segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Déficit previdenciário é invenção do governo para enganar população, afirma auditora da Receita

A auditora aposentada Maria Lucia Fattorelli, fundadora da associação Auditoria Cidadã da Dívida e uma das responsáveis por auditorias financeiras na Grécia e no Equador, afirmou que o governo Temer “cria factoides para embutir na consciência da população que apenas com a Reforma Previdenciária o Brasil voltará a crescer”. O tema foi debatido na quinta-feira (30) no 24° Congresso Nacional da Confederação Nacional dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), em Brasília (DF), evento com a participação de centenas de sindicalistas e especialistas palestrantes.

Maria Fattorelli afirma que governo mente sobre Previdência
"A dívida pública é um mega esquema de corrupção institucionalizado. Ao apresentar os gastos previdenciários, o Governo Federal não considera a cesta toda. Ele pega somente a contribuição do INSS e compara com a despesa total, desprezando Confins, PIS, PASEP e outros recursos que fazem parte da Seguridade Social. A conta está errada e o governo fabrica esse déficit propositalmente e de forma criminosa", afirma Fattorelli.

Para a especialista, ao contrário do que afirma a equipe do Planalto, a dívida pública é a grande responsável pela atual crise econômica, além da sonegação fiscal e dos casos de desvio de verbas oriundos da corrupção. "De 1995 a 2015, tivemos um superávit primário de um trilhão de reais. Quer dizer, o problema da crise não está nos gastos sociais ou no investimento público, mas na prática de juro abusivo e de uma dívida, que hoje consome 44% do Orçamento Geral da União. Gastos com saúde, educação e Previdência, juntos, não ultrapassam os 30% desse montante. Essa conta mostra que estamos priorizando o mercado ou invés da população", alerta Lucia. 

“O único setor que ganha com essa contrarreforma é o setor financeiro. Ganha muito e de várias formas”, coloca Maria Lucia. Para a auditora, a ostensiva propaganda que o Governo Federal vem fazendo para justificar a PEC 287 tem funcionado como um incentivo à busca por planos de previdência privada, que precisam continuamente aumentar a sua clientela para cobrir seus elevados custos e lucros.  “Essa propaganda governamental configura uma infâmia, sob vários aspectos, pois além de mentir sobre um déficit que não existe e desincentivar a contribuição para a Previdência Social, ainda utiliza recursos públicos de maneira ilegal, ferindo a Constituição Federal, que estabelece parâmetros claros para a publicidade institucional, limitando-a a peças de caráter educativo, informativo ou de orientação social, o que não se aplica à enganosa propaganda que tem sido veiculada”, finaliza.

Para João Domingos, presidente da CSPB, é preciso engajamento de todos os setores da sociedade civil organizada para que se restabeleça o Estado Social de Direito no Brasil, que hoje “passa por um processo de implantação do liberalismo sem precedentes”. “Hoje, vivemos num estado liberal de direito, onde os interesses do poder econômico se colocam acima dos direitos da população. Precisamos virar esse jogo unidos, com a participação de toda a sociedade para colocarmos no Congresso Nacional lideranças que representem os interesse da classe trabalhadora e repudiem projetos como a reforma previdenciária”, disse Domingos.

Da assessoria

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Romero Jucá é confrontado em avião e tenta agredir passageira

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), aquele que foi gravado pela Polícia Federal conspirando para derrubar Dilma Roussef para "estancar a sangria" da Lava Jato, tentou agredir uma passageira em um voo. Ao perceber a presença do político, alvo de várias denúncias de corrupção, no avião, a passageira questionou o senador. Jucá, que é do primeiro time de Michel Temer, tentou agredir a mulher, mas diante do apoio de outros passageiros aos questionamentos dela, teve apenas que ouvir - e bater boca. As informações são do Blog do Rovai, na Revista Forum. Assista ao vídeo.


segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Ecad perde ação e estabelecimentos de Curitiba estão desobrigados de recolher direitos

O Tribunal de Justiça do Paraná negou uma apelação do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) contra uma decisão favorável à Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrabar) que impede a aplicação de multas a estabelecimentos associados à entidade pelo não recolhimento dos direitos autorais pela execução de músicas em seus ambientes. De acordo com o presidente da Abrabar e do Sindiabrabar, o empresário Fábio Aguayo, o Escritório também não pode mais recolher direitos autorais de estabelecimentos associados à entidade em Curitiba. 

