratadas na história de “Doze Flores
Amarelas”, Alice Fromer, Elza Soares, o rapper Edi Rock, Fabio
Assunção, Fernanda Montenegro, Casagrande e Roberto de Carvalho.
“Sonífera Ilha é uma música que marcou gerações. Ao escutar
a nova versão acústica, senti que Sonífera Ilha era
mais que uma canção, era um estado de espírito. Veio daí a ideia
de convidar para o clipe artistas e amigos que fazem parte da
história dos Titãs, trazendo suas personalidades e embarcando nesse
estado de espirito junto com a banda”, revela o diretor Otavio
Juliano.
O propósito do trio (tanto de músicos quanto de EPs) é o mesmo:
fazer diferente.
Pois se em 1984 o grupo era um octeto, agora atende pelo tripé de
Branco Mello no baixo ou violão, Sergio Britto no piano ou baixo e
Tony Bellotto no violão ou guitarra acústica, e os três se
revezando ao microfone.
“O clipe (desta Sonífera Ilha) é como se fosse um
retrato emocional desses 38 anos de carreira. Com direito à
participação especialíssima de pessoas queridas, que amamos e
admiramos. É como se estivéssemos fechando mais um ciclo,
relançando o nosso primeiro single totalmente repaginado”, conta
Sérgio Britto.
Aqui, a música viaja para um ska essencial, com piano, baixo,
guitarra acústica e um acento percussivo ganhando uma despretensão
como se tivesse sido composta na semana passada.
O registro desplugado era para ter marcado a efeméride de 20 anos
do lendário “Acústico MTV”, só que o seria se fosse lançado
em 2017. Mas na época eles estavam concentrados na ópera-rock “Doze
Flores Amarelas”.
Marcaram, então, shows em teatros no formato acústico para não
deixar a data passar em branco. O resultado foi tão impactante para
os três e público que decidiram ir para o estúdio repaginar o
repertório com o mínimo de elementos possível.
O primeiro coelho que tiram da cartola é “Sonífera Ilha”.
Sendo Titãs, pode-se esperar mais surpresas a cada um dos EPs que
for lançado.
Paetor Antonio Junior: lave as mãos e fique em casa (F: Divulgação)
Desde
que a pandemia do coronavírus se tornou uma realidade, as
autoridades recomendaram a quarentena e, em alguns casos, impuseram
restrições que se traduziram em impedir aglomerações de pessoas e
mudou a rotina de todos. Com isso, todos os locais públicos foram
afetados, inclusive aqueles que são justamente apontados como o
destino dos que buscam por um milagre divino, as igrejas.
O
fechamento das igrejas causou revolta de alguns fiéis, que alegaram
que se proteger e aderir à quarentena, seria não confiar no poder
de Deus, e até mesmo de lideranças religiosas, que relutaram até o
último momento contra o fechamento dos templos e pela realização
de reuniões e cultos. No entanto, a postura não é um consenso
entre todos.
O pastor Antonio
Junior, escritor e influenciador digital, dono do maior canal
evangélico do YouTube, discorda da atitude destas pessoas: "Não
adianta você ter fé de que o coronavírus não vai te infectar ou
que você será curado se você não fizer a sua parte. Na Bíblia
está escrito que não se deve tentar a Deus. Se há perigo de
contágio, não adianta eu me expôr e achar que Deus tem obrigação
de me tornar imune. Como está escrito em Provérbios 22 versículo
3, que o prudente prevê o mal, e esconde-se; mas os simples passam e
acabam pagando.”
Superpoderes da fé
Antonio
Junior revela que alguns religiosos acreditam que a fé traz uma
espécie de invencibilidade: “no caso do coronavírus não é só
uma questão de ter fé. Devemos fazer como Jesus e não tentar a
Deus ao achar que não precisamos fazer a nossa parte. Mesmo com essa
promessa de proteção através da fé, é possível sim, que o
cristão seja infectado por qualquer vírus ou doença, pois somos
seres humanos e ainda sofremos as aflições deste mundo (João
16:33). Por isso, não tentar a Deus, neste caso, significa ser
prudente, isto é, seguir as orientações médicas e do governo para
evitarmos a contaminação da doença, afinal de contas, a Bíbia diz
que os governantes são ministros de Deus para o nosso bem, ou, pelo
menos, é o que todos deveriam ser.”
