terça-feira, 24 de novembro de 2020

Mourão lança estudo Bases para uma Estratégia de Longo Prazo do Brasil para a China

Apesar do discurso inflamado – e cuidadosamente direcionado a fanáticos que apoiam o governo – de Jair Bolsonaro contra a China, a futura maior economia mundial, o vice-presidente Hamilton Mourão participa da cerimônia de lançamento do estudo “Bases para uma Estratégia de Longo Prazo do Brasil para a China”, na próxima quinta-feira (26), às 10 horas, por videoconferência.

O documento foi elaborado pela diplomata e economista Tatiana Rosito por solicitação do Conselho Empresarial Brasil-China. O Itamaraty, como se sabe, é comandado por Ernesto Araújo, cuja completa inabilidade e falta de preparo para o cargo fez o Brasil ser o único país com representatividade mundial a ignorar a vitória de Joe Biden à presidência dos Estados Unidos, algo que, internamente, o próprio Donald Trump sabe ser irreversível.

O fato concreto é que o mundo não pode mais viver sem a China. E uma economia liberal como a que prometeu Bolsonaro – e não cumpriu – ainda mais. “Nossa expectativa é que o documento estimule a reflexão sobre a relação entre os dois países e sirva de inspiração para políticas públicas nessa área”, diz o embaixador Luiz Augusto de Castro Neves, presidente do Conselho Empresarial Brasil-China.

Com 148 páginas e dividido em cinco capítulos, o documento propõe uma moldura para o relacionamento com a China desenhada em torno de três eixos (econômico, institucional e de sustentabilidade) e três agendas estruturantes (infraestrutura, finanças e tecnologia).

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Na Gazeta do Povo, Rodrigo Constantino justifica espancamento - e morte - de homem negro no Carrefour

A Gazeta relativizando crime de ódio
Parece inacreditável, mas Rodrigo Constantino, após defender estupradores que atacam mulheres bêbadas, usando sua própria filha como exemplo, agora defende o espancamento de João Alberto Silveira Freitas por dois seguranças do Carrefour de Porto Alegre, que resultou na morte do cliente. Vale ressaltar que o próprio supermercado emitiu nota condenando duramente a ação dos seguranças terceirizados, rompendo o contrato com a empresa, demitindo o próprio funcionário responsável pela loja no momento do crime e fechando a unidade ao público nesta sexta-feira.

Em trecho publicado pelo Sleeping Giants da coluna de Constantino na Gazeta do Povo - único veículo que manteve o colunista após a relativização do estupro -, ele escreveu: "O homem, um sujeito enorme, teria ficha corrida na polícia e teria agredido uma funcionária do Carrefour. Por isso ele foi espancado, não pela cor da pele". Os grifos são meus. Revelam que, mesmo sem ter certeza do que estava falando, Constantino, assim como a trupe de lunáticos bolsonaristas que infernizam o país, se apressou em dizer que não foi caso de racismo. Isso, em pleno Dia da Consciência Negra.

Não sei o restante do conteúdo pois, obviamente, não sou assinante do site.

Desse jeito, não vai adiantar a Gazeta do Povo reclamar da perda de anunciantes, não é mesmo?

Crucificação de Cristo foi golpe?, questiona especial de natal do Porta dos Fundos; veja o trailer

Especial estreia em 10 de dezembro e deve horrorizar hipócritas
O Porta dos Fundos lançou nesta sexta-feira (20/11), o trailer e o cartaz do Especial de Natal 2020, intitulado “Teocracia em Vertigem”.

O cartaz apresenta Jesus de costas e os demais personagens do filme segurando cartazes em manifestação. A imagem traz ainda citações reais ditas pelo Pastor Sargento Isidoro, por Flordelis e por Silas Malafaia sobre o Especial de Natal do Porta de 2019, acompanhadas de ‘bonequinhos’ - conhecida ilustração do jornal O Globo para expressar a sensação dos críticos de cinema ao assistir aos filmes em exibição.

