terça-feira, 24 de março de 2020

#ForaBolsonaro é o assunto mais comentado do Twitter após pronunciamento

Após mais um pronunciamento desastroso e irresponsável de Jair Bolsonaro sobre o coronavírus, que, entre outras aberrações, criticou o fechamento de escolas, demonstrando mais uma vez não ter nenhum apreço pela vida humana, a hastag #ForaBolsonaro passou a liderar os assuntos comentados no Twitter no Brasil. O tema também já figura entre os assuntos mais comentados no mundo. A tag #BolsonaroGenocida, que liderou manifestações recentemente, também aparece, em nono lugar.

Até entre eleitores o pronunciamento irresponsável pegou mal. Gente lamentando o voto em Bolsonaro também se manifestou.

A postagem do vídeo no perfil oficial do Planalto receberam uma avalanche de críticas, a maioria chamando a atenção para a irresponsabilidade do mandatário no momento em que os especialistas em epidemiologia e demais profissionais de saúde indicam o isolamento como única medida possível para conter a contaminação do coronavírus.


Versão de Sonífera Ilha tem Casagrande, Fernanda Montenegro, Lulu Santos e outros convidados


Os Titãs viajam 38 anos no primeiro single do novo trabalho, que será lançado em abril. “Sonífera Ilha” é mais do que a regravação da primeira música do disco de estreia do grupo, de 1984. É o retrato de um conjunto que em quatro décadas de popularidade tão alta quanto inabalada nunca se repetiu.


O single é lançado em áudio e clipe nesta sexta (20) e marca a contagem regressiva para a primeira parte dos três trabalhos que saem a partir de abril, “Titãs Trio Acústico - EP01”. Depois virão “EP02” e “EP03”.

O clipe traz participações mais que especiais, como a do Paralamas, Rita Lee, Andreas Kisser, Cyz Mendes, que deu voz para uma, das três “Marias” retratadas na história de “Doze Flores Amarelas”, Alice Fromer, Elza Soares, o rapper Edi Rock, Fabio Assunção, Fernanda Montenegro, Casagrande e Roberto de Carvalho.

“Sonífera Ilha é uma música que marcou gerações. Ao escutar a nova versão acústica, senti que Sonífera Ilha era mais que uma canção, era um estado de espírito. Veio daí a ideia de convidar para o clipe artistas e amigos que fazem parte da história dos Titãs, trazendo suas personalidades e embarcando nesse estado de espirito junto com a banda”, revela o diretor Otavio Juliano.

O propósito do trio (tanto de músicos quanto de EPs) é o mesmo: fazer diferente.

Pois se em 1984 o grupo era um octeto, agora atende pelo tripé de Branco Mello no baixo ou violão, Sergio Britto no piano ou baixo e Tony Bellotto no violão ou guitarra acústica, e os três se revezando ao microfone.

“O clipe (desta Sonífera Ilha) é como se fosse um retrato emocional desses 38 anos de carreira. Com direito à participação especialíssima de pessoas queridas, que amamos e admiramos. É como se estivéssemos fechando mais um ciclo, relançando o nosso primeiro single totalmente repaginado”, conta Sérgio Britto.

Aqui, a música viaja para um ska essencial, com piano, baixo, guitarra acústica e um acento percussivo ganhando uma despretensão como se tivesse sido composta na semana passada.
O registro desplugado era para ter marcado a efeméride de 20 anos do lendário “Acústico MTV”, só que o seria se fosse lançado em 2017. Mas na época eles estavam concentrados na ópera-rock “Doze Flores Amarelas”.

Marcaram, então, shows em teatros no formato acústico para não deixar a data passar em branco. O resultado foi tão impactante para os três e público que decidiram ir para o estúdio repaginar o repertório com o mínimo de elementos possível.

O primeiro coelho que tiram da cartola é “Sonífera Ilha”. Sendo Titãs, pode-se esperar mais surpresas a cada um dos EPs que for lançado.

Da assessoria

Coronavírus: Pastor discorda de fiéis que entregam tudo nas mãos de Deus: “não é só uma questão de ter fé”, desabafa

Paetor Antonio Junior: lave as mãos e fique em casa (F: Divulgação)

Desde que a pandemia do coronavírus se tornou uma realidade, as autoridades recomendaram a quarentena e, em alguns casos, impuseram restrições que se traduziram em impedir aglomerações de pessoas e mudou a rotina de todos. Com isso, todos os locais públicos foram afetados, inclusive aqueles que são justamente apontados como o destino dos que buscam por um milagre divino, as igrejas.