Para o pastor, a fé
não nos livra de todos os males, mas nos ajuda a superar todas as
dificuldades: "Certa vez, Jesus ensinou que as chuvas,
tempestades e ventos furiosos assolam as casas de todos, bons e maus,
tanto dos que têm a casa edificada sobre a rocha quanto dos que a
edificaram sobre a areia (Mateus 7:24-27). Por isso, não use a sua
fé como desculpa para agir com irresponsabilidade e ignorando os
riscos que o coronavírus pode trazer a você e sua família.”
Fé,
esperança e amor
Segundo Antonio
Junior, é preciso fazer a sua parte não apenas para evitar ser
contagiado com o vírus, mas como um sinal de respeito e amor pelo
próximo: “Se na sua casa não tem idosos, menos mal. Mas,
lembre-se que você pode contrair o vírus e ter contato com outras
pessoas, que consequentemente, transmitirão a outros que convivem
com idosos (população mais vulnerável). Por isso, faça a sua
parte: lave bem as mãos, não vá a lugares com muitas pessoas,
cubra o rosto ao tossir e espirrar, evite contato físico, e acima de
tudo, lembre-se do que a Bíblia diz: "Agora, permanecem estes
três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o
amor." (1 Coríntios 13:13). Ou seja: Tenha FÉ de que você
ficará livre do coronavírus. Tenha ESPERANÇA de que essa pandemia
vai passar. Tenha AMOR pelas pessoas (não somente da sua família),
pois é este sentimento que te fará agir com responsabilidade.”
O
deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) apresentou projeto na Câmara
para proibir, em todo o país, a produção e venda de itens
derivados de processo de alimentação forçada de animais, como
o foie gras, o fígado gordo de ganso ou pato. A matéria
inclui produtos conseguidos a partir do uso de mecanismo automático
ou manual de engorda que despeje o alimento diretamente no estômago
do animal, como funil, tubo metálico, de plástico e PVC. Também
proíbe a importação de produtos conseguidos a partir da
alimentação forçada.
“É preciso promover uma mudança cultural, é um movimento
mundial. Foi o que aconteceu, por exemplo, com os casacos de pele. O
que era chique há uns anos é inaceitável hoje”, explica Elias
Vaz.
O projeto prevê as seguintes punições: cancelamento da
licença de funcionamento, se houver, e imediata interdição do
estabelecimento que comercializar ou possuir o produto em estoque,
multa de R$10 mil e ainda apreensão e incineração da mercadoria.
Se houver descumprimento da interdição, a multa diária é de R$2
mil.
O foie gras é feito a partir de um processo cruel. Para
deixar o órgão maior e mais gorduroso, produtores impõem uma
dolorosa alimentação forçada por canos que vão direto ao estômago
das aves várias vezes ao dia. O fígado, em alguns casos, chega a 10
vezes o tamanho normal. A superalimentação provoca acúmulo
de gordura nas células do fígado e os animais sofrem lesões na
garganta e esôfago causadas pelo tubo que leva a ração diretamente
para o estômago. Podem ser acometidos por inflamações, infecções
e problemas respiratórios.
“Em pleno 2020, é inadmissível que essa prática seja
tolerada, visto que é resultado de imensa crueldade contra as aves.
Não queremos intervir no comércio, mas inibir esse crime
ambiental”, destaca o deputado.
Contrariando o Ministério da Saúde, Bolsonaro participa de protestos (F: AFP)
Pesquisadores
da Universidade de Oxford, no Reino Unido, publicaram neste domingo
um estudo preliminar calculando e comparando as prováveis
mortes pelo novo coronavírus no Brasil e na Nigéria.