Não cabe mais recurso contra a decisão. Os estabelecimentos também podem receber de volta os valores depositados em juízo durante o período de julgamento da ação, apresentada em 2011. Nela, a Abrabar exigia que o Ecad utilizasse critérios claros na definição dos valores cobrados dos bares e restaurantes. De acordo com a decisão, o Ecad não conseguiu explicar seus próprios critérios. Por decisão do desembargador Andersen Espínola, acompanhada por unanimidade pela 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná, todas as multas aplicadas pelo Ecad no período também são nulas.

"Ao considerar ilegítima a forma de cobrança, a decisão poderá ter efeito multiplicativo em relação a outras ações movidas pelo Ecad no Paraná em todo o Brasil", afirma Aguayo. "Sabedores disso, eles desistiram do recurso em Brasília e nossa ação terminou de fato e com nossa vitória em todos os recursos inimagináveis no Tribunal de Justiça" conclui.

Estabelecimentos que fazem parte da ação devem procurar o escritório de advocacia da Abrabar para proceder o recebimento dos recursos pagos em juízo.

Veja a decisão:





Revista Veja distorceu entrevista, afirma advogado paranaense que atua na Lava Jato

Bretas contesta Veja! (F: Divulgação)
A edição desta semana da Revista Veja tem como matéria de capa uma entrevista com o advogado paranaense Adriano Bretas, que atua na área criminalista e na defesa de clientes envolvidos na Operação Lava Jato.

De acordo com o advogado, o conteúdo publicado foi totalmente diferente ao enfoque proposto pela revista para a entrevista, além de conter inverdades. Também considerou ofensivas as imagens publicadas na matéria, de fotos tiradas em um momento de descontração, após conceder a entrevista.

Por discordar do conteúdo publicado, Adriano Bretas divulgou nota de esclarecimento.

"NOTA PÚBLICA

Sobre a matéria de capa da Revista VEJA desta semana, venho a público esclarecer:

1. Efetivamente fui entrevistado, mas o enfoque original da matéria era diametralmente oposto ao que foi publicado. Tratava-se de uma reportagem sobre as trajetórias profissionais e históricos de vida de advogados atuantes na operação Lava Jato. Infelizmente, este enfoque não foi o publicado.

2. Jamais adentrei em temas que envolvem sigilo profissional, como a questão de honorários. Com relação ao meu escritório, posso afirmar que os valores lá mencionados se afastam totalmente da realidade; são especulativos e superestimados.

3. Aceitei tirar algumas fotos para a Revista. Depois de algumas fotografias, na biblioteca do escritório, acendi um charuto, como faço habitualmente, no final do expediente. Nesse contexto, o fotógrafo captou, num momento de descontração, algumas imagens que, infelizmente, acabaram por ilustrar a matéria.

4. Lamento o enfoque materialista da reportagem que, além de desprezar todos os atributos técnicos que possuem os advogados, faz parecer falsamente à sociedade que esses profissionais têm boa vida e se enriquecem com o dinheiro do crime. Lamento ainda que minha foto e meu nome tenham sido utilizados com esse intento. Esse discurso maldoso é cada vez mais repetido por aqueles que fingem não entender a difícil e indispensável missão de defender alguém com zelo, responsabilidade e ética.

5. Esclareço, finalmente, que, entre outras incongruências contidas na matéria, meu escritório não é “gigante”, não sou rico, nem filho único.

Curitiba, 24 de novembro de 2017.

Adriano Bretas"

(*) Da assessoria

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Promotores de eventos questionam forma de cobrança do ECAD e podem decidir por depósito em juízo

Não é só com bares e restaurantes - e com os próprios detentores dos direitos autorais - que o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) está em conflito. Após derrota judicial em Curitiba, onde estabelecimentos vinculados à Abrabar (Associação Brasileira de Bares, Casas Noturnas e Similares), em uma ação promovida pelo seu presidente, Fábio Aguayo, passaram a depositar direitos autorais em juízo, agora promotores de eventos de todo o país podem fazer o mesmo. No caso de Curitiba, a decisão judicial se deveu ao fato de o Ecad não conseguir comprovar a correta distribuição dos direitos. Entre os promotores de eventos, o questionamento se dá quanto aos critérios de cobrança.