O fechamento das igrejas causou revolta de alguns fiéis, que alegaram que se proteger e aderir à quarentena, seria não confiar no poder de Deus, e até mesmo de lideranças religiosas, que relutaram até o último momento contra o fechamento dos templos e pela realização de reuniões e cultos. No entanto, a postura não é um consenso entre todos.

O pastor Antonio Junior, escritor e influenciador digital, dono do maior canal evangélico do YouTube, discorda da atitude destas pessoas: "Não adianta você ter fé de que o coronavírus não vai te infectar ou que você será curado se você não fizer a sua parte. Na Bíblia está escrito que não se deve tentar a Deus. Se há perigo de contágio, não adianta eu me expôr e achar que Deus tem obrigação de me tornar imune. Como está escrito em Provérbios 22 versículo 3, que o prudente prevê o mal, e esconde-se; mas os simples passam e acabam pagando.”

Superpoderes da fé

Antonio Junior revela que alguns religiosos acreditam que a fé traz uma espécie de invencibilidade: “no caso do coronavírus não é só uma questão de ter fé. Devemos fazer como Jesus e não tentar a Deus ao achar que não precisamos fazer a nossa parte. Mesmo com essa promessa de proteção através da fé, é possível sim, que o cristão seja infectado por qualquer vírus ou doença, pois somos seres humanos e ainda sofremos as aflições deste mundo (João 16:33). Por isso, não tentar a Deus, neste caso, significa ser prudente, isto é, seguir as orientações médicas e do governo para evitarmos a contaminação da doença, afinal de contas, a Bíbia diz que os governantes são ministros de Deus para o nosso bem, ou, pelo menos, é o que todos deveriam ser.”

Para o pastor, a fé não nos livra de todos os males, mas nos ajuda a superar todas as dificuldades: "Certa vez, Jesus ensinou que as chuvas, tempestades e ventos furiosos assolam as casas de todos, bons e maus, tanto dos que têm a casa edificada sobre a rocha quanto dos que a edificaram sobre a areia (Mateus 7:24-27). Por isso, não use a sua fé como desculpa para agir com irresponsabilidade e ignorando os riscos que o coronavírus pode trazer a você e sua família.”

Fé, esperança e amor

Segundo Antonio Junior, é preciso fazer a sua parte não apenas para evitar ser contagiado com o vírus, mas como um sinal de respeito e amor pelo próximo: “Se na sua casa não tem idosos, menos mal. Mas, lembre-se que você pode contrair o vírus e ter contato com outras pessoas, que consequentemente, transmitirão a outros que convivem com idosos (população mais vulnerável). Por isso, faça a sua parte: lave bem as mãos, não vá a lugares com muitas pessoas, cubra o rosto ao tossir e espirrar, evite contato físico, e acima de tudo, lembre-se do que a Bíblia diz: "Agora, permanecem estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor." (1 Coríntios 13:13). Ou seja: Tenha FÉ de que você ficará livre do coronavírus. Tenha ESPERANÇA de que essa pandemia vai passar. Tenha AMOR pelas pessoas (não somente da sua família), pois é este sentimento que te fará agir com responsabilidade.”

quarta-feira, 18 de março de 2020

Deputado quer proibir produção e venda de foie gras no Brasil


O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) apresentou projeto na Câmara  para proibir, em todo o país, a produção e venda de itens derivados de processo de alimentação forçada de animais, como o foie gras, o fígado gordo de ganso ou pato. A matéria inclui produtos conseguidos a partir do uso de mecanismo automático ou manual de engorda que despeje o alimento diretamente no estômago do animal, como funil, tubo metálico, de plástico e PVC. Também proíbe a importação de produtos conseguidos a partir da alimentação forçada.

“É preciso promover uma mudança cultural, é um movimento mundial. Foi o que aconteceu, por exemplo, com os casacos de pele. O que era chique há uns anos é inaceitável hoje”, explica Elias Vaz.

