terça-feira, 7 de julho de 2020

Os gamers do Centro-Oeste na Campus Party GO

Investimentos na casa dos seis dígitos, milhares de espectadores e possibilidades de negócios transmídias. É nesse contexto que nasceu há menos de um ano a Go Gaming, holding goiana que gerencia a organização de esportes eletrônicos Rensga Esports e o primeiro complexo do segmento na região centro-oeste, a Orbi Gaming. E é este o assunto do Diretor Executivo da companhia, Djary Veiga, que fala nesta sexta-feira (10), às 22h05, no placo Joy of Life sobre a "Regionalização dos Esportes Eletrônicos".

A Rensga Esports surgiu em 2019 e atualmente disputa os principais torneios nacionais nas modalidades de League of Legends (LoL) e Counter Strike: Global Offensive (CS:GO). No início deste ano, inaugurou a Orbi Gaming, um complexo de esportes eletrônicos com mais de 800 metros quadrados que abriga o Centro de Treinamento da Rensga, Arena Tectoy, Academy e Game Center.

"A Rensga e a Orbi são parte de um projeto que nasceu com um objetivo muito claro: regionalizar o esporte eletrônico. Acreditamos muito no potencial do estado de Goiás e da nossa capital Goiânia. Apesar da alta concentração das ações e iniciativas desse mercado estarem em São Paulo, grande parte do público está em outras regiões, como a nossa", explica Djary Veiga.

40 gigantes do setor empresarial cobram agenda sustentável do governo brasileiro contra "impacto nos negócios da atual percepção negativa da imagem do Brasil no exterior"

Brasil de Ernesto Araújo assusta empreendedores (F: Greenpeace)
O setor empresarial brasileiro protocolou na segunda-feira (6) à Vice-Presidência da República e ao Conselho Nacional da Amazônia Legal, presidido por Hamilton Mourão, comunicado em defesa da agenda do desenvolvimento sustentável e combate ao desmatamento na Amazônia. O documento conta com a assinatura dos CEOs de cerca de 40 companhias e grupos empresariais dos setores industrial, agrícola e de serviços, além de quatro organizações: Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS); Associação Brasileira do Agronegócio (Abag); Indústria Brasileira da Árvore (Ibá), e Associação Brasileira das Indústrias de Óleo Vegetal (ABIOVE). O documento também será protocolado no Supremo Tribunal Federal, Senado Federal, Câmara dos Deputados e na Procuradoria Geral da República (PGR). 

A carta tem como principal objetivo destacar “a atenção e preocupação com o impacto nos negócios da atual percepção negativa da imagem do Brasil no exterior em relação às questões socioambientais na Amazônia”, além de apontar ações imediatas a serem adotadas para aplacar as reações negativas de investidores e consumidores estrangeiros ao País. 

Os executivos apontam que a imagem negativa tem enorme potencial de prejuízo para o Brasil, não apenas do ponto de vista reputacional, mas de forma efetiva para o desenvolvimento de negócios e projetos fundamentais para o país. “É preciso que o governo federal dê garantias ao setor empresarial brasileiro de que algumas das ações e compromissos que estamos apresentando sairão do papel”, defende Marina Grossi, presidente do CEBDS. 

Em relação à Amazônia e demais biomas brasileiros, o grupo defende o combate inflexível e abrangente ao desmatamento ilegal. “Para o setor empresarial que atua dentro da lei e de forma correta, social e ambientalmente responsável, não há controvérsia entre produzir e preservar. Inclusive o próprio Código Florestal, construído após um amplo diálogo entre academia, ambientalistas, setor privado e poder público estabelece conservação e produção como uma de suas premissas. O desmatamento ilegal é crime”, resumiu Paulo Hartung, presidente do Ibá.

No comunicado, o setor empresarial lembra que algumas das empresas signatárias já desenvolvem soluções de negócios que partem da bioeconomia, com valor agregado e rastreabilidade dos produtos, inclusive, na Amazônia. “É possível dar escala às boas práticas a partir de políticas consistentes de fomento à agenda ambiental, social e de governança”, afirmou Marcello Brito, presidente da Abag.

Além do efetivo combate ao desmatamento ilegal, são apontados pelo documento como focos prioritários de ação: (i) inclusão social e econômica de comunidades locais para garantir a preservação das florestas; (ii) minimização do impacto ambiental no uso dos recursos naturais, buscando eficiência e produtividade nas atividades econômicas daí derivadas; (iii) valorização e preservação da biodiversidade como parte integral das estratégias empresariais; (iv) adoção de mecanismos de negociação de créditos de carbono; (v) direcionamento de financiamentos e investimentos para uma economia circular e de baixo carbono; e (vi) pacotes de incentivos para a recuperação econômica dos efeitos da pandemia da COVID-19, condicionada a uma economia circular e descarbonizada.

O documento encerra com uma mensagem de otimismo, lembrando que o Brasil tem a oportunidade única, os recursos, e o conhecimento para dar escala às boas práticas e, mais do que isso, planejar estrategicamente o futuro sustentável do país. E que é preciso redirecionar os investimentos para enfrentamento e recuperação da economia brasileira em um modelo de economia circular, de baixo carbono, e inclusiva.

Clique aqui para acessar o comunicado na íntegra.

EMPRESAS SIGNATÁRIAS

  • Ambev

  • Agropalma

  • Alcoa

  • Amaggi

  • Bayer

  • Bradesco

  • BrasilAgro

  • Cargill

  • Cosan

  • DSM

  • Ecolab

  • Eletrobras

  • ERM

  • Grupo Vamos

  • Iguá

  • Itaú

  • Jacto

  • JSL

  • Klabin

  • LVMH 

  • Marfrig

  • Mauá Capital

  • Michelin

  • Microsoft

  • Movida

  • Natura

  • Rabobank

  • Santander

  • Schneider Eletric

  • Shell

  • Siemens

  • Sitawi

  • Stefanini

  • Sunew

  • Suzano

  • Ticket Log

  • TozziniFreire

  • Vale

  • Vedacit

  • WeWork

Covid-19: Pesquisas comprovam eficácia do uso da máscara facial

Estudo realizado por uma equipe de pesquisadores norte-americanos descobriu que não usar máscara facial aumenta drasticamente as chances de uma pessoa ser infectada pelo coronavírus. A equipe examinou as chances de infecção pela COVID-19 e como o vírus é facilmente transmitido de pessoa para pessoa. A partir de tendências e procedimentos de mitigação na China, Itália e Nova York, os pesquisadores descobriram que o uso de uma máscara facial reduziu o número de infecções em mais de 78.000 na Itália, e em mais de 66.000 na cidade de Nova York, entre abril e maio.

De acordo com Bárbara Gionco Cano, especialista em microbiologia e professora do Colégio Marista de Londrina, o uso da máscara respiratória funciona como uma barreira física de proteção para que fluídos do usuário não contaminem quem está ao redor. O equipamento é eficaz tanto para prevenir a contaminação pelo novo coronavírus, como para outras doenças respiratórias. “A máscara respiratória é uma medida válida de proteção coletiva, já que nem todos os contaminados apresentam sintomas, sendo assim seu uso é importante para evitar a contaminação de outras pessoas e contribuir com a contenção da doença. Seu uso é fundamental para pessoas com sintomas e para os profissionais de saúde”, explica.

Caseira ou não?

Ao contrário do álcool gel, a versão caseira das máscaras é tão eficiente quanto a industrializada. Bárbara esclarece que o equipamento de proteção pode ser feito de algodão ou TNT, por exemplo, desde que tenha no mínimo três camadas e seja fixada bem rente ao rosto. “Três camadas são suficientes para que os fluidos corporais não respinguem do usuário para o ambiente. Seria ideal que as pessoas fizessem uso das máscaras caseiras para que não faltem equipamentos de proteção para os profissionais de saúde e para os casos confirmados”, pondera.

Preferência é por máscaras caseiras (Foto: Divulgação)

Recomendações e limpeza

Segundo a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), é importante que a máscara não seja usada por mais que duas horas ou depois que o tecido fique úmido. O ideal nesses casos é a substituição do produto.

Outro cuidado necessário é lembrar que a máscara é individual e não deve ser compartilhada. Vale ressaltar que deve ser colocada com cuidado, cobrindo boca e nariz e que durante o uso é importante evitar tocá-la e ficar ajustando. Para tirar a máscara, é preciso removê-la pelo laço ou nó da parte traseira, evitando tocar na parte da frente e lavar as mãos logo após. Além disso, a máscara deve ser descartada a qualquer sinal de desgaste.

Depois do uso, a máscara deve ser lavada com uma mistura de 50 partes de água para uma parte de hipoclorito de sódio (água sanitária). O equipamento de proteção deve ficar imerso nessa mistura por 30 minutos e depois deve ser lavado em água corrente e sabão. Quando o tecido estiver seco, é importante passar o material com ferro quente (caso seja de algodão) e acondicionar em saco plástico. “O usuário deve lembrar-se de higienizar bem as mãos após lavar a máscara”, afirma a especialista.

Novas chamadas do #Provoca homenageiam embalagens clássicas da publicidade

Larry, o velho da Quaker, é um dos personagens (F: Divulgação)
A temporada 2020 do #Provoca, da TV Cultura, continua a se reinventar. Agora, o programa de entrevistas ganhou uma série de chamadas de divulgação inspiradas em embalagens clássicas da publicidade. Em vinhetas divertidas, que trazem em seu DNA a essência "impremeditável" do #Provoca, o apresentador Marcelo Tas estampa caixas de produtos famosos e, até mesmo, icônicos, como a dos Palitos Gina, e aparece caracterizado como o personagem Larry, conhecido popularmente no Brasil como o "velho da Quaker".

Para Marcelo Tas, "as chamadas de TV são tão importantes quanto o programa. Na TV Cultura, hoje, tenho a alegria de trabalhar com um dos caras mais criativos da TV, o Bacana [diretor de Arte da emissora]. Me diverti muito fazendo os personagens que parodiam as embalagens clássicas da publicidade".

Assista:

Recuse imitações

Segundo Henrique Bacana, a nova campanha dá continuidade às chamadas inusitadas do programa: "Um de nossos principais produtos da TV tem sido provocado de várias maneiras em nossas chamadas, seja com o turbante da Carmen Miranda ou as pernas do Garibaldo, por exemplo. Chegou a hora dele reverter a situação e mostrar seu valor. Afinal, ele é incomparável. Como diria Flávio Cavalcanti, 'Nossos comerciais, por favor!'"

O #Provoca, apresentado por Marcelo Tas, vai ao ar toda terça-feira, às 22h15 na TV, com transmissão simultânea pelo canal do programa no YouTube, site oficial da TV Cultura e redes sociais. A temporada 2020 do programa já recebeu nomes como Washington Olivetto, Jô Soares, Bárbara Paz, Antonio Prata e muitos outros.

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Colunista e psicóloga falam sobre depressão em tempos de Covid-19

Com o aumento de casos de pessoas depressivas no país devido a pandemia, Guilherme Beraldo, colunista do Portal Aqui Tem Fofoca, resolveu abrir seu coração e contar como enfrenta este problema. Ele pretende ajudar as pessoas, com conteúdo informativo sobre o tema, em suas redes.

Foi aos 18 anos que Beraldo teve o primeiro grande baque em sua vida. A morte de seus avós. Eles eram seus pais, sua base, e foram os responsáveis por sua criação, desde quando nasceu. Ele conta que teve pouco contato com seus pais biológicos e esta perda o afetou grandemente.

Quando completou 22 anos decidiu procurar um psicólogo, pois ele mesmo observava que passou a viver uma vida isolado. Tendo como única companhia, o seu trabalho. Assistir TV era o seu hobby e melhor companhia, como um alicerce. Para não enlouquecer começou a escrever sobre o que sentia num blog. E, foi desenvolvendo esta paixão por informação que ele iniciou na escrita, até que nasceu seu portal Aqui Tem Fofoca, projeto que é sua alegria.

Por morar sozinho desde os 18, se isolou por muito tempo, tendo pouquíssimos amigos. E, quando passa por crises, deseja apenas dormir, não sendo produtivo, evitando contato com outras pessoas, se isolando do mundo. Segundo a psicóloga Camila Carmona quando estes momentos se tornam constantes, é sinal que a depressão está instalada “não ter vontade de fazer coisas rotineiras como se alimentar, tomar banho e sair uma vez ou outra podem ser considerados momentos depressivos, mas quando a perda de interesse se repete durante a semana por algumas semanas, a depressão se instalou” – garante a especialista.

E neste momento as pessoas ao redor precisam e devem continuar agindo naturalmente, não é preciso fingir que está tudo bem o tempo todo, para poupar o outro. O depressivo precisa saber o que está acontecendo sim, porque ela continua com a capacidade de vivenciar a realidade. A dica da especialista é saber falar.

Guilherme Beraldo conta que é uma luta constante e quem conseguiu identificar sofrer depressão, precisa buscar forças em si mesmo e também junto a um profissional. Ele toma medicamentos e não dispensa o acompanhamento médico. “Em alguns casos, o nosso trabalho é ajudar a pessoa a conviver com a sua condição, consciente que existirão momentos bons e outros nem tanto e que dá para ser feliz dessa maneira” – pontua Camila.

Através do acompanhamento médico e da psicoterapia é possível resgatar hobbies e manter a mente ocupada. Um conselho que ele dá para quem assim como ele, passa por este problema é não ter vergonha de se expor, e também, é preciso buscar algo que dê paixão para viver. Ele está com vários projetos, com os quais tem se empenhado. “Precisamos reagir. Para quem tem depressão é um passo por dia, um de cada vez. Busque tratamento psicológico, converse com pessoas próximas a você. Não tenha vergonha de expor que você tem uma doença e que isso vai passar”, comenta.

Camila Carmona reforça ainda a importância dos amigos e familiares nesse processo e orienta que aquele que estiver mais próximo da pessoa com esse transtorno também deve fazer um acompanhamento terapêutico para saber lidar com a situação e principalmente para não se deixar levar pela onda de negativismo. “Dê responsabilidade para a pessoa, ela precisa ser responsável por algumas atividades e jamais confirme através de palavras ou de atitudes que ela é uma pessoa doente. Ela por si só, já se sente um fardo, então seja otimista, faça com que ele se sinta colhido” – pontua.

Camila finaliza e dá uma dica importantíssima “troque o eu te entendo, por eu não imagino o que você está sentindo, mas eu estou aqui com você e apenas ouça, não critique, não dê conselhos e respeite as suas crenças!”

Mulher terá que pagar R$ 10 mil por ofensa racial

Uso de banheiro em restaurante motivou racismo (F: Divulgação)
Uma mulher que cometeu o crime de injúria racial contra o segurança de um restaurante em Belo Horizonte terá que lhe pagar R$ 10 mil, por danos morais. A decisão é da 16ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

O acórdão confirma o entendimento proferido pela 25ª Vara Cível, que determinou o pagamento da indenização, além de multa por dia de atraso no pagamento.

Injúria racial

No recurso enviado ao TJMG, a acusada disse que os argumentos apresentados pelo segurança eram frágeis e que a testemunha indicada por ele não sabia ao certo quais teriam sido os termos usados na ofensa. Ela alegou que, ao ser instada pelo segurança, disse apenas que ele parecia um "chato de galocha" e que "somente porque veste roupa preta acha que é o tal".

No entanto, a testemunha do ofendido confirmou que a frequentadora o chamou de "urubu, negro, safado e macaco".

De acordo com o relato do profissional, ele fazia a vigilância de um restaurante no Bairro Funcionários, próximo a uma tradicional feira que ocorria aos sábados. E que era comum frequentadores da exposição irem ao banheiro. Diante disso, a administração do restaurante decidiu cobrar uma taxa de R$ 0,50.

Conta o segurança que a frequentadora entrou na casa, foi ao banheiro, não consumiu nada e, ao sair, foi informada por ele da taxa. Revoltada, jogou o dinheiro no balcão, proferindo impropérios que, segundo a ação de danos morais inicial, configuram injúria racial. Várias pessoas, de acordo com o trabalhador, presenciaram o fato.

Palavras racistas

Conforme o relator, desembargador Otavio Portes, não restaram dúvidas de que a mulher ofendeu o homem com palavras racistas, e as testemunhas disseram ter certeza dos termos usados pela mulher. "Portanto, diferentemente do alegado pela parte autora, inexistem elementos capazes de retirar a credibilidade do depoimento utilizado como lastro para a condenação."

O magistrado acrescentou que o segurança "foi ofendido por questões afetas às suas características físicas, somente por desempenhar a função para a qual foi contratado".

Os desembargadores José Marcos Rodrigues Vieira e Pedro Aleixo seguiram o voto do relator.

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Graças a Feder, alunos de 165 municípios do PR estão desde abril sem aulas

Reportagem de hoje, do Intercept, revela que graças a Renato Feder, o novo ministro da Educação de Bolsonaro, alunos de 165 municípios paranaenses estão desde abril sem aulas. Como  secretário de Esporte e Educação do Paraná, Feder contratou, com dispensa de licitação, uma rede afiliada da TV Record no estado para transmitir vídeo-aulas para alunos da rede estadual durante a pandemia de covid-19. No entanto, a empresa escolhida não possui sinal de transmissão em quase a metade do estado. Mais de 2 milhões de pessoas vivem nas cidades que ficaram no escuro educacional – o que é quase um quinto da população do Paraná.

Leia a reportagem completa aqui.

Maia é pressionado a barrar "boiada" de Ricardo Salles

Os deputados federais do Partido Verde protocolaram nesta quinta-feira (02) ofício ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), solicitando que o parlamento brasileiro se comprometa a evitar o avanço de proposições que tenham enfoques em enfraquecer a proteção ao meio ambiente. A ação alerta sobre o risco de não se evitar os avanços sobre as áreas ambientais que, por consequência, comprometem acordos econômicos mundiais.

Queimadas disparam na Amazônia (F: WWF)
No documento, os deputados apresentam uma série de situações e projetos de lei que visam enfraquecer o arcabouço legislativo ambiental brasileiro, que tem na figura do ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, seu principal agente. Após as falas sobre “passar a boiada” na legislação, PV instituiu o Observatório de Políticas Ambientais – OPA, que avalia criteriosamente todas as portarias dos órgãos ambientais, estimulando o controle e a fiscalização do legislativo.

A ação, assinada por Israel Batista (PV/DF), Célio Studart (PV/CE), Enrico Misasi (PV/SP) e Leandre (PV/PR), visa sensibilizar o parlamento brasileiro, solicitando o compromisso de não pautar e de retirar de pauta, toda e qualquer proposição com repercussões negativas do ponto de vista socioambiental e da adoção de uma política socioambiental no País, que realmente proteja o meio ambiente e favoreça a produção sustentável e uma economia verde e de baixo carbono, conciliando assim, produção e proteção ambiental.

No mês de junho de 2020, em meio a pandemia, o país registrou mais de 2,2 mil focos de incêndio na Amazônia. O período registrou o maior número desde 2013. Entre 1o de janeiro e 18 de junho de 2020, houve alertas de desmatamento para 2.645 km2 na Amazônia Legal, o maior número registrado para o período desde 2015.

Ainda de acordo com o ofício, o acordo Mercosul e EU - marco histórico segundo o Ministério de Relações Exteriores, corre riscos com a manifestação contrária de alguns parlamentos membros da UE, baseados nos índices ambientais. Ainda de acordo com o documento, “os investidores acreditam que a continuidade das práticas de destruição da Amazônia cria "incertezas generalizadas sobre as condições para investir ou fornecer serviços financeiros ao Brasil", conclui.

Este é apenas um dos exemplos da retração de investimentos que uma política antiambientalista pode representar ao país. A fuga de capital estrangeiro, no cenário em que o Brasil se encontra, poderá intensificar ainda mais a crise econômica em decorrência da pandemia do coronavírus.

Saiba mais

Dentre os projetos mais prejudiciais estão o PL 2633/2020 (da grilagem), e outras proposições em tramitação e também não menos danosas ao nosso meio ambiente, as comunidades tradicionais, aos povos indígenas, aos remanescentes de quilombos, ao nosso patrimônio histórico, cultural e arqueológico, a exemplo do PL nº 6299/2002, que flexibiliza ao extremo as regras para a concessão de registros de  agrotóxicos, até mesmo daqueles cancerígenos, mutagênicos e já banidos em outros países;

Constam ainda o PL nº 3729/2004, que, por sua vez flexibiliza as regras do licenciamento ambiental; dos PLs 1610/96 e 191/20, que permitem mineração em terras indígenas; da PEC 215/2000, que dificulta a demarcação de áreas indígenas; PL 6268/2016, que dispõe sobre a Política Nacional de Fauna, conhecido como código de caça; da PEC 132/15, que permite a indenização de títulos dominiais de áreas declaradas como indígenas; do PLP 227/12, que dificulta a demarcação de áreas indígenas; do PLS 626/2011, que altera o zoneamento para permitir o plantio de cana-de-açúcar na Amazônia, do PL 5010/2013, que dispõe sobre o controle de material genético animal e sobre a obtenção e o fornecimento de clones de animais domésticos; dentre outras.

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Oportunidade na crise: startup simplifica processos de desligamento

Criada com o objetivo de desburocratizar os processos homologatórios realizados pela empresas, além de oferecer um desligamento mais humanizado entre empresas e ex-funcionários, a Medei foi fundada em 2011 pela empreendedora Fernanda Medei. A ideia da startup surgiu quando a advogada vivenciou na pele a dor de muitos funcionários no momento do desligamento: foram 120 dias até ser homologada. O Brasil tem mais de dez milhões de desempregados desde o final do governo Dilma Roussef e, apesar das promessas dos autores do impeachment, esse número só aumentou nos últimos anos, independentemente da pandemia de Covid-19.

A partir de sua experiência, a empresária desenvolveu uma plataforma que otimiza e facilita os processos de desligamento do começo ao fim, facilitando o trabalho dos gestores de RH ao garantir controle dos prazos estabelecidos por lei, gestão de documentos, homologações em qualquer lugar do Brasil por meio da tecnologia de videoconferência e, segundo informações da empresa, diminuição de custos em até 95%. Além disso, a ferramenta também oferece economia de tempo na gestão, somente em 2019 foram 40 mil horas a menos.

Já os funcionários contam com informações claras, além de um atendimento personalizado e acolhedor, na medida em que o momento permita, que possibilitam que se sintam confortáveis para tirar dúvidas.

Fernanda: demissão sem burocracia (Buzzi Fotos)
"A experiência atual é muito negativa. O funcionário não entende os valores envolvidos no momento da homologação contratual (descrito no Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho), tendo aquela sensação de que está sendo passado para trás. Já o Recursos Humanos com um modelo totalmente manual, oferece uma gestão morosa de documentação e uma falta de controle na gestão de processos em locais distantes da sede, por exemplo", explica Fernanda Medei, CEO e fundadora da startup. Foi nesse cenário que vimos uma real necessidade de mercado por uma ferramenta, que suprisse problemas gerados ao final da jornada do colaborador nas empresas, muitas vezes esquecida, mas não menos importante", complementa.

Entre os serviços oferecidos pela Medei estão a personalização da plataforma, com ferramenta customizável para cada empresa; disponível em nuvem, oferece as garantias de segurança pela atual legislação e LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e analytics disponível, em que a empresa analisa todos os dados do ex-funcionário, além de obter insights práticos.

A plataforma está disponível em dois modelos de atendimentos: Enterprise (presencial) e Fit (100% digital). Aos que preferem atuação física, a Medei possui uma rede com mais de 600 representantes em todo o Brasil para a homologação em um dos seus escritórios. Esse modelo atende empresas que exigem documentos impressos com assinatura do colaborador e quando é necessária a aprovação de sindicatos das categorias de trabalho.

Já para os que optam pelo Fit, em um serviço totalmente digital, os documentos são assinados digitalmente e entregues ao funcionário e empresa por meio de um sistema seguro e controlado na plataforma. As assinaturas são feitas de acordo com as normas estipuladas pela ICP Brasil (instituto Nacional de Tecnologia da Informação), garantindo validade legal desses documentos.

Sescoop/GO e Eureca selecionam candidatos para programas de formação de lideranças no cooperativismo

O Sescoop/GO (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de Goiás) e a Eureca, consultoria que conecta jovens com o mercado de trabalho e atua em educação e desenvolvimento profissional, estão selecionando participantes para os Programas de Jovens e Mulheres Cooperativistas. As inscrições podem ser feitas até o dia 6/Julho no site https://oportunidades.eureca.me.

Os Programas de Jovens e Mulheres Cooperativistas do Sescoop/GO têm o objetivo de preparar os inscritos desses dois grupos da sociedade para serem protagonistas dentro de suas cooperativas. As vagas são divididas em dois programas distintos, um voltado para jovens e outro para mulheres. Os módulos serão feitos de forma totalmente on-line, abordando diversas perspectivas sobre Liderança, Inovação, Negócios Conscientes, Cooperativismo, Impacto Social, além de discussões mais aprofundadas sobre juventude e empoderamento feminino.

Para a primeira etapa serão selecionados 50 candidatos em cada um dos programas para fazer parte de um módulo de Sensibilização, com formação de 3 horas. Após uma fase de entrevistas, 30 jovens e 30 mulheres terão quatro módulos de experiência com foco em desenvolvimento. A Eureca será responsável pela seleção dos participantes nas duas etapas previstas para cada programa.

Esse projeto conta com 100% do subsídio do Sescoop/GO para sua realização. Porém, para participar, é necessário que a cooperativa de origem do participante esteja registrada e adimplente com o Sistema OCB/GO. Caso o participante seja selecionado, a instituição entrará em contato para formalizar a inscrição, por meio de um Termo de Compromisso e somente com a assinatura do instrumento será considerada efetivada a inscrição.

Quem pode participar

Os cooperados e colaboradores devem ter de 18 a 35 anos e as cooperadas e colaboradoras devem ter, no mínimo, 18 anos. Filhos e esposas de cooperados também poderão participar, desde que haja disponibilidade de vagas. Os participantes devem morar em Goiás e devem ter disponibilidade para participar de todos os módulos do Programa de Desenvolvimento, nas datas estipuladas para a sua realização (que são as mesmas para os dois programas, conforme informado abaixo).

Como participar

O candidato deve cadastrar até 06 de julho o seu perfil completo e atualizado no site do programa escolhido: 

Goiânia tem R$ 47 milhões "guardados" para combate ao coronavírus, diz deputado

O deputado federal Elias Vaz (PSB) identificou no Portal do Fundo Nacional da Saúde que a prefeitura de Goiânia recebeu R$ 73,6 milhões para o combate ao coronavírus, mas só aplicou até agora R$ 26,4 milhões, segundo o Portal Transparência COVID-19 (https://www.goiania.go.gov.br/sing_transparencia/coronavirus-despesas/). “Isso significa que a prefeitura mantém R$ 47 milhões em caixa enquanto faltam testes nas unidades de saúde e leitos de UTI para atender os pacientes com coronavírus. É uma prova de má gestão. Essa verba é carimbada e o Município, se não aplicar na contenção da doença, terá que devolver ao governo federal”, explica Elias Vaz. O deputado vai informar os gastos como complemento de representação feita há duas semanas ao Ministério Público de Goiás contra a secretária Municipal de Saúde, Fátima Mrué, por omissão na contenção da COVID-19 em Goiânia.

Segundo o levantamento, a verba foi dividida em parcelas a partir de março. O primeiro repasse foi de R$ 4,2 milhões. Em abril, o Município recebeu o maior valor até agora: R$ 57,2 milhões. O recurso passou de R$ 5,4 milhões em maio e de R$ 8 milhões em junho. O valor bruto sofre desconto de R$ 1,4 milhão, restando o montante líquido de R$ 73.621.489,06.

A análise dos dados revela que a prefeitura só contratou empresas para a compra de máscaras de proteção destinadas aos servidores da Saúde no dia 10 de junho, em pleno avanço da pandemia na capital. A mesma situação se repetiu na aquisição de luvas para as equipes. O contrato com a empresa responsável por fornecer esses itens, no valor de R$ 1,2 milhão, só foi formalizado no dia 5 de junho.

“Recebemos várias reclamações de falta de Equipamentos de Proteção Individual nas unidades de saúde. Havia o recurso em conta. É claro que compras no setor público não são tão simples quanto nas empresas privadas, mas quase quatro meses se passaram e a prefeitura não teve a competência de oferecer a estrutura necessária para o combate ao coronavírus”, finaliza o deputado Elias Vaz.

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Desmatamento em Goiás traz impactos de Norte a Sul do país

Reserva natural Serra do Tombador (F: José Paiva)
Em ação realizada na semana passada, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás identificou a degradação de áreas nativas do Cerrado, totalizando 2,5 mil hectares desmatados no município de Cavalcante, localizado na região da Chapada dos Veadeiros, uma das áreas com maior biodiversidade do mundo. Ao menos 29 áreas legalmente protegidas, públicas e privadas, compõem a região, o que faz da localidade um espaço estratégico para a conservação do Cerrado, que somente em 2019 perdeu quase 410 mil hectares de vegetação nativa, conforme dados do MapBiomas publicado em maio deste ano.

“A identificação de áreas de desmatamento sem a devida autorização reforça a importância de protegermos esse que é um dos mais ameaçados biomas brasileiros. Cada vez mais precisamos mostrar para a sociedade a importância do Cerrado e a necessidade de conservá-lo”, afirma Marion Silva, coordenadora de Áreas Protegidas da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, lembrando que o Cerrado possui a flora mais rica entre as savanas do mundo, com mais de 7 mil espécies.

Um estudo do Instituto Sociedade, População e Natureza destaca que a biodiversidade do Cerrado garante a subsistência de milhões de agricultores familiares, comunidades tradicionais e povos indígenas. Do ponto de vista hidrológico, a existência do Pantanal, a maior planície alagada do mundo, depende justamente da água que flui do Cerrado, enquanto praticamente todos os afluentes do sul do Rio Amazonas têm origem na região. “Além disso, para grande parte do sul do Brasil, o Cerrado fornece água para o consumo e para a agricultura, através de escoamento superficial, recarga de água subterrânea e fluxos atmosféricos de vapor de água. O Cerrado também possui grandes quantidades de carbono armazenados em suas florestas, incluindo as raízes profundas que as árvores das florestas precisam para sobreviver à longa temporada seca”, detalha o relatório, evidenciando que a influência do bioma vai muito além do Centro-Oeste brasileiro.

Declarado patrimônio natural da humanidade em 2001, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros tem 240 mil hectares e conta com 60% de seu território dentro do município de Cavalcante, ajudando a promover o turismo ecológico na região. O interesse de turistas nacionais e internacionais pelo parque movimenta a economia local, estimulando a visitação de outros pontos turísticos e fortalecendo negócios, como hotéis e restaurantes.

Espécies importantes da biodiversidade nacional estão presentes na área, como o tamanduá-bandeira e a onça-pintada. É também no município que fica o maior quilombo do país, o Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga, que mantém identidade e cultura próprias, muitas vezes ameaçadas pelas ações de madeireiros, grileiros e garimpeiros ilegais. No começo do mês, outra ação de fiscalização identificou área de quase mil hectares desmatados justamente no território quilombola.

“Embora seja um município pequeno em termos populacionais, Cavalcante é essencial para a conservação da vida silvestre e do ambiente nativo que existe em todo o Cerrado. A cidade tem potencial para se beneficiar do ecoturismo e é preciso que a iniciativa privada, o poder público e a sociedade civil organizada desenvolvam ações para mostrar que toda essa biodiversidade, boa parte que só existe ali, é essencial para o desenvolvimento econômico e social”, diz Marion.

A Fundação Grupo Boticário, desde maio de 2009, adquiriu e mantém a Reserva Natural Serra do Tombador, uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) destinada exclusivamente à conservação da natureza e a pesquisas científicas sobre a biodiversidade local e o fogo, considerado uma das maiores ameaças do Cerrado. A reserva possui área de 8,9 mil hectares e nela somam-se mais de 435 espécies de plantas, 51 espécies de mamíferos, 228 de aves, 56 de répteis e 35 de anfíbios.

Abertas as inscrições do Prêmio CNT de Jornalismo 2020

As inscrições para o Prêmio CNT de Jornalismo 2020 estão abertas. Podem ser inscritos trabalhos produzidos em 2019 que abordaram aspectos do transporte rodoviário, ferroviário, aquaviário ou aéreo - nos segmentos de passageiros ou cargas.

A entidade produz diversos estudos e análises sobre o setor que podem servir de fonte de pautas. Só neste ano, por exemplo, a CNT já divulgou inúmeras pesquisas e análises sobre o impacto da pandemia do novo coronavírus no transporte brasileiro .

Para consultar esses materiais, acesse aqui aqui .

Lembrando que as matérias devem se enquadrar em uma das seguintes categorias: Impresso, Internet, Televisão, Rádio, Fotografia, Meio Ambiente e Transporte.

Mais informações no site oficial do prêmio.