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quarta-feira, 17 de junho de 2020

Janelas pela Democracia, nesta quinta (18), terá adesão de UNE, #Somos70%, #EstamosJuntos e Frente Povo Sem Medo

A live do movimento Janelas pela democracia - Impeachment Já chega à sua segunda edição nesta quinta-feira (18) com adesões de peso. Está confirmada a participação da UNE, do #EstamosJuntos, do #Somos70% e da Frente Povo Sem Medo, além de artistas e jornalistas. O ato virtual começa às 18h30 pelas redes sociais do PSB, PDT, Rede, PV e Cidadania, partidos à frente do movimento.

Participam Ciro Gomes e Marina Silva, o líder da bancada do PSB na Câmara, deputado federal Alessandro Molon (PSB), o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB), o ex-senador Cristovam Buarque (Cidadania), a cantora Tereza Cristina, o cantor Xangai e o ator Stepan Nercessian, o cineasta Zelito Viana, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede) e Eliziane Gama (Cidadania), os jornalistas Juca Kfouri e Fernando Gabeira, os ex-ministros Sérgio Rezende e Manoel Dias, o sociólogo César Callegari, além de ativistas sociais e políticos.

Estão confirmadas também as presenças do presidente da UNE, Iago Montalvão, do engenheiro Eduardo Moreira, do #Somos70%, e de Edson "Índio", da Frente Povo Sem Medo. Os presidentes nacionais dos cinco partidos estarão presentes no ato.

"Frente amplíssima"

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, defende a necessidade da formação de uma "amplíssima frente" em defesa da democracia, diante do "fundamentalismo de extrema-direita" do governo de Jair Bolsonaro.

Segundo ele, o Janelas pela Democracia é uma plataforma que está fazendo avançar a mobilização das mais amplas forças políticas democráticas que só juntas poderão salvar o Brasil "da situação inaceitável" que vive.

"O presidente da República prega diariamente ideias antidemocráticas, apoia atos que pedem a intervenção militar no país, ataca o Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional, a imprensa e cria um clima de instabilidade no país. A quem interessa esse ambiente", afirma.

"É preciso reunir as forças democráticas. Essa tarefa é urgentíssima", afirma.

O Janelas pela Democracia - Impeachment Já é um movimento plural que reúne instituições e personalidades da sociedade civil para ampliar e consolidar o apoio aos mais de 35 requerimentos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro que tramitam no Congresso Nacional, entre eles, o apresentado pelo PSB.

quarta-feira, 3 de junho de 2020

IBDA critica atos de Bolsonaro que "amesquinham e ameaçam os valores democráticos"

O Instituto Brasileiro de Direito Administrativo divulgou nota em que critica a escalada arbitrária e antidemocrática de Jair Bolsonaro. Confira:

Nota de Repúdio - Instituto Brasileiro de Direito Administrativo

O Instituto Brasileiro de Direito Administrativo – IBDA e os Institutos Estaduais de Direito Administrativo abaixo subscritos, que se dedicam ao estudo, à promoção e à defesa do estado democrático de direito, especialmente na defesa da Constituição e da institucionalidade, vêm a público repudiar a escalada de atos oriundos do Poder Executivo federal, em sua mais alta esfera, que amesquinham e ameaçam os valores democráticos, a harmonia entre os Poderes constituídos e a dignidade do exercício da função pública. 

A intimidação ao livre exercício da jurisdição pelo Poder Judiciário, especialmente tendo em conta as recentes agressões aos Ministros do Supremo Tribunal Federal – STF, merecem nossa severa reprimenda. Em nosso sistema constitucional, cabe ao STF o papel de guardião maior da Constituição, e atacar seus integrantes é uma afronta à democracia e à ordem jurídica vigente. Igualmente merece nossa repulsa a defesa do fechamento do Congresso Nacional por pessoas e grupos descomprometidos com a democracia brasileira. 

Continuaremos na firme defesa dos valores constitucionais republicanos e do estado de direito e da ordem institucional e prontos a atuar em prol dos poderes instituídos e dos órgãos constitucionais que integram nosso sistema de controle, bem como denunciar qualquer tentativa de apequenar seu legítimo exercício. 

Maurício Zockun - Presidente do IBDA
Celso Antônio Bandeira de Mello - Instituto de Direito Administrativo Paulista
Edgar Guimarães - Instituto Paranaense de Direito Administrativo
Maria Fernanda Pires de Carvalho Pereira - Instituto Mineiro de Direito Administrativo
Ligia Melo - Instituto Cearense de Direito Administrativo
Juscimar Pinto Ribeiro - Instituto de Direito Administrativo de Goiás
Jader Guimarães - Instituto de Direito Administrativo do Espírito Santo
Bruno Vieira da Rocha Barbirato - Instituto Amazonense de Direito Administrativo
Flávio Unes - Instituto de Direito Administrativo do Distrito Federal
João Paulo Lacerda - Instituto de Direito Administrativo do Mato Grosso do Sul
Renata Fabris - Instituto Rondoniense de Direito Administrativo
Paulo Modesto - Instituto de Direito Administrativo da Bahia
Marcelo Harger - Instituto de Direito Administrativo de Santa Catarina

terça-feira, 2 de junho de 2020

Vazamento de dados de Bolsonaro vira meme “Sugar Daddy de todo mundo”. Veja os mehores

O grupo de hackers conhecido como Anonymous Brasil divulgou na noite desta segunda-feira, 1º, supostos dados pessoais do presidente Jair Bolsonaro. Internautas não perderam tempo e postaram vários memes nas redes sociais com piadas com cartão do presidente que virou “Sugar Daddy”.