O projeto prevê as seguintes punições: cancelamento da licença de funcionamento, se houver, e imediata interdição do estabelecimento que comercializar ou possuir o produto em estoque, multa de R$10 mil e ainda apreensão e incineração da mercadoria. Se houver descumprimento da interdição, a multa diária é de R$2 mil.

O foie gras é feito a partir de um processo cruel. Para deixar o órgão maior e mais gorduroso, produtores impõem uma dolorosa alimentação forçada por canos que vão direto ao estômago das aves várias vezes ao dia. O fígado, em alguns casos, chega a 10 vezes o tamanho normal.  A superalimentação provoca acúmulo de gordura nas células do fígado e os animais sofrem lesões na garganta e esôfago causadas pelo tubo que leva a ração diretamente para o estômago. Podem ser acometidos por inflamações, infecções e problemas respiratórios.

“Em pleno 2020, é inadmissível que essa prática seja tolerada, visto que é resultado de imensa crueldade contra as aves. Não queremos intervir no comércio, mas inibir esse crime ambiental”, destaca o deputado.

segunda-feira, 16 de março de 2020

Irresponsabilidade de Bolsonaro pode resultar em 478 mil mortos, apontam cientistas ingleses

Contrariando o Ministério da Saúde, Bolsonaro participa de protestos (F: AFP)
Pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, publicaram neste domingo um estudo preliminar calculando e comparando as prováveis mortes pelo novo coronavírus no Brasil e na Nigéria.

É necessário olhar para os números com cautela, porque se trata de um estudo que ainda será discutido com a comunidade científica. Mas a publicação deles foi antecipada para contribuir com informações sobre a doença causada pelo novo coronavírus.

As informações são do Intercept Brasil.

Diz ainda a reportagem que, para entender o padrão de mortalidade da doença, os cientistas analisaram dados da Itália e da Coreia do Sul. Foi examinando a taxa de mortalidade do novo coronavírus e fazendo as projeções para cada população que os pesquisadores chegaram ao cenário de possíveis 478.629 mortos no Brasil, se medidas de controle não forem tomadas.

Isso quer dizer que o comportamento irresponsável de Jair Bolsonaro diante dos perigos do coronavírus pode ser trágico. Enquanto o mundo inteiro colocava em prática medidas de contenção da pandemia, o presidente incentivou manifestações e foi para a rua – quando deveria estar em isolamento – cumprimentar centenas de pessoas.

Qual será o impacto do pouco caso e da imaturidade da principal autoridade do país sobre as estratégias que o governo federal precisará adotar para conter o novo coronavírus? Os cientistas nos dão algumas pistas.

Leia a matéria completa aqui.

sábado, 14 de março de 2020

Elias Vaz é confirmado presidente estadual do PSB

Elias (esq) continua no comando do PSB (F: Ruber Couto)
O deputado federal Elias Vaz vai comandar o PSB em Goiás por mais três anos. A votação foi realizada durante congresso na área externa da Assembleia Legislativa, com a participação restrita a delegados estaduais e cancelamento de atos políticos devido à pandemia de coronavírus.
Elias afirmou que a prioridade é fortalecer o partido em todo o Estado. “A nossa meta é apresentar candidaturas competitivas e a estratégia é que o nosso partido seja uma referência para abrigar pessoas que querem a boa política, que estão cansadas da velha política e desejam construir uma alternativa para o povo de Goiás”.
Presidente da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Lissauer Vieira reforçou o trabalho que o PSB vem realizando há meses no interior goiano. “Estamos formatando um partido grande, que está crescendo muito e que tem vários nomes bons para trazer novas propostas para os municípios do nosso Estado. O partido está em boas mãos, o deputado Elias Vaz, que é o nosso presidente, tem se esforçado ao máximo para trazer novos quadros e tenho certeza que o PSB vai sair bem maior das eleições de 2020”.
Pré-candidatura
Elias Vaz confirmou a pré-candidatura a prefeito de Goiânia. O lançamento deve ocorrer nos próximos dias de forma virtual, provavelmente pelas redes sociais, para evitar aglomeração. “Queremos ocupar esse espaço, quebrando a briga histórica entre dois, três partidos que vêm dominando a política na nossa cidade, com propostas de justiça social e de garantia de direitos do cidadão e do trabalhador, entre outras bandeiras do PSB”, destaca Elias.