Congresso

Belo Horizonte sediará nos dias 21 e 22 de novembro o II Congresso Brasileiro dos Promotores de Eventos, uma iniciativa da ABRAPE – Associação Brasileira dos Promotores de Eventos que reunirá profissionais do segmento de todo o paísO evento, que será realizado no Mercure Lourdes Hotel (Av. do Contorno, 7315 - Lourdes, Belo Horizonte  MG), tem como uma das pautas prioritárias a discussão acerca da forma de cobrança feita pelo ECAD - Escritório Central de Arrecadação e Distribuição.


Xaulim: critérios para a cobrança (Foto: Bianca Crispim)
O ECAD, que é um escritório privado responsável pela a arrecadação e distribuição dos direitos autorais das músicas aos seus autores, cobra dos produtores de eventos taxas referentes à execução das canções. De acordo com o presidente da ABRAPE, Carlos Alberto Xaulim, o questionamento da entidade não é se deve ou não pagar, mas sim a forma como os valores são definidos. “Os critérios do ECAD são muito subjetivos e provocam uma relação muito conflitante. Por isso, decidiremos durante o Congresso se a partir da próxima semana os associados à ABRAPE passarão a depositar o valor referente ao pagamento de direitos autoriais somente em juízo para que a justiça arbitre o valor a ser recolhido.”, explica Xaulim.

As discussões sobre a forma de cobrança do ECAD serão mediadas durante o Congresso por Doreni Caramori, diretor do Grupo All (SC) e Lucio Oliveira, diretor da Artbhz (MG). O presidente da ABRAPE afirma que já foram realizadas diversas tentativas de diálogos com o ECAD que não tiveram sucesso. “Queremos estabelecer um diálogo harmonioso, positivo e eficiente, onde usuários entendam que é necessário o pagamento dos direitos autorais e que o ECAD conscientize que precisa ter critérios objetivos na cobrança das taxas. Inclusive, enviamos convite para a Superintendente do ECAD participar do Congresso, além de outras correspondências, e não tivemos resposta”, conta. 

Em documento enviado à Superintendente do ECAD, Glória Braga, a ABRAPE deixa claro que a intenção da entidade é que as partes se entendam e que o direito autoral seja devidamente pago aos seus detentores. “Essa judicialização tem crescido muito e pode se transformar em regra! Existem propostas, de associados e de não associados, no sentido de que a Abrape encampe a tese do pagamento dos direitos autorais em Minas Gerais via depósito judicial em todos os shows realizados no Estado.  Se essa tese prevalecer, corre-se o risco de a posição de Minas Gerais estender-se a outros Estados e o direito autoral referente às apresentações de shows ao vivo virar pó!”, revela a correspondência.

Xaulim exemplifica um acontecimento recente de mudança do mercado que envolvia o direito autoral. “A indústria fonográfica não acreditava na pirataria, achava que era só um foco pequeno, localizado. No entanto, a pirataria praticamente inviabilizou as gravadoras! Fugiu ao controle de todos e se estabeleceu. A posição da diretoria da Abrape é no sentido que o pagamento dos direitos autorais seja reconhecido como propriedade dos compositores e que, por isso, deve ser pago”, completa o presidente da ABRAPE.

De acordo com informações obtidas por meio do site do ECAD, “o cálculo do direito autoral é realizado de acordo com os critérios estabelecidos no Regulamento de Arrecadação e sua Tabela de Preços, sendo estes definidos pelos próprios titulares do direito autoral, através da Assembleia Geral do ECAD, formada pelas associações de música que o integram. Ambos são baseados em critérios utilizados internacionalmente”.

Serviço:
II Congresso Brasileiro dos Promotores de Eventos
Datas: 21 e 22 de novembro, terça e quarta-feira
Programação completa e inscrições pelo site www.abrape.art.br
Mais informações ao público: 31 97305-5375

(*) Com informações da assessoria

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Apenas 2% confiam em governos para segurança on line

Apenas 2% das pessoas no mundo todo confiam nos governos para garantir segurança on line. Em contrapartida, 40% das pessoas acreditam que organizações sem fins lucrativos podem auxiliá-las nesse sentido. Os dados são de uma pesquisa realizada pela Mozilla, empresa responsável pelo navegador de código livre Fire Fox.

A pesquisa on line realizada em agosto teve a participação de quase 190 mil pessoas, 7% delas do Brasil. O país ficou em quinto lugar, atrás de França, Itália, Alemanha e Estados Unidos. Os temas abordados foram desde a conectividade até as impressões sobre o futuro do Mundo.

