terça-feira, 30 de junho de 2020

Justiça determina que plano de saúde forneça tratamento com cannabidiol

Após recente decisão da Justiça de São Paulo, o convênio Bradesco Saúde deve ser obrigado a custear o tratamento à base de cannabidiol para uma criança com Síndrome de Angelman, doença associada à epilepsia.

A ação judicial, em primeira instância, baseia-se na Súmula nº 102, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determina que o plano deve custear o que o médico assistente indica para o seu paciente (Processo: 1001094-38.2020.8.26.0010).

O medicamento à base de cannabidiol não possui registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), porém, em recente Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 335, publicada no DOU nº18, em 27 de janeiro de 2020, foram definidos critérios e procedimentos para a importação de produto derivado de Cannabis, por pessoa física, mediante indicação de profissional legalmente habilitado para tratamento de saúde.

Em sua decisão, o Juiz da 6ª Vara Cível do Foro Regional do Ipiranga, Carlos Antonio da Costa, considera que o fato de o tratamento prescrito não pertencer ao rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não pode ser encarado como cláusula de exclusão de cobertura:

Serpe: Prescrição cabe ao médico (F: Divulgação)
"E o objetivo contratual da assistência médica comunica- se, necessariamente, com a obrigação de restabelecer ou procurar restabelecer, através dos meios técnicos possíveis, a saúde e qualidade de vida da paciente, assim, violam os princípios mencionados qualquer limitação contratual que impede a prestação do serviço médico".

Segundo explica a advogada Diana Serpe, especialista na defesa dos direitos das pessoas com deficiência e em causas relacionadas à saúde, a decisão em favor do fornecimento de medicamentos à base de cannabidiol para pacientes com epilepsia tem sido uma tendência da jurisprudência:

"O Juiz acolheu a tese de que o plano de saúde tem que custear o que o médico prescreve. Não cabe ao plano de saúde questionar o tratamento médico indicado, tampouco os medicamentos prescritos. Cabe exclusivamente ao médico determinar qual o melhor tratamento a ser administrado ao seu paciente".


Movimento #cadeoministro cobra titular para a saúde

Um tuitaço ontem inaugurou o movimento #cadeoministro, uma iniciativa da sociedade civil para cobrar Jair Bolsonaro a "nomear imediatamente um(a) titular para o Ministério da Saúde à altura do cargo". O movimento lembra que "mesmo em meio à urgente demanda por uma atuação efetiva na área da saúde, o país contabiliza hoje 45 dias sem um líder titular no comando do Ministério da Saúde. (...) Estamos vivendo a maior pandemia do século. No Brasil, o novo Coronavírus já infectou mais de 1 milhão de pessoas e matou 55 mil", diz o manifesto.

"O movimento #cadeoministro está sendo coordenado pela Cause em parceria com vários atores da sociedade civil como Femama, Oncoguia, Catraca Livre, entre outros. Trata-se de um movimento independente, plural e sem fins lucrativos", ressaltam, ainda, os organizadores.

O manifesto cobra que o futuro titular da Pasta com maior orçamento no país "deve não apenas ter conhecimento amplo em saúde pública, mas também ter experiência em gestão pública, competência em gerenciamento de crise, habilidade de articulação política, visão de longo prazo, capacidade de promover o diálogo com Estados, Municípios e Organizações Internacionais, assim como ter uma agenda transparente e empática de prestação de contas à sociedade".

Quem quiser participar do movimento, basta acessar o site oficial e baixar o material para divulgação.

TV Cultura e UOL anunciam parceria de conteúdo

TV Cultura e o UOL, a maior empresa de conteúdo e serviços digitais do país, anunciam uma parceria que propiciará mais informação, debate, entretenimento e conteúdo de qualidade a milhões de pessoas. A partir desta segunda-feira (29/06), conteúdos produzidos pela TV Cultura passam a ser disponibilizados para todo o público do UOL.

Frequentemente entre os quatro canais de maior audiência da TV aberta, a Cultura registra crescimento acelerado também no meio digital: o site oficial da emissora, que passou por grande reestruturação neste ano e disponibiliza o rico acervo da TV, além de transmissões ao vivo, registrou um crescimento de 237% em relação a 2019.

Como principal emissora pública do país, presente em todas as telas, a TV Cultura agora se une ao Grupo UOL. A nova parceria fortalecerá ainda mais essas duas importantes marcas, consagradas pela credibilidade, por seus conteúdos relevantes e por um jornalismo plural e isento, que prioriza o debate e a informação de interesse de todos”, declara José Roberto Maluf, presidente da Fundação Padre Anchieta, que mantém a TV Cultura.

Para o CEO do UOL, Paulo Samia, a parceria com a TV Cultura simboliza a missão maior do UOL: levar ao público conteúdo confiável, profissional e de alta qualidade. “É com grande orgulho que passamos a distribuir o conteúdo da TV Cultura para nossos mais de 110 milhões de visitantes”, afirma.

Desde fevereiro, o UOL já exibia ao vivo o Roda Viva, programa que tem alcançado números expressivos de acessos nas redes sociais e acumula mais de 1 milhão de inscritos no canal do YouTube. Agora, todo o site da TV Cultura passa a ficar integrado ao conteúdo do UOL.

segunda-feira, 29 de junho de 2020

7% acreditam que alho protege contra Covid-19; 22% acham que se expor ao sol é que resolve; e é o 5G quem transmite

Um estudo realizado pela Ipsos em 16 países avaliou o grau de aceitação da sociedade sobre diferentes teorias a respeito da transmissão do novo coronavírus. Aos participantes do levantamento, foram apresentadas nove menções a serem classificadas como verdadeiras ou falsas. A teoria mais aceita globalmente é a de que o vírus pode sobreviver por até 3 dias em superfícies. No Brasil, 61% acreditam na premissa. O Reino Unido e o Canadá, ambos com 69%, são os países cujos entrevistados mais corroboram a hipótese. Por outro lado, na China, somente 39% classificam a alegação como verdadeira.

Outra hipótese com um índice alto de aceitação é a de que a Covid-19 pode ser transmitida por pacotes e caixas enviados do exterior. Entre os ouvidos brasileiros, 45% concordam com a tese. Aqueles que mais acreditam são os indianos (54%) e os que menos, italianos (11%).

Drogas e medicinas alternativas

Para 18% dos entrevistados no Brasil, a hidroxicloroquina é uma cura para o novo coronavírus. A Índia é o país com maior confiança na teoria: 37%. No Reino Unido, em contrapartida, só 2% creem na eficácia da droga para o tratamento da doença.

Passando de fármacos para medicamentos alternativos, 7% dos brasileiros acham ser verdadeira a premissa de que comer alho protege contra a infecção por Covid-19. O percentual mais alto de confiabilidade é indiano, com 34%, e o mais baixo é britânico (2%).

Além disso, dois em cada 10 ouvidos (22%) no Brasil categorizam como verdadeira a alegação de que expor-se ao sol ou a altas temperaturas previne a Covid. Pela terceira vez, é a Índia quem mais (35%) e o Reino Unido é quem menos concorda (9%).

Crianças, animais e tecnologia

No Brasil, um em cada dez (11%) acha que crianças não podem ser contaminadas pela Covid-19. Entre os 16 países participantes do estudo, o México é aquele cujos entrevistados mais consideram a teoria verdadeira: são 17%. Já no Japão, é apenas 1%.

Ainda falando sobre imunidade, 19% dos brasileiros acreditam ser verdade que, se um teste de anticorpos mostrar que uma pessoa foi previamente exposta ao vírus, ela não corre o risco de ser contaminada novamente. Na Alemanha, 28% corroboram a alegação; no Japão, somente 4%.

Com relação aos métodos de propagação do coronavírus, de acordo com a pesquisa, 17% dos entrevistados no Brasil creem que animais de estimação podem transmitir Covid-19. A China é a nação que mais aceita a teoria, com 40%. Na Itália, só 6% concordam com a afirmação. Por fim, 5% dos brasileiros assumem ser verdade que a tecnologia 5G é transmissora da Covid-19. Na Índia, onde há maior adesão à hipótese, são 15%; no Reino Unido, com menor adesão, apenas 2%.

A 15ª onda da pesquisa on-line Ipsos Essentials foi realizada com 16 mil adultos de 16 países entre os dias 28 a 31 de maio de 2020. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 p.p..

sexta-feira, 26 de junho de 2020

"Nada contra quem usa seu orifício rugoso infra-lombar para fazer sexo", diz, em live, presidente da Embratur

O cristão Gilson Machado (F: Embratur)
A Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil emitiu nota em que repudia a fala "preconceituosa e errônea" do presidente da Embratur, Gilson Machado, em Live transmitida pelo Facebook ao lado da Ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.

"Como presidente da agência que promove o turismo brasileiro, qualquer declaração de Gilson Machado terá impacto direto no setor. Além de mostrar desconhecimento sobre a comunidade LGBTI+, suas palavras atacam de forma direta a promoção do turismo LGBTI+ no Brasil e causa regressão em todo o trabalho desenvolvido por entidades como a Câmara LGBT em desenvolver nosso país como um destino acolhedor. Nossa entidade repudia qualquer fala preconceituosa e irresponsável, ainda mais quando parte de uma figura pública ligada ao turismo", declara Ricardo Gomes, presidente da Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil.

Usando suas convicções religiosas o presidente do órgão de promoção do turismo brasileiro ataca o que chama de uma tentativa de "impor a sua sexualidade perante a maioria de cristãos brasileiros" chamando-a de "abominável". A fala de Gilson Machado ocorreu ao citar a peça "O Evangelho segundo Jesus, Rainha do Céu", encenada em um festival com financiamento público, que ele chama de "canalhice com dinheiro público".