quinta-feira, 12 de março de 2020

Desempregados estão, em média, há um ano e três meses sem trabalho


Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em convênio com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com pessoas que estão sem trabalho, revela que os desempregados brasileiros já estão há um ano e três meses, em média, sem ocupação formal. O levantamento mostra ainda que 51% dos entrevistados estariam dispostos a receber menos que a remuneração do último emprego, sobretudo por que precisam voltar ao mercado de trabalho (19%). Outros 18% argumentam que o que importa neste momento é arranjar um emprego para pagar as despesas, enquanto 13% afirmam ser mais fácil procurar oportunidades melhores quando se está empregado.

A demora para se recolocar no mercado de trabalho tem feito com que essas pessoas busquem outras formas de sustento, como o trabalho informal. De acordo com a pesquisa, praticamente quatro em cada dez desempregados têm recorrido ao trabalho temporário para se sustentar (39%), principalmente com serviços gerais (19%), com revenda de produtos (14%) e com venda de comidas (13%).

Além dos trabalhos informais, 30% admitem que ao menos parte de suas despesas estão sendo pagas por pais, filhos, amigos ou outros familiares. Também há aqueles que utilizado o seguro-desemprego (8%) e do acerto recebido da empresa em que trabalhavam (7%).

“O desemprego muitas vezes obriga as pessoas a buscarem alternativas para constituir renda. O aumento da informalidade também está relacionado à chamada ‘gig economy’, ou ‘economia dos bicos’ – aquela que diz respeito aos motoristas e entregadores de aplicativos, por exemplo. As plataformas digitais facilitam a contratação de pessoas e oferecem oportunidade de geração de renda para milhões de desempregados. Por outro lado, esses trabalhadores não têm direitos assegurados e ou vínculo empregatício”, alerta o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), José César da Costa.


Desemprego atinge principalmente os mais pobres, do sexo feminino, jovens e que possuem o ensino médio

A pesquisa mostra que o desemprego vem afetando, em grande medida, as camadas mais vulneráveis da população: seis em cada dez desempregados são mulheres (61%), enquanto 39% são homens. A média de idade é de 33 anos, sendo que a maior parte corresponde aos jovens de 18 a 24 anos (34%) e à faixa etária de 25 a 34 anos (24%).

Considerando o nível de renda, verifica-se que nove em cada dez brasileiros sem ocupação pertencem às classes C, D e E (95%), enquanto apenas 5% estão nas Classe A e B.

Em relação à escolaridade, 59% possuem entre o ensino médio completo e ensino superior incompleto, ao passo em que 31% têm o 2º grau incompleto e 10% o ensino superior completo. Apenas 8% falam outro idioma. Tendo em vista o estado civil, 55% são solteiros e 26% correspondem aos casados; pouco mais da metade dos entrevistados possui filhos (52%).



(*) Com informações da assessoria

terça-feira, 10 de março de 2020

Um conselho infeliz para o destino do BNDES e do Brasil

Na semana em que o país é confrontado com a realidade do fiasco do crescimento econômico do primeiro ano do novo governo (o pibinho de 1,1%), um dos conselheiros de administração do BNDES, Carlos Thadeu de Freitas Gomes, ex-presidente desse Conselho e ex-diretor da Casa, defende que o BNDES deveria demitir mais da metade do seu quadro de empregados.

Qual o compromisso dessa gente com o destino das instituições que são indicados a comandar?

Não se sabe ainda se estamos diante de uma opinião representativa, mas o fato é que, no mínimo, a declaração revela o tipo de política que os tomadores de decisão do atual governo contemplam. Que ousadia! Que irresponsabilidade!

O quadro de deterioração da economia brasileira não poderia ser mais transparente, incontroverso. Quaisquer que fossem os erros das políticas econômicas até 2014, e eles existiram e foram graves, a alucinada austeridade que se iniciou em 2015 como resposta — e se manteve desde então —, provou ser completamente equivocada. Completamos cinco anos de política de austeridade, incluindo nisso o contínuo desaparelhamento e encolhimento do BNDES. Começando com a extinção da taxa de juros incentivada do Banco (a TJLP), passando pelas devoluções de aportes do Tesouro e agora pela destruição da BNDESPar. Os resultados estão aí: a maior crise da história do país (a recuperação mais lenta depois de uma crise econômica); o quarto ano em que a taxa de investimento fica abaixo de 16%; encolhimento da indústria e desemprego. Tudo isso não tem precedente na nossa história.