Entre manifestações como “Tchau, querido” e “Que Deus tenha a misericórdia dessa nação. Eu voto sim”, o especial satiriza o cenário político brasileiro desde o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff até os tempos atuais, em uma adaptação da saga bíblica sobre a crucificação de Cristo. “Tivemos a ideia de fazer uma paródia de Democracia em Vertigem (*) justamente para falar da polarização que está acontecendo no Brasil e no mundo. Se hoje está todo mundo falando de posições políticas - porque não explorar isso também na época de Cristo?” conta Fábio Porchat, roteirista do projeto e sócio fundador do Porta dos Fundos.

“Afinal de contas, Jesus foi traído, julgado… Houve golpe, ou não houve golpe? É isso que a gente vai descobrir com os depoimentos daqueles que conviveram com ele, e também dos que se diziam os verdadeiros crentes. Na bíblia daquela época, Deus não tinha filho nenhum. Será que Jesus era…comunista?” completa Porchat.

O Especial deste ano conta com diversas participações especiais -  a diretora de “Democracia em Vertigem”, Petra Costa, e artistas como Clarice Falcão, Daniel Furlan, Emicida, Gabriel Louchard, Hélio de la Peña, Marcos Palmeira, Raphael Logam, Renato Góes, Teresa Cristina, Yuri Marçal, Marco Gonçalves, apenas para citar alguns.

No elenco, estão também os fundadores do grupo - Antonio Tabet, Fábio Porchat, Gregório Duvivier e João Vicente de Castro  - e a trupe fixa do Porta, composta por Evelyn Castro, Fábio de Luca, Gabriel Totoro, Noemia Oliveira, Pedro Benevides, Rafael Infante, Rafael Portugal e Thati Lopes. 

Assista ao trailer:

O Especial de Natal existe desde 2013 no canal do Porta no YouTube. Os cinco primeiros filmes somam 25.6 milhões de visualizações, mais de 3.4 milhões de horas assistidas. “Se Beber, Não Ceie” (2018), vencedor do Emmy Internacional na categoria ‘Humor’, e “A Primeira Tentação de Cristo” (2019), lançados na Netflix, estarão disponíveis para os mais de 16 milhões de inscritos no canal a partir de dezembro.

Sinopse: Em “Teocracia em Vertigem”, o Porta dos Fundos e convidados dão vida à  população da Judéia, e nomes decisivos para o destino de Jesus compartilham depoimentos sobre o caso que levou à morte e ressurreição do filho de Maria. Em uma sociedade polarizada e manipulada pelos desejos das elites, Caifás e Judas Iscariotes são figuras essenciais na escolha entre Jesus vs Barrabás, que Pôncio Pilatos destina ao povo e lava suas mãos.

Nutriex e Rennova doam R$ 1 milhão em produtos para o Araújo Jorge

Hospital recebe doações (F: Divulgação)
O empresário Leonardo Sousa Rezende, CEO das empresas Nutriex e Rennova, entregou R$ 1 milhão em produtos para o Hospital Araújo Jorge, na capital goiana. As empresas da mesma corporação reuniram esforços durante a pandemia e fizeram diversas doações para reduzir o impacto da crise no país, apoiando instituições e profissionais na retomada do mercado. No total, já foram doados mais de R$ 30 milhões nos últimos meses, informam as empresas. A Nutriex atua no mercado de saúde, higiene e proteção, há 20 anos. Já a Rennova é referência e líder no mercado de ácido hialurônico e harmonização facial no país.

“Para nós, essa doação é muito importante do ponto de vista da saúde local. Queremos continuar colaborando com as instituições que estão sofrendo com a pandemia no país e esse foi um dos grandes objetivos do ano aqui na empresa”, declara Leonardo de Sousa Rezende.

Dentre os produtos doados estão máscaras de proteção, álcool higienizador e vitaminas. Hoje, a Nutriex e a Rennova contam com cerca de mil colaboradores, possuem grande presença no mercado internacional e apresentam reconhecido padrão de qualidade e desenvolvimento constante de soluções inovadoras.

O Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ) é a primeira e mais antiga unidade da Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG). Há 64 anos, está no grupo dos maiores e melhores hospitais brasileiros especializados em cancerologia, atendendo, diariamente, cerca de 1.500 pacientes de todas as idades. Anualmente, são realizados mais de 50 mil atendimentos, sendo 88% pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

"Além de contribuírem para a sustentabilidade do Hospital de Câncer Araújo Jorge, iniciativas como a da Nutriex geram impactos positivos para a sociedade como um todo, estimulando a conexão entre pessoas, empresas a causas nobres. Por isso, torcemos para que ações do tipo tenham continuidade e sigam fortalecendo as atividades da instituição, incentivando o amor ao próximo e melhorando ainda mais a assistência prestada ao paciente oncológico", finaliza Deuba Assunção, coordenadora do Setor de Desenvolvimento Institucional (SDI) do Hospital de Câncer Araújo Jorge.