No que o próprio chama de desabafo, Gilson Machado, após mostrar todo seu desconhecimento sobre o tema e preconceito com a comunidade LGBTI+, diz não ter "nada contra quem usa seu orifício rugoso infra-lombar para fazer sexo"; novamente revelando seu preconceito ao simplesmente não citar a população LGBTI+ com a denominação correta.

Apesar de não citar de forma direta o turismo, como presidente da Embratur, Gilson Machado esquece que suas opiniões pessoais impactam de forma direta um dos setores que mais sofreu com a pandemia do COVID-19. O Turismo LGBT movimentou USD 218,7 bilhões em 2018, segundo dados da pesquisa LGBT Travel Market, promovido anualmente pela Consultoria Out Now/WTM. Ao se posicionar de forma direta contra a comunidade LGBTI+, o presidente da Embratur faz grave ataque aos direitos universais, ao lado da Ministra dos Direitos Humanos que não se posicionou a respeito, e dificulta a entrada de USD 26,8 bilhões na economia brasileira (pesquisa OUT/WTM 2018), colaborando com o desemprego, em um período que o turismo pode contribuir para a saída da crise causada pela pandemia, e minando as relações internacionais brasileiras com países que valorizam a democracia e o fim do preconceito.

"Em um momento em que o turismo começa a pensar na retomada do setor, responsável pela geração de milhões de empregos, e que o turista LGBTI+ se destaca como um dos que será mais importante nesse momento, é desastrosa a fala do presidente da Embratur. Apesar de não refletir o sentimento de toda a população brasileira, atinge a promoção do destino Brasil de forma direta por seu papel institucional", completa Ricardo.

O Ministério do Turismo e a Embratur abandonaram o turismo LGBTI+ retirando-o do plano nacional do turismo e não reeditando a cartilha "Dicas para atender bem o turista LGBT". Além disso, não cumpre o acordo de cooperação assinado entre a Câmara LGBT, Mtur e Embratur, com validade até junho de 2023, que visa a promoção do turismo LGBT dentro e fora do país.

Dados comprovam que o turista LGBTI+ será um dos primeiros a retomar as viagens tão logo sejam estabelecidos protocolos de segurança global. Segundo pesquisa da IGLTA (Associação Internacional de Turismo LGBTI+) 66% dos viajantes LGBTI+ pretendem viajar tão logo seja possível.

"Nossa pesquisa comprovou que o turista LGBTI+ sairá na frente na retomada. Essa fala do presidente da Embratur sinaliza que nosso país irá perder espaço frente a outros destinos que já entenderam a importância do segmento LGBTI+, especialmente nesse momento em que vivemos", analisou Clovis Casemiro, representante da IGLTA no Brasil.

Apesar das declarações desastrosas e posicionamentos questionáveis e condenáveis do governo federal, a Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil vai continuar com seu trabalho de promoção do País como um destino diverso, o que já está no DNA da nação brasileira. Continuaremos defendendo e promovendo o empreendedorismo e empregabilidade da e para a comunidade LGBTI+. Prova disso é que no dia 15 de julho faremos o primeiro evento de turismo LGBT online do Brasil, firmando nosso compromisso com o fomento da economia e da geração de empregos.

Marcas retiram anúncios do Facebook em protesto contra discurso de ódio

Grandes marcas internacionais estão retirando seus anúncios do Facebook e do Instagram em protesto à inércia das plataformas em relação aos discursos de ódio postados em suas redes - e ao enorme lucro proporcionado a elas com a veiculação dos anúncios.

A mais recente é a gigante norte-americana das telecomunicações Verizon, que se juntou ao boicote pelo menos até o final de julho. "Temos políticas de conteúdos muito estritas, e tolerância zero para quando elas são violadas. Estamos suspendendo a nossa publicidade até que o Facebook consiga criar uma solução aceitável que nos deixe confortáveis e que seja consistente com o que fizemos com o YouTube e outros parceiros", declarou o administrador da Verizon, John Nitti, ao Financial Times. 

A empresa gastou 850 mil dólares em anúncios no Facebook apenas nas três primeiras semanas de junho. A decisão de suspender a campanha aconteceu depois de a Verizon ter sido denunciada por um anúncio seu no Facebook ter aparecido num vídeo que promovia discursos de ódio e mensagens anti-semitas.

“Vamos suspender todos os anúncios no Facebook e Instagram, até ao final de julho, aguardando-se uma ação significativa da parte da gigante rede social”, anunciou, igualmente, “com orgulho”, a marca desportiva californiana Patagonia. Outras duas marcas internacionais, a REI, também de vestuário desportivo, e a Upwork, plataforma de recrutamento, a Talkspace, app ligada à saúde mental, e a Braze, empresa de softwarw, também já aderiram ao apelo #StopHateForProfit.

De acordo com o "Financial Times", a marca de sorvetes Ben & Jerry's e a agência Goodby Silvestein juntaram-se igualmente ao movimento contra os discursos de ódio.

Carolyn Everson, vice-presidente do Facebook responsável pelos negócios globais, já reagiu na CNN. Disse que respeita a decisão de qualquer marca, embora avance que a rede social está focada “no importante trabalho de remover discursos de ódio e de disponibilizar informação critica sobre votações”. 

As informações são do jornal Português Expresso.

No Brasil, a chegada do grupo ativista Sleeping Giants, que também denuncia anúncios em sites e postagens que disseminam fake news ou discursos de ódio, também tem dado muita dor de cabeça às grandes empresas e muitas delas já reagiram contra a vinculação das marcas a este tema. 

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Após Lacombe convidar disseminador de fake news, Band tira apresentador do ar e reprisa programa

Não é segredo que o apresentador Luís Ernesto Lacombe é o atual queridinho dos bolsonaristas radicais - com perdão do pleonasmo. Ele é retratado como herói nas redes e grupos extremistas de apoio a Bolsonaro. Mas Lacombe passou dos limites, segundo a direção da Band, ao convidar para seu programa um dos maiores disseminadores de fake news do país e investigado por crime pela Polícia Federal, Allan dos Santos, criador do site Terça Livre.

Santos, detido pela PF para prestar depoimento e vítima de busca e apreensão, foi um dos convidados do programa Aqui na Band, apresentado por Lacombe e Nathália Batista, para discutir conservadorismo na última terça-feira. 

Como é comum nesses casos, os robôs a serviço de Bolsonaro colocaram a atração em primeiro lugar nos trending topics do Twiter e o link do programa foi exaustivamente compartilhado. A direção da Band não gostou. Nesta quinta-feira, o programa passou a ser reprisado e Lacombe e Nathália foram afastados, assim como o marido dela e diretor do Aqui na Band, Vildomar Batista. Todos devem ser demitidos.

Vale lembrar que Allan dos Santos gravou um recente vídeo dançando e ironizando as mortes por Covid-19 no Brasil. "Coronavírus, aí, centro de coronavírus", disse. Na mesma ocasião,  Italo Lorenzon, sócio de Santos, completou com "corona é o caralho". Lorenzon perdeu um parente para a Covid-19.


O Aqui na Band será reprisado até a definição de novo formato e novos apresentadores. As informações são do UOL.

Mais de 6.488 pessoas ligadas à administração estadual goiana receberam auxílio emergencial, dizem TCE e CGU

O Tribunal de Contas do Estado de Goiás e a Controladoria Geral da União (CGU) localizaram 6.488 CPFs vinculados à administração pública estadual (servidores, estagiários, terceirizados, contratos temporários e inativos) na lista dos beneficiários do Auxílio Emergencial concedido pelo governo federal. Levando em consideração os valores efetivamente pagos, e o fato de agentes públicos com contratos ativos serem inelegíveis para o benefício, o prejuízo aos cofres públicos seria de R$ 8.331.600,00. O valor pode aumentar caso novas parcelas venham a ser pagas.

Somando-se aos valores supostamente pagos indevidamente a servidores públicos municipais, levantados pela CGU anteriormente em parceria com o Tribunal de Contas dos Municípios, os cofres públicos teriam sido lesados em R$ 27.495.600,00.

O cruzamento de dados relativo à folha de maio da administração estadual  teve o objetivo de identificar possíveis irregularidades no recebimento do auxílio de R$ 600 que é destinado exclusivamente aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados no período de enfrentamento à crise causada pela pandemia do novo coronavírus. TCM e Controladoria Geral do Estado (CGE) também colaboraram em etapa anterior.

O presidente do TCE-GO, Celmar Rech, e o superintendente da CGU em Goiás, Renato Barbosa Medeiros assinam a nota técnica conjunta 01/2020 CGU/TCE-GO (leia aqui). Os dados serão encaminhados ao Ministério da Cidadania.

Dos indícios de pagamento indevido encontrados, mais de 85% estão vinculados à GoiásPrev e à Secretaria da Educação. No primeiro caso, a maior incidência ocorreu entre aposentados e pensionistas. Na Educação, a maior parte dos casos está vinculada a contratos temporários. Respeitando a legislação vigente e especialmente por se tratar apenas de indícios, nomes não poderão ser divulgados.

Secretário de Controle Externo do TCE-GO, Vitor Gobato explica que, por se tratar de verba federal, a Corte de Contas não tem competência para instaurar processo de fiscalização a partir destes achados. Contudo, ele afirma que o Tribunal vai atuar para garantir a devolução dos valores aos cofres públicos. “As informações serão disponibilizadas no Sistema de Avisos e Trilhas (SAT) para que os gestores dos poderes e órgãos jurisdicionados tomem conhecimento do recebimento indevido e assim solicitem aos seus servidores a devolução dos valores. Os comprovantes do estorno deverão ser disponibilizados ao TCE pela plataforma”, acrescenta.