Diferentemente da Grécia, o Brasil não está numa crise por imposição de pressão externa. Não há crise da dívida ou, por enquanto, problema no Balanço de Pagamentos. É uma crise autoinfligida. Querem melhorar a métrica dívida/PIB, reduzindo o numerador às custas da redução do denominador. Persegue-se o próprio rabo.

Manter a política de desmonte do BNDES significa aprisionar todos nós nesta trajetória sombria. Não é possível que em algum momento não se perceba que a atual política fracassou. Temos que manter a possibilidade aberta a uma alternativa, a um novo caminho. Que caminho poderia ser esse? O da retomada dos investimentos, da recuperação da indústria, dos investimentos em infraestrutura públicos ou privados. Para tudo isso será fundamental contar com um Banco de Desenvolvimento vigoroso. Por sorte temos um. Não podemos deixar que acabem com ele.

Por Arthur Koblitz, presidente da Associação dos Funcionários do BNDES (AFBNDES)

segunda-feira, 9 de março de 2020

Vivemos uma "escalada autoritária neofascista", diz Dilma

"Lutemos como sempre lutaram as mulheres", diz Dilma (F: Matheus Alves)

O I Encontro Nacional das Mulheres Sem Terra recebeu, na noite de sábado (7), um Ato Político e Cultural com a presença de mais de 40 organizações, partidos e movimentos sociais nacionais e internacionais. Na plateia do Centro de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, mais de 3.500 mulheres vindas de assentamentos e acampamentos do MST, de 24 estados brasileiros. No palco, a ex-presidenta da república Dilma Rousseff, a presidenta do PT Gleisi Hoffmann, a jurista Deborah Duprat, a integrante do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) Romi Bencke, e mais uma dezena de convidadas.

Dilma Rousseff classificou o atual momento da história do Brasil com muito difícil, com uma “escalada autoritária neofascista”. A ex-presidenta também frisou a preocupação com aspecto neoliberal do atual governo, que retira direitos, ataca as nossa grandes empresas públicas e soberania nacional, criminaliza os movimentos sociais, entrega a Amazônia e avança na exploração de seus recursos minerais.

“Nós temos que ter clareza que o neoliberalismo e o neofascismo são irmãos siameses. Esse é o caráter mais perverso desse autoritarismo que afeta a todos nós”, garantiu. Dilma enfatizou a necessidade de unidade para o enfrentamento desta conjuntura. “Se não nos unirmos e não nos fortalecemos, nós não conseguiremos conter o avanço do fascismo”, afirmou.

Para Dilma, o caráter fascista do governo Bolsonaro coloca o Brasil sem posição de subordinação os interesses de Donald Trump. “Nós não podemos deixar que o nosso país tenha esse destino de ser submisso ao imperialismo, somos muito grandes para sermos um quintal de alguém. Somos muitos grande e com povo muito forte para sermos submissos”.

A luta das ruas é o caminho necessário para a resistência, defendeu. “Nós sempre temos que começar tudo de novo, não há nenhum desespero em começar tudo de novo […] Vamos perceber que só temos uma saída é juntos combatermos o monstro do neofascismo e neoliberalismo. Nós somos mulheres, lutemos como sempre lutaram as mulheres, com muita força”, finalizou a ex-presidente.

Maria de Jesus, integrante da direção nacional do MST, levantou aplausos do público ao reafirmar a posição de resistência das mulheres Sem Terra: “Uma das primeiras coisas que aprendemos no movimento é não baixar a cabeça, nem para o machismo, nem para o patriarcado, nem para o capital. Nós, mulheres, vamos resistir em todos os territórios na defesa e construção da unidade da classe trabalhadora, do campo e da cidade”. Para a dirigente, a unidade é a saída para todos os retrocessos pelo qual o país passa.