76% dos brasileiros apoiam protestos contra morte de George Floyd nos EUA

Floyd: imobilizado e morto por policial
As imagens do afro-americano George Floyd sendo morto pela polícia de Minneapolis, nos Estados Unidos, percorreram a mídia e geraram uma onda de discussões sobre racismo em todo o mundo. De acordo com estudo realizado pela Ipsos com entrevistados de 15 países, 76% dos brasileiros apoiam os protestos pacíficos e as manifestações que estão tomando as ruas americanas desde o assassinato de Floyd, no final de maio; 12% são contra e 12% não souberam opinar.

As nações cujos entrevistados demonstram maior suporte ao movimento são Canadá (81%), Alemanha e Índia (80%), e África do Sul, Reino Unido e México (79%). Já os países com as taxas mais baixas de apoiadores são Rússia (37%), Japão (61%) e Coreia do Sul (66%). Nos Estados Unidos, o índice de apoio às manifestações é de 75%.

Modus operandi Trump

Entre os participantes da pesquisa no Brasil, apenas 27% disseram aprovar a maneira como o presidente Donald Trump tem administrado a questão dos protestos recentes nos Estados Unidos; 53% desaprovam e 20% não souberam responder.

De 15 nações, a única em que mais da metade dos entrevistados avaliou positivamente como Trump conduziu as manifestações após a morte de Floyd foi a Índia, com 57% de aprovação. O segundo país com o maior número de apoiadores do presidente republicano foram os Estados Unidos, com 28%. Os brasileiros (27%) estão em terceiro entre os que mais aprovam Trump.

Na outra ponta da lista, os ouvidos que demonstram menor suporte à liderança americana neste período de embate nas ruas são os britânicos (11%), os canadenses (13%) e uma tríade europeia: alemães, espanhóis e franceses (14%).

Pacificidade versus violência

Para quatro em cada 10 brasileiros (40%), protestos violentos podem ser considerados uma resposta apropriada à morte de um homem desarmado pela polícia. O Brasil fica em terceiro lugar – de 15 – entre os que mais concordam com a afirmativa. A primeira posição fica com a Índia (50%) e a segunda, com a Rússia (42%).

Na contramão, as nações que menos concordam com o uso de violência para justificar qualquer tipo de manifestação são a Austrália (22%), seguida por Canadá, Alemanha e Reino Unidos (empatados com 23%) e Itália e Estados Unidos (24%).

O Brasil é o país mais solidário às pessoas que estão protestando neste momento: 76% dos entrevistados locais são empáticos aos manifestantes americanos. O México também está na primeira posição, empatado com 76%. Índia e Itália ficam em segundo (74%) e Canadá e Alemanha (73%), em terceiro.

As nações menos solidárias aos que marcham protestando contra o assassinato de George Floyd são Japão (50%), Rússia (56%) e Coreia do Sul (58%). Berço das manifestações, nos Estados Unidos são 65% do total de entrevistados localmente.

A pesquisa on-line foi realizada com 15 mil entrevistados de 15 países, sendo 1.000 brasileiros, entre o período de 04 a 07 de junho de 2020. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 p.p..

Tim cria teclado que avisa sobre termos racistas e sugere substituição

App alerta sobre racismo e sugere sinônimo
O poder para banir do dia a dia expressões e palavras que carregam conotações racistas está na ponta dos dedos. No mês da Consciência Negra, a TIM lança um aplicativo que alerta os usuários sobre o uso de palavras preconceituosas, explica a origem dos termos e propõe substituições. O Teclado Consciente TIM é gratuito, de fácil usabilidade e contribui com a desconstrução do racismo estrutural.