Gobato cita três hipóteses para o recebimento indevido. “É provável que algumas pessoas estivessem vinculadas ao Cadastro Único para Programas Sociais ou fossem beneficiárias do Bolsa Família e só recentemente tenham passado a ter vínculo com o Estado, sem, contudo, terem atualizado seus cadastros, informando  o contrato com poder público. Nestes casos, o recebimento do auxílio seria automático. Também é possível que tenha havido fraude, caso falsários tenham tido acesso a dados de servidores como número de CPF, nome da mãe, endereço. Mas é plausível que boa parte desses servidores tenha feito o cadastro para tentar a sorte, contando com uma eventual dificuldade do Poder público para cruzar os dados”, diz.

Para saber se tiveram seus dados utilizados indevidamente para o recebimento de auxílio emergencial, servidores públicos devem consultar o site do Dataprev. Basta informar os dados solicitados (nome completo, nome da mãe e data de nascimento) e submeter o formulário. Caso o CPF tenha sido utilizado indevidamente, deverão aparecer mensagens informando que o benefício está em processamento, foi aprovado, não aprovado, retido ou dados inconclusivos. Nestes casos, é necessário denunciar a fraude ao Ministério da Cidadania pelos telefones 121 ou 0800 707 2003.

Caso os servidores tenham recebido o benefício indevidamente, seja porque estavam no CadUnico/Bolsa Família, ou porque tenham feito a solicitação mesmo não preenchendo os requisitos, a recomendação é para que devolvam os valores imediatamente. Para isto, basta acessar a página do Ministério da Cidadania, gerar a Guia de Recolhimento da União (GRU) e pagar em agência bancária.

Confira a quantidade de ocorrências encontradas por órgão

Órgão - Número de CPFs beneficiados

GOIASPREV -  2.836
SECRETARIADA EDUCACAO -  2.719
DIRETORIA-GERAL DA ADMINISTRACAO PENITENCIARIA - 197
SANEAGO - 156
SECRETARIA DE ESTADO DA ECONOMIA -127
DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE GOIAS - 81
SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRACAO 57
UEG 48
SECRETARIA DE ESTADO DA SAUDE 31
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA 28
DETRAN 21
POLICIA CIVIL 20
GOINFRA  16
PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO 16
CEASA 15
TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DE GOIAS 15
AGRODEFESA 11
JUCEG 11
POLICIA MILITAR 11
SECRETARIA  DA SEGURANCA PUBLICA 11
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL 10
SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL 10
AGENCIA BRASIL CENTRAL 5
 MP PROCURADORIA GERAL DE JUSTICA 5
AGENCIA GOIANA DE ASSISTENCIA TECNICA, EXT. RURAL E PESQ. AGROPECUARIA 4
CELG GERACAO E TRANSMISSAO S.A. 4
METROBUS 4
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO E INOVACAO 4
VICE-GOVERNADORIA 4
CONTROLADORIA-GERAL DO ESTADO 3
SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA 3
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR 2
PRODAGO 2
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO 2
SECRETARIA-GERAL DA GOVERNADORIA 2
AGR 1
FUNDACAO DE AMPARO A PESQUISA DO ESTADO DE GOIAS 1
IQUEGO 1
SECRETARIA DE ESTADO DA CASA MILITAR 1
SECRETARIA DE ESTADO DE COMUNICACAO 1
SECRETARIA DE ESTADO DE INDUSTRIA, COMERCIO E SERVICOS 1                          

Total                    6.497


Novo app Tampinha Legal permite acompanhar as doações e checar os pontos de coleta mais próximos

Novo Tampinha Legal (F: Divulgação)
É tradição para algumas pessoas: ao consumir seus produtos já guardam a tampinha plástica para destinar à doação. Quem fomenta o recolhimento dessas tampinhas para ajudar entidades assistenciais é o Tampinha Legal, o maior programa socioambiental de caráter educativo de iniciativa da indústria de transformação do plástico da América Latina, que agora acaba de lançar o seu aplicativo. O app tem o mesmo nome do programa, Tampinha Legal, e pode ser baixado para qualquer dispositivo Android ou iOS, reforçando as ações sociais mesmo em tempos de distanciamento social e levando todas as interações positivas para o ambiente digital.

"Agora é possível ver com mais facilidade onde estão os pontos de coleta mais próximos e acompanhar as quantidades coletadas, além do valor que será distribuído às entidades assistenciais. Além destas funções, o aplicativo também serve como uma base de dados bastante precisa, pois nele é possível ver, com divisão por estados, os volumes de coletas de tampinhas", explica a coordenadora do Instituto SustenPlást, Simara Souza.

Simara também adianta que cada ponto de coleta representa uma entidade assistencial que será ajudada. "Pelo aplicativo é possível localizar os pontos de coleta e cada um deles é de responsabilidade de uma entidade assistencial. Dessa forma é possível escolher uma organização específica para ajudar ou o ponto de coleta mais próximo. Todas essas informações estão acessíveis pelo aplicativo, que em breve já terá uma atualização disponível, através da qual acrescentaremos novas funcionalidades", afirma Simara, que acrescenta: "Todas estas medidas são agregadoras para que a sociedade compreenda a importância da participação para fazer a Economia Circular acontecer na prática. Assim, teremos mais sustentabilidade econômica, uma vez que 100% dos materiais plásticos são recicláveis. Plástico é matéria-prima nobre, portanto, representa dinheiro para quem o vende, no caso do programa, as entidades assistenciais participantes", finaliza.

O Tampinha Legal

O Tampinha Legal é uma iniciativa do Instituto SustenPlást, buscando a melhor valorização de mercado para o material plástico. Recentemente, lançou as ações Copinho Legal e Canudinho Legal que, seguindo o modelo do Tampinha Legal, destinam 100% dos recursos obtidos com a venda destes materiais para as entidades assistenciais participantes do programa.

Já são mais de R$ 820 mil destinados para as 261 entidades assistenciais participantes do programa e cerca de 440 toneladas de tampinhas plásticas de volta para a indústria, caracterizando o modelo de Economia Circular. Além do site (tampinhalegal.com.br), também é possível acompanhar o trabalho do Tampinha Legal por redes sociais, como YouTube e Facebook.

Celebrando o Dia Internacional do Orgulho LGBTI, Brasil promove sua primeira Parada online

No domingo, dia 28 de junho, a partir das 14h, por iniciativa da Aliança Nacional LGBTI+, com realização desta entidade com a União Nacional LGBTI, o Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBTI do Rio de Janeiro, acontecerá o “Festival de Cultura e Parada Online do Orgulho LGBTI Brasil”. O evento, que tem formato 100% digital, acontecerá em celebração ao Dia Mundial do Orgulho LGBTI e será transmitido exclusivamente pelas redes sociais. Integram também a rede de parceiros e realizadores do evento a Associação da Parada do Orgulho LGBTI de São Paulo, Rede Trans Brasil, Fórum Nacional de Pessoas Trans Negras, Rede Gay do Brasil, Grupo Dignidade de Curitiba, Grupo Gay da Bahia, Associação Brasileira de Famílias TransHomoafetivas, Instituto Transformar, Câmara de Comércio e Turismo LGBTI e mais de 30 organizações de todo o Brasil.

Serão 10 horas ininterruptas com diversas atrações culturais, saudações de personalidades, lideranças políticas, lideranças LGBTI e dos Direitos Humanos além de relatos de pessoas LGBTI com histórias marcantes de superação. A apresentação da Parada Online do Orgulho LGBTI+ Brasil será conduzida pela vice-presidente do Grupo Arco-Íris, Marcelle Esteves; Alessandra Ramos, coordenadora de pessoas trans da Aliança Nacional LGBTI, e o coordenador executivo do Grupo Arco-Íris / fundador da Parada LGBTI Rio, Cláudio Nascimento.

Autoridades, personalidades e lideranças reforçam a importância da valorização dos afetos e prazeres legítimos

O ministro do STF, Luis Roberto Barroso; Luiz Mott - antropólogo, fundador do Grupo Gay da Bahia; a deputada federal Jandira Feghali; Carlos Minc – deputado estadual / RK; Erika Hilton – deputada estadual / SP; Eduardo Suplicy – vereador /SP, Beto Paes - ativista e secretário da Região Norte da Rede Gay do Brasil, Thayra Almeida Carolino- conselho fiscal grupo DiveRRsidade, foram algumas das autoridades e lideranças que enviaram saudações destacando a importância do Dia do Orgulho LGBTI.

O set artístico contará com performances exclusivas de artistas como Jane Di Castro, Lorna Washington, Elza Ribeiro, Suzy Brasil, Pocah, Projeto Síncope e Boi Garantido de Parintins, Coral LGBT de São Paulo, Pietro Qvedo, Beny, Cariucha, Kellvn, Romero Ferro, Grupo Filhos de Sá e outras 30 atrações musicais e apresentações de poetas e outras expressões artísticas

Para Toni Reis, diretor-presidente da Aliança Nacional LGBTI+, um dos maiores significados do dia 28 de junho de 1969, é tomada da atitude de resistir à opressão policial escancarada e à opressão social mais velada. “Este é o exemplo de resistência que foi seguido por milhares de pessoas em todo o mundo ao longo dos últimos 50 anos e fez com que tenhamos avançado tanto rumo à conquista da efetivação da igualdade de direitos e da cidadania plena das pessoas LGBTI+. Neste momento difícil que ameaça a democracia e acena para retrocessos, precisamos seguir o exemplo das e dos pioneiros do nosso movimento e continuar firmes resistindo.”