A pastora luterana Romi Bencke, secretária geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), avalia que o Encontro Nacional das Mulheres Sem Terra vai além das mulheres do campo. É um encontro que reúne toda a caminhada das mulheres que lutam e lutaram por direitos. “Esse é o encontro da insurreição das mulheres em um contexto em que o Brasil assume, sem vergonha na cara, todo o seu ódio às mulheres, e que nós temos um presidente da República que não tem nenhuma vergonha de assumir a sua misoginia. Esse encontro diz que nós mulheres não aceitamos o patriarcado fundamentalista que rouba a fé cristã para justificar a opressão e a exclusão das mulheres”.

A religiosa convocou as mulheres a se mobilizarem neste Dia Internacional das Mulheres. “Nós não vamos deixar roubar nossos direitos, não vamos deixar roubar nossos territórios. Mulheres em marcha no 8 de março, somos uma nas outras e seguiremos assim, e as insurreições virão cada vez mais forte”.

sexta-feira, 6 de março de 2020

Projeto protege veterinários que fazem castração gratuita de animais


O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) apresentou projeto na Câmara para evitar que veterinários sejam punidos pelos Conselhos Federal e Regionais por fazer a castração de cães e gatos de forma gratuita ou por valores abaixo das tabelas de referência estabelecidas pelas entidades. “Queremos evitar que os Conselhos estabeleçam punições para os profissionais envolvidos com a causa animal, que inclusive cuidam de cães e gatos que vivem nas ruas. O trabalho é de extrema importância, é um caso de saúde pública e de comprometimento com a proteção dos animais”, afirma o deputado.

Elias lembra que houve casos, em alguns estados, como São Paulo e Santa Catarina, que foram parar na justiça. E os profissionais têm ganho as causas. Os Conselhos só permitem que o serviço seja feito pelos veterinários de graça ou mais barato em caso de utilidade pública e já existe inclusive uma decisão do Superior Tribunal de Justiça incluindo o trabalho de esterilização de animais nessa categoria.

O projeto do deputado altera a Lei 13.426, de 30 de março de 2017, que dispõe sobre a política de controle da natalidade de cães e gatos. Passa a determinar que a política de controle de natalidade tem caráter de utilidade pública, “impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de cumpri-la”. Também modifica o artigo 6º da Lei nº 5.517, de 23 de outubro de 1968, que dispõe sobre o exercício da profissão de médico-veterinário e cria os Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária.

A lei irá vigorar com o acréscimo de parágrafo único estabelecendo que não será exigida autorização das entidades para a realização de programas e campanhas de educação em saúde; guarda responsável e esterilização com a finalidade de controle populacional de animais domésticos, promovidos ou autorizados por entidades da administração pública direta ou indireta, ou pela coletividade.

(*) Da assessoria

Novas imagens dos filmes sobre o caso Richthofen mostram o namoro de Suzane e Daniel


A Galeria Distribuidora acaba de divulgar novas fotos dos filmes A MENINA QUE MATOU OS PAIS e O MENINO QUE MATOU MEUS PAIS, que retratam relacionamento de Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos. Antes do assassinato dos pais de Suzane, Marísia e Manfred, o jovem casal namorou durante pouco mais de três anos. Os filmes, estrelados por Carla Diaz e Leonardo Bittencourt, chegam aos cinemas em 2 de abril.

No elenco estão também Allan Souza Lima (Cristian Cravinhos), Kauan Ceglio (Andreas von Richthofen), Leonardo Medeiros (Manfred von Richthofen), Vera Zimmermann (Marísia von Richthofen), Debora Duboc (Nadja Cravinhos), Augusto Madeira (Astrogildo Cravinhos), entre outros.

Baseados nos autos do processo, os longas têm roteiros escritos pela criminóloga Ilana Casoy e pelo escritor Raphael Montes. A direção dos dois filmes é de Mauricio Eça. A produção é da Santa Rita Filmes em coprodução com a Galeria Distribuidora e o Grupo Telefilms.


Sinopse:

Em 2002, o casal de namorados Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos chocou o Brasil
ao se declararem culpados pelo brutal assassinato dos pais de Suzane. Ao longo do julgamento deles, esse caso é revisitado em busca de respostas sobre os motivos do casal para cometer essa atrocidade. Um drama de crime real sobre um dos casos de assassinato mais chocantes do Brasil. Lançados simultaneamente, os dois filmes mostrarão pontos de vista opostos dos assassinos.