É necessário olhar para os números com cautela, porque se trata
de um estudo que ainda será discutido com a comunidade científica.
Mas a publicação deles foi antecipada para contribuir com
informações sobre a doença causada pelo novo coronavírus.
As informações são do Intercept Brasil.
Diz ainda a reportagem que, para entender o padrão de mortalidade da doença, os cientistas
analisaram dados da Itália e da Coreia do Sul. Foi examinando a taxa
de mortalidade do novo coronavírus e fazendo as projeções para
cada população que os pesquisadores chegaram ao cenário de
possíveis 478.629 mortos no Brasil, se medidas de controle não
forem tomadas.
Isso quer dizer que o comportamento irresponsável de Jair
Bolsonaro diante dos perigos do coronavírus pode ser trágico.
Enquanto o mundo inteiro colocava em prática medidas de contenção
da pandemia, o presidente incentivou manifestações e foi para a rua
– quando deveria estar em isolamento – cumprimentar centenas de
pessoas.
Qual será o impacto do pouco caso e da imaturidade da principal
autoridade do país sobre as estratégias que o governo federal
precisará adotar para conter o novo coronavírus? Os cientistas nos
dão algumas pistas.
Elias (esq) continua no comando do PSB (F: Ruber Couto)
O deputado federal Elias Vaz vai comandar o PSB em Goiás por mais três anos. A votação foi realizada durante congresso na área externa da Assembleia Legislativa, com a participação restrita a delegados estaduais e cancelamento de atos políticos devido à pandemia de coronavírus.
Elias afirmou que a prioridade é fortalecer o partido em todo o Estado. “A nossa meta é apresentar candidaturas competitivas e a estratégia é que o nosso partido seja uma referência para abrigar pessoas que querem a boa política, que estão cansadas da velha política e desejam construir uma alternativa para o povo de Goiás”.
Presidente da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Lissauer Vieira reforçou o trabalho que o PSB vem realizando há meses no interior goiano. “Estamos formatando um partido grande, que está crescendo muito e que tem vários nomes bons para trazer novas propostas para os municípios do nosso Estado. O partido está em boas mãos, o deputado Elias Vaz, que é o nosso presidente, tem se esforçado ao máximo para trazer novos quadros e tenho certeza que o PSB vai sair bem maior das eleições de 2020”.
Pré-candidatura
Elias Vaz confirmou a pré-candidatura a prefeito de Goiânia. O lançamento deve ocorrer nos próximos dias de forma virtual, provavelmente pelas redes sociais, para evitar aglomeração. “Queremos ocupar esse espaço, quebrando a briga histórica entre dois, três partidos que vêm dominando a política na nossa cidade, com propostas de justiça social e de garantia de direitos do cidadão e do trabalhador, entre outras bandeiras do PSB”, destaca Elias.
Uma
pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes
Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC
Brasil), em convênio com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (Sebrae), com pessoas que estão sem trabalho,
revela que os desempregados brasileiros já estão há um ano e
três meses, em média, sem ocupação formal. O levantamento mostra
ainda que 51% dos entrevistados estariam dispostos a receber
menos que a remuneração do último emprego, sobretudo por que
precisam voltar ao mercado de trabalho (19%). Outros 18% argumentam
que o que importa neste momento é arranjar um emprego para pagar as
despesas, enquanto 13% afirmam ser mais fácil procurar oportunidades
melhores quando se está empregado. A demora para se
recolocar no mercado de trabalho tem feito com que essas pessoas
busquem outras formas de sustento, como o trabalho informal. De
acordo com a pesquisa, praticamente quatro em cada dez
desempregados têm recorrido ao trabalho temporário para se
sustentar (39%), principalmente com serviços gerais (19%), com
revenda de produtos (14%) e com venda de comidas (13%).
Além
dos trabalhos informais, 30% admitem que ao menos parte de suas
despesas estão sendo pagas por pais, filhos, amigos ou outros
familiares. Também há aqueles que utilizado o seguro-desemprego
(8%) e do acerto recebido da empresa em que trabalhavam (7%).