Cláudio Nascimento, um dos idealizadores da Parada do Orgulho LGBTI+ Rio e coordenador executivo do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT analisa que o evento, neste formato, pode alcançar milhares de pessoas em tempos em que temos que nos resguardar por conta da pandemia. “Encontramos uma forma de celebrar o nosso orgulho. Mesmo nesse contexto difícil, conseguiremos reforçar, de forma nacional e virtual, que a nossa luta é pelo direito de amar e celebrar a nossa existência. Pelo direito de amar quem quisermos e amarmos a nós mesmos, sem culpa, medo ou vergonha. Estaremos juntes no domingo pela liberdade de nossos corpos e identidades. Pela nossa cidadania e a democracia!”.

Vídeo de Moro na Crusoé tem 316 mil deslikes, dez vezes mais que likes

Não tá fácil a vida do ex-ministro, ex-juiz e eterno político Sergio Moro. O vídeo que ele gravou para anunciar sua estreia como colunista da revista Crusoé no You Tube foi motivo de ira dos ex-aliados bolsonaristas. A publicação, no canal do site Antagonista, recebeu quase dez vezes mais deslikes do que apoios. São, até o momento, 316 mil dedinhos pra baixo contra 39 mil apoios.

"Aceitei o convite por acreditar no jornalismo independente, em opiniões fortes e por compartilhar os valores de repúdio à corrupção e repúdio ao arbítrio", diz Moro. O ex-aliado, que começa o vídeo usando máscara, também mandou um recado aos anseios autoritários de Bolsonaro. "Minha primeira coluna tem o título Honra e Fuzis, e em síntese diz que hoje nós precisamos, no Brasil, muito mais de honra do que, propriamente, de fuzis".

Moro vai escrever a cada 15 dias na Crusoé. O conteúdo é exclusivo para assinantes.

Assista ao vídeo.

quarta-feira, 24 de junho de 2020

CAOA retoma produção na fábrica de Anápolis

Fábrica de Anápolis volta a produzir (F: Divulgação)
A CAOA retomou na última segunda-feira (22) a produção na fábrica de Anápolis, após as atividades presenciais terem sido interrompidas no dia 23 de março, devido à pandemia do novo coronavírus.

“A CAOA esteve, desde o início, 100% empenhada na contenção da propagação do Covid-19, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde. Trabalhamos junto com nossos fornecedores buscando minimizar impactos em nossa cadeia produtiva e obedecendo todos os protocolos estabelecidos pelo governo. Nesse retorno, trabalhamos em conjunto com o Sindicato dos Metalúrgicos de Anápolis e estamos seguindo todas as normas estipuladas pelas organizações de saúde, readequando nossa planta e, em muitos casos, tomando providências que extrapolam as recomendações de segurança”, comenta Mauro Correia, CEO da CAOA.

Para utilização do transporte fretado fornecido pela empresa será necessária a utilização de máscaras e a entrada no ônibus só será permitida após a medição de temperatura. Os veículos serão submetidos a um rígido protocolo de saneamento, sendo higienizados a cada viagem e tendo a quantidade de usuários reduzida nos ônibus para garantir o distanciamento necessário, informa a fábrica.

Entre os novos protocolos, está também a medição da temperatura antes do acesso dos colaboradores à fábrica e a entrega diária de máscaras protetivas, uma para cada parte da jornada, com especificações recomendadas pela Anvisa e o reforço na comunicação com os colaboradores, que receberão constantes orientações sobre segurança.

Os principais espaços de concentração e acesso à unidade de Anápolis receberam demarcações para que sejam mantidas o distanciamento mínimo necessário, além disso, para atender às recomendações de saúde, higiene e segurança, foi disponibilizado álcool em gel, estrategicamente distribuído em toda a fábrica.

A CAOA informa ainda que outras providências foram tomadas como o reforço na higienização de áreas comuns e a readequação nas operações do restaurante da empresa para garantir o distanciamento mínimo entre cada colaborador durante as refeições.

terça-feira, 23 de junho de 2020

Goiás terá escritório do ProChile mais próximo para estreitar relação com o estado

Minas Gerais foi o estado escolhido por ProChile Brasil para instalar seu mais novo escritório no país. Com sede em São Paulo, a instituição do Ministério das Relações Exteriores do Chile para assuntos relacionados à promoção do fornecimento exportável de bens, produtos e serviços quer ampliar ainda mais as relações comercias entre os dois países, que se intensificaram nessas últimas duas décadas, com o Acordo de Complementação Econômica – ACE 35 firmado no âmbito do Mercosul.

Este acordo tem como um dos principais pilares o estabelecimento de uma área de livre comércio entre o Brasil e o Chile, permitindo a ampliação de um espaço econômico ampliado, que facilite a circulação de bens e serviços promovendo, ainda, a cooperação econômica, energética, científica e tecnológica.

A abertura de representação comercial em Belo Horizonte é uma oportunidade para buscarmos novos nichos e fortalecer nossa presença em setores nos quais também somos protagonistas, como o de serviço e indústria  criativa”, diz María Julia Riquelme, diretora Comercial de ProChile Brasil. “Os brasileiros já confiam na qualidade dos produtos chilenos, cujos alimentos e bebidas, como o vinho, o azeite, as frutas frescas e secas, os orgânicos, entre tantos outros, já fazem parte de seu consumo diário. Agora, queremos ampliar a oferta chilena de produtos e serviços inovadores, de alto valor agregado, que vem se consolidando nos últimos anos”, destaca Riquelme.

Além de Minas Gerais, o escritório local também irá fomentar as relações comerciais de ProChile Brasil com o estado de Goiás. “Vemos potencial para construirmos parcerias relevantes no estado, ainda pouco exploradas por conta das dimensões territoriais do Brasil. Com o escritório em Belo Horizonte, estaremos mais próximos e com mais estrutura para atender a região”, conclui a diretora Comercial do ProChile.

Livro ambienta em Goiás triângulo amoroso envolvendo mãe, filha e homossexual

Depois de Sol e Sonhos em Copacabana, primeiro livro da Trilogia do Sol, o autor Aliel Paione lança Sol e Sombras. Neste segundo volume da série, conhecidos personagens dos leitores voltam à narrativa de Aliel: Verônica e Henriette, mãe e filha, dividem agora o amor de João Antunes, personagem principal da história.

Publicado pela Editora Pandorga, o romance ambientado em Goiás ganha uma carga dramática intensa com a dualidade psicológica dos protagonistas – ao sol e à sombra das emoções – e com os relatos políticos e históricos vividos no Brasil no início do século XX.

João Antunes da Silveira Savelli é um jovem gaúcho, filho de imigrantes açorianos. Com o objetivo de enriquecer, parte para Cavalcante, Goiás, onde seu amor é disputado por Verônica e Henriette, filha e mãe apaixonadas pelo mesmo homem. Com um temperamento sensível e conflitoso, o protagonista se sente perdido entre dois amores que satisfazem momentaneamente suas emoções. Quem também luta pelo amor de João Antunes é o homossexual Marcus, que se suicida ao perceber que não será amado fisicamente.

“João Antunes continuava a acariciar os cabelos de Riete, os olhos ainda fixos em Verônica. Meu Deus, que mulher linda, pensou intimidado, imaginando-a reservada a homens poderosos, aqueles que afagavam suas vaidades ao lado dela. Constrangido, pois é impossível esconder as bruscas comoções da alma, João Antunes curvou o rosto, meio sem jeito, procurando uma pergunta a ser dirigida a Riete para que se livrasse daquele agradável incômodo. Além disso, sentia-se um intruso ante aquele momento difícil que pressentira ao chegar. A beleza de Verônica o esmagava.” (Sol e Sombras, pág. 278)

É nesse contexto, em Goiás, que o segundo livro se cruza com a história do primeiro volume. Para quem já leu Sol e Sonhos em Copacabana, o lançamento Sol e Sombras desenvolve e aprofunda a narrativa proposta inicialmente pelo autor.

A Revolução Federalista, a carreira política de Getúlio Vargas, a República Velha e a política do café com leite são exemplos de momentos políticos e históricos registrados na obra. Ambientada no século XIX e início do século XX, a literatura de Aliel Paione também é um registro político e cultural de um Brasil em revolução e transformação.

Preço e-book: R$ 9,90
Link de venda: https://amzn.to/3e5WlMq

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Mico na rede: Tag #FechadoComBolsonaroAte2016 prova que bolsonaristas utilizam robôs; e nem eles são inteligentes

Um erro do Gabinete do Ódio revelou, se é que faltava alguma prova, que a turma pró-Bolsonaro se utiliza maciçamente de robôs para “subir” as hashtags em apoio ao ídolo ou de ataques a inimigos, ou seja, todos que não pensam como eles e não apoiam a corrupção e os desmandos da familícia.

Um dos assuntos mais comentados no Twitter durante toda a manhã de hoje usa a hashtag #FechadoComBolsonaroAte2016. A tag tem quase 20 mil tweets. Então, ou 20 mil analfabetos fizeram postagens com ela ou os robozinhos se enganaram.

De qualquer forma, a estupidez continua a mesma.

ATENÇÃO, PAIS: OMS alerta que inflamação grave em crianças pode estar ligada à Covid-19

Desde o início da pandemia ocasionada pelo novo coronavírus é noticiado que os grupos de risco envolvem mais adultos e idosos do que os mais jovens. Recentemente, algumas crianças em vários países da Europa e da América do Norte desenvolveram um quadro inflamatório sistêmico, o que fez a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitir um alerta sobre a possibilidade de o quadro estar relacionado à Covid-19.