“A educação é fundamental na evolução para uma sociedade mais inclusiva. Queríamos colaborar nessa jornada, usando a nossa tecnologia para alcançar mais pessoas. Foi daí que surgiu a ideia de criarmos o teclado, uma ação criada pela nossa agência, a HavasPlus, em parceria com acadêmicos e profissionais negros da consultoria Vírgula. Retirar expressões racistas do nosso vocabulário reforça a empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro e construir um futuro sem preconceitos”, destaca Ana Paula Castello Branco, diretora de Advertising e Brand Management da TIM.

Para usar o teclado, não precisa ser cliente da operadora: basta baixar o app, que estará disponível gratuitamente para iOS e Android. A ferramenta fica visível no momento em que o usuário digita seus textos em redes sociais ou aplicativos de comunicação, por exemplo, e destaca automaticamente as palavras e expressões consideradas inadequadas. Ao clicar em cima desses termos, o Teclado Consciente TIM explica porque são considerados racistas e oferece opções para a sua substituição — tal como um corretor ortográfico social.

Para que a iniciativa alcance o máximo de pessoas, a TIM lançará uma campanha digital – desenvolvida pela HavasPlus – que divulgará o teclado, principalmente, nas redes sociais. A ação conta com um time de 12 influenciadores negros de diversos segmentos, que vão se unir para produzir conteúdo. São destaques nomes como o humorista Yuri Marçal; a pesquisadora Winnie Bueno; Murilo Araujo, do canal Muro Pequeno; Gleici Damasceno, campeã do BBB18; o fotógrafo Roger Cipó; e a cantora Lellê, dentre outros. IZA, embaixadora da marca, também amplificará a discussão, assim com a influenciadora Camilla de Lucas, do squad da TIM no TikTok.

Inclusão no mercado de trabalho

Outra iniciativa da empresa focada na temática racial é o novo Programa de Estágio, com meta de preencher 50% das 300 vagas com pessoas negras. As inscrições estão abertas até o dia 30/11 no site www.estagiotim.com.br, para estudantes com previsão de formatura a partir de junho de 2022. Buscando gerar ainda mais oportunidades para grupos socialmente minorizados, a companhia revisou o perfil e pré-requisitos do programa: não há restrições relacionadas às instituições de ensino, cursos de graduação e o conhecimento de idiomas foi flexibilizado. A empresa oferecerá, inclusive, um curso básico online de inglês para todas as pessoas inscritas no processo seletivo, mesmo que não sejam aprovados na fase final. 

Mais de um terço dos funcionários da TIM são pessoas negras e o objetivo da companhia é ampliar essa representatividade, inclusive em cargos de liderança – que atualmente é de 13% em posições de gerência e diretoria.

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Candidato derrotado à prefeitura de Manaus quer censura e multa de R$ 100 mil a site

Nicolau: derrota, multa e censura
Newsletter enviada a leitores pela equipe do Intercept Brasil revela nova investida do candidato derrotado à prefeitura de Manaus, Ricardo Nicolau (PSD), contra a liberdade de imprensa. O candidato ficou incomodado com a revelação de que ele e sua família mantêm relações pouco institucionais com magistrados da Justiça amazonense. 

Confira:

"Censura ao TIB: eles querem R$ 100 mil

Ricardo Nicolau, candidato derrotado a prefeito em Manaus, conseguiu censurar uma matéria do Intercept no último fim de semana graças a uma decisão de um juiz que possui relações próximas com sua família. Agora ele quer tirar do ar a segunda reportagem que publicamos sobre o caso e ainda nos cobrar uma multa de R$ 100 mil por dia. 
 
No sábado, Nicolau entrou com uma representação na justiça eleitoral para tirar do ar não somente este texto, mas o site inteiro! Abismados com a decisão do juiz Alexandre Henrique Novaes de Araújo, que falava em “fatos sabidamente inverídicos” sem apontar que fatos eram esses, derrubamos a reportagem no domingo pela manhã porque a multa diária era de R$ 20 mil. Na terça, orientados por nossos advogados, republicamos a matéria com base no entendimento de que com o fim da eleição acabava a censura. Publicamos também um texto em que a repórter Nayara Felizardo explica o que aconteceu e detalha as relações da família Nicolau com o judiciário amazonense, em especial com o magistrado que tão prontamente atendeu ao pedido do então candidato. 
 