“O
desemprego muitas vezes obriga as pessoas a buscarem alternativas
para constituir renda. O aumento da informalidade também está
relacionado à chamada ‘gig economy’, ou ‘economia dos bicos’
– aquela que diz respeito aos motoristas e entregadores de
aplicativos, por exemplo. As plataformas digitais facilitam a
contratação de pessoas e oferecem oportunidade de geração de
renda para milhões de desempregados. Por outro lado, esses
trabalhadores não têm direitos assegurados e ou vínculo
empregatício”, alerta o presidente da Confederação Nacional de
Dirigentes Lojistas (CNDL), José César da Costa.
Desemprego atinge principalmente os mais
pobres, do sexo feminino, jovens e que possuem o ensino médio
A
pesquisa mostra que o desemprego vem afetando, em grande medida, as
camadas mais vulneráveis da população: seis em cada dez
desempregados são mulheres (61%), enquanto 39% são homens. A
média de idade é de 33 anos, sendo que a maior parte corresponde
aos jovens de 18 a 24 anos (34%) e à faixa etária de 25 a 34 anos
(24%).
Considerando o nível de renda, verifica-se
que nove em cada dez brasileiros sem ocupação pertencem às classes
C, D e E (95%), enquanto apenas 5% estão nas Classe A e B.
Em
relação à escolaridade, 59% possuem entre o ensino médio
completo e ensino superior incompleto, ao passo em que 31% têm o 2º
grau incompleto e 10% o ensino superior completo. Apenas 8% falam
outro idioma. Tendo em vista o estado civil, 55% são solteiros e 26%
correspondem aos casados; pouco mais da metade dos entrevistados
possui filhos (52%).
Na semana
em que o país é confrontado com a realidade do fiasco do
crescimento econômico do primeiro ano do novo governo (o pibinho de
1,1%), um dos conselheiros de administração do BNDES, Carlos Thadeu
de Freitas Gomes, ex-presidente desse Conselho e ex-diretor da Casa,
defende que o BNDES deveria demitir mais da metade do seu quadro de
empregados.
Qual o compromisso dessa gente com o destino das instituições
que são indicados a comandar?
Não se sabe ainda se estamos diante de uma opinião
representativa, mas o fato é que, no mínimo, a declaração revela
o tipo de política que os tomadores de decisão do atual governo
contemplam. Que ousadia! Que irresponsabilidade!
O quadro de deterioração da economia brasileira não poderia ser
mais transparente, incontroverso. Quaisquer que fossem os erros das
políticas econômicas até 2014, e eles existiram e foram graves, a
alucinada austeridade que se iniciou em 2015 como resposta — e se
manteve desde então —, provou ser completamente equivocada.
Completamos cinco anos de política de austeridade, incluindo nisso o
contínuo desaparelhamento e encolhimento do BNDES. Começando com a
extinção da taxa de juros incentivada do Banco (a TJLP), passando
pelas devoluções de aportes do Tesouro e agora pela destruição da
BNDESPar. Os resultados estão aí: a maior crise da história do
país (a recuperação mais lenta depois de uma crise econômica); o
quarto ano em que a taxa de investimento fica abaixo de 16%;
encolhimento da indústria e desemprego. Tudo isso não tem
precedente na nossa história.
Diferentemente da Grécia, o Brasil não está numa crise por
imposição de pressão externa. Não há crise da dívida ou, por
enquanto, problema no Balanço de Pagamentos. É uma crise
autoinfligida. Querem melhorar a métrica dívida/PIB, reduzindo o
numerador às custas da redução do denominador. Persegue-se o
próprio rabo.
Manter a política de desmonte do BNDES significa aprisionar todos
nós nesta trajetória sombria. Não é possível que em algum
momento não se perceba que a atual política fracassou. Temos que
manter a possibilidade aberta a uma alternativa, a um novo caminho.
Que caminho poderia ser esse? O da retomada dos investimentos, da
recuperação da indústria, dos investimentos em infraestrutura
públicos ou privados. Para tudo isso será fundamental contar com um
Banco de Desenvolvimento vigoroso. Por sorte temos um. Não podemos
deixar que acabem com ele.