Os pequenos apresentaram dores no estômago, diarreia e vômito, seguidos de febre e, em alguns casos, vermelhidão na pele, fadiga e dificuldade para respirar. Os sintomas são causados por uma doença misteriosa que foi observada em países como Estados Unidos, Reino Unido, França e Itália. O problema é que alguns dos pacientes testaram positivo para o novo coronavírus ou apresentam anticorpos para a doença, o que significa que foram infectados pela Covid-19, mas se recuperaram.

O alerta da OMS não é para a população e sim para os médicos. Segundo Daniella Moore, pesquisadora do Instituto Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz, a observação dos casos pode mostrar aos profissionais de saúde a possibilidade de outras abordagens em relação ao novo coronavírus. 

“Esses estudos mostram que pode haver outra manifestação clínica e não somente a respiratória convencional que estamos habituados. Pensar em Covid-19 e agora relacionada a essas doenças, vai abrir o espectro de tratamento que temos para fazer”, ressalta.

A Organização Mundial de Saúde estuda o ocorrido para saber se está se manifestando em todo o mundo, se foram casos isolados em alguns países e se há alguma associação com a Covid-19. Ainda segundo Daniella, o Brasil não tem publicações científicas descrevendo essa síndrome, mas há conhecimento de, pelo menos, sete casos identificados e que estão sob investigação.

No Brasil, gestores, serviços e profissionais da Saúde estão atentos ao caso. O Ministério da Saúde, por intermédio do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e da Coordenação de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, assim como a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) reconhecem a necessidade de alerta à comunidade pediátrica, reforçando a importância do diagnóstico e tratamento precoces da Síndrome Inflamatória Multissistêmica em Crianças e Adolescentes e da possível associação à Covid-19.

A maioria das crianças com infecção pelo novo coronavírus é assintomática ou apresenta sintomas leves da infecção. Vale ressaltar, também, que até o momento, as crianças responderam por uma porção mínima dos casos na pandemia global. Entretanto, a identificação da Síndrome Inflamatória Multissistêmica nos últimos dois meses, com sintomas semelhantes à rara Síndrome de Kawasaki, aumentou a atenção em relação à vulnerabilidade das crianças e adolescentes.

Por Luciano Marques, da Agência 61

Pela primeira vez pesquisa detecta coronavírus em 100% das amostras de esgoto em Belo Horizonte

Boletim de Acompanhamento nº 06/2020 do projeto-piloto Monitoramento COVID Esgotos, que traz resultado das amostras de esgoto coletadas nos sistemas de esgotamento sanitário das bacias do Arrudas e do Onça, em Belo Horizonte e Contagem (MG), aponta novo crescimento na detecção do COVID-19 no esgoto. Com resultados das amostras coletadas de 8 a 12 de junho, o boletim aponta que, pela primeira vez, 100% das amostras de esgoto da bacia do Arrudas testaram positivo para a presença do novo coronavírus.

Modelo em 3D do Coronavírus - Imagem: 123RF/Jornal da USP

Nessa bacia os percentuais de amostras positivas já haviam aumentado de 71% para 86% nas semanas anteriores do projeto, conduzido pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis/UFMG), em parceria com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Na bacia do Onça, por três semanas consecutivas, 100% das amostras resultaram positivas para a presença do novo coronavírus, segundo o boletim.

A estimativa de população infectada também aumentou na mais recente semana de coletas, chegando a 11,7% da população atendida por uma das sub-bacias de esgotamento analisadas, em um dos pontos de coleta. Na semana anterior (de 1º a 5 de junho), dados do mesmo ponto de coleta permitiam estimar que 6,9% da população atendida estaria infectada pelo novo coronavírus, causador do COVID-19.

Esse aumento indica que mais de 50 mil pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus, conforme carga viral identificada nas amostras coletadas entre 8 e 12 de junho. Esta população equivale a aproximadamente 2,5% de toda a população interligada aos sistemas de esgotamento e tratamento das bacias do Arrudas e do Onça. Na semana de coleta anterior, estimava-se em mais de 20 mil pessoas infectadas nas regiões pesquisadas.

“Os resultados e as estimativas com base no monitoramento do esgoto indicam tendência de aumento expressivo da população infectada pelo novo coronavírus em Belo Horizonte. Portanto, medidas de prevenção e controle para evitar a disseminação do vírus deveriam ser intensificadas” afirmam os pesquisadores, no boletim.

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Atletas lançam manifesto em defesa da Democracia; assine

Atletas, ex-atletas e profissionais ligados ao esporta lançaram a plataforma Esporte Pela Democracia. O manifesto defende "os direitos humanos e civis, respeito à vida e à diversidade, uma sociedade justa e igualitária, antirracista e o valor do coletivo em nome do bem-estar e da dignidade para todos.

Assinado por figuras expoentes do esporte nacional, como o goleiro Fernando Prass e a jogadora de vôlei Fernanda Garay, o documento vem recebendo adesão também de pessoas das mais diversas áreas profissionais, como a atriz Alessandra Negrini, o jornalista Milton Leite e os músicos Nando Reis e Paulo Miklos. 

O Esporte Pela Democracia pode ser acessado por este link e assinado por qualquer pessoa que defenda os valores democráticos e refutam o autoritarismo e os abusos cometidos atualmente pela familícia que tomou o poder no país.

Como descobrir mentiras por trás das máscaras

Frey e os sinais da mentira (F: Charles Guedes)
Em tempos de pandemia, o uso constante de máscaras esconde algumas expressões, especialmente os diversos movimentos da boca, como os sorrisos, e os seus inúmeros significados possíveis. Mesmo assim, é possível perceber indícios de meias verdades ou mentiras completas em muitos gestos e sinais, até mesmo em atividades à distância e online, como o home office. 

Segundo o pesquisador e especialista em psicologia da mentira, Georg Frey, “mesmo com limitação da leitura dos micro sinais faciais por conta do uso de máscaras ou por estar a distância, é possível perceber indícios de que a pessoa está tentando fazer com que algo não verdadeiro, uma mentira, seja assimilado como sendo uma verdade. Para isto, é fundamental analisar um conjunto de gestos e comportamentos”. 

Entre as diversas possibilidades de comportamentos, gestos e ações corporais a serem observados, Georg Frey destaca: 

Pessoalmente ou em vídeo chamadas 

Olhos - Observe se a pessoa está piscando muito. Piscar rapidamente e com frequência maior que o normal é forte indício de que a fisiologia dessa pessoa está alterada. Piscamos mais quando mentimos porque não conseguimos controlar o nosso sistema nervoso autônomo (SNA). Quando nos sentimos em perigo, com risco de sermos pegos e sofrermos algum tipo de punição ou vergonha, nossa adrenalina dispara, aumentando a freqüência cardíaca, dilatando as nossas pupilas. O piscar mais faz parte desse conjunto de reações, inclusive como tentativa natural do corpo em manter os olhos abertos por mais tempo, caso uma fuga imediata seja necessária. 

Mãos – Perceba os gestos feitos com as mãos. Como o corpo fala o tempo todo, os movimentos das mãos podem revelar esforços adicionais para que uma afirmação seja aceita. Um indicativo de esforço extra para que acreditem em nossas mentiras são o esfregar de mãos, o estalar e/ou apertar de dedos, um reflexo de uma força a mais que se faz para conter a ansiedade causada pelo ato de mentir. 

Voz - Atenção se a pessoa gagueja em algum momento. Tropeçar em alguma sílaba ou ter dificuldade na pronúncia contínua e natural de uma palavra ou frase frequentemente pode ser associado a um comportamento ansioso. Ansiedade resultado de um cérebro que está trabalhando, freneticamente, na elaboração de histórias que convençam e garantam algum reconhecimento, privilégio, impunidade ou qualquer outro tipo de vantagem. 

Pés - A posição dos pés, se eles apontam, mesmo que involuntariamente, para um desejo ou intenção de fuga. De forma absolutamente natural, o corpo programa posturas de fuga, como que para escapar de uma situação inconveniente por causa de uma mentira descoberta. 

“É bom lembrar que mentir é algo absolutamente comum a qualquer tipo de pessoa. Independe do nível social, econômico, identidade sexual, idade, geografia ou religião. A única diferença já constatada é a de que homens mentem mais e as mulheres mentem melhor”, afirma Georg Frey. A mentira, também, varia em seus graus de perigo e intensidade. O psicopata é o detentor das mais elaboradas, convincentes e destrutivas mentiras. “Estar na teia de um psicopata, geralmente é sinônimo de ter a sua vida destruída”, lembra Georg. O mentiroso patológico, muitas vezes, precisa de intervenção e tratamento, como um dependente de drogas. 

Para aqueles que acreditam que a modernidade inventou a mentira, é bom lembrar que historicamente a mentira está registrada como um traço da nossa humanidade. Encontramos vetores da mentira nas mitologias nórdica (Loki), grega (Hemera e Hermes), egípcia (Seth) e indígena brasileira (Anhangá). Mentir sempre fez e fará parte da condição humana. Não mentimos mais do que os nossos antepassados. Se hoje temos essa impressão, é por conta das redes sociais que têm a capacidade de multiplicar uma mentira, transformando-as em fake news. 