Ontem fomos novamente surpreendidos com outro pedido feito por Nicolau à Justiça Eleitoral. Mesmo derrotado na eleição, ele ainda quer ver nosso texto fora do ar e nos prejudicar financeiramente. No novo pedido, o ex-candidato solicita a retirada do ar da segunda reportagem e pede uma multa diária de R$ 100 mil. Pede também o pagamento de outros R$ 20 mil como punição pela suposta desobediência à ordem judicial, que não aconteceu.
 
É assim que agem os poderosos deste país diante do jornalismo independente. A reportagem de Nayara é correta do início ao fim. Baseada em ampla documentação e cuidadoso trabalho de apuração. Pelo menos 7 profissionais se envolveram na produção da matéria: além da repórter, editores, advogados. Os pedidos de Ricardo Nicolau não apontam um único equívoco no texto e ainda assim, fomos obrigados a tirá-la do ar no domingo. 
 
Se as exigências feitas por ele forem acatadas será um triste marco no desrespeito à liberdade de imprensa. Alguns colegas já se manifestaram diante desse horror. O jornalista Reinaldo Azevedo escreveu sobre o caso, que chamou de “surrealista”. A Abraji atentou para um fato: Letícia Kleim, assessora jurídica da entidade dos jornalistas investigativos, avalia que as semelhanças entre as quatro petições feitas pela coligação “podem indicar uma tentativa de controlar a livre distribuição dos processos”. O Conjur foi na mesma linha: “Merecem ser investigadas as suspeitas de fraude à livre distribuição, diante do ajuizamento de quatro ações sucessivas e com o mesmo objeto, até que ocorresse a distribuição ao juiz que proferiu essa inusitada decisão".

Por Paula Bianchi, The Intercept Brasil"

Animação de Goiânia está entre os filmes selecionados pelo Petrobras Cultural para Crianças

O curta de animação goianiense Geração Alpha, "uma história que incentiva nossas crianças à leitura", segundo os produtores, foi um dos projetos selecionados pelo projeto Petrobras Cultural Para Crianças. A peça, produzida pela Caolha Filmes, foi uma das 16 escolhidas entre 49o inscritos. As produções são voltadas especialmente para crianças de até 6 anos.

As produções serão exibidas em plataformas digitais. O resultado foi anunciado nesta quarta-feira (18/11), com contemplados de oito estados e o Distrito Federal, que apresentaram propostas de temas variados, curtas e médias metragens e diferentes técnicas de animação. A verba total investida pela Petrobras será de R$ 4 milhões.

“Temos visto que o Brasil é um celeiro cultural enorme para esse segmento destinado à primeira infância. Acreditamos que incentivar a animação pode impulsionar a produção de filmes de qualidade para essa faixa etária”, comenta o gerente de Patrocínio e Eventos da Petrobras, Aislan Greca.

Os projetos foram selecionados após etapas de checagem pela equipe da Petrobras e análise técnica com o auxílio de especialistas em primeira infância e em cinema de animação. Para Tiago MAL, animador e produtor audiovisual que integrou a comissão de seleção, a animação para o público infantil no Brasil está em um patamar muito elevado, o que ficou expresso nos projetos contemplados. “Os resultados obtidos são recortes de uma produção robusta, incrivelmente criativa e que se desenvolve em todas as regiões”, afirma Tiago, que atua na área de animação infantil como produtor e animador em curtas‐metragens, vídeos institucionais e comerciais.

A diversidade regional dos projetos inscritos também é destacada por Bruno Honda, outro especialista que participou da seleção. “Pude avaliar projetos de todas as regiões do Brasil, com uma diversidade de olhar de tamanho tão continental quanto o nosso país”, comenta o animador, com ampla experiência em criação de séries animadas, além de ser diretor, produtor, designer e ilustrador.

Petrobras Cultural para Crianças

A Petrobras vem apoiando projetos que incentivam a primeira infância, que vai de zero até os 6 anos. Diversas pesquisas reforçam que nesta fase se desenvolvem as habilidades cognitivas fundamentais que vão durar para toda a vida. Além disso, o cérebro da criança tem um enorme poder de absorção, sendo território fértil e aberto para as práticas artísticas, educativas e culturais. Assim, investir na Primeira Infância é possibilitar a evolução de competências essenciais para uma criança, tendo em vista que nessa fase são vividas experiências e descobertas que são levadas para o resto da vida e podem transformar realidades.