O Universo Sugar elaborou um compilado com alguns dos memes sobre o tema:

Bolsonaro tira o posto de Ciro Gomes e se torna o "maior Sugar Daddy do Brasil"

Durante a campanha presidencial de 2018, candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) prometeu tirar o nome dos brasileiros endividados do SPC e foi chamado de “Sugar Daddy” do Brasil.



Sugar Daddy - o termo em inglês, formado pela junção das palavras "açúcar" e "papai", é usado para denominar homens mais velhos que bancam despesas de mulheres mais jovens como retribuição do que se define em linhas gerais pelo Universo Sugar como “relacionamento”.

Além do presidente Jair Bolsonaro, seus filhos Carlos, Eduardo e Flávio, além de integrantes do governo e aliados do presidente, como a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e o ministro da Educação, Abraham Weintraub aparecem nos memes.


Mais de 150 organizações e movimentos lamçam manifesto em defesa da democracia e contra ameaças de Bolsonaro

O Pacto pela Democracia, uma coalizão de 150 entidades da sociedade civil brasileira em prol da defesa e qualificação do regime democrático, lança nesta terça-feira (2), um manifesto contra a incessante escalada de intentos autoritários protagonizados pelo governo federal.

O manifesto reafirma o compromisso do Pacto pela Democracia em mobilizar a sociedade brasileira contra qualquer medida que acarrete na corrosão democrática e em desrespeito à Constituição Federal e ao Estado de Direito e se soma às muitas vozes que já se multiplicam na sociedade brasileira em defesa da democracia.

De acordo com o documento, "é preciso reconhecer que a ameaça fundamental à ordem democrática e ao bem-estar do país é o próprio presidente da república" e ele deve ser responsabilizado por suas ações.

O manifesto completo pode ser visto aqui: http://manifesto.pactopelademocracia.org.br/


sexta-feira, 29 de maio de 2020

XP/Ipespe: Entre Moro e Bolsonaro, o presidente mente mais

Nova rodada da pesquisa XP/ Ipespe realizada na terça e na quarta feira mostra interrupção na tendência de alta na reprovação e queda na aprovação do presidente Jair Bolsonaro.

A pesquisa é a primeira desde a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 abril, no âmbito do inquérito que investiga se houve tentativa de interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal.

Depois de um aumento de 8 pontos percentuais desde o fim de abril, o grupo que considera o governo ruim ou péssimo oscilou um ponto para baixo e totaliza 49%. Da mesma maneira, o grupo dos que consideram o governo ótimo ou bom, que caiu 6 pontos percentuais em um mês, agora oscilou um ponto para cima, atingindo 26%.


Também há relativa estabilidade na percepção sobre o caminho da economia: oscilou de 57% para 54% os que acham que ela está no caminho errado, enquanto os que a veem no caminho certo passaram de 28% para 27%.

Outro dado que interrompeu trajetória de deterioração foi a avaliação sobre a atuação de Bolsonaro no enfrentamento à crise. A avaliação ruim e péssima, que crescia desde março, oscilou três pontos para menos, e agora atinge 55%.

Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional nos dias 26 e 27 de maio. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

Os entrevistados foram questionados também sobre o conteúdo do vídeo da reunião ministerial divulgado na última sexta feira: 71% tomaram conhecimento da gravação e, entre eles, 59% acreditam que a divulgação foi negativa para o governo, enquanto 30% acreditam que ela foi positiva.

Sobre o mesmo tema, na troca de acusações entre Bolsonaro e Sergio Moro, 46% acreditam que é o ex-ministro quem fala mais a verdade, enquanto 21% apontam o presidente.

Confira o levantamento completo no link abaixo.

Pesquisa XP_ 2020_05_27.pdf

quarta-feira, 27 de maio de 2020

"Bandido disfarçado de político, aberração moral", diz Congresso em Foco sobre Bolsonaro em editorial

Em duro editorial publicado na segunda-feira, o Congresso em Foco, site especializado na cobertura política nacional, chamou Jair Bolsonaro de "um bandido disfarçado de político". O documento comenta a decisão do Grupo Globo e da Folha de não enviarem mais jornalistas - constantemente agredidos verbalmente e com ameaças físicas por apoiadores de Bolsonaro - ao cercadinho da imprensa em frente ao Palácio do Planalto.