TBC retransmite TV Cultura por mais quatro anos

Borba, Leão e Barbosa: mais 4 anos de TBC/Cultura (F: Divulgação)

Na última segunda-feira (2), o diretor de Rede da TV CulturaFábio Borba, e o presidente da Agência Brasil CentralJosé Roberto Leão, assinaram o Termo de Cooperação Cultural que renova a afiliação da TV Brasil Central com a TV Cultura, estendendo o vínculo de 15 anos entre as emissoras por mais quatro. Desse modo, a programação continua sendo compartilhada e haverá ações para a realização de coproduções e encontros, entre eles um evento sobre o futuro do rádio no Brasil, que deve acontecer ainda este mês. O termo ainda foi chancelado pelo diretor de Telerradiodifusão, Imprensa Oficial e Site, Euler Barbosa.

quinta-feira, 5 de março de 2020

Ministério da Saúde nega medicamento para doença rara

O Ministério da Saúde, por meio da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), recomendou, em seu relatório preliminar, a não incorporação do único medicamento para a mucopolissacaridose do tipo VII (MPS VII). Porém, até o dia 11 de março, toda a sociedade poderá contribuir com o tema por meio da Consulta Pública N°3. Para participar e opinar sobre o oferecimento da medicação na rede pública de saúde, pacientes, familiares, cuidadores e cidadãos em geral devem acessar o formulário de experiência ou opinião e deixar a sua contribuição, já os médicos podem contribuir por meio do formulário técnico-científico.

Para a Conitec, a recomendação inicial pela não incorporação do alfavestronidase, única terapia de reposição enzimática disponível para esse tipo da doença no mundo para o tratamento de MPS VII em pacientes de todas as idades, se baseou no tempo de mercado e de experiência clínica com o medicamento, considerados incipientes ainda. O órgão também ressaltou o impacto orçamentário da ordem de R$ 3 milhões por paciente por ano.

Regina Próspero, presidente do Instituto Vidas Raras, afirma que justamente por ser um medicamento órfão, único para esse tipo da doença, a avaliação deveria ser distinta e considerar o pequeno número de pacientes, o tratamento atual disponível e o benefício real que essa nova terapia poderia trazer para a vida de todos que convivem com a MPS VII. “A Conitec explica, no documento, que o tratamento atual da mucopolissacaridose tipo VII é baseado apenas em terapias de suporte e tratamentos sintomáticos, como cirurgias (reparo da hérnia, prótese de quadril e fusão cervical), antibióticos e fisioterapia. Se temos como dar acesso a um medicamento único que possa diminuir essas necessidades, de algo invasivo, por exemplo, e que realmente melhora a qualidade de vida do paciente – o que impacta também na vida de toda a família - por que negar essa possibilidade? Pacientes com outros tipos de MPS, já contam com as terapias similares no SUS. Por que essa discriminação?”, questiona.

No Brasil, no congresso da Sociedade Brasileira de Genética Médica em 2019, foi apresentado um estudo que identificou 22 casos de MPS VII no período de 15 anos. Outra pesquisa revelou que a doença atinge menos de três pessoas em cada dez milhões de nascidos vivos no país. Estima-se que sejam registrados menos de 200 casos de MPS VII em todo o mundo. “São poucos os afetados diretamente por essa doença. No Brasil, atualmente estão identificados em torno de 13 pacientes. Temos que promover uma vida melhor para eles e suas famílias. Essa terapia de reposição enzimática é um dos caminhos,” explica Regina. “Precisamos contar com a participação de todos na consulta pública”.

Para o geneticista e pesquisador Roberto Giugliani, professor do Departamento de Genética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Diretor do Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde e Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências, os estudos clínicos comprovam que o medicamento é eficiente e seguro, apesar de bastante novo. “Somente cerca de 5% de doenças raras ou ultrarraras, como é o caso da MPS VII, possuem alguma terapia medicamentosa apropriada. A comunidade científica já reconhece que a terapia de reposição enzimática modificou substancialmente o tratamento das mucopolissacaridoses dos tipos I, II, IV e VI na última década. No caso da MPS VII, além de termos experiência longa com outros tipos da doença, os estudos clínicos específicos mostram como o medicamento age e pode melhorar a vida desses pacientes. É um grande ganho para quem convive com a doença e não deveria ser descartado”, completa.

(*) Com informações da assessoria