A iniciativa Petrobras Cultural para Crianças já lançou em 2020 outras duas chamadas para recebimento de projetos. A primeira, com investimento de R$ 4 milhões para artes cênicas, terá espetáculos de teatro e dança que começam a ser exibidos no início de 2021. A outra, para feiras e eventos literários, com valor total de R$ 2 milhões, está com inscrições abertas pelo site www.petrobras.com.br/cultura até 8 de janeiro de 2021.

Confira os contemplados:

Geração Alpha
Caolha Filmes, de Goiânia (GO)

A Baleia Mágica
Douglas Ferreira Produções, de São Paulo (SP)

Anacleto, o Balão
Dogzilla Studio, de Curitiba (PR)

As Aventuras da Toninha Babi – Novos Mares
Rizoma Estúdio, de Joinville (SC)

Auts & Stella
Ideograma Filmes, de Salvador (BA)

Celeste
Spirit Animation, de Curitiba (PR)

Maréu

Caseiras Produções Culturais, do Rio de Janeiro (RJ)

Martina e Guará
Estudio Paulares, de Belo Horizonte (MG)

Menino Monstro
Pink Flamingo Filmes, de São Paulo (SP)

Música das Esferas
Bummub, de São Paulo (SP)

O Micronauta
Macaco Hábil - Gabinete de Curiosidades, de Goiânia (GO)

O Tubarão Martelo e os Habitantes do Fundo do Mar
Luz Comunicação, de Belo Horizonte (MG)

Os Novos Brinquedos de Lupita
Petit Fabrik , de Manaus (AM)

Pulsa Passarinho
Makoto Studio, de Brasília (DF)

Tom Tamborim
Hasta La Luna Iniciativas Culturais, de Salvador (BA)

Turma do Folclore - Os Protetores da Natureza
Canoa Produtora, de São Paulo (SP)

4 em cada 5 brasileiros tomariam vacina contra Covid-19, mostra Ipsos

Entre os que optam pela não-vacinação, 48% justificam que os testes clínicos estão avançando rápido demais

No Brasil, 81% das pessoas se vacinariam contra a Covid-19 caso uma imunização estivesse disponível. É o que mostra a edição de outubro da pesquisa “Global Attitudes on a Covid-19 Vaccine”, realizada pela Ipsos com entrevistados de 15 países, sendo mil brasileiros. Em agosto, eram 88%.

Considerando todas as nações participantes do estudo, a média global de pessoas que pretendem se vacinar é de 73%. Índia (87%), China (85%) e Coreia do Sul (83%) lideram com os índices mais altos de adesão à vacinação – o Brasil vem em 4º lugar. Já os países com menor intenção de se imunizar contra a Covid-19 são França (54%), Estados Unidos s Espanha (empatados com 64%) e Itália (65%). Desde o último levantamento, há pouco mais de dois meses, houve declínio na intenção de tomar vacina em 10 das 15 nações avaliadas.

Ainda de acordo com a pesquisa, 4 em cada 10 entrevistados brasileiros (40%) acreditam que a vacina só estará disponível para o uso geral daqui 4 a 6 meses. Mais otimistas, 23% acham que a imunização vai à mercado entre 2 a 3 meses e 4% creem que será em 1 mês. Entre aqueles com uma expectativa mais baixa, 11% acreditam que o país terá vacinação daqui 9 meses, 12% acham que só após um ano e 10%, ou seja, 1 em cada 10, creem que a vacina contra Covid-19 só estará disponível daqui 18 meses ou mais.

Justificando a não-vacinação

Entre o percentual de brasileiros que não tomaria a vacina caso estivesse disponível, 48% justificaram que estão preocupados com o avanço muito rápido dos testes clínicos. Além disso, 27% citaram preocupação com os efeitos colaterais, 7% não se vacinariam pois não acreditam que a imunização seria eficaz, 7% alegam que o risco de contágio pela Covid-19 é baixo, 6% se declaram contra vacinações em geral e 3% mencionaram outras razões. Globalmente, o motivo mais citado foi a preocupação com efeitos colaterais (34%).