"Claro que um político medianamente preparado, uma vez na condição de líder eleito da nação, teria uma atitude de certa ponderação no trato com a imprensa. Evidente, também, que a regra não poderia ser aplicada a uma aberração moral, intelectual, política e administrativa como Jair Messias Bolsonaro. Aconteceu o contrário. Mais poderoso, Bolsonaro se sentiu no direito de desrespeitar ainda mais o trabalho jornalístico", diz o texto, ressaltando o incentivo do presidente às agressões.

O Congresso em Foco admite que a própria imprensa tem culpa pela ascensão de Bolsonaro, ao dar tanta publicidade às aberrações que ele produziu nos anos de Parlamento. E lembra que,  "ao menosprezar, mandar calar a boca, se recusar a responder perguntas, ameaçar e retaliar, Bolsonaro deixa de tratar dos muitos temas espinhosos de um governo que conquistou fama mundial pela prepotência e pela inépcia."

"Incrível foi assistir nas últimas semanas à reverberação do ódio presidencial em escala nacional. Recompensa financeira para quem agredir repórter da TV Globo em Brasília. Empresário de comunicação defendendo apedrejamento de jornalistas na Paraíba. Jornalistas ameaçados de morte em Belo Horizonte. Que pesadelo! Que vergonha! Que absurdo! E farsantes invocando Deus e a Bíblia para declarar apoio a isso!!!", ressalta, ainda, o editorial.

E convoca toda a sociedade brasileira a não se sentir encurralada por 25% de eleitores, talvez menos, que ainda apoiam o lunático que chegou ao posto mais alto do país:

"Temos de reagir. Todos. Jornalistas, veículos, anunciantes, entidades da sociedade civil, artistas, trabalhadores, empresários, o porteiro do prédio, você que nos lê agora e até aquela sua tia que votou em Bolsonaro mas está arrependida, porque é uma pessoa de bem e não aprova o banditismo que se apoderou da república. Um banditismo que demonstra sua desumanidade extrema ao desdenhar a pandemia de covid-19, ignorar todas as recomendações sanitárias ditadas pela ciência e lançar a população a um genocídio que vai superar em muito as 23.473 mortes neste momento registradas pelo Ministério da Saúde."

O editorial completo você pode ler aqui.

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Isolamento diplomático do Brasil se aprofunda após Covid-19, diz especialista da ESPM

A evolução da covid-19 no Brasil tem apresentado tendências preocupantes na comparação com outros países. O Brasil já tem o mais alto número de casos confirmados e mortes na América Latina e registrou a mais alta taxa de contágio entre 48 países, em pesquisa realizada pelo Imperial College London. Os dados, em conjunto com a polarização política e seus efeitos na gestão da saúde pública desde o início da pandemia, já trazem consequências objetivas nas relações internacionais do Brasil. Países fronteiriços, como Argentina e Paraguai, estão dificultando a entrada e a circulação de caminhões e caminhoneiros brasileiros em seus territórios.

Para Carolina Pavese, professora de Relações Internacionais da ESPM SP, o Brasil está colhendo os frutos de uma opção pelo isolamento na política externa iniciado já antes da pandemia. "A postura dos países vizinhos em relação ao Brasil durante o coronavírus não se dá somente por conta dos desencontros na gestão de saúde pública, mas também pela opção brasileira de focar a política externa exclusivamente nos Estados Unidos. A falta de gestos diplomáticos a parceiros históricos está demonstrando a opção do Brasil pelo isolamento externo, e isso vai custar caro", diz.

De acordo com Carolina Pavese, as críticas transcenderam o ambiente diplomático após o início da pandemia. "Elas não vêm mais somente dos círculos de diplomacia, mas também estão difundidas entre a comunidade científica internacional, que desaprova a não observância das recomendações epidemiológicas por parte do Executivo. A falta de coesão de políticas públicas nas esferas municipais, estaduais e federal também contribui para uma visão negativa da gestão da pandemia no Brasil no exterior."

segunda-feira, 11 de maio de 2020

Depois de aumento de 198%, deputado vai ao STF para ter acesso a gastos do cartão corporativo de Bolsonaro


O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) identificou aumento de 198% na conta do cartão corporativo de Jair Bolsonaro de março de 2019 para março de 2020 e apresentou mandado de segurança ao Supremo Tribunal Federal para obrigar o presidente a divulgar detalhadamente como gastou esse dinheiro. No Portal da Transparência, é informado apenas o valor total, o restante está sob sigilo. “Apenas os gastos relativos à segurança nacional podem ser sigilosos. Será que foram essas que aumentaram”, questiona o deputado.