A pesquisa pode ser verificada na íntegra neste link.


SENADO: Proposta que pede fim de auxílio moradia para políticos registra meio milhão de votos

Sugestão nº 30 de 2017, que pede o fim do auxílio moradia para deputados, juízes e senadores, registrou, até o momento, cerca de 544 mil manifestações de internautas, sendo 99% favorável.
A SUG surgiu de uma ideia legislativa enviada para o Portal e-Cidadania, do Senado Federal, por Marcela Tavares, do Rio de Janeiro, em 11 de julho e, no mesmo dia, alcançou os 20 mil apoios necessários para que fosse debatida na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal.
A autora, que tem um canal no Youtube, compara as regalias da classe no Brasil com a realidade de outros países, e justifica: “Se o Fim do Auxílio Moradia para Deputados, Senadores e Juízes for aprovado, estaremos dando início à moralização na utilização dos recursos provenientes dos impostos pagos pelo povo. Um país mais justo, igualitário e sem privilégios."​
Todos podem participar das atividades legislativas do Senado Federal pelo Portal e-Cidadania, enviando sugestões de ideias legislativas, perguntas e comentários nos eventos interativos, além de poder votar nos projetos de iniciativa dos Senadores.
Da Assessoria

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

6º Prêmio República: inscrições abertas para projetos de membros do MPF, jornalistas, advocacia e responsabilidade social

Estão abertas inscrições para a sexta edição do Prêmio República de Valorização do MPF.  O registro das iniciativas pode ser feito entre os dias 2 de novembro de 2017 e 2 de fevereiro de 2018.

Criado em 2012, o Prêmio República é uma iniciativa promovida pela Associação Nacional dos Procuradores da República que tem como objetivo identificar, reconhecer e homenagear a atuação dos membros do MPF, além de estimular parcerias entre os entes que se dedicam à promoção da Justiça e à defesa do Estado Democrático de Direito com projetos de responsabilidade social e também reportagens jornalísticas. Nos últimos cinco anos, foram distribuídos 85 troféus entre os mais de 300 inscritos.

Em 2018, a premiação inova e acrescenta uma nova categoria – Advocacia de Direitos Coletivos – que receberá trabalhos de advogados e de escritórios de advocacia que comungam do mesmo ideal do MPF na luta pelos direitos humanos, cidadania e no combate à improbidade administrativa. Outra novidade da sexta edição é a publicação de um livro com artigos sobre as iniciativas vencedoras.

Para participar, basta acessar a página: www.anpr.org.br/premiorepublica, criar login e senha, preencher a ficha de inscrição eletrônica e anexar o artigo ou matéria, respeitando o formato pedido. Cada participante poderá inscrever até três trabalhos.

Da assessoria

Site ajuda a descobrir se você teve sua senha vazada

O hotsite MinhaSenha.com, lançado recentemente pela Axur, empresa brasileira especializada em monitoramento de riscos digitais, permite que as pessoas descubram se suas senhas, que geralmente usam em logins ou e-mails para e-commerce, portais e apps, vazaram na internet.

No site, o usuário pode testar seus e-mails pessoais para descobrir se teve alguma senha divulgada na internet atrelada àquele endereço eletrônico. Em caso positivo, ele receberá a senha por e-mail e poderá alterá-la em todos os sistemas em que ela é usada. Dessa forma, o internauta evita que criminosos roubem dados pessoais ou façam compras em seu nome em plataformas de comércio eletrônico, por exemplo.

Além dos e-mails pessoais, o usuário também pode verificar se o endereço corporativo foi vazado. Caso as senhas de trabalho também estejam comprometidas, o sistema informará se existem outros e-mails e senhas vazados da mesma empresa, assim a área de segurança ou TI poderá tomar as devidas providências.

No último ano, mais de 2 bilhões de senhas foram vazadas na internet, sendo pelo menos 5% delas de consumidores brasileiros, segundo dados de levantamentos da Axur.

(*) Com informações da assessoria de imprensa

sábado, 11 de novembro de 2017

Policial levou vereador para Batalhão porque se arrependeu da prisão

O sargento da Polícia Militar que prendeu ontem o vereador Vinicius Cirqueira (Pros), vice-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, em uma blitz conduziu o parlamentar ao Batalhão de Choque ao perceber a arbitrariedade da ação. O procedimento correto nesses casos é levar à Central de Flagrantes, para a autuação da autoridade civil, ou seja, um delegado. A informação foi obtida por uma fonte do blog.