Quando perguntados se concordam que “a chance de ter Covid-19 é tão pequena que a vacina não é necessária”, o percentual de respostas afirmativas dos brasileiros ficou entre os mais baixos. Apenas 18% concordam com a frase, atrás do Canadá (16% de concordância) e Coreia do Sul, México e Reino Unido (cada um deles com 17%). Por outro lado, os países que mais concordam são Índia (52%), Estados Unidos (31%) e China (29%).

A pesquisa on-line foi realizada entre os dias 08 e 13 de outubro de 2020 com 18.526 entrevistados de 15 países com idade de 16 a 74 anos. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.

Goiânia é apenas a 10ª capital mais competitiva

 Região Centro-Oeste teve desempenho mediano na primeira edição do Ranking de Competitividade dos Municípios, com poucos municípios no topo, mas apenas dois entre os 50 piores

Goiânia ficou em 90º lugar entre cidades com mais
de 80 mil habitantes (F: Paulo José/Prefeitura)
Com duas capitais entre as 100 cidades mais competitivas do país, a região Centro-Oeste teve um desempenho mediano no Ranking de Competitividade dos Municípios, realizado pelo CLP (Centro de Liderança Pública), em parceria com a Gove e o SEBRAE, que analisa a capacidade competitiva de 405 cidades com mais de 80 mil habitantes do País. A cidade mais bem colocada na região foi a capital de Goiás, Goiânia, que figurou na 90ª posição do ranking geral e na 10ª posição considerando apenas as capitais, com destaque para seu bom desempenho na dimensão Econômica, que engloba pilares, como Capital Humano, Inserção Econômica e Telecomunicações.

Pouco atrás de Goiânia, na 93ª colocação no ranking geral, ficou a capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, que se destacou pelo bom desempenho na dimensão Institucional, na qual ficou em 39º lugar. Esta dimensão leva em conta pilares como Funcionamento da Máquina pública e Sustentabilidade Fiscal.

Ao todo, foram analisados 28 municípios do Centro-Oeste, o que equivale a 6,9% da amostra, sendo a região com menor número de municípios no estudo. Na média, um município do Centro-Oeste ocupa a metade de baixo do ranking geral, na posição 237 no ranking geral. Os números também revelam as disparidades entre municípios dentro do próprio Estado de Goiás. Se por um lado é o que tem a cidade mais bem colocada no ranking geral, por outro é o que concentra o maior número de municípios mal colocados da região. Todos os cinco últimos colocados do Centro-Oeste pertencem ao Estado de Goiás: Senador Canedo, Águas Lindas de Goiás, Novo Gama, Luziânia e Planaltina, sendo que estas duas últimas figuram entre as 50 piores colocadas no ranking.

"Depois de nove edições do Ranking de Competitividade dos Estados decidimos ampliar a análise competitiva da gestão pública também para a esfera municipal. Os recém-eleitos podem obter um amplo mapeamento dos desafios, direcionando, de forma mais precisa, a atuação das lideranças municipais para planejamento e atuação para aquilo que é prioritário. Na outra ponta, além de atrair novas empresas, também é uma ferramenta para cidadãos avaliarem e cobrarem de forma eficiente o desempenho dos formuladores de políticas públicas", afirma Tadeu Barros, diretor de Operações do CLP.

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Deputada Delegada Adriana Accorsi e família sofrem ameaça de morte

A deputada estadual Delegada Adriana Accorsi, ex-candidata do PT à Prefeitura de Goiânia, recebeu na segunda-feira ameaça de morte contra ela e a família através de uma mensagem privada no Instagram. Nela, o perfil hugorossi47, provavelmente criado apenas para o ato criminoso diz: 

-"Não existe policial esquerdista, pq (sic) defende bandido tem que morrer". 

-"Eu sei que você não tem treinamento tático e sua família é fácil ser encontrada"

-"Goiás não é merda do Nordeste"

"Comunista, já comprou caixão da Verônica e da Helena?", referindo-se às filhas da deputada e delegada.

Imediatamente, a Polícia Civil foi acionada e investiga o caso. Uma escolta armada segue na proteção da família de Adriana Accorsi.