Em março do ano passado, o valor informado do cartão corporativo foi de R$ 1.641.524,15. Já em março de 2020, em plena pandemia do coronavírus, subiu para R$ 4.904.655,02. Nos três primeiros meses de 2019, a soma foi de R$ 2.414.816,71. Já no mesmo período deste ano, chegou a R$ 7.553.570,99, aumento de 212%.  “Por que o presidente faz tanto mistério com os seus gastos? É preciso ter transparência, a sociedade tem o direito de saber como o presidente está gastando o dinheiro público”, afirma Elias Vaz.

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Use máscara como um verdadeiro patriota

Assim como Bolsonaro, você acha que a covid-19 é "só uma gripezinha"? Acha que a mídia exagera? Quer o fim do isolamento? Posta fake news de hospitais e caixões vazios? Diz que quem é de Deus não é contaminado pelo coronavírus? E acredita que tudo o que acontece no mundo é um plano comunista pra dominar o planeta? Seus problemas se acabaram. Chegou a máscara de proteção facial Bolsovid-19.

Com ela, você pode participar de protestos pedindo a volta da Ditadura sem medo de pegar qualquer gripezinha. E atender ao mesmo tempo seu político de estimação e o Ministério da Saúde desse mesmo desgoverno.

Faça como a dona Margarete. Compre logo sua Bolsovid-19 e respire aliviado.

Já se você quer mesmo é mandar o corona pra longe, pode apelar para o modelo Jason.


terça-feira, 5 de maio de 2020

Eduardo e Mônica em versão Bolsonaro e Moro; ou vice-versa

O músico carioca Eduardo Krieger fez uma providencial versão do sucesso Eduardo e Mônica, da Legião Urbana, alterando os personagens para Bolsonaro e Moro. Ficou rock 'n Roll.


Deputado e idealizador da Lei da Ficha Limpa cobram na Justiça provas de Bolsonaro sobre fraudes nas eleições

O deputado federal Célio Studart (PV-CE) ingressou nesta quinta-feira (30) na Justiça Federal do Ceará com ação popular para que o presidente Jair Bolsonaro apresente provas que diz ter sobre supostas fraudes nas eleições de 2018. A peça é assinada pelos advogados Márlon Reis, um dos idealizadores e redatores da Lei da Ficha Limpa e fundador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, e Rafael Estorilio.

Apenas neste ano, por mais de uma ocasião, Bolsonaro fez referências a supostas provas de que teria vencido no primeiro turno, mas nada apresentou até agora e nem apontou perspectivas de quando ira fazê-lo. Em março de 2020, durante palestra em Miami (EUA), disse tê-las “nas mãos”. “E nós temos não apenas palavra, nós temos comprovado. Brevemente eu quero mostrar, porque nós precisamos aprovar no Brasil um sistema seguro de apuração de votos. Caso contrário, passível de manipulação e de fraudes”, afirmou na ocasião.

No último dia 28 de abril, após ser cobrado pela imprensa em frente ao Palácio da Alvorada sobre a apresentação das provas , limitou-se apenas a dizer que o faria juntamente com um projeto de lei sobre o tema, sem mencionar qualquer data, além de ter alegado não ter obrigação de apresentá-las à imprensa. “Se eu não tivesse [as provas] eu não falaria, meu Deus. Eu sei do peso do que eu falo”, declarou quase 50 dias após a fala nos Estados Unidos.

Ao continuar sem mostrar nada concreto que comprove suas acusações, avaliam os autores da ação, o mais alto mandatário da República influencia parcela do eleitorado que votará nas eleições municipais de 2020, ao colocar a confiança da Justiça Eleitoral e a segurança das urnas eletrônicas em xeque. Por isso, avaliam ser necessária uma “pronta solução” ao que consideram um impasse antes das eleições se aproximarem.
 
Além disso, consideram que, se o presidente entende haver fraude nas urnas, caberia a ele então apresentar o que sustenta suas acusações, até para permitir ao Ministério Público Federal promover as devidas investigações.

JUSTIÇA ELEITORAL

Na ação, os autores lembram ainda que Bolsonaro vem fazendo, não é de agora, severas críticas ao sistema de votação por meio da urna eletrônica, adotado no Brasil. “O presidente é um detrator contumaz da transparência deste sistema”, diz trecho do documento.

Em março, o Tribunal Superior Eleitoral rebateu as acusações e reiterou que “o sistema brasileiro de votação e apuração é reconhecido internacionalmente por sua eficiência e confiabilidade”. “Eleições sem fraudes foram uma conquista da democracia no Brasil, e o TSE garantirá que continue a ser assim”, diz trecho de nota oficial.

Ação Judicial na íntegra.

Atualizando:

Em despacho nesta segunda-feira (4), o juiz José Vidal Silva Neto deu cinco dias para a defesa do presidente Jair Bolsonaro se manifestar sobre o pedido de liminar apresentado pelo deputado federal Célio Studart (PV-CE) em ação protocolada na Justiça Federal do Ceará no último dia 30/4. Com isso, Bolsonaro terá que apresentar as supostas provas que diz ter sobre eventual fraude nas eleições de 2018.