Em entrevista coletiva ontem o próprio porta-voz da PM, tenente-coronel Marcelo Granja, disse que o policial não soube como proceder: "Ele foi para o Batalhão de Choque visando o que, por ele ter ficado, na hora, ele não sabia o que fazia", declarou o coronel.



O blog apurou que o sargento que efetuou a prisão (em um dos vídeos, ele aparece dando uma joelhada no vereador, que está algemado), que não teve o nome revelado, segundo testemunhas porque retirou a tarja com a identificação da farda, queria, na verdade, liberar o vereador no próprio batalhão, sem oficializar a prisão. Mas foi impedido pelo comandante local, que o obrigou a concluir o procedimento, provavelmente percebendo o tamanho do problema criado.

Parte da ação foi filmada por outro vereador, o guarda municipal Romário Policarpo (PTC), que estava no carro junto com Cirqueira.

Racismo

 

A confusão se deu, segundo conta Policarpo, após o veículo oficial da vice-presidência da Câmara ter sido parado em uma blitz. Nele estavam os dois vereadores e o assessor Armindo Júnior. O primeiro policial teria liberado o veículo após verificar a documentação. Um sargento, porém, teria obrigado os ocupantes a descerem do veículo após ofensas racistas: "Ele disse que não era para liberar o carro porque tinham dois negrinhos de olho vermelho dentro do carro. Era para descer todo mundo e revistar o carro porque tinha alguma coisa", afirma Policarpo.

Cirqueira teria sido preso ao defender Policarpo e Armindo das ofensas. Ele pagou fiança de R$ 3 mil e foi liberado. Os vereadores decidiram também registrar uma ocorrência por racismo contra o sargento. A PM afirma que vai apurar o caso.

Em nota, o presidente da Câmara, vereador Andrey Azeredo (PMDB), repudiou a ação dos policiais. 

Confira:

Câmara Municipal de Goiânia repudia ato envolvendo vereadores

A Câmara Municipal de Goiânia, como uma Casa de leis, preza pelo cumprimento dos direitos e deveres de todo e qualquer cidadão. Assim como o princípio da dignidade da pessoa humana, que é constitucional, e dos valores fundamentais do Estado Democrático de Direito.

Diante do fato ocorrido na tarde desta sexta feira, 10, envolvendo dois vereadores de Goiânia, Vinícius Cirqueira, vice-Presidente da Casa, e Romário Policarpo, a Câmara Municipal de Goiânia repudia veementemente a forma como se desencadeou uma abordagem policial durante uma blitz.

A Câmara Municipal de Goiânia destaca o bom e respeitoso relacionamento que tem com a instituição Polícia Militar do Estado de Goiás, mas lamenta profundamente este fato isolado envolvendo alguns policiais integrantes desta força de segurança pública.

Os questionamentos são em relação ao uso desproporcional da força, inclusive com o uso desnecessário de algemas no vereador Vinícius Cirqueira e a forma racista como o vereador Romário Policarpo e um servidor da Câmara, que são negros, foram tratados por um policial.

Acompanhamos de perto todos os trâmites na delegacia. A Câmara Municipal de Goiânia se coloca na defesa dos direitos dos cidadãos e das prerrogativas de todos os vereadores, que são os legítimos representantes da população goianiense. Esperamos por parte das autoridades competentes a devida investigação e esclarecimento dos fatos de forma célere e responsável.


Goiânia, 10 de novembro de 2017.


Andrey Azeredo
Presidente da Câmara Municipal de Goiânia

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Marcelo Nova lança livro em Curitiba

O músico e compositor Marcelo Nova lança seu  livro ‘Marcelo Nova: O Galope do Tempo’  na próxima terça-feira, 14, no Shopping Crystal, em Curitiba.

Em formato de entrevista, o livro é conduzido pelo jornalista André Barcinski e traz histórias da infância e da adolescência de Marcelo, sua relação curta – porém intensa – com as drogas, o início da carreira, a parceria com Raul Seixas, o processo de composição entre outros assuntos.

O evento será na Livraria Saraiva, a partir das 19 horas.


terça-feira, 7 de novembro de 2017

O populismo que nos ameaça

Por Reinaldo Dias(*)

O que os populismos têm em comum é um estilo de governo pautado pelo improviso que não consolida estruturas permanentes de sustentação econômica, pois baseia-se na distribuição de benefícios que tem como contrapartida o apoio eleitoral. O resultado disso são o colapso das instituições e da economia que desembocam no aumento da inflação e no desemprego.

O discurso populista é simplista e maniqueísta e se centra na luta de “nós” contra “eles”. No discurso de Lula, por exemplo “nós” são os trabalhadores e “eles” são as elites. No discurso de Bolsonaro, “nós” são as pessoas de bem, e “eles” são todos aqueles que não se identificam com essa categorização (negros, imigrantes, gays, políticos corruptos, ongs, mulheres não submissas, outras religiões). O povo, é identificado como aquele segmento da população ao qual dizem representar; os demais são inimigos do povo. A liderança populista não é institucional, mas pessoal, despreza as instituições democráticas; não é racional, mas movida por emoções que utiliza para enganar seus adeptos; não é pluralista e prega sempre uma pretensa unanimidade associada à palavra povo.

A prática populista opõe-se às instituições democráticas como a imprensa livre, a divisão de poderes e principalmente, a autonomia do judiciário. Nenhum sistema democrático está imune ao risco do populismo, que pode ter origem tanto à esquerda quanto à direita do espectro ideológico.  A desestruturação institucional, a perda de legitimidade, da eficácia e da credibilidade das instituições democráticas, a degradação do estado de direito e a corrupção constituem o caldo de cultura do qual se alimenta o populismo.

Políticos populistas são vendedores de ilusões no mercado eleitoral, prometem um futuro melhor para as massas empobrecidas em troca de apoio nas eleições. No poder distribuem benesses com o objetivo de manter-se apoiando políticas improvisadas que visam tão somente trazer-lhes benefícios.  Os mais ricos que apoiam essas ações têm a expectativa de que as multidões sejam iludidas e controladas para que mantenham suas estruturas de dominação, como vimos recentemente ocorrer no Brasil com grandes empresas – empreiteiras, bancos, indústrias -  apoiando e sustentando o populismo de esquerda.

Historicamente, na América Latina as lideranças populistas sempre mostraram mais afinidade por políticas de esquerda. No entanto, recentemente tem surgido líderes populistas que manifestam ostensivamente sua identificação com políticas de extrema direita. No Brasil o exemplo é Jair Bolsonaro, declarado candidato presidencial e apontado nas recentes pesquisas nacionais de intenção de voto em segundo lugar e em primeiro lugar em estados como o Distrito Federal e o Rio de Janeiro. Suas propostas de conteúdo xenofóbico, machista, racista, contrário à imigração e a diversidade cultural são de tal forma extremistas que muitos se surpreendem que obtenha tanto apoio.

As pesquisas eleitorais, mesmo que prematuras, indicam que o populismo atrai ainda importantes segmentos da população, as últimas mostram que Lula e Jair Bolsonaro juntos aparecem com até 50% das intenções de voto. Caso Lula não se viabilize como candidato, Bolsonaro assume a dianteira. Num cenário com múltiplos candidatos, aumentam as chances de a extrema direita ir para um segundo turno difundindo e dividindo o eleitorado com uma plataforma de ódio.

A população está cansada dos políticos e das elites empresariais que levaram o país à bancarrota com baixo crescimento econômico, aumento da desigualdade, corrupção, impunidade etc. A pergunta que mais se faz nas ruas é, em quem votar? De fato, estão dadas as condições para que o populismo de extrema direita cresça.  A possibilidade de que aconteça o pior não pode ser descartada. Depois que Trump foi eleito em uma das mais importantes democracias ocidentais, tudo é possível.

(*) Reinaldo Dias, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, campus Campinas.  Sociólogo, Doutor em Ciências Sociais e Mestre em Ciência Política pela Unicamp. É especialista em Ciências Ambientais.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Petrobras anuncia mais um aumento no preço dos combustíveis

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira mais um aumento nos preços dos combustíveis. O índice é de + 2,3% para a gasolina e + 1,9% para o diesel. De acordo com a empresa, "o reajuste foi causado principalmente pelo aumento das cotações dos produtos e do petróleo no mercado exterior, influenciado pela geopolítica internacional, assim como pela continuidade da política de contenção da oferta pela Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep). Além disso, verificou-se uma depreciação do valor do real frente ao dólar."

Uma curiosidade: O título da nota enviada à imprensa não usa o termo "aumento" e sim "avaliação". Veja: "Petrobras anuncia avaliação de preços de gasolina e diesel".