O especialista lembra que as pessoas mentem pelos mais variados motivos, na maior parte das vezes esperando ter algum tipo de vantagem, seja financeira, profissional, social ou sexual. Quem mente dessa forma sabe dos riscos que corre, mas sempre acha que, de alguma forma, pode valer a pena. Em uma relação afetiva ou familiar, com as pessoas forçadas a uma maior convivência por causa da quarentena, as mentiras podem surgir com mais frequência e ter suas motivações expostas mais claramente.

Sergio Moro agora é garoto propaganda da revista de extrema direita Crusoé

Impedido de advogar por seis meses pela Comissão de Ética da Presidência da República, o ex-juiz, ex-justiceiro e ex-ministro Sergio Moro se tornou o mais novo colunista da revista de extrema direita Crusoé. O anúncio foi feito pelo próprio no Twitter:

"'Honra e fuzis', minha coluna de estreia na Crusoé, é sobre como precisamos no momento de mais honra do que fuzis", escreveu.


A Crusoé e seu primo-irmão, o site O Antagonista, que apoiaram explicitamente Bolsonaro durante a campanha, tornaram-se desafetos do clã bolsonarista ao apontar os absurdos praticados pelo governo autoritário que se instalou em Brasília.

A coluna é exclusiva para assinantes e a publicação não perdeu tempo. Na página inicial um banner com duas fotos de Moro convida leitores a assinar. E não é só isso! Assine e ganhe um e-book.

Imperdível, não?

Deputado pede ao MP medidas urgentes para obrigar prefeitura a estruturar leitos de UTI COVID-19 em Goiânia

O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) fez representação ao Ministério Público de Goiás contra a secretária Municipal de Saúde, Fátima Mrué. O documento solicita medidas judiciais urgentes para obrigar a prefeitura de Goiânia a oferecer estrutura de Unidades de Terapia Intensiva capaz de atender os pacientes infectados pelo coronavírus. Também requer abertura de investigação e responsabilização de gestores responsáveis pela falta de providências até o momento para oferta de UTI na capital.

“Um dos objetivos do isolamento é dar tempo para o poder público se preparar para a pandemia enquanto o pico de casos é adiado. Mas a prefeitura foi omissa, passou três meses de braços cruzados, sem qualquer iniciativa para aumentar o número de leitos. Outras cidades fizeram investimentos reais e garantiram estruturas proporcionalmente maiores que a nossa”, afirma o deputado.

A representação também pede o retorno imediato das informações sobre a fila de espera por vagas de UTI na rede municipal. A Lei n° 9.756, de 10 de março de 2001, garante o acesso aos dados, mas desde maio a lista foi retirada da página da SMS e não mais disponibilizada na internet. “Estranhamente, após o início da pandemia, a prefeitura retirou o acesso a uma informação garantida por lei”, reforça Elias Vaz.

Leitos por habitantes

De março até agora, o Município disponibilizou apenas 60 leitos de UTI exclusivos para os casos de COVID-19 para uma população de 1.516.113 moradores, de acordo com o IBGE. A média é de um leito UTI COVID-19 para cada grupo de 25.269 habitantes, uma taxa alta para uma cidade reguladora de toda a região metropolitana. Estão disponíveis 40 leitos na Maternidade Célia Câmara, 10 no Hospital das Clínicas e mais 10 no Hospital Gastro Salustiano.

Para se ter uma ideia, Recife, com 1.645.727 habitantes, segundo o IBGE, instalou 300 leitos próprios para a COVID, resultando em um leito de UTI para cada grupo de 5.485 habitantes, uma estrutura quatro vezes maior que a de Goiânia. Outro exemplo é São Paulo. Segundo o último boletim epidemiológico emitido pela prefeitura paulistana, foram disponibilizados 1.213 leitos de UTI COVID-19 somente pela rede municipal. A média é de um leito para cada 10.100 habitantes.

O deputado também identificou mais investimentos em muitas cidades do interior goiano. Aparecida de Goiânia, com menos de 600 mil moradores, estruturou 50 leitos de UTI COVID-19 na rede municipal e habilitou mais 13 em um hospital particular, média de um leito de UTI COVID-19 para cada 9.177 habitantes. Em Porangatu, são 45.394 moradores e 15 leitos de UTI COVID-19, média de um por grupo de 3.026 habitantes. Em Catalão, que tem 108.823 habitantes, a média é de um por 9.069. E em Jataí, com população de 100.882 moradores, são 10 leitos de UTI COVID-19, ou seja, um para cada grupo de 10.088 habitantes.

quinta-feira, 18 de junho de 2020

Justiça lança campanha nacional para incentivar denúncia de violência doméstica

Com o objetivo de incentivar as denúncias de violência doméstica, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) se uniram para lançar a campanha Sinal Vermelho conta a violência doméstica: Ao desenhar um "X" vermelho na palma da mão, a vítima poderá mostrar para os profissionais de uma das 10.000 farmácias parceiras espalhadas pelo Brasil e receber o auxílio necessário.

Em tempos de quarentena e isolamento social, que aumentaram os números de mulheres vítimas de violência, o Instituto Mary Kay, que tem como maior objetivo apoiar causas que combatem a violência contra a mulher, anuncia o apoio para a campanha Sinal Vermelho, e se prepara para futuras parcerias e projetos que lutam pela causa, ajudando as vítimas a romper o ciclo de violência doméstica com instrução, apoio, acolhimento, orientação jurídica e psicológica, e abrigo.

Cumprindo o propósito e valores que caminham com a marca em toda a sua trajetória, a iniciativa complementa as ações realizadas em apoio ao combate à Covid-19, como a doação para o Governo do Estado de São Paulo para a compra de dois respiradores e seus monitores, e a doação para a Fundação Oswaldo Cruz para a fabricação de cerca de 5.000 testes modernos para a detecção da doença.

"A esperança é o desejo de que algo se torne realidade. A fé é a certeza de que isso se tornará realidade. Tenha certeza de que todos os problemas e obstáculos que se colocam diante de você têm solução!"

Mary Kay Ash

Para saber mais informações sobre, acesso o Instagram da campanha @campanhasinalvermelho ou o site: http://www.amb.com.br/sinalvermelho

Ação digital pró-governo mantém base com menos de 20% dos perfis no Twitter, mas amplia presença no debate com 51% das interações

Os recentes desdobramentos do cenário político em Brasília voltaram a impulsionar a participação do grupo de apoio ao governo federal na discussão política do Twitter esta semana, conforme o índice digital atualizado pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da FGV (FGV DAPP) e que contempla o debate político e sobre a pandemia de coronavírus no país desde o começo de março.

Nesta terça-feira (16), este núcleo de apoio ao governo persistiu abaixo de 20% dos perfis que interagiram no debate, mas responderam por 51% de todas as interações (e 49% na segunda, 15) - a primeira vez desde o fim de maio que este grupo reúne a maioria dos retuítes na plataforma.

De outro lado, no grupo central que organiza boa parte dos perfis de oposição ao governo, de políticos, influenciadores digitais, celebridades e da imprensa, nesta terça manteve-se em 30% dos perfis da rede, longe de agregar outras bases digitais como ocorrido em outros momentos da política recente no país. O impacto direto de influenciadores digitais de viralização específica nas redes sociais também decaiu esta semana, com o núcleo político retomando o controle da pauta digital.

O cansaço da quarentena: grupo não alinhado discute o longo isolamento social

Esta semana, a base de perfis não alinhados a eixos políticos e que regularmente debate outras questões associadas à pandemia (novamente o maior grupo, com 35% dos perfis) afastou-se do cenário nacional e sobre o governo federal para reiterar outras agendas de importância, como o cansaço com a quarentena de 3 meses, a difícil retomada de um cotidiano pré-Covid e a redução nas opções de entretenimento e do conforto com a situação de se ficar em casa regularmente. Também o grupo, porém, questiona iniciativas de reabertura julgadas como precipitadas e lamenta que a curva epidemiológica do país demore a cair, em comparação com outras nações.

No WhatsApp, protestos nos Estados Unidos e discussão racial começam a impactar os grupos políticos

Normalmente, o acompanhamento de grupos brasileiros de debate político no WhatsApp é organizado a partir da conjuntura estritamente nacional, afora links e conteúdos de âmbito internacional vinculados à Amazônia ou ao governo dos Estados Unidos. No entanto, esta semana, os protestos de larga escala em cidades norte-americanas engajaram-se na pauta local de mais compartilhamento nos grupos, assim como o debate sobre racismo. Links sobre George Floyd, o homem negro morto pela polícia de Minneapolis, no estado de Minnesota, entre os de maior relevância no período.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Janelas pela Democracia, nesta quinta (18), terá adesão de UNE, #Somos70%, #EstamosJuntos e Frente Povo Sem Medo

A live do movimento Janelas pela democracia - Impeachment Já chega à sua segunda edição nesta quinta-feira (18) com adesões de peso. Está confirmada a participação da UNE, do #EstamosJuntos, do #Somos70% e da Frente Povo Sem Medo, além de artistas e jornalistas. O ato virtual começa às 18h30 pelas redes sociais do PSB, PDT, Rede, PV e Cidadania, partidos à frente do movimento.

Participam Ciro Gomes e Marina Silva, o líder da bancada do PSB na Câmara, deputado federal Alessandro Molon (PSB), o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB), o ex-senador Cristovam Buarque (Cidadania), a cantora Tereza Cristina, o cantor Xangai e o ator Stepan Nercessian, o cineasta Zelito Viana, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede) e Eliziane Gama (Cidadania), os jornalistas Juca Kfouri e Fernando Gabeira, os ex-ministros Sérgio Rezende e Manoel Dias, o sociólogo César Callegari, além de ativistas sociais e políticos.