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Avaliação de Bolsonaro chega ao pior nível, mostra pesquisa XP; governadores são bem avaliados


A nova rodada da pesquisa XP Ipespe, concluída na última quinta-feira, revela que, desde o pedido de demissão de Sergio Moro, em 24 de abril, a avaliação positiva do governo Jair Bolsonaro caiu 4 pontos percentuais, de 31% para 27%, enquanto a avaliação negativa saltou 7 pontos percentuais, de 42% para 49%. Os valores são, respectivamente, o menor e o maior da série iniciada em janeiro de 2019.

O movimento na expectativa para o restante do mandato sofreu variação semelhante. A expectativa negativa passou de 38% para 46%, enquanto a positiva foi de 35% para 30%.

No período, caiu também a nota média atribuída ao presidente. Ela era de 5,1 na pesquisa divulgada em 24 de abril e atingiu 4,7 no levantamento atual. Já a nota média atribuída a Sergio Moro teve movimento inverso: passou de 6,2 para 6,5 desde sua saída do governo.

Sobre os efeitos da demissão de Moro do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, continua em 67% a fatia dos entrevistados que acreditam que ela trará impactos negativos para o restante do governo. Em relação ao novo ministro, André Mendonça, 69% dizem acreditar que ele terá uma atuação com interferências do presidente, enquanto 19% esperam uma atuação independente.

Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 28, 29 e 20 de abril. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

Economia e coronavírus

A percepção negativa também se ampliou em relação à economia. Hoje, são 52% os que acham que a economia está no caminho errado, contra 47% na semana passada. Os que veem a economia no caminho certo caíram de 35% para 32%.

Sobre a melhor maneira de recuperar a economia depois da crise provocada pelo coronavírus , 62% acreditam que Bolsonaro deve mudar a política econômica, com mais investimentos do governo, enquanto 29% acreditam que o presidente deve manter as reformas e o enxugamento dos gastos públicos, com mais participação de empresa privadas.

O levantamento registrou ainda um aumento no percentual dos que dizem estar com "muito medo" do surto de coronavírus: são 48% nesta rodada contra 41% na semana anterior.

Ainda sobre o combate à Covid-19, a atuação de Bolsonaro foi considerada ruim ou péssima por 54% dos entrevistados. Já os governadores, constantemente criticado por Bolsonaro, tiveram a avaliação ótima ou boa por 53% dos entrevistados. Os números revelam que, apesar dos ataques diários do governo federal aos estados, a população reconhece a gravidade da doença e apoia as medidas restritivas.

Confira a pesquisa completa aqui.

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Suspensão de posse de diretor da PF baseia-se em princípios republicanos e normas constitucionais, diz especialista do Mackenzie


A decisão liminar proferida pelo Ministro Alexandre de Moraes, suspendendo a nomeação do novo diretor-geral da Polícia Federal, Alexandre Ramagem, foi divulgada há pouco. O ministro do STF cita as acusações de Sergio Moro e o inquérito sobre o tema aberto na Corte como explicação para impedir a posse de Ramagem, prevista para hoje.

Para o especialista em Direito Constitucional da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Flavio de Leão Bastos Pereira, a decisão baseia-se em princípios republicanos e normas constitucionais vigentes, visto que a República, a Forma de Governo adotada pelo Brasil e suas instituições de Estado, devem ser preservadas de interferências políticas e ideológicas. "É o caso da Polícia Federal, instituição de Estado que não se presta a assessorar ou atuar segundo interesses do Chefe do Poder Executivo, sob pena de violação de princípios constitucionais que regem a Administração Pública, como a impessoalidade, a legalidade e a moralidade administrativa, todos previstos pelo artigo 37 da Constituição Federal, além do próprio princípio republicano".

Flavio de Leão ainda lembra que a Polícia Federal não deve assessorar o Presidente. " O órgão de inteligência que assessora o Presidente da Republica não é a Polícia Federal, mas a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN)", afirma.

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Na surdina, Bolsonaro estuda decreto para reduzir a Mata Atlântica



No manifesto "Continuam Tirando o Verde da Nossa Terra", a SOS Mata Atlântica alerta para o que considera ser o maior atentado contra o bioma e os patrimônios ambientais do Brasil. Conforme notícia do portal Direto da Ciência , (24/04), está na Casa Civil da Presidência da República uma minuta de decreto que altera os limites do domínio da Mata Atlântica, reduzindo seu tamanho e abrangência em mais de 10% do seu território. Isso representa a perda de 110 mil km2 do bioma. Assim como noticiado no site da Fundação, esse não é o primeiro ataque do Governo Brasileiro à Mata Atlântica que, em meio à pandemia do novo Coronavírus e a atual crise política, soma mais um grave atentado à já extensa lista de agressões ao meio ambiente.

"É inacreditável, não há outra palavra. Este desgoverno precisa ser freado em suas intenções e agressões contra o meio ambiente e à Constituição Federal que declara a Mata Atlântica como Patrimônio Nacional. Voltamos à década de 1960, quando os governantes estavam a serviço de um modelo insustentável de crescimento", afirma Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas, da Fundação SOS Mata Atlântica.