Por Arthur Koblitz, presidente da Associação dos Funcionários do
BNDES (AFBNDES)
"Lutemos como sempre lutaram as mulheres", diz Dilma (F: Matheus Alves)
O I
Encontro Nacional das Mulheres Sem Terra recebeu, na noite de sábado (7), um Ato Político e Cultural com a presença de mais de
40 organizações, partidos e movimentos sociais nacionais e
internacionais. Na plateia do Centro de Exposições do Parque da
Cidade, em Brasília, mais de 3.500 mulheres vindas de assentamentos
e acampamentos do MST, de 24 estados brasileiros. No palco, a
ex-presidenta da república Dilma Rousseff, a presidenta do PT Gleisi
Hoffmann, a jurista Deborah Duprat, a integrante do Conselho Nacional
de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) Romi Bencke, e mais uma dezena
de convidadas.
Dilma Rousseff classificou o atual momento da história do Brasil com
muito difícil, com uma “escalada autoritária neofascista”. A
ex-presidenta também frisou a preocupação com aspecto neoliberal
do atual governo, que retira direitos, ataca as nossa grandes
empresas públicas e soberania nacional, criminaliza os movimentos
sociais, entrega a Amazônia e avança na exploração de seus
recursos minerais.
“Nós temos que ter clareza que o neoliberalismo e o neofascismo
são irmãos siameses. Esse é o caráter mais perverso desse
autoritarismo que afeta a todos nós”, garantiu. Dilma enfatizou a
necessidade de unidade para o enfrentamento desta conjuntura. “Se
não nos unirmos e não nos fortalecemos, nós não conseguiremos
conter o avanço do fascismo”, afirmou.
Para Dilma, o caráter fascista do governo Bolsonaro coloca o Brasil
sem posição de subordinação os interesses de Donald Trump. “Nós
não podemos deixar que o nosso país tenha esse destino de ser
submisso ao imperialismo, somos muito grandes para sermos um quintal
de alguém. Somos muitos grande e com povo muito forte para sermos
submissos”.
A luta das ruas é o caminho necessário para a resistência,
defendeu. “Nós sempre temos que começar tudo de novo, não há
nenhum desespero em começar tudo de novo […] Vamos perceber que só
temos uma saída é juntos combatermos o monstro do neofascismo e
neoliberalismo. Nós somos mulheres, lutemos como sempre lutaram as
mulheres, com muita força”, finalizou a ex-presidente.
Maria de Jesus, integrante da direção nacional do MST, levantou
aplausos do público ao reafirmar a posição de resistência das
mulheres Sem Terra: “Uma das primeiras coisas que aprendemos no
movimento é não baixar a cabeça, nem para o machismo, nem para o
patriarcado, nem para o capital. Nós, mulheres, vamos resistir em
todos os territórios na defesa e construção da unidade da classe
trabalhadora, do campo e da cidade”. Para a dirigente, a unidade é
a saída para todos os retrocessos pelo qual o país passa.
A pastora luterana Romi Bencke, secretária geral do Conselho
Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), avalia que o Encontro
Nacional das Mulheres Sem Terra vai além das mulheres do campo. É
um encontro que reúne toda a caminhada das mulheres que lutam e
lutaram por direitos. “Esse é o encontro da insurreição das
mulheres em um contexto em que o Brasil assume, sem vergonha na cara,
todo o seu ódio às mulheres, e que nós temos um presidente da
República que não tem nenhuma vergonha de assumir a sua misoginia.
Esse encontro diz que nós mulheres não aceitamos o patriarcado
fundamentalista que rouba a fé cristã para justificar a opressão e
a exclusão das mulheres”.
A religiosa convocou as mulheres a se mobilizarem neste Dia
Internacional das Mulheres. “Nós não vamos deixar roubar nossos
direitos, não vamos deixar roubar nossos territórios. Mulheres em
marcha no 8 de março, somos uma nas outras e seguiremos assim, e as
insurreições virão cada vez mais forte”.