Estão confirmadas também as presenças do presidente da UNE, Iago Montalvão, do engenheiro Eduardo Moreira, do #Somos70%, e de Edson "Índio", da Frente Povo Sem Medo. Os presidentes nacionais dos cinco partidos estarão presentes no ato.

"Frente amplíssima"

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, defende a necessidade da formação de uma "amplíssima frente" em defesa da democracia, diante do "fundamentalismo de extrema-direita" do governo de Jair Bolsonaro.

Segundo ele, o Janelas pela Democracia é uma plataforma que está fazendo avançar a mobilização das mais amplas forças políticas democráticas que só juntas poderão salvar o Brasil "da situação inaceitável" que vive.

"O presidente da República prega diariamente ideias antidemocráticas, apoia atos que pedem a intervenção militar no país, ataca o Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional, a imprensa e cria um clima de instabilidade no país. A quem interessa esse ambiente", afirma.

"É preciso reunir as forças democráticas. Essa tarefa é urgentíssima", afirma.

O Janelas pela Democracia - Impeachment Já é um movimento plural que reúne instituições e personalidades da sociedade civil para ampliar e consolidar o apoio aos mais de 35 requerimentos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro que tramitam no Congresso Nacional, entre eles, o apresentado pelo PSB.

STF barra aprovação tácita de novos agrotóxicos proposta por Bolsonaro

STF barrou tentativa da Musa do Veneno (F: Adapar)

Não deu certo a tentativa da musa do veneno, a ministra da Agricultura, Teresa Cristina (DEM-MS), de aprovar novos agrotóxicos sem passar por qualquer análise técnica.

A maioria dos ministros do STF acatou o pedido do PSOL (ADPF 658) e votou ontem (16) pela suspensão dos efeitos da portaria 43/20 do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que libera automaticamente novos agrotóxicos no país caso o governo demore mais de 60 dias para concluir os estudos sobre o produto. O voto do relator, ministro Ricardo Lewandowski, já foi acompanhado por sete ministros. A decisão definitiva do plenário está prevista para sexta-feira.

O PSOL sustentou que ao permitir o deferimento tácito do registro de agrotóxicos, sem a realização de estudos relativos à saúde e ao meio ambiente, incentiva-se o uso dessas substâncias e facilita o acesso a elas, com aumento exponencial do seu consumo.

“Hoje os brasileiros tiveram mais um vitória contra as várias iniciativas do governo Bolsonaro que atentam contra o seu direito à saúde. A decisão do STF é sensata e reconhece que  permitir o registro de agrotóxicos sem completa avaliação e controle pode gerar sérias consequências à vida das pessoas, além de sobrecarregar ainda mais o SUS”, avalia Juliano Medeiros, presidente nacional do partido. Segundo ele, a portaria nº 43 não passa de mais uma medida nefasta que escancara a falta de respeito e empatia do presidente e sua equipe pelo povo que governa. “A decisão vem como um incentivo para seguirmos acreditando no bom senso das instituições brasileiras e na democracia”, completa.

Ricardo Lewandowski já havia suspendido os efeitos da portaria, que entraria em vigor no dia 1º de abril, até decisão definitiva do plenário, por considerar que a liberação indiscriminada de agrotóxicos implica perigo de grave lesão à saúde pública.

ABJD pede que STF considere ilegais manifestações com discurso de ódio e antidemocráticas

Sara Winter, líder dos 300, presa por liderar grupo armado
A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) protocolou nesta terça-feira, 16, uma Ação (Acesse aqui) no Supremo Tribunal Federal (STF) para que se estabeleçam parâmetros, conforme a Constituição Federal, entre discurso de ódio e liberdade de expressão. A intenção é que sejam coibidas e tornadas ilegais manifestações nas redes sociais e nas ruas que possuam como “bandeiras” a instigação de crime e violência contra pessoas, autoridades e coletivos, de discriminação racial, de gênero, de religião, de opção política ou de orientação sexual, ou que atentem contra os poderes constituídos e a democracia. 

Para a entidade, os disparos de fogos de artifício na noite de sábado (13) na direção do edifício principal do Supremo Tribunal Federal, pelo grupo que se autodenomina “300 do Brasil”, são um exemplo importante de que as emoções, sentimentos de ira, raiva, desprezo, que constituem parte essencial do discurso de ódio, não podem ser tratadas de forma casuística ou natural quando já identificado que seu potencial de ação representa um perigo para o Estado Democrático de Direito, com ameaças explícitas contra a integridade de uma instituição da democracia e seus membros. “É a hipótese em que o discurso de ódio não deriva do preconceito, como nas questões étnico-raciais e congêneres, mas da intolerância, da incapacidade de conviver com a democracia e seus valores essenciais, que residem no respeito às diferenças”, define.

Por isso, a ABJD entende que cabe à Suprema Corte averiguar até que ponto o discurso de ódio proferido nas ruas e nas redes sociais é tolerável na democracia brasileira, sob a justificativa de proteção da liberdade de opinião e de manifestação. Dessa forma, analisar quais são os padrões utilizados para definir a responsabilidade, penal, civil ou administrativa.

“A análise do problema no plano jurídico não pode mais utilizar a dificuldade de formatar limites como mote para não apreciar como tese capaz de orientar decisões do Poder Judiciário em suas diversas instâncias. Estabelecer o recorte, em que circunstâncias determinado discurso está, ou não, ao abrigo do princípio da liberdade de expressão ou se pode ser objeto de limitação jurídica”, pontua. 

Liberdade de Expressão x Discurso de Ódio

Diante de uma série de situações que se apresentam no país, como a atuação de milícias digitais criadas para coagir e impor o medo ou o grupo “300 do Brasil”, que promove atos de ódio contra quaisquer cidadãos que não comunguem com suas bandeiras e limitam o direito de ir e vir, percebe-se que existe uma clara colisão entre normas fundamentais. De um lado tem-se a liberdade de expressão e, do outro, a proteção à dignidade das pessoas da sociedade.

Na Ação protocolada, os juristas destacam a forma de abuso do direito de liberdade de expressão que ocorre por meio do discurso de ódio. “O discurso de ódio ocorre quando um indivíduo se utiliza de seu direito à liberdade de expressão para inferiorizar e discriminar outrem baseado em suas características, como sexo, etnia, orientação sexual, política, religiosa. Ou quando é adotado em ações para invocar regimes autoritários e antidemocráticos. A exteriorização de pensamentos contra o próprio regime democrático assume uma das formas do discurso de ódio”, delimitam.

Para a entidade, embora haja a proteção constitucional à liberdade de expressão, é necessário analisar até que ponto essa proteção contribui para a democracia ou é utilizada de forma desviante e abusiva, redundando no descumprimento de outros preceitos constitucionais ou mesmo na prática de crimes.

Diferente de outros países, o Brasil não possui uma jurisprudência consolidada acerca dos limites impostos à liberdade de expressão e os casos continuam sendo tratados um a um. “Existe um vácuo no que se refere ao tratamento dispensado às ações que possam contemplar critérios gerais. Na criminalização do discurso de ódio em casos concretos, a maior parte dos tribunais têm se utilizado de uma interpretação própria e vem sendo ignorado que os parâmetros adequados para esta interpretação já são previstos no direito internacional público, por meio de tratados ou convenções em que os países signatários estabelecem padrões para tal criminalização”, explica.

ADPF

A Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) protocolada pela ABJD indica que as várias práticas de crime de ódio, apologia a ditaduras, manifestações pedindo o fechamento do Congresso Nacional e do STF, e agressões à honra de pessoas públicas, ferem a dignidade humana, que é um dos fundamentos principais da Constituição Federal.

“Diante de fatos que demonstram a ocorrência de discursos de ódio proferidos por movimentos que ocupam as ruas e praças do país, torna-se necessário analisar o art. 1º, inciso III, at. 3º, inciso IV, art. 5º, X, XLI, XLIV, todos da Constituição Federal, com vistas a compreender se esses dispositivos não estão sendo violados”, conclui.

Campanha pede a exoneração de Sérgio Camargo da Fundação Cultural Palmares.

Abaixo assinado criado na plataforma Change.org pede a exoneração do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Nascimento de Camargo. O documento já tem mais de 109 mil apoiadores e pode ser assinado neste link.  Abaixo, o texto apresentado na petição:

"Enquanto nós, do Movimento Negro, promovemos ações para enfrentar os efeitos da pandemia da Covid-19 nas nossas comunidades e impulsionamos atos globais contra o racismo e a violência policial (após o assassinato de George Floyd e João Pedro), estamos sofrendo ataques injustos, gratuitos e levianos do Presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Nascimento de Camargo.

Nesta terça-feira, 02/06/2020, o jornal O Estado de S. Paulo veiculou o áudio de uma conversa entre Sérgio Camargo e assessores, registrado no dia 30 de abril, com diversas ofensas, palavrões, ameaças, injúrias e ódio contra o Movimento Negro e importante liderança do Distrito Federal. Mais uma vez, Sérgio Camargo destila seu ódio contra a Comunidade Negra e, em especial, a Comunidade Afro Religiosa e Ameríndia do Brasil.

Sérgio Camargo se referiu a uma Mãe de Santo com palavrões, ofendendo-a em sua integridade pessoal e religiosa. Ao ofender Mãe Baiana – uma das maiores lideranças brasileiras de Religiões de Matrizes Africana e Ameríndias – o Presidente da Fundação Palmares prova, mais uma vez, a sua incapacidade de gestão e contradição com o cargo que ocupa. 