(*) Com informações da assessoria

Juiz amigo de candidato censura reportagem do Intercept Brasil

Juiz Araújo (esq.) e juíza Rebeca Mendonça, no 
 aniversário que revelou no Instagram a amizade entre
empresário e juízes
"Se você tentou acessar a reportagem “Candidato de Manaus conta com o hospital da família, a covid e o Judiciário para subir nas pesquisas” e não conseguiu, o motivo é simples: nós fomos censurados. O texto, publicado em 13 de novembro e retirado do ar pela Justiça Eleitoral amazonense dois dias depois, contava como o candidato agora derrotado à prefeitura da capital Ricardo Nicolau, do PSD, aproveitou o acesso privilegiado que tinha ao interior do hospital municipal de campanha de Manaus para gravar imagens vestido de branco e visitando leitos de pacientes como se fosse um médico – ele não é."

Assim começa a reportagem de Nayara Felizardo, no Intercept Brasil, que revela estranhas relações entre a política e a justiça amazonenses. A reportagem censurada mostrava as relações de amizade entre a juíza eleitoral Margareth Rose Cruz Hoaegen, que decidiu em favor de Nicolau contra adversários, "é grande amiga de Jeanne Nicolau, cunhada do candidato. A juíza também esteve no aniversário de Jean Cleuter, advogado de Ricardo Nicolau".

Também revela a reportagem que "o juiz Alexandre Henrique Novaes de Araújo, que, assim como a juíza Hoaegen, também tem relações próximas com o grupo Samel e com a família Nicolau", foi um dos magistrados que recebeu uma das representações de Nicolau contra a reportagem. "O juiz Araújo, que determinou a censura à reportagem, foi um dos ilustres convidados de uma festa que celebrava o aniversário de Alberto Nicolau, irmão do candidato derrotado Ricardo Nicolau", segue a reportagem.

A matéria completa você pode verificar aqui.

Jovens poderiam ter mudado rumo da eleição municipal em Goiânia

Participação de eleitores de 17 e 18 anos foi a menor nos últimos 30 anos

O resultado do primeiro turno da disputa entre Maguito Vilela (MDB) e Vanderlan Cardoso (PSD) poderia ter sido diferente se os jovens de 17 e 18 anos tivessem participado das eleições. Essa constatação é do Doutor em Educação Histórica, professor no Curso Positivo e autor do livro "Guia Prático sobre Democracia para Jovens", Daniel Medeiros, com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em 2020, apenas 5% dos jovens entre 16 e 17 anos fizeram o título de eleitor, o que representa a menor participação dessa faixa etária registrada nos últimos 30 anos. É ponto pacífico entre os especialistas que um grande número de abstenções nas urnas sempre favorece quem tem mais votos. Quem escolhe não votar ou opta por votar branco ou nulo está, no fundo, dando vantagem para o candidato que estiver à frente na corrida eleitoral. Então, explica o professor, uma participação mais significativa dos jovens que ainda não são obrigados a votar “poderia ter, pelo menos, diminuído ou aumentado a diferença entre os candidatos que foram para o segundo turno. O voto dessa faixa etária teria um impacto importante, sem dúvida”.

Medeiros, que atua como professor há 36 anos, afirma que para educar cidadãos interessados no jogo democrático é preciso fazer com que eles entendam desde cedo como esse jogo funciona. “Não foi o jovem que perdeu o interesse na política, mas a política que perdeu o interesse no jovem”, destaca.

Para que os mais novos participem mais da vida política do país é necessário permitir que eles exercitem atividades como a da proposição de ideias, o debate e a construção de consenso para formar maiorias, por exemplo. “A política exige conhecimento e prática e não é, portanto, um processo natural. Eu sempre relaciono isso a assistir ou jogar, por exemplo, o baseball. Imagine assistir a uma partida ou, pior, jogar baseball, sem conhecer as regras do jogo... seria impossível”, compara o especialista. Para ele, a escola precisa dar protagonismo ao jovem como um agente atuante nas decisões tomadas na comunidade escolar.

Medeiros conversa sobre o tema com a professora de História e mestre em Educação Maria Carolina Magalhães Santos no 14º episódio do podcast PodAprender, cujo tema é “Como ensinar democracia dentro e fora da sala de aula”. O programa pode ser ouvido no site do Sistema de Ensino Aprende Brasil (sistemaaprendebrasil.com.br), nas plataformas Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e nos principais agregadores de podcasts disponíveis no Brasil.