O
deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) apresentou projeto na Câmara
para evitar que veterinários sejam punidos pelos Conselhos Federal e
Regionais por fazer a castração de cães e gatos de forma gratuita
ou por valores abaixo das tabelas de referência estabelecidas pelas
entidades. “Queremos evitar que os Conselhos estabeleçam punições
para os profissionais envolvidos com a causa animal, que inclusive
cuidam de cães e gatos que vivem nas ruas. O trabalho é de extrema
importância, é um caso de saúde pública e de comprometimento com
a proteção dos animais”, afirma o deputado. Elias
lembra que houve casos, em alguns estados, como São Paulo e Santa
Catarina, que foram parar na justiça. E os profissionais têm ganho
as causas. Os Conselhos só permitem que o serviço seja feito pelos
veterinários de graça ou mais barato em caso de utilidade pública
e já existe inclusive uma decisão do Superior Tribunal de Justiça
incluindo o trabalho de esterilização de animais nessa categoria.
O projeto do deputado altera a Lei
13.426, de 30 de março de 2017, que dispõe sobre a política de
controle da natalidade de cães e gatos. Passa a determinar que a
política de controle de natalidade tem caráter de utilidade
pública, “impondo-se ao poder público e à coletividade o dever
de cumpri-la”. Também modifica o artigo 6º da Lei nº 5.517, de
23 de outubro de 1968, que dispõe sobre o exercício da profissão
de médico-veterinário e cria os Conselhos Federal e Regionais de
Medicina Veterinária.
A lei irá vigorar com o acréscimo de
parágrafo único estabelecendo que não será exigida autorização
das entidades para a realização de programas e campanhas de
educação em saúde; guarda responsável e esterilização com a
finalidade de controle populacional de animais domésticos,
promovidos ou autorizados por entidades da administração pública
direta ou indireta, ou pela coletividade.
A Galeria Distribuidora acaba de
divulgar novas fotos dos filmes A
MENINA QUE MATOU OS PAIS e O
MENINO QUE MATOU MEUS PAIS,
que retratam relacionamento de Suzane von Richthofen e Daniel
Cravinhos. Antes do assassinato dos pais de Suzane, Marísia e
Manfred, o jovem casal namorou durante pouco mais de três anos. Os
filmes, estrelados por Carla Diaz e Leonardo Bittencourt, chegam aos
cinemas em 2 de abril.
No elenco estão também Allan Souza
Lima (Cristian Cravinhos), Kauan Ceglio (Andreas von Richthofen),
Leonardo Medeiros (Manfred von Richthofen), Vera Zimmermann (Marísia
von Richthofen), Debora Duboc (Nadja Cravinhos), Augusto Madeira
(Astrogildo Cravinhos), entre outros.
Baseados nos autos do processo, os
longas têm roteiros escritos pela criminóloga Ilana Casoy e pelo
escritor Raphael Montes. A direção dos dois filmes é de Mauricio
Eça. A produção é da Santa Rita Filmes em coprodução com a
Galeria Distribuidora e o Grupo Telefilms.
Sinopse:
Em
2002, o casal de namorados Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos
chocou o Brasil
ao se declararem culpados pelo brutal assassinato dos
pais de Suzane. Ao longo do julgamento deles, esse caso é revisitado
em busca de respostas sobre os motivos do casal para cometer essa
atrocidade. Um drama de crime real sobre um dos casos de assassinato
mais chocantes do Brasil. Lançados simultaneamente, os dois filmes
mostrarão pontos de vista opostos dos assassinos.