A Lei da Mata Atlântica é uma conquista da sociedade, fruto de 14 anos de construção conjunta no Congresso Nacional, envolvendo a comunidade científica, ONGs, setores produtivos e os entes federados - União, Estados e Municípios. "O mapa da aplicação da Lei, regulamentado no Decreto 6.660/2008, em vigor até este momento, é resultado de bases científicas e não da pressão setorial e política", reforça Mantovani. Além disso, Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e atos de todos os 17 estados do bioma também regulamentam a implementação da Lei da Mata Atlântica.

Historicamente, o bioma passou por um processo de degradação que acompanhava o mito da abundância e do crescimento a qualquer preço, modelo ultrapassado que este governo retoma agora com suas ações. Diversas atividades representam pressões sobre a Mata Atlântica e a mais recente delas é a especulação imobiliária e a urbanização sem planejamento das cidades brasileiras.
"Em certo momento, a poluição era símbolo de desenvolvimento, depois o desmatamento. Agora, é tudo isso junto. É só olharmos para os ataques à Lei da Mata Atlântica, a possibilidade de votação da ‘MP da Grilagem‘, o sucateamento e fragilização do Ibama e do ICMBio, ao decreto de revisão de multas por danos ambientais, entre outros temas", reforça Mantovani.

Neste novo decreto, que regulamenta a Lei da Mata Atlântica, o governo pretende excluir alguns tipos de vegetação do bioma, como áreas de estepe, savana e savana-estépica, vegetação nativa das ilhas costeiras e oceânica e áreas de transição entre essas formações, além de outras (campos salinos, áreas aluviais, refúgios vegetacionais).

Por trás destas supressões no bioma está o interesse do setor imobiliário em utilizar essas áreas para a construção de novos empreendimentos. Essas mudanças facilitam o setor, uma vez que, na atual versão, a Lei da Mata Atlântica autoriza o desmatamento apenas em obras de interesse público - que em alguns casos conseguem se enquadrar. Se confirmado, o decreto dispensaria a autorização prévia do Ibama para desmatamentos de áreas maiores do que o limite atual, passando a autorização apenas para órgãos ambientais locais. O limite de 50 hectares por empreendimento poderia ser ampliado para 150 hectares. Em áreas urbanas, o limite de três hectares passaria a ser de 30 hectares.

Com isso, a Mata Atlântica pode ser reduzida em mais de 10% do seu território, em áreas estratégicas para a regulação do clima, abastecimento de água e biodiversidade, conforme dados do Atlas da Mata Atlântica, monitoramento do bioma feito pela Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

"Essa barbárie contra a floresta de maior biodiversidade do Planeta não pode imperar. É um SOS não apenas à Mata Atlântica, mas até mesmo para os próprios setores que têm a falsa ideia que degradar o meio ambiente pode trazer benefícios a eles. Pelo contrário, o mundo tem mostrado que a sustentabilidade baseada no investimento na economia verde é o que salvará as atividades humanas", finaliza Mantovani.

Do SOS Mata Atlântica

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Bolsonaristas falsificam vídeo de Mourão em apoio a ato pela "deposição do STF e governadores"

Em mais uma ação rasteira e criminosa, bolsonaristas estão usando a imagem do vice-presidente Hamilton Mourão para a convocação, em plena pandemia de coronavírus que tem matado centenas de brasileiros todos os dias, de ato contra as instituições democráticas no próximo domingo.

No vídeo, Mourão diz que neste momento "todos os brasileiros de bem vêm se dando as mãos, se unindo, nessa nossa luta comum na busca (...) de que tenhamos um projeto para o nosso país onde o comunismo ateu não entre mais em nossas casas (...) e onde haja incentivo à liberdade", por mais contraditório que seja falar de liberdade e deposição de instituições democráticas.

Mourão encerra o pronunciamento com a frase "somos todos Bolsonaro".

O material, que está sendo maciçamente distribuído em grupos de fake news bolsonaristas, vem acompanhado de um banner pedindo "a deposição do STF, STJ governadores (sic)".

Trata-se, obviamente, de mais uma fake news bolsonarista. De acordo com a Agência Lupa, o vídeo foi gravado por Mourão em 2018, antes da eleição de Bolsonaro, e está sendo usado criminosamente para enganar as pessoas, conforme você pode conferir aqui.

Assista:

terça-feira, 7 de abril de 2020

Bolsonaro tem a pior avaliação entre entes públicos e privados, revela pesquisa; Ministério da Saúde é o mais bem avaliado

Brasileiros se previnem, apesar de Bolsonaro (F: Mídias Sociais)
O Ministério da Saúde possui a aprovação de 43% dos brasileiros. É o que aponta a pesquisa “Covid-19 – A Visão da População”, realizada pela Ipsos com mil entrevistados no país. O levantamento mensurou a aprovação de alguns setores públicos e privados no que concerne ao trabalho que está sendo feito em relação ao coronavírus.