O atual presidente da Fundação Palmares demonstra não ter consciência racial. O ódio e a perseguição de Sérgio se estenderam de forma agressiva à Capoeira e aos integrantes do Movimento Negro brasileiro. Na conversa, ele afirmou que o Movimento Negro é “escória maldita” (sic) e que a Fundação Palmares não irá atender as demandas das Comunidades Tradicionais de Terreiro, Capoeira e Movimento Negro. 

PEDIMOS A IMEDIATA EXONERAÇÃO de quem não nos representa, mas, sim, nos ataca diariamente – presidindo uma organização que deveria estar à frente de todas nossas batalhas e não a serviço de racistas e fascistas com seu ódio contra Negros e Negras, Capoeiristas e Religiões de Matrizes Africanas e Ameríndias.

Portanto, exigimos das autoridades competentes a imediata exoneração de SÉRGIO NASCIMENTO DE CAMARGO do cargo de Presidente da Fundação Cultural Palmares. Pois este não tem capacidade moral, profissional, intelectual e também não tem a impessoalidade necessária para estar à frente da Fundação Cultural Palmares. 

Assim, fica evidente o desvio de conduta praticada e sua incompatibilidade com os objetivos e a finalidade da Fundação Cultural Palmares. Por fim, conclamamos o poder legislativo, o poder judiciário, os organismos internacionais e a imprensa para que promovam as ações necessárias para denúncia e responsabilização de Sérgio Nascimento de Camargo.

Grupo Defensores do Axé, formado por lideranças de terreiro e do movimento negro:

Projeto Oníbodê, Ilê Axé Odé Erínlé, Ilê Axé Oyá Bagan, Ilé Aşé Jagun DanB’Ará, RENAFRO-DF, RENAFRO, Manzo Kalla Muisu, Ilê Axé Osun Ypondá Kwé Sem Fá, Ilê Axé Abaloxê Oxum, Ilê Axé Incitomei, Ilè Àse Èfòn Oba Okàn Ojú Omí, Ilé Eiyelê Ogè Asé Ogodo - Asé Osumaré, Casa Akotirene, Sambadeiras de Bimba Filhas De Biloca, Ìlé àşé Ómi Layó., Ilê Ase Gba Mi O Intilé, Kwe Oyá Sogy, BLOCO AFRO RUM BLACK, Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino - OICD-DF, Ilê Asé Ogun Onilê Bo, Ilê Axé Airá Opo Intilé, Instituto Ojú Obá, Terreiro Vô Congo, Centro Espírita Comunitário Pai Joaquim de Aruanda, Abassá de N’Dandalunda, Ilê Asé Mogbá Bi Olà, Ilê Afonjá Axé Opô Inlé, Ilê Odé Axé Opô Inle, Ilê Asé Odé Fun Mi Láyò, Templo Rosa Branca, Ilê Asè Ofà Wurà, Ilè Asé Ijènà Atí Olòfá Omí, Ilê Axé Tojú Lábá, Axé da Casa Amarela - Aladé Osún, Casa de Cultura Ile Asé d’Osoguiã, Ilê ifé imoé d’oxum, Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do DF (Cojira-DF), Comissão Nacional de Jornalistas pela Igualdade Racial (Conajira), Coletivo Mulheres de Axé do Distrito Federal e Entorno, Abassá de Iansã, Coletivo de Entidades Negras do DF (CEN-DF), Associação Artise de Arte, Cultura e Acessibilidade, Terreiro Tumba Nzo jimona dya Nzambi, Egbé ejíbàrábàjí, Ilê Axé Xaxará de Prata, Associação Cultural Afrobrasileira Vovó Ana de Patos de Minas, Federação Nacional das Associação Quilombolas, Ilê Axé Ero Omim Azirí Tola - Senador Elói de Souza/RN, Nosso Coletivo Negro - NCN e Mulheres de Axé do Recôncavo."

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Ministério da Saúde disponibiliza nova plataforma interativa para acompanhar dados de COVID-19 e aponta 41 mil mortos

Depois de flertar com uma censura só vista, provavelmente na Coreia do Norte, e pressionado pela sociedade civil - e, por que não, militar? -, o Ministério da Saúde voltou a divulgar números da Covid-19.

Diz que com mais transparência e detalhamento. Veremos. 

Segundo os dados, temos nesse momento 40.919 mortos e 802.828 casos.



De qualquer forma, continua a divulgação paralela do grupo de veículos de comunicação - alguns concorrentes, frise-se - com dados recebidos das secretarias estaduais de saúde para comparação.

Bolsonaro, censura não existe nesse país. Convença-se e acostume-se, capitãozinho.

Acesse a plataforma de dados aqui. Mas nunca se convença. Compare com os dados divulgados pela imprensa séria.

Nota oficial Associação Paulista de Medicina sobre Bolsonaro incentivar invasão de hospitais

A Associação Paulista de Medicina lamenta que se instigue a população a “dar um jeito de entrar” em hospitais que assistem aos pacientes infectados pela Covid-19, e filmar suas dependências e UTIs. 

Hospitais são áreas de circulação restrita, com fluxo de pessoas orientado para garantir rapidez, eficiência, segurança e a privacidade dos pacientes assistidos. Todas as informações necessárias ao acompanhamento dos casos internados é sempre imediatamente disponível às autoridades de saúde. 

A Associação Paulista de Medicina apela pela observância às recomendações das autoridades de saúde e preservação de ambiente de serenidade e solidariedade, essenciais para que possamos superar as dificuldades atuais.

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Três capitais já têm monitoramento da presença de candidatos a prefeito nas mídias sociais

A plataforma de Big Data Analytics de marketing político MonitoraBR  lançou o projeto "Tour pelas Capitais Brasileiras", que realizará diversos estudos dos candidatos às prefeituras de todas as capitais do país.

A iniciativa, que conta como uma análise de 60 dias, tem como objetivo ser uma ferramenta para quem deseja entender melhor o cenário político eleitoral da sua região. O estudo mede a presença digital das marcas tendo em vista as vertentes de Redes Sociais, Web Analytics e conteúdos noticiosos, a partir da solução Zeeng Score.

Além disso, a ferramenta também analisa o ativo social, que consiste em verificar o volume total de fãs, seguidores e inscritos nos canais, o Share of voice, que mostra o volume total de publicações por candidato em cada rede social, e o Top Posts, que verifica os volumes de notícias e o engajamento por hora em todas as Redes Facebook, Twitter, Instagram e Youtube.

"Saber em quais canais os adversários estão mais ativos, a frequência em que divulgam conteúdos, os comentários dos eleitores, qual o impacto da campanha no cotidiano das pessoas e diversas outras questões são importantes para saber o rumo de cada passo a ser dado em ano de eleições. Porém, acompanhar tudo isso não é uma tarefa fácil. É por isso que o MonitoraBR concentra tudo em um mesmo local", comenta Eduardo Prange, CEO da Zeeng.

Todas as análises serão disponibilizadas no link http://monitorabr.com.br/blog/. No endereço, já é possível consultar o levantamento das cidades de Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre.

quarta-feira, 3 de junho de 2020

IBDA critica atos de Bolsonaro que "amesquinham e ameaçam os valores democráticos"

O Instituto Brasileiro de Direito Administrativo divulgou nota em que critica a escalada arbitrária e antidemocrática de Jair Bolsonaro. Confira:

Nota de Repúdio - Instituto Brasileiro de Direito Administrativo

O Instituto Brasileiro de Direito Administrativo – IBDA e os Institutos Estaduais de Direito Administrativo abaixo subscritos, que se dedicam ao estudo, à promoção e à defesa do estado democrático de direito, especialmente na defesa da Constituição e da institucionalidade, vêm a público repudiar a escalada de atos oriundos do Poder Executivo federal, em sua mais alta esfera, que amesquinham e ameaçam os valores democráticos, a harmonia entre os Poderes constituídos e a dignidade do exercício da função pública. 

A intimidação ao livre exercício da jurisdição pelo Poder Judiciário, especialmente tendo em conta as recentes agressões aos Ministros do Supremo Tribunal Federal – STF, merecem nossa severa reprimenda. Em nosso sistema constitucional, cabe ao STF o papel de guardião maior da Constituição, e atacar seus integrantes é uma afronta à democracia e à ordem jurídica vigente. Igualmente merece nossa repulsa a defesa do fechamento do Congresso Nacional por pessoas e grupos descomprometidos com a democracia brasileira. 

Continuaremos na firme defesa dos valores constitucionais republicanos e do estado de direito e da ordem institucional e prontos a atuar em prol dos poderes instituídos e dos órgãos constitucionais que integram nosso sistema de controle, bem como denunciar qualquer tentativa de apequenar seu legítimo exercício. 

Maurício Zockun - Presidente do IBDA
Celso Antônio Bandeira de Mello - Instituto de Direito Administrativo Paulista
Edgar Guimarães - Instituto Paranaense de Direito Administrativo
Maria Fernanda Pires de Carvalho Pereira - Instituto Mineiro de Direito Administrativo
Ligia Melo - Instituto Cearense de Direito Administrativo
Juscimar Pinto Ribeiro - Instituto de Direito Administrativo de Goiás
Jader Guimarães - Instituto de Direito Administrativo do Espírito Santo
Bruno Vieira da Rocha Barbirato - Instituto Amazonense de Direito Administrativo
Flávio Unes - Instituto de Direito Administrativo do Distrito Federal
João Paulo Lacerda - Instituto de Direito Administrativo do Mato Grosso do Sul
Renata Fabris - Instituto Rondoniense de Direito Administrativo
Paulo Modesto - Instituto de Direito Administrativo da Bahia
Marcelo Harger - Instituto de Direito Administrativo de Santa Catarina