Borba, Leão e Barbosa: mais 4 anos de TBC/Cultura (F: Divulgação)
Na
última segunda-feira
(2), o diretor de
Rede da TV
Cultura, Fábio
Borba, e o
presidente da Agência
Brasil Central, José
Roberto Leão,
assinaram o Termo de Cooperação Cultural que renova a afiliação
da TV Brasil Central com a TV Cultura, estendendo o vínculo de 15
anos entre as emissoras por mais quatro. Desse modo, a programação
continua sendo compartilhada e haverá ações para a realização
de coproduções e encontros, entre eles um evento
sobre o futuro do rádio no Brasil,
que deve acontecer ainda este mês. O termo ainda foi chancelado pelo
diretor de Telerradiodifusão, Imprensa Oficial e Site, Euler
Barbosa.
O
Ministério da Saúde, por meio da Comissão Nacional de Incorporação
de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), recomendou, em
seu relatório preliminar, a não incorporação do único
medicamento para a mucopolissacaridose do tipo VII (MPS VII). Porém,
até o dia 11 de março, toda a sociedade poderá contribuir com o
tema por meio da Consulta Pública N°3. Para participar e
opinar sobre o oferecimento da medicação na rede pública de
saúde, pacientes, familiares, cuidadores e cidadãos em geral
devem acessar o formulário de experiência
ou opinião e deixar a sua contribuição, já
os médicos podem contribuir por meio do
formulário técnico-científico.
Para a Conitec, a recomendação inicial pela não
incorporação do alfavestronidase, única terapia de reposição
enzimática disponível para esse tipo da doença no mundo para
o tratamento de MPS VII em pacientes de todas as idades, se baseou no
tempo de mercado e de experiência clínica com o medicamento,
considerados incipientes ainda. O órgão também ressaltou o
impacto orçamentário da ordem de R$ 3 milhões por paciente por
ano.
Regina Próspero, presidente do Instituto Vidas Raras, afirma que
justamente por ser um medicamento órfão, único para esse tipo da
doença, a avaliação deveria ser distinta e considerar o pequeno
número de pacientes, o tratamento atual disponível e o benefício
real que essa nova terapia poderia trazer para a vida de todos que
convivem com a MPS VII. “A Conitec explica, no documento, que
o tratamento atual da mucopolissacaridose tipo VII é
baseado apenas em terapias de suporte e tratamentos sintomáticos,
como cirurgias (reparo da hérnia, prótese de quadril e fusão
cervical), antibióticos e fisioterapia. Se temos como dar
acesso a um medicamento único que possa diminuir essas necessidades,
de algo invasivo, por exemplo, e que realmente melhora a qualidade de
vida do paciente – o que impacta também na vida de toda a família
- por que negar essa possibilidade? Pacientes com outros tipos de
MPS, já contam com as terapias similares no SUS. Por que essa
discriminação?”, questiona.
No Brasil, no congresso da Sociedade Brasileira de Genética
Médica em 2019, foi apresentado um estudo que identificou 22 casos
de MPS VII no período de 15 anos. Outra pesquisa revelou que a
doença atinge menos de três pessoas em cada dez milhões de
nascidos vivos no país. Estima-se que sejam registrados menos
de 200 casos de MPS VII em todo o mundo. “São
poucos os afetados diretamente por essa doença. No Brasil,
atualmente estão identificados em torno de 13 pacientes. Temos
que promover uma vida melhor para eles e suas famílias. Essa
terapia de reposição enzimática é um dos caminhos,” explica
Regina. “Precisamos contar com a participação de todos na
consulta pública”.
Para o geneticista e pesquisador Roberto Giugliani, professor do
Departamento de Genética da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, Diretor do Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde
e Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências, os estudos
clínicos comprovam que o medicamento é eficiente e seguro, apesar
de bastante novo. “Somente cerca de 5% de doenças raras ou
ultrarraras, como é o caso da MPS VII, possuem alguma terapia
medicamentosa apropriada. A comunidade científica já reconhece
que a terapia de reposição enzimática modificou substancialmente o
tratamento das mucopolissacaridoses dos tipos I, II, IV e
VI na última década. No caso da MPS VII, além de termos
experiência longa com outros tipos da doença, os estudos clínicos
específicos mostram como o medicamento age e pode melhorar a vida
desses pacientes. É um grande ganho para quem convive com a doença
e não deveria ser descartado”, completa.