Os entrevistados brasileiros deram notas em uma escala de avaliação de 1 a 10, sendo 1 o equivalente a “péssimo” e 10 o equivalente a “ótimo”. O Ministério da Saúde foi o órgão que recebeu o índice de aprovação mais alto, com 43% (referente à soma das notas 8, 9 e 10).

Os hospitais públicos alcançaram o segundo lugar, com 40% de aprovação. Já os hospitais privados, tiveram 37%; e os postos de saúde, 36%. Os governos estaduais obtiveram aprovação de 35%. No último lugar do ranking dos ouvidos no Brasil ficaram, empatados, as prefeituras e o governo federal, ambos com aprovação de 29%.

Medidas de prevenção
Os brasileiros têm tomado cuidados especiais para evitar a contaminação e propagação da doença. Com esse intuito, 84% dos ouvidos disseram que lavar as mãos diversas vezes é uma medida adequada a ser tomada diariamente. Evitar sair de casa foi uma medida citada por 80%; já a higienização de objetos e mãos com álcool em gel, por 75%. Além disso, 69% concordaram que é necessário evitar receber visitas.

Mídia e informação
O estudo constatou que os canais de TV aberta, em geral, são as principais fontes de informação sobre a Covid-19, independentemente da classe social. 77% das pessoas disseram se informar pelas emissoras televisivas abertas, 59% usam as redes sociais para obter informações sobre o tema, 42% recebem e enviam notícias pelo whatsapp e uma porcentagem menor, de 30%, usam os canais de TV fechada como fonte de informações sobre a pandemia de coronavírus.

Sobre a pesquisa
A pesquisa “Covid-19 – A Visão da População” foi conduzida on-line entre os dias 28 e 29 de março com mil pessoas. A margem de erro da pesquisa é de 3,1 p.p..

segunda-feira, 16 de março de 2020

Irresponsabilidade de Bolsonaro pode resultar em 478 mil mortos, apontam cientistas ingleses

Contrariando o Ministério da Saúde, Bolsonaro participa de protestos (F: AFP)
Pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, publicaram neste domingo um estudo preliminar calculando e comparando as prováveis mortes pelo novo coronavírus no Brasil e na Nigéria.

É necessário olhar para os números com cautela, porque se trata de um estudo que ainda será discutido com a comunidade científica. Mas a publicação deles foi antecipada para contribuir com informações sobre a doença causada pelo novo coronavírus.

As informações são do Intercept Brasil.

Diz ainda a reportagem que, para entender o padrão de mortalidade da doença, os cientistas analisaram dados da Itália e da Coreia do Sul. Foi examinando a taxa de mortalidade do novo coronavírus e fazendo as projeções para cada população que os pesquisadores chegaram ao cenário de possíveis 478.629 mortos no Brasil, se medidas de controle não forem tomadas.

Isso quer dizer que o comportamento irresponsável de Jair Bolsonaro diante dos perigos do coronavírus pode ser trágico. Enquanto o mundo inteiro colocava em prática medidas de contenção da pandemia, o presidente incentivou manifestações e foi para a rua – quando deveria estar em isolamento – cumprimentar centenas de pessoas.

Qual será o impacto do pouco caso e da imaturidade da principal autoridade do país sobre as estratégias que o governo federal precisará adotar para conter o novo coronavírus? Os cientistas nos dão algumas pistas.

Leia a matéria completa aqui.

quinta-feira, 12 de março de 2020

Desempregados estão, em média, há um ano e três meses sem trabalho


Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em convênio com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com pessoas que estão sem trabalho, revela que os desempregados brasileiros já estão há um ano e três meses, em média, sem ocupação formal. O levantamento mostra ainda que 51% dos entrevistados estariam dispostos a receber menos que a remuneração do último emprego, sobretudo por que precisam voltar ao mercado de trabalho (19%). Outros 18% argumentam que o que importa neste momento é arranjar um emprego para pagar as despesas, enquanto 13% afirmam ser mais fácil procurar oportunidades melhores quando se está empregado.

A demora para se recolocar no mercado de trabalho tem feito com que essas pessoas busquem outras formas de sustento, como o trabalho informal. De acordo com a pesquisa, praticamente quatro em cada dez desempregados têm recorrido ao trabalho temporário para se sustentar (39%), principalmente com serviços gerais (19%), com revenda de produtos (14%) e com venda de comidas (13%).

Além dos trabalhos informais, 30% admitem que ao menos parte de suas despesas estão sendo pagas por pais, filhos, amigos ou outros familiares. Também há aqueles que utilizado o seguro-desemprego (8%) e do acerto recebido da empresa em que trabalhavam (7%).

“O desemprego muitas vezes obriga as pessoas a buscarem alternativas para constituir renda. O aumento da informalidade também está relacionado à chamada ‘gig economy’, ou ‘economia dos bicos’ – aquela que diz respeito aos motoristas e entregadores de aplicativos, por exemplo. As plataformas digitais facilitam a contratação de pessoas e oferecem oportunidade de geração de renda para milhões de desempregados. Por outro lado, esses trabalhadores não têm direitos assegurados e ou vínculo empregatício”, alerta o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), José César da Costa.


Desemprego atinge principalmente os mais pobres, do sexo feminino, jovens e que possuem o ensino médio

A pesquisa mostra que o desemprego vem afetando, em grande medida, as camadas mais vulneráveis da população: seis em cada dez desempregados são mulheres (61%), enquanto 39% são homens. A média de idade é de 33 anos, sendo que a maior parte corresponde aos jovens de 18 a 24 anos (34%) e à faixa etária de 25 a 34 anos (24%).

Considerando o nível de renda, verifica-se que nove em cada dez brasileiros sem ocupação pertencem às classes C, D e E (95%), enquanto apenas 5% estão nas Classe A e B.

Em relação à escolaridade, 59% possuem entre o ensino médio completo e ensino superior incompleto, ao passo em que 31% têm o 2º grau incompleto e 10% o ensino superior completo. Apenas 8% falam outro idioma. Tendo em vista o estado civil, 55% são solteiros e 26% correspondem aos casados; pouco mais da metade dos entrevistados possui filhos (52%).



(*) Com informações da assessoria

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Com Bolsonaro, Impostômetro bate recorde histórico


Os brasileiros estão pagando mais impostos em 2019, em comparação ao ano passado. Os dados são do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que revela que o valor ultrapassou R$ 2, 4 trilhões neste 18 de dezembro, 14 dias antes da mesma marca ser atingida no ano passado.

Em 2018, o valor pago pelos brasileiros em tributos somou R$ 2, 3 trilhões, nível recorde para uma economia com baixo crescimento e cenários incertos. "Esse volume é reflexo da inflação e está dentro das previsões levando em consideração os problemas que o governo enfrenta”, diz o economista da ACSP, Marcel Solimeo.

Ele também argumenta que para reverter esse cenário é preciso mais eficácia no corte dos gastos e na gestão das contas públicas. O Brasil possui uma das cargas tributárias mais altas do mundo, equivalente ou até superior à carga de nações desenvolvidas. É uma tributação de primeiro mundo que deveria retornar à população por meio de serviços essenciais e políticas públicas de qualidade”, afirma o economista da Associação Comercial de São Paulo.

Confira aqui o dinheiro que Paulo Guedes e Bolsonaro tiram de você.

(*) Com informações da ACP

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Após chamar beneficiários do Bolsa Família de “ignorantes” e “acomodados”, Bolsonaro cria o “13º salário” do programa


“Ignorantes”. “Eleitores de cabresto”. “Pobres coitados”. “Acomodados”. Esses foram alguns dos “elogios” dirigidos pelo então deputado do baixo clero Jair Bolsonaro ao programa Bolsa Família. “O Bolsa Família nada mais é do que um projeto para tirar dinheiro de quem produz e dá-lo a quem se acomoda, para que use seu título de eleitor e mantenha quem está no poder" declarou, ainda, em 2011, ao comentar os nove votos que recebeu na candidatura à presidência da Câmara Federal, segundo reportagem do UOL.

Agora que tomou o poder, o discurso de Bolsonaro mudou. Ele não só passou a elogiar o programa, como decidiu criar um bônus para os beneficiários, uma espécie de 13º pagamento. "Uma grande conquista dessas pessoas que tanto necessitam e ficaram esquecidas por muito tempo", disse, ao comentar o novo benefício.

Em material encaminhado à imprensa hoje, a Caixa informa que começa a pagar amanhã (10) o abono, “que permite às famílias beneficiárias receberem, no total, o dobro do benefício do mês de dezembro. A ação de pagamento atende à Medida Provisória nº 898/2019, editada pelo Governo Federal em outubro de 2019.

Em dezembro de 2019, serão atendidas pelo Programa 13,1 milhões de famílias, em todos os 5.570 municípios brasileiros, totalizando R$ 5 bilhões em pagamentos - R$ 2,5 bilhões referentes à folha de pagamento mensal e R$ 2,5 bilhões correspondentes ao Abono Natalino.

O benefício adicional será pago com a utilização do mesmo cartão, nas mesmas datas e canais por meio dos quais os beneficiários recebem normalmente as parcelas do Programa Bolsa Família. Para as famílias que recebem as parcelas mensais por meio de crédito em conta poupança ou conta CAIXA Fácil, os valores correspondentes ao Abono Natalino serão creditados nessas mesmas contas.

O calendário de pagamentos é de acordo com o final do Número de Inscrição Social (NIS) do responsável familiar apresentado no cartão do Programa Bolsa Família, conforme segue:


A pergunta que fica é: seriam os beneficiários os mesmos “ignorantes, pobres coitados, acomodados e eleitores de cabresto” citados por Bolsonaro?