segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Site ajuda a descobrir se você teve sua senha vazada

O hotsite MinhaSenha.com, lançado recentemente pela Axur, empresa brasileira especializada em monitoramento de riscos digitais, permite que as pessoas descubram se suas senhas, que geralmente usam em logins ou e-mails para e-commerce, portais e apps, vazaram na internet.

No site, o usuário pode testar seus e-mails pessoais para descobrir se teve alguma senha divulgada na internet atrelada àquele endereço eletrônico. Em caso positivo, ele receberá a senha por e-mail e poderá alterá-la em todos os sistemas em que ela é usada. Dessa forma, o internauta evita que criminosos roubem dados pessoais ou façam compras em seu nome em plataformas de comércio eletrônico, por exemplo.

Além dos e-mails pessoais, o usuário também pode verificar se o endereço corporativo foi vazado. Caso as senhas de trabalho também estejam comprometidas, o sistema informará se existem outros e-mails e senhas vazados da mesma empresa, assim a área de segurança ou TI poderá tomar as devidas providências.

No último ano, mais de 2 bilhões de senhas foram vazadas na internet, sendo pelo menos 5% delas de consumidores brasileiros, segundo dados de levantamentos da Axur.

(*) Com informações da assessoria de imprensa

sábado, 11 de novembro de 2017

Policial levou vereador para Batalhão porque se arrependeu da prisão

O sargento da Polícia Militar que prendeu ontem o vereador Vinicius Cirqueira (Pros), vice-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, em uma blitz conduziu o parlamentar ao Batalhão de Choque ao perceber a arbitrariedade da ação. O procedimento correto nesses casos é levar à Central de Flagrantes, para a autuação da autoridade civil, ou seja, um delegado. A informação foi obtida por uma fonte do blog.

Em entrevista coletiva ontem o próprio porta-voz da PM, tenente-coronel Marcelo Granja, disse que o policial não soube como proceder: "Ele foi para o Batalhão de Choque visando o que, por ele ter ficado, na hora, ele não sabia o que fazia", declarou o coronel.



O blog apurou que o sargento que efetuou a prisão (em um dos vídeos, ele aparece dando uma joelhada no vereador, que está algemado), que não teve o nome revelado, segundo testemunhas porque retirou a tarja com a identificação da farda, queria, na verdade, liberar o vereador no próprio batalhão, sem oficializar a prisão. Mas foi impedido pelo comandante local, que o obrigou a concluir o procedimento, provavelmente percebendo o tamanho do problema criado.

Parte da ação foi filmada por outro vereador, o guarda municipal Romário Policarpo (PTC), que estava no carro junto com Cirqueira.

Racismo

 

A confusão se deu, segundo conta Policarpo, após o veículo oficial da vice-presidência da Câmara ter sido parado em uma blitz. Nele estavam os dois vereadores e o assessor Armindo Júnior. O primeiro policial teria liberado o veículo após verificar a documentação. Um sargento, porém, teria obrigado os ocupantes a descerem do veículo após ofensas racistas: "Ele disse que não era para liberar o carro porque tinham dois negrinhos de olho vermelho dentro do carro. Era para descer todo mundo e revistar o carro porque tinha alguma coisa", afirma Policarpo.

Cirqueira teria sido preso ao defender Policarpo e Armindo das ofensas. Ele pagou fiança de R$ 3 mil e foi liberado. Os vereadores decidiram também registrar uma ocorrência por racismo contra o sargento. A PM afirma que vai apurar o caso.

Em nota, o presidente da Câmara, vereador Andrey Azeredo (PMDB), repudiou a ação dos policiais. 

Confira:

Câmara Municipal de Goiânia repudia ato envolvendo vereadores

A Câmara Municipal de Goiânia, como uma Casa de leis, preza pelo cumprimento dos direitos e deveres de todo e qualquer cidadão. Assim como o princípio da dignidade da pessoa humana, que é constitucional, e dos valores fundamentais do Estado Democrático de Direito.

Diante do fato ocorrido na tarde desta sexta feira, 10, envolvendo dois vereadores de Goiânia, Vinícius Cirqueira, vice-Presidente da Casa, e Romário Policarpo, a Câmara Municipal de Goiânia repudia veementemente a forma como se desencadeou uma abordagem policial durante uma blitz.

A Câmara Municipal de Goiânia destaca o bom e respeitoso relacionamento que tem com a instituição Polícia Militar do Estado de Goiás, mas lamenta profundamente este fato isolado envolvendo alguns policiais integrantes desta força de segurança pública.

Os questionamentos são em relação ao uso desproporcional da força, inclusive com o uso desnecessário de algemas no vereador Vinícius Cirqueira e a forma racista como o vereador Romário Policarpo e um servidor da Câmara, que são negros, foram tratados por um policial.

Acompanhamos de perto todos os trâmites na delegacia. A Câmara Municipal de Goiânia se coloca na defesa dos direitos dos cidadãos e das prerrogativas de todos os vereadores, que são os legítimos representantes da população goianiense. Esperamos por parte das autoridades competentes a devida investigação e esclarecimento dos fatos de forma célere e responsável.


Goiânia, 10 de novembro de 2017.


Andrey Azeredo
Presidente da Câmara Municipal de Goiânia

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Marcelo Nova lança livro em Curitiba

O músico e compositor Marcelo Nova lança seu  livro ‘Marcelo Nova: O Galope do Tempo’  na próxima terça-feira, 14, no Shopping Crystal, em Curitiba.

Em formato de entrevista, o livro é conduzido pelo jornalista André Barcinski e traz histórias da infância e da adolescência de Marcelo, sua relação curta – porém intensa – com as drogas, o início da carreira, a parceria com Raul Seixas, o processo de composição entre outros assuntos.

O evento será na Livraria Saraiva, a partir das 19 horas.


terça-feira, 7 de novembro de 2017

O populismo que nos ameaça

Por Reinaldo Dias(*)

O que os populismos têm em comum é um estilo de governo pautado pelo improviso que não consolida estruturas permanentes de sustentação econômica, pois baseia-se na distribuição de benefícios que tem como contrapartida o apoio eleitoral. O resultado disso são o colapso das instituições e da economia que desembocam no aumento da inflação e no desemprego.

O discurso populista é simplista e maniqueísta e se centra na luta de “nós” contra “eles”. No discurso de Lula, por exemplo “nós” são os trabalhadores e “eles” são as elites. No discurso de Bolsonaro, “nós” são as pessoas de bem, e “eles” são todos aqueles que não se identificam com essa categorização (negros, imigrantes, gays, políticos corruptos, ongs, mulheres não submissas, outras religiões). O povo, é identificado como aquele segmento da população ao qual dizem representar; os demais são inimigos do povo. A liderança populista não é institucional, mas pessoal, despreza as instituições democráticas; não é racional, mas movida por emoções que utiliza para enganar seus adeptos; não é pluralista e prega sempre uma pretensa unanimidade associada à palavra povo.

A prática populista opõe-se às instituições democráticas como a imprensa livre, a divisão de poderes e principalmente, a autonomia do judiciário. Nenhum sistema democrático está imune ao risco do populismo, que pode ter origem tanto à esquerda quanto à direita do espectro ideológico.  A desestruturação institucional, a perda de legitimidade, da eficácia e da credibilidade das instituições democráticas, a degradação do estado de direito e a corrupção constituem o caldo de cultura do qual se alimenta o populismo.

Políticos populistas são vendedores de ilusões no mercado eleitoral, prometem um futuro melhor para as massas empobrecidas em troca de apoio nas eleições. No poder distribuem benesses com o objetivo de manter-se apoiando políticas improvisadas que visam tão somente trazer-lhes benefícios.  Os mais ricos que apoiam essas ações têm a expectativa de que as multidões sejam iludidas e controladas para que mantenham suas estruturas de dominação, como vimos recentemente ocorrer no Brasil com grandes empresas – empreiteiras, bancos, indústrias -  apoiando e sustentando o populismo de esquerda.

Historicamente, na América Latina as lideranças populistas sempre mostraram mais afinidade por políticas de esquerda. No entanto, recentemente tem surgido líderes populistas que manifestam ostensivamente sua identificação com políticas de extrema direita. No Brasil o exemplo é Jair Bolsonaro, declarado candidato presidencial e apontado nas recentes pesquisas nacionais de intenção de voto em segundo lugar e em primeiro lugar em estados como o Distrito Federal e o Rio de Janeiro. Suas propostas de conteúdo xenofóbico, machista, racista, contrário à imigração e a diversidade cultural são de tal forma extremistas que muitos se surpreendem que obtenha tanto apoio.

As pesquisas eleitorais, mesmo que prematuras, indicam que o populismo atrai ainda importantes segmentos da população, as últimas mostram que Lula e Jair Bolsonaro juntos aparecem com até 50% das intenções de voto. Caso Lula não se viabilize como candidato, Bolsonaro assume a dianteira. Num cenário com múltiplos candidatos, aumentam as chances de a extrema direita ir para um segundo turno difundindo e dividindo o eleitorado com uma plataforma de ódio.

A população está cansada dos políticos e das elites empresariais que levaram o país à bancarrota com baixo crescimento econômico, aumento da desigualdade, corrupção, impunidade etc. A pergunta que mais se faz nas ruas é, em quem votar? De fato, estão dadas as condições para que o populismo de extrema direita cresça.  A possibilidade de que aconteça o pior não pode ser descartada. Depois que Trump foi eleito em uma das mais importantes democracias ocidentais, tudo é possível.

(*) Reinaldo Dias, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, campus Campinas.  Sociólogo, Doutor em Ciências Sociais e Mestre em Ciência Política pela Unicamp. É especialista em Ciências Ambientais.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Petrobras anuncia mais um aumento no preço dos combustíveis

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira mais um aumento nos preços dos combustíveis. O índice é de + 2,3% para a gasolina e + 1,9% para o diesel. De acordo com a empresa, "o reajuste foi causado principalmente pelo aumento das cotações dos produtos e do petróleo no mercado exterior, influenciado pela geopolítica internacional, assim como pela continuidade da política de contenção da oferta pela Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep). Além disso, verificou-se uma depreciação do valor do real frente ao dólar."

Uma curiosidade: O título da nota enviada à imprensa não usa o termo "aumento" e sim "avaliação". Veja: "Petrobras anuncia avaliação de preços de gasolina